Devorada pela dor em seu corpo, Ana não conseguia dormir. Ela apenas fechava os olhos, suportando a agonia incessante. Aquelas duas mulheres a agrediram sem razão aparente. Claramente, isso não era um acidente. Ana sabia que tinha se mantido discreta desde que entrou ali, era impossível ter ofendido alguém.A única explicação era que alguém havia arranjado deliberadamente pessoas para a torturar neste lugar. Luísa... O nome dela surgiu de imediato na mente de Ana. Ninguém mais seria tão mesquinho e malicioso quanto essa mulher. Ana rangia os dentes. Ela realmente caiu na armadilha de Luísa e, infelizmente, Leo não acreditava nela. Ela nem teve a chance de se explicar.Por mais que pensasse, Ana não conseguia encontrar uma saída. Tudo o que ela podia fazer era esperar que a polícia descobrisse a verdade e provasse sua inocência. Não sabendo quanto tempo havia passado assim, Ana, esgotada, fechou os olhos e adormeceu num torpor. Não foi um sono tranquilo. Em seus sonhos, viu Leo com um r
Em função dos acontecimentos envolvendo a família Santos, a polícia conduziu a investigação com extremo cuidado. Examinaram repetidamente as provas e as analisaram de todas as formas possíveis. A conclusão a que chegaram foi que, Ana, movida por questões amorosas, entrou em confronto físico com Luísa e acabou empurrando-a escada abaixo. A expressão de Ana ficou pálida como a morte.- Eu não a empurrei... Vocês estão acusando uma inocente!Desta vez, Ana não conseguiu controlar suas emoções. Sem mais nem menos, estava sendo transformada em uma criminosa. Como ela poderia aceitar tal situação? Mas os policiais não lhe deram mais atenção e mandaram que levassem Ana embora, completamente alheios ao seu colapso....Depois de transferir Ana, os policiais imediatamente contataram as pessoas relevantes para informar o resultado final. Juliana estava completamente atordoada, não conseguia acreditar que Ana havia sido condenada tão rapidamente. E, pelo que parecia, Ana poderia acabar na prisão,
Leo parou em suas trilhas, direcionando seu olhar para Juliana.- O que você está falando não tem sentido- Se tem sem sentido ou não, basta você verificar. Ou será que tem medo?Juliana estava apostando todas as suas fichas. Como uma pessoa comum, Ana não tinha a menor chance de enfrentar o poder da família Santos.Se não pudesse mudar a opinião de Leo, Ana provavelmente teria que enfrentar uma prisão injusta.Por isso, Juliana não tinha com quem discutir. Ela só poderia tomar a decisão que achava correta.- Conversa fiada.Leo riu friamente.- Eu sei que você quer que eu a ajude, mas esse tipo de truque é muito chato.Leo contornou Juliana, abriu a porta do carro e se preparou para ir embora.Vendo isso, Juliana rangeu os dentes, incrédula de que, mesmo depois do que disse, Leo ainda permaneceu impassível. Ele estava realmente determinado a se vingar de Ana?Sem opções, Juliana jogou o pacote cuidadosamente selado no carro de Leo.- Leo, se você realmente ignorar isso, vai se arrepen
Ao ouvir que o resultado estava pronto, Leo não conseguia mais se sentar. Ele se levantou abruptamente, seus olhos fixos na folha de resultados nas mãos do homem à sua frente.- Todos os três estão prontos? O homem acenou com a cabeça, entregando o relatório nas mãos de Leo. O homem folheou o relatório rapidamente, notando que 99,99% confirmava a relação pai-filho.Ele abriu rapidamente os outros dois, descobrindo que os resultados eram idênticos.- Este resultado... Existe alguma chance de erro?A voz de Leo ficou rouca sem que ele percebesse.O resultado estava além das suas expectativas, ele estava com medo de que tudo isso fosse uma ilusão.- Isso é impossível, Sr. Leo. O funcionário respondeu com certeza. Eles haviam feito inúmeros exames de paternidade ali, e desta vez, para garantir a precisão, haviam feito três de uma vez, reduzindo quase toda a possibilidade de erro.As mãos de Leo estavam tremendo, ele olhava fixamente para as palavras no papel, meio que não acreditando em
