Ana estava completamente atordoada, tão atordoada que caiu no chão antes de poder reagir.- O que vocês estão fazendo? Ana voltou a si, tentou se levantar e questionar por que essas duas pessoas estavam atacando-a sem motivo aparente.No entanto, antes que pudesse se levantar, um turbilhão de socos e chutes caiu sobre ela. A dor intensa a deixou sem palavras.- Se ajoelhe e peça misericórdia. Poderíamos te poupar.Ana estava sendo forçada a se ajoelhar, mas ela resistia com todas as suas forças.Ela não entendia por que essas duas pessoas estavam agindo assim com ela, mas ela não se ajoelharia. Ela não havia feito nada de errado. Por que deveria se ajoelhar?A resistência de Ana apenas enfureceu ainda mais as outras, e o que ela enfrentou foi um espancamento ainda mais brutal.Ana já estava tão espancada que mal podia manter a consciência, cada parte de seu corpo doía terrivelmente. Ela se sentia como um cachorro morto, sem um pingo de dignidade.Por um momento, um pensamento cruzou a
Juliana ligou imediatamente para Leo, segurando o telefone com as mãos trêmulas. Após um longo período de espera, finalmente ele atendeu.Leo acabava de sair do hospital e estava prestes a voltar para casa.Com membros da família Silva fazendo vigília ao lado de Luísa, ele podia finalmente voltar e descansar.Ao ver a chamada, o homem hesitou por um instante, mas acabou por atender.- Leo, sou eu, Juliana. Você sabia que a Ana foi presa?Perguntou Juliana, ansiosa.Ao ouvir o nome de Ana, Leo franziu a testa levemente.- Deixei essa situação para a polícia lidar, tem algum problema?Juliana ficou confusa ao ouvir isso. A ideia de levar Ana para a delegacia era de Leo? O que ele estava pensando?Ele realmente acreditaria que Ana cometeria um crime de lesão corporal sem motivo?- Não, eu não sei o que realmente aconteceu, mas você deveria conhecer o caráter de Ana, ela não faria isso.As mãos de Leo, que estavam prestes a abrir a porta do carro, pararam.- Ela está realmente em apuros ag
Devorada pela dor em seu corpo, Ana não conseguia dormir. Ela apenas fechava os olhos, suportando a agonia incessante. Aquelas duas mulheres a agrediram sem razão aparente. Claramente, isso não era um acidente. Ana sabia que tinha se mantido discreta desde que entrou ali, era impossível ter ofendido alguém.A única explicação era que alguém havia arranjado deliberadamente pessoas para a torturar neste lugar. Luísa... O nome dela surgiu de imediato na mente de Ana. Ninguém mais seria tão mesquinho e malicioso quanto essa mulher. Ana rangia os dentes. Ela realmente caiu na armadilha de Luísa e, infelizmente, Leo não acreditava nela. Ela nem teve a chance de se explicar.Por mais que pensasse, Ana não conseguia encontrar uma saída. Tudo o que ela podia fazer era esperar que a polícia descobrisse a verdade e provasse sua inocência. Não sabendo quanto tempo havia passado assim, Ana, esgotada, fechou os olhos e adormeceu num torpor. Não foi um sono tranquilo. Em seus sonhos, viu Leo com um r
Em função dos acontecimentos envolvendo a família Santos, a polícia conduziu a investigação com extremo cuidado. Examinaram repetidamente as provas e as analisaram de todas as formas possíveis. A conclusão a que chegaram foi que, Ana, movida por questões amorosas, entrou em confronto físico com Luísa e acabou empurrando-a escada abaixo. A expressão de Ana ficou pálida como a morte.- Eu não a empurrei... Vocês estão acusando uma inocente!Desta vez, Ana não conseguiu controlar suas emoções. Sem mais nem menos, estava sendo transformada em uma criminosa. Como ela poderia aceitar tal situação? Mas os policiais não lhe deram mais atenção e mandaram que levassem Ana embora, completamente alheios ao seu colapso....Depois de transferir Ana, os policiais imediatamente contataram as pessoas relevantes para informar o resultado final. Juliana estava completamente atordoada, não conseguia acreditar que Ana havia sido condenada tão rapidamente. E, pelo que parecia, Ana poderia acabar na prisão,
