No entanto, apesar de seus pensamentos, Ana ainda tinha Pedro em seus braços, e não poderia simplesmente se deixar levar pela raiva. Ela ficou ali, o rosto avermelhado em silêncio, enquanto mentalmente maldizia Leo cem vezes. Vendo a frustração de Ana, que estava com raiva, mas não se atrevia a expressá-la, o sorriso no canto da boca de Leo se aprofundou. No entanto, ele não tinha mais intenção de provocá-la. Seu jeito, se pressionado demais, poderia levá-la a reagir como um animal acuado.Depois de um tempo aninhado no colo de Ana, Pedro levantou a cabeça, notou que seu rosto estava vermelho e estendeu a mão para tocá-la. - Mamãe, seu rosto está quente. Você está com febre? - Não, só estou um pouco quente.Ana respondeu, tentando disfarçar seu desconforto.- Está quente? Pedro notou que o clima não estava tão quente assim.- Eu estava me exercitando um pouco, por isso estou um pouco quente. Mas chega de falar sobre isso, Pedro, está na hora de você escovar os dentes e ir para a cam
Enquanto Leo falava, ele fez uma reverência perfeita de cavaleiro. Ana tossiu levemente, ignorando-o.- Pedro, hora de dormir.- Entendi, mamãe.Pedro também estava um pouco cansado. Subiu na cama, deitando-se bem no meio, com Ana ao seu lado esquerdo. Do outro lado, Leo olhava silenciosamente para a cena de Ana ajudando o pequeno a dormir.Para Pedro, esta era a primeira vez que ele ia dormir com a mãe à esquerda e o pai à direita. Normalmente, era o que ele ouvia dizer sobre outros pais e mães. Experimentando isso pela primeira vez, ele estava um pouco animado e curioso. Um sorriso apareceu no rosto de Pedro. Vendo a felicidade do filho, Ana também ficou feliz. Ela apertou o narizinho macio de Pedro.- O que houve, tão feliz? Pensou em algo divertido?- Hum... Nada.Claro, Pedro não revelaria seus verdadeiros pensamentos, mas seus olhos inevitavelmente se desviaram na direção de Leo. Ana notou isso e sentiu um pouco de melancolia. Mesmo que ela tentasse dar todo o seu amor a Pedro, s
Sentindo o calor na palma da mão de Leo, Ana ficou ainda mais irritada. Ela abaixou a voz e disse. - Tire sua mão de mim!Leo parecia não ter ouvido e, ao invés de atender ao seu desejo, ele apertou levemente as costas de sua mão. - Se está cansada, vá dormir logo.Mal terminou de falar, o homem fechou os olhos, ignorando completamente o olhar assassino de Ana.No meio deles estava Pedro, que naturalmente não podia fazer nada, mas experimentar um pouco de doçura não era pedir demais.Ana tentou puxar a mão, mas Leo a segurou com força. Ela também temia que seus movimentos incomodassem Pedro, que já estava adormecido.Ana só podia respirar fundo e dizer a si mesma para ser paciente. Ela apertou os olhos com força, forçando-se a dormir.Depois de um dia agitado, Ana estava um pouco cansada. Após a breve irritação, a exaustão tomou conta de seu corpo e sua respiração gradualmente se acalmou.Quando Leo percebeu que tudo havia se acalmado, ele abriu os lindos olhos amendoados e um sorris
Ao ouvir o tom de voz de Claudia, Ana percebeu que algo estava errado e rapidamente abriu o celular para fazer uma pesquisa. Ao abrir o aplicativo de notícias, uma manchete chamativa apareceu na primeira página: "Renomado médico estudioso no exterior, Paulo Santos, é exposto por usar medicamentos não aprovados em pacientes nacionais e ainda não fez nenhum pronunciamento sobre o assunto".Ana arregalou os olhos, olhando para aquela notícia, sem conseguir acreditar. Paulo, usando pacientes como cobaias? Como isso seria possível? Depois de tantos anos conhecendo Paulo, como Ana não poderia conhecer seu caráter? Aquele homem, que havia renunciado à fortuna tentadora da família Santos para estudar medicina, como poderia cometer tal ato que manchava sua profissão sagrada? Ana imediatamente continuou lendo, a notícia descrevia detalhadamente como Paulo usava métodos fraudulentos para administrar medicamentos que não passaram nos testes de segurança em pacientes. Com muitos termos técnic