Aquela mulher, ao invés de soltar Ana, tornou-se ainda mais violenta, empurrando-a bruscamente no chão e chutando-a com força várias vezes.- Se não fechar essa boca, vou te matar!O chute acertou bem o abdômen de Ana, que sentiu uma dor aguda e espasmódica no estômago. Ela mal comeu no dia anterior, e essa agressão externa só fez a dor se intensificar, como se estivesse sendo cortada por uma faca. Ana sentiu um gosto metálico se espalhando em sua boca, tentou se levantar, mas não tinha forças. Enrolada em si mesma, suas roupas sujas estavam molhadas pelo seu suor frio.A agressora, vendo que Ana finalmente se calou, cuspiu no chão ao lado dela, antes de ir embora, zangada. Todos os outros na cela, vendo a situação, permaneceram em silêncio. Ana estava caída no chão, sem ninguém para ajudá-la, sentindo sua consciência cada vez mais turva.Então, tudo ficou escuro diante de seus olhos, e ela não sentiu mais nada......O carro de Leo correu como o vento, chegando rapidamente à porta d
Leo lançou suas palavras geladas e partiu sem olhar para trás. O guarda ficou ali, querendo falar, mas sem palavras para proferir. Afinal, foi sob sua supervisão que a situação chegou a este ponto. Se Leo realmente buscasse um advogado, o guarda estaria em sérios apuros.Ele lançou um olhar sombrio para as prisioneiras que causaram o tumulto. Estava atônito com a repentina brutalidade delas contra a mulher recém-chegada. Entretanto, não era esta a mulher que feriu a noiva de Leo, a razão pela qual estava aqui?E, por que o Sr. Leo parecia tão preocupado com ela? Essas pessoas da alta sociedade realmente tinham relações complexas. Se ele soubesse da conexão entre eles, provavelmente não teria colocado essa mulher com o bando de presidiárias selvagens....Leo caminhava carregando Ana, ignorando as ofertas de ajuda dos que observavam as feridas em suas mãos. Ele segurava Ana como se ela fosse um objeto frágil e precioso, sem se importar com a dor em suas mãos. Ao andar, ele notou que a
Não se sabia quanto tempo passou, mas para Leo, parecia que um século havia transcorrido, até que a cirurgia finalmente acabou.O médico, parecendo exausto, saiu empurrando Ana em uma maca. Leo, ignorando todos os pensamentos confusos, apressou-se para se aproximar.- Como ela está? Existe algum perigo? - Agora ela está bem, parece que ela não tem se alimentado bem há algum tempo, o estômago dela já era muito frágil, e um golpe violento causou uma hemorragia gástrica. Felizmente, descobrimos a tempo. Um pouco mais tarde, e poderia ter sido fatal.Ao saber que Ana estava fora de perigo, Leo sentiu seu rosto relaxar um pouco. Mas ao ouvir que ela havia sido espancada até ter uma hemorragia gástrica, um brilho assassino cruzou seus olhos.Que coragem essas pessoas tinham!A raiva fervilhava em Leo, mas ao ver o rosto pálido e magro de Ana, ele conseguiu conter sua fúria. Acompanhado pela equipe médica, ele empurrou Ana para o quarto secreto que haviam preparado.Depois de levar Ana ao qu
Ao ver a defesa intensa nos olhos de Ana, o coração de Leo se apertou.- Não quero arrancar palavras de você, eu só...Antes que Leo pudesse terminar, foi interrompido por Ana sem hesitação.- Você realmente acha que eu acredito em suas mentiras?Ana fixou o olhar nos olhos do homem, como se quisesse ver através de seu coração. Depois de um longo tempo, ela revelou um sorriso irônico.- Ou você quer ver o quão miserável estou agora, isso é o que você deve à sua noiva dedicada?Enquanto falava, Ana puxou o cobertor sobre ela, querendo se levantar e sair dali. Ela não queria passar nem um segundo a mais com esse homem. Estar com ele a fazia sentir nojo.No entanto, tão logo se mexeu, as feridas que lhe foram infligidas começaram a latejar de dor. Ana emitiu um gemido de dor quase inaudível, mas ainda assim, ela apertou os dentes e resistiu.- Ana, você está ferida, não se mexa!Ao ver Ana tentar sair da cama, e até mesmo querer caminhar, Leo prontamente tentou segurá-la. O médico disse