Ana se aproximou cambaleante, a beirada de um casaco visível na lixeira era idêntica à jaqueta que Pedro usava naquele dia. O respirar de Ana tremia. Ela abriu a lixeira, viu Pedro ali deitado.- Pedro?Ana estendeu a mão, tocou o pequeno corpo do garoto, mas Pedro não abriu os olhos. Ela rapidamente verificou a respiração de Pedro e descobriu que ele estava respirando normalmente. O coração de Ana que estava suspenso finalmente relaxou. Graças a Deus, Pedro estava apenas dormindo, e não... Algo irreversível que pudesse ter acontecido.Ana estendeu a mão e pegou o pequeno com cuidado, o sentimento de recuperar o que havia sido perdido quase fez com que ela derramasse lágrimas novamente. Leo se aproximou e, ao ver Ana segurando firmemente Pedro, disse rapidamente:- Está tudo bem, tudo bem. O importante é que ele foi encontrado.Depois de um tempo, quando os sentimentos de Ana se acalmaram um pouco, Leo falou novamente.- Ele dorme tão profundamente, provavelmente por causa de algum me
Ana se mantinha ali, ao lado de Pedro, com Leo ao seu lado. No entanto, Leo não estava simplesmente sentado ali aguardando, ele pediu a alguém que continuasse a investigar o que aconteceu. Como que de repente, por que aquele homem levou Pedro à força, ainda o deixou desacordado numa lixeira? Esse comportamento tão complicado era, realmente, estranho. Leo ligou para Ivan.- Como vai, encontrou alguma pessoa suspeita? - Senhor Leo, por enquanto não. - Ivan estava fora, observando as pessoas que entravam e saíam do hospital.Como eles não queriam fazer um alvoroço e despertar a atenção do suspeito, apenas discretamente colocaram alguém para vigiar o carro, mas depois de esperar tanto tempo, eles ainda não tinham descoberto quem era.- Assim que tiver notícias, contate-me imediatamente. Leo não disse mais nada, afinal, no monitoramento, só capturaram a silhueta do homem. Além de poder confirmar a altura e o físico dele, havia pouca informação útil. E pelo padrão de comportamento daquele
Ana abraçou Pedro com força, como se estivesse segurando um tesouro perdido e agora recuperado. Só Deus sabia o quanto seu coração sofreu nas poucas horas em que Pedro estava inconsciente. Este breve dia pareceu interminável e aterrorizante para ela. Ana continuou a abraçar Pedro por um bom tempo, antes de finalmente voltar à realidade, soltando o pequeno e olhando fixamente para ele. - Pedro, como você está se sentindo? Há algo incomodando você?Pedro também estava lentamente voltando à consciência. Ele piscou, vendo Ana olhando para ele preocupada. Seus olhos estavam vermelhos e inchados de chorar. O pequeno sentiu um aperto no coração, então, embora sua cabeça estivesse um pouco tonta e ele se sentisse um pouco enjoado, ele simplesmente balançou a cabeça.- Eu estou bem, mamãe. Ao ouvir essa resposta, um grande peso caiu do coração de Ana, mas as lágrimas ainda escorriam sem que ela percebesse. - Estou tão aliviada que você está bem, tão aliviada. Sinto muito, Pedro, foi minha cu
Ana sempre foi compreensiva com os pedidos de Pedro, desde que razoáveis. Agora, mais do que nunca, ao ver o pequeno ferido com aqueles olhos tristes, seu coração instantaneamente amoleceu. - Tudo bem, mamãe ficará aqui com você nos próximos dias. Somente então Pedro assentiu, aconchegando-se no colo de Ana, segurando firmemente suas roupas. Embora mantivesse a calma, era inegável que o acidente o havia assustado. Afinal, desde pequeno, o menino aprendeu várias técnicas de defesa com um soldado aposentado, considerando-se capaz de lidar com algum perigo. No entanto, este incidente mostrou que ele ainda era frágil. Leo observou a mãe e o filho aconchegados, seus olhos se escurecendo. A situação havia assustado a ambos. Ele precisava encontrar uma solução rapidamente. Mas, por enquanto, não conseguia pensar em nenhuma pista. A única pessoa que ele conhecia que poderia guardar tanto rancor contra Ana era da família Lopes. Depois do último incidente, ele já havia mandado Luana par
