Ana sempre foi compreensiva com os pedidos de Pedro, desde que razoáveis. Agora, mais do que nunca, ao ver o pequeno ferido com aqueles olhos tristes, seu coração instantaneamente amoleceu. - Tudo bem, mamãe ficará aqui com você nos próximos dias. Somente então Pedro assentiu, aconchegando-se no colo de Ana, segurando firmemente suas roupas. Embora mantivesse a calma, era inegável que o acidente o havia assustado. Afinal, desde pequeno, o menino aprendeu várias técnicas de defesa com um soldado aposentado, considerando-se capaz de lidar com algum perigo. No entanto, este incidente mostrou que ele ainda era frágil. Leo observou a mãe e o filho aconchegados, seus olhos se escurecendo. A situação havia assustado a ambos. Ele precisava encontrar uma solução rapidamente. Mas, por enquanto, não conseguia pensar em nenhuma pista. A única pessoa que ele conhecia que poderia guardar tanto rancor contra Ana era da família Lopes. Depois do último incidente, ele já havia mandado Luana par
Depois de um tempo, Ivan chegou, trazendo a comida especialmente comprada. Ele também passou uma sacola respeitosamente para Leo.- Sr. Leo, aqui está o que você mencionou mais cedo, trouxe junto. Leo acenou com a cabeça, pegou as coisas e voltou para o quarto. O aroma da comida logo preencheu o pequeno espaço. Ana veio e colocou toda a comida na mesa. Para sua surpresa, tudo era do agrado de Pedro e dela.Ana ficou um pouco atordoada, não se lembrava de ter contado a Leo sobre as preferências de sabor dela e de Pedro.- Depois do nosso encontro no restaurante, eu anotei tudo. Leo, como se tivesse lido a mente de Ana, respondeu diretamente à sua pergunta interna. Ana olhou para a comida fumegante na mesa, não só era do gosto deles, mas também eram pratos leves, sem pimenta ou temperos fortes...Esse homem, em momentos como este, era bastante atencioso. Ana sentiu uma emoção momentânea, mas rapidamente escondeu suas expressões e ajudou a organizar a comida, para comer com Pedro.O jan
Ao ouvir isso, Pedro rapidamente recuou sua mão, pressionando com cautela o mecanismo de antes e guardando a lâmina. Logo em seguida, ele não conseguia parar de olhar para o novo brinquedo que tinha nas mãos, examinando-o de todos os ângulos. Esta era uma ótima ferramenta de autodefesa. Se alguém se aproximasse repentinamente dele, ele poderia atacá-lo diretamente com ela. Ao pensar nesta imagem, sentiu que o descontentamento que sofreu no dia se dissipou um pouco.Vendo a felicidade do garoto com o presente, Leo se sentiu justificado em ter passado por tantos problemas para ter o objeto feito sob medida.- E então, gostou?Pedro estava muito envolvido em seu novo brinquedo. Ao ouvir Leo, finalmente soltou o objeto e acenou com a cabeça sem hesitar.- Gostei.O menino hesitou por um momento antes de continuar.- Mas, isso é um presente para mim, ou tem algum tipo de condição de troca?Considerando suas interações anteriores com Leo, sempre envolvendo algum tipo de troca, ele naturalmen
Depois de falar, Pedro levantou seu pequeno punho, com um ar de "se você ousar ultrapassar a linha, eu vou te bater". Leo foi divertido pelo ar confiante do garoto, o pequeno ser, nem mesmo alcançando a cintura, se atrevia a ameaçar com seus punhos. Era uma verdadeira imagem de um bezerro recém-nascido sem medo do tigre...No entanto, Leo não deixou transparecer os pensamentos que corriam em sua mente. Afinal, se irritasse Pedro, seus planos iriam por água abaixo.- Feito. Pedro assentiu, e justo quando os dois tinham acabado de firmar seu segredo pacto, Ana, já de roupa trocada, saiu do banheiro. Temendo que ela perguntasse sobre a conversa, Pedro tomou a iniciativa de bajulá-la.- Mamãe, você fica muito bonita com essa roupa, a cor combina muito com você. Com essas palavras doces, o humor de Ana melhorou consideravelmente.- É mesmo? Ana se sentou na cama, esfregou a bochecha do garoto branco e macio com força.- Claro que é. A fala de Pedro estava um pouco embolada, mas ele não