Leo parou em suas trilhas, direcionando seu olhar para Juliana.- O que você está falando não tem sentido- Se tem sem sentido ou não, basta você verificar. Ou será que tem medo?Juliana estava apostando todas as suas fichas. Como uma pessoa comum, Ana não tinha a menor chance de enfrentar o poder da família Santos.Se não pudesse mudar a opinião de Leo, Ana provavelmente teria que enfrentar uma prisão injusta.Por isso, Juliana não tinha com quem discutir. Ela só poderia tomar a decisão que achava correta.- Conversa fiada.Leo riu friamente.- Eu sei que você quer que eu a ajude, mas esse tipo de truque é muito chato.Leo contornou Juliana, abriu a porta do carro e se preparou para ir embora.Vendo isso, Juliana rangeu os dentes, incrédula de que, mesmo depois do que disse, Leo ainda permaneceu impassível. Ele estava realmente determinado a se vingar de Ana?Sem opções, Juliana jogou o pacote cuidadosamente selado no carro de Leo.- Leo, se você realmente ignorar isso, vai se arrepen
Ao ouvir que o resultado estava pronto, Leo não conseguia mais se sentar. Ele se levantou abruptamente, seus olhos fixos na folha de resultados nas mãos do homem à sua frente.- Todos os três estão prontos? O homem acenou com a cabeça, entregando o relatório nas mãos de Leo. O homem folheou o relatório rapidamente, notando que 99,99% confirmava a relação pai-filho.Ele abriu rapidamente os outros dois, descobrindo que os resultados eram idênticos.- Este resultado... Existe alguma chance de erro?A voz de Leo ficou rouca sem que ele percebesse.O resultado estava além das suas expectativas, ele estava com medo de que tudo isso fosse uma ilusão.- Isso é impossível, Sr. Leo. O funcionário respondeu com certeza. Eles haviam feito inúmeros exames de paternidade ali, e desta vez, para garantir a precisão, haviam feito três de uma vez, reduzindo quase toda a possibilidade de erro.As mãos de Leo estavam tremendo, ele olhava fixamente para as palavras no papel, meio que não acreditando em
Aquela mulher, ao invés de soltar Ana, tornou-se ainda mais violenta, empurrando-a bruscamente no chão e chutando-a com força várias vezes.- Se não fechar essa boca, vou te matar!O chute acertou bem o abdômen de Ana, que sentiu uma dor aguda e espasmódica no estômago. Ela mal comeu no dia anterior, e essa agressão externa só fez a dor se intensificar, como se estivesse sendo cortada por uma faca. Ana sentiu um gosto metálico se espalhando em sua boca, tentou se levantar, mas não tinha forças. Enrolada em si mesma, suas roupas sujas estavam molhadas pelo seu suor frio.A agressora, vendo que Ana finalmente se calou, cuspiu no chão ao lado dela, antes de ir embora, zangada. Todos os outros na cela, vendo a situação, permaneceram em silêncio. Ana estava caída no chão, sem ninguém para ajudá-la, sentindo sua consciência cada vez mais turva.Então, tudo ficou escuro diante de seus olhos, e ela não sentiu mais nada......O carro de Leo correu como o vento, chegando rapidamente à porta d
Leo lançou suas palavras geladas e partiu sem olhar para trás. O guarda ficou ali, querendo falar, mas sem palavras para proferir. Afinal, foi sob sua supervisão que a situação chegou a este ponto. Se Leo realmente buscasse um advogado, o guarda estaria em sérios apuros.Ele lançou um olhar sombrio para as prisioneiras que causaram o tumulto. Estava atônito com a repentina brutalidade delas contra a mulher recém-chegada. Entretanto, não era esta a mulher que feriu a noiva de Leo, a razão pela qual estava aqui?E, por que o Sr. Leo parecia tão preocupado com ela? Essas pessoas da alta sociedade realmente tinham relações complexas. Se ele soubesse da conexão entre eles, provavelmente não teria colocado essa mulher com o bando de presidiárias selvagens....Leo caminhava carregando Ana, ignorando as ofertas de ajuda dos que observavam as feridas em suas mãos. Ele segurava Ana como se ela fosse um objeto frágil e precioso, sem se importar com a dor em suas mãos. Ao andar, ele notou que a