Agora, Ana estava completamente certa de que todas essas coisas estavam acontecendo por causa dela.Pedro foi sequestrado sem motivo aparente e apenas o esconderam em uma lata de lixo no hospital. Paulo foi injustamente acusado de usar substâncias proibidas. Sua mãe, no exterior, sendo alvo desses métodos de intimidação baixos.Claramente, as coisas não eram tão simples assim. Tudo parecia suspeito e apontava para a mesma pessoa, alguém que planejava atacar as pessoas ao seu redor.Mas qual era o objetivo dessa pessoa?Ana não conseguia entender completamente, mas agora não era o momento para pensar nessas coisas. - Cuide bem da minha mãe. Vou transferir dinheiro para você em breve. Entre em contato com uma empresa de segurança local para garantir a segurança de vocês. Vou resolver essa situação o mais rápido possível. Nesses tempos, evite sair muito e fique atenta à segurança.Depois de desligar o telefone, Ana imediatamente transferiu uma grande quantia de dinheiro para a conta da e
Assim que a mensagem chegou, Ana ficou imediatamente em alerta. Ela verificou o número e viu que era de alguém com quem nunca havia tido contato. Será que era o responsável por trás de tudo, finalmente inquieto? Ana conteve sua ansiedade e respondeu: "Quem é você e o que você quer de mim afinal?" A resposta veio rapidamente do outro lado: "Parece que você está bastante incomodada. Se quiser saber, que tal nos encontrarmos pessoalmente em algum lugar? Fique tranquila, não vou te fazer mal." Ana franziu a testa ao ler a mensagem. Essa pessoa sugeriu um encontro tão facilmente, ela sentia que havia algo sinistro por trás disso. Portanto, ela não respondeu com pressa. "Claro, você também pode não vir. A menos que não se importe de sua mãe no exterior receber mais alguns 'presentinhos' fofos..." Ao ver que Ana não respondia, a pessoa do outro lado enviou outra mensagem rapidamente. Embora as palavras fossem muito simples, elas tinham um tom ameaçador. Ana cerrava os punhos, seu ros
A pessoa diante dela não era ninguém mais, ninguém menos, além de Mariana. Ao ver Ana se aproximar, sua expressão era calma, até mesmo elegante, enquanto segurava delicadamente a xícara em suas mãos e dava um leve gole no café. No entanto, sua postura tranquila só fazia Ana sentir sua hipocrisia.- Afinal, todas essas coisas foram feitas por você? - Ana se aproximou, sua voz tremendo de raiva.- Srta. Ana, você ainda precisa que eu lembre sobre suas maneiras? Mariana colocou a xícara de lado, sorriu de forma sutil, levantou-se e olhou para Ana de cima. - Você não se lembra de eu ter lhe avisado antes para não se aproximar de Leo e não ter pensamentos inadequados? Já que você não ouve conselhos, naturalmente eu preciso te ensinar uma lição.As palavras de Mariana soaram extremamente convincentes, como se todos os erros fossem culpa de Ana. Essa atitude deixou Ana, que já estava nervosa, com uma raiva imediata. - Você não tem medo de sofrer as consequências por fazer algo assim? Vo
No final, Ana cedeu. - Então, o que você quer que eu faça para você parar? Vendo Ana finalmente deixando de lado seu orgulho anterior, Mariana sorriu vitoriosa e disse. - É muito simples, basta você seguir o que eu digo e fazer com que Leo desista completamente de você. Deixe este lugar, e eu naturalmente não vou mais te causar problemas.Mariana detalhou seu plano minuciosamente, enquanto Ana ouvia sem expressão.Neste ponto, ela não tinha mais espaço para recusar. Para proteger as pessoas ao seu redor, mesmo que relutante e insatisfeita, ela só poderia fazer como Mariana disse.No entanto, mesmo estando preparada mentalmente, após ouvir todos os planos de Mariana, Ana apertou silenciosamente os dedos debaixo da mesa.Era preciso dizer que este truque era realmente cruel. Se ela fizesse como foi dito, certamente Leo odiaria ela até os ossos.Se fosse antes, talvez ela até achasse que seria melhor assim, para evitar mais complicações entre os dois. Mas por algum motivo, neste moment