No entanto, apesar de seus pensamentos, Ana ainda tinha Pedro em seus braços, e não poderia simplesmente se deixar levar pela raiva. Ela ficou ali, o rosto avermelhado em silêncio, enquanto mentalmente maldizia Leo cem vezes. Vendo a frustração de Ana, que estava com raiva, mas não se atrevia a expressá-la, o sorriso no canto da boca de Leo se aprofundou. No entanto, ele não tinha mais intenção de provocá-la. Seu jeito, se pressionado demais, poderia levá-la a reagir como um animal acuado.Depois de um tempo aninhado no colo de Ana, Pedro levantou a cabeça, notou que seu rosto estava vermelho e estendeu a mão para tocá-la. - Mamãe, seu rosto está quente. Você está com febre? - Não, só estou um pouco quente.Ana respondeu, tentando disfarçar seu desconforto.- Está quente? Pedro notou que o clima não estava tão quente assim.- Eu estava me exercitando um pouco, por isso estou um pouco quente. Mas chega de falar sobre isso, Pedro, está na hora de você escovar os dentes e ir para a cam
Enquanto Leo falava, ele fez uma reverência perfeita de cavaleiro. Ana tossiu levemente, ignorando-o.- Pedro, hora de dormir.- Entendi, mamãe.Pedro também estava um pouco cansado. Subiu na cama, deitando-se bem no meio, com Ana ao seu lado esquerdo. Do outro lado, Leo olhava silenciosamente para a cena de Ana ajudando o pequeno a dormir.Para Pedro, esta era a primeira vez que ele ia dormir com a mãe à esquerda e o pai à direita. Normalmente, era o que ele ouvia dizer sobre outros pais e mães. Experimentando isso pela primeira vez, ele estava um pouco animado e curioso. Um sorriso apareceu no rosto de Pedro. Vendo a felicidade do filho, Ana também ficou feliz. Ela apertou o narizinho macio de Pedro.- O que houve, tão feliz? Pensou em algo divertido?- Hum... Nada.Claro, Pedro não revelaria seus verdadeiros pensamentos, mas seus olhos inevitavelmente se desviaram na direção de Leo. Ana notou isso e sentiu um pouco de melancolia. Mesmo que ela tentasse dar todo o seu amor a Pedro, s
Sentindo o calor na palma da mão de Leo, Ana ficou ainda mais irritada. Ela abaixou a voz e disse. - Tire sua mão de mim!Leo parecia não ter ouvido e, ao invés de atender ao seu desejo, ele apertou levemente as costas de sua mão. - Se está cansada, vá dormir logo.Mal terminou de falar, o homem fechou os olhos, ignorando completamente o olhar assassino de Ana.No meio deles estava Pedro, que naturalmente não podia fazer nada, mas experimentar um pouco de doçura não era pedir demais.Ana tentou puxar a mão, mas Leo a segurou com força. Ela também temia que seus movimentos incomodassem Pedro, que já estava adormecido.Ana só podia respirar fundo e dizer a si mesma para ser paciente. Ela apertou os olhos com força, forçando-se a dormir.Depois de um dia agitado, Ana estava um pouco cansada. Após a breve irritação, a exaustão tomou conta de seu corpo e sua respiração gradualmente se acalmou.Quando Leo percebeu que tudo havia se acalmado, ele abriu os lindos olhos amendoados e um sorris
Ao ouvir o tom de voz de Claudia, Ana percebeu que algo estava errado e rapidamente abriu o celular para fazer uma pesquisa. Ao abrir o aplicativo de notícias, uma manchete chamativa apareceu na primeira página: "Renomado médico estudioso no exterior, Paulo Santos, é exposto por usar medicamentos não aprovados em pacientes nacionais e ainda não fez nenhum pronunciamento sobre o assunto".Ana arregalou os olhos, olhando para aquela notícia, sem conseguir acreditar. Paulo, usando pacientes como cobaias? Como isso seria possível? Depois de tantos anos conhecendo Paulo, como Ana não poderia conhecer seu caráter? Aquele homem, que havia renunciado à fortuna tentadora da família Santos para estudar medicina, como poderia cometer tal ato que manchava sua profissão sagrada? Ana imediatamente continuou lendo, a notícia descrevia detalhadamente como Paulo usava métodos fraudulentos para administrar medicamentos que não passaram nos testes de segurança em pacientes. Com muitos termos técnic