Depois de um tempo, Ivan chegou, trazendo a comida especialmente comprada. Ele também passou uma sacola respeitosamente para Leo.- Sr. Leo, aqui está o que você mencionou mais cedo, trouxe junto. Leo acenou com a cabeça, pegou as coisas e voltou para o quarto. O aroma da comida logo preencheu o pequeno espaço. Ana veio e colocou toda a comida na mesa. Para sua surpresa, tudo era do agrado de Pedro e dela.Ana ficou um pouco atordoada, não se lembrava de ter contado a Leo sobre as preferências de sabor dela e de Pedro.- Depois do nosso encontro no restaurante, eu anotei tudo. Leo, como se tivesse lido a mente de Ana, respondeu diretamente à sua pergunta interna. Ana olhou para a comida fumegante na mesa, não só era do gosto deles, mas também eram pratos leves, sem pimenta ou temperos fortes...Esse homem, em momentos como este, era bastante atencioso. Ana sentiu uma emoção momentânea, mas rapidamente escondeu suas expressões e ajudou a organizar a comida, para comer com Pedro.O jan
Ao ouvir isso, Pedro rapidamente recuou sua mão, pressionando com cautela o mecanismo de antes e guardando a lâmina. Logo em seguida, ele não conseguia parar de olhar para o novo brinquedo que tinha nas mãos, examinando-o de todos os ângulos. Esta era uma ótima ferramenta de autodefesa. Se alguém se aproximasse repentinamente dele, ele poderia atacá-lo diretamente com ela. Ao pensar nesta imagem, sentiu que o descontentamento que sofreu no dia se dissipou um pouco.Vendo a felicidade do garoto com o presente, Leo se sentiu justificado em ter passado por tantos problemas para ter o objeto feito sob medida.- E então, gostou?Pedro estava muito envolvido em seu novo brinquedo. Ao ouvir Leo, finalmente soltou o objeto e acenou com a cabeça sem hesitar.- Gostei.O menino hesitou por um momento antes de continuar.- Mas, isso é um presente para mim, ou tem algum tipo de condição de troca?Considerando suas interações anteriores com Leo, sempre envolvendo algum tipo de troca, ele naturalmen
Depois de falar, Pedro levantou seu pequeno punho, com um ar de "se você ousar ultrapassar a linha, eu vou te bater". Leo foi divertido pelo ar confiante do garoto, o pequeno ser, nem mesmo alcançando a cintura, se atrevia a ameaçar com seus punhos. Era uma verdadeira imagem de um bezerro recém-nascido sem medo do tigre...No entanto, Leo não deixou transparecer os pensamentos que corriam em sua mente. Afinal, se irritasse Pedro, seus planos iriam por água abaixo.- Feito. Pedro assentiu, e justo quando os dois tinham acabado de firmar seu segredo pacto, Ana, já de roupa trocada, saiu do banheiro. Temendo que ela perguntasse sobre a conversa, Pedro tomou a iniciativa de bajulá-la.- Mamãe, você fica muito bonita com essa roupa, a cor combina muito com você. Com essas palavras doces, o humor de Ana melhorou consideravelmente.- É mesmo? Ana se sentou na cama, esfregou a bochecha do garoto branco e macio com força.- Claro que é. A fala de Pedro estava um pouco embolada, mas ele não
No entanto, apesar de seus pensamentos, Ana ainda tinha Pedro em seus braços, e não poderia simplesmente se deixar levar pela raiva. Ela ficou ali, o rosto avermelhado em silêncio, enquanto mentalmente maldizia Leo cem vezes. Vendo a frustração de Ana, que estava com raiva, mas não se atrevia a expressá-la, o sorriso no canto da boca de Leo se aprofundou. No entanto, ele não tinha mais intenção de provocá-la. Seu jeito, se pressionado demais, poderia levá-la a reagir como um animal acuado.Depois de um tempo aninhado no colo de Ana, Pedro levantou a cabeça, notou que seu rosto estava vermelho e estendeu a mão para tocá-la. - Mamãe, seu rosto está quente. Você está com febre? - Não, só estou um pouco quente.Ana respondeu, tentando disfarçar seu desconforto.- Está quente? Pedro notou que o clima não estava tão quente assim.- Eu estava me exercitando um pouco, por isso estou um pouco quente. Mas chega de falar sobre isso, Pedro, está na hora de você escovar os dentes e ir para a cam