A partida repentina de Leo deixou Ana inexplicavelmente inquieta.Depois de pensar um pouco, ela decidiu ligar para Leo.O telefone tocou por um bom tempo antes de ser atendido, e a voz de Leo chegou distante, um tanto incerta.- Onde você está agora? Acordei de manhã e não te vi, aconteceu alguma coisa?- Não, estou só resolvendo alguns assuntos na empresa. Você sabe, Ivan está de partida, e isso tem causado um pouco de confusão por aqui.Leo ainda não queria que Ana soubesse das mudanças. Com dificuldade, o relacionamento dos dois finalmente havia descongelado, voltando ao antigo aconchego, e ele não queria começar tudo de novo.- Entendi. Então, fique aí ocupado que não vou te incomodar mais.Ana pensou que fazia sentido o que Leo dizia, então não questionou mais. Ela apenas pediu que ele não esquecesse de tomar café da manhã para não ficar com fome até o meio-dia e estragar o estômago. Depois disso, ela desligou o telefone.Ivan, que estava por perto, ouviu toda a conversa entre os
Ivan falou seriamente, mas Ana se sentia impotente. Compreendendo a razão dos eventos, ela não foi tão irracional a ponto de forçar Noemia a partir, mas pela expressão de Ivan, ele claramente acreditava que Ana era uma pessoa cruel e invejosa.Ana ficou um pouco triste, afinal, Ivan tinha sido amigável com ela antes, especialmente na família Santos, onde frequentemente oferecia ajuda. Assim, depois de pensar, Ana finalmente disse:- Você realmente acha que sou uma pessoa tão desonesta assim?Ivan hesitou. Se fosse a Ana que ele conhecia, certamente não seria assim. Por um bom tempo, ele a viu como uma garota bondosa e apoiou o relacionamento dela com Leo.No entanto, com a chegada de Noemia, Ana parecia ter mudado completamente, talvez movida pela inveja.- Não sei, mas o que sei é que você realmente machucou muito a Noemia.Ivan se recusou a responder diretamente.- Eu nunca quis machucá-la, inclusive nas poucas vezes anteriores, não fiz nada de errado.Ana, com essa atitude, irritou
Ao ouvir isso, Ivan sentiu que fazia sentido, mas, sendo uma sugestão de Ana, ele suspeitou que ela tinha segundas intenções.- Você não estaria querendo que eu mencionasse o namorado dela, para deixá-la triste e provocar um suicídio, assim ela não competiria mais com você pelo Sr. Leo, certo?Ana foi derrotada pela lógica completamente irracional de Ivan. Parecia que não conseguiria nenhuma pista dele; mesmo que ele soubesse algo, não diria a ela.- Pense o que quiser, eu estou ocupada com o trabalho e não vou procurá-la. Se está preocupado, fique de olho nela vinte e quatro horas por dia, para evitar problemas.Após dizer isso, Ana virou-se e foi embora.Ivan, agora confuso e sem sua habitual calma e discernimento, achou que não adiantava falar mais nada.Mas...Ana começou a pensar que talvez sua suposição fosse verdadeira. Se fosse o caso, quem estaria usando Noemia para arruinar seu relacionamento com Leo e, parecia, também prejudicar o Grupo Santos...Ana pensou, mas não tinha pi
Após um dia de trabalho sério, Ana, massageando os ombros doloridos, saiu do trabalho. Uma jovem no escritório, ao vê-la, não pôde evitar se aproximar e perguntar:- Ana, seu marido também vem buscá-la hoje?Ana imediatamente ficou um pouco envergonhada, corando, e balançou a cabeça.- Ele é sempre muito ocupado e não vem sempre.No coração, ela não pôde deixar de amaldiçoar Leo, culpando-o por ser tão ostentoso ontem e fazendo com que ela ficasse famosa involuntariamente na empresa. Sempre havia algumas jovens que corriam até ela perguntando como ela encontrou um marido assim. Algumas mulheres mais liberais pediam a Ana que as apresentasse a homens ricos no círculo social...Ana, claro, nunca faria tal coisa, e teve que gastar bastante tempo para explicar delicadamente que ela não poderia apresentar pessoas aleatoriamente a elas.Isso fez com que algumas jovens, ansiosas por encontrar namorados, ficassem insatisfeitas, achando que ela as desprezava e escondia segredos.Ana suspirou. Q
- Ana, como pode me ver e nem me cumprimentar? Mas, afinal, você prefere me chamar de tia ou cunhada?Rafaela observava o semblante aterrorizado de Ana com um prazer perverso. Parecia que, apesar de seu rosto ter sido desfigurado no passado, isso pelo menos havia incutido um medo profundo em Ana.Ana recuou até a porta, tocando discretamente a maçaneta. A porta não estava trancada, o que lhe deu um pouco mais de confiança.Mas Rafaela parecia ter percebido seus pensamentos.- Não pense em fugir. Há pessoas minhas lá fora, dois ex-militares de forças especiais. Capturá-la será um jogo de crianças. E nem pense em ligar secretamente para Leo. Instalei um bloqueador de sinal aqui. Seu telefone não funcionará!Ana congelou, ouvindo vozes masculinas do lado de fora, um pressentimento ruim a invadia.Mas ela se esforçou para manter a calma.- O que você quer, afinal?Ana sabia que estava em perigo, mas quanto maior o risco, mais calma ela precisava estar. Caso contrário, seria forçada a um be
Ana imediatamente sentiu os pelos se arrepiarem e começou a recuar lentamente.- Você está louca? Aqui é um shopping center. Se causar um escândalo, você também não conseguirá escapar. Além disso, eu chamei o Leo para me buscar. Ele chegará em breve!Rafaela, porém, não acreditava nas palavras de Ana.- O Leo está ocupado caçando um traidor na empresa. Você acha que eu não teria meus informantes por lá?Ana, suando frio, pensou rapidamente. Ela não podia ser capturada por Rafaela aqui; as consequências seriam terríveis. Assim, ela continuou recuando lentamente.De repente, abriu a porta e, de fato, havia dois homens altos do lado de fora. Por suas estaturas, eram claramente treinados e lutariam sem dúvida. Ana não tinha intenção de confrontá-los diretamente. No momento em que abriu a porta, pegou um spray de pimenta em sua bolsa e esguichou neles.Os dois homens imediatamente começaram a tossir e chorar. Aproveitando essa chance, Ana correu.- Inúteis! Vão atrás dela agora! - Rafaela
Mas ela pensou melhor e, considerando que Rafaela tinha se dado ao trabalho de até ligar um bloqueador de sinal de celular, provavelmente haveria guardas na porta. Se ela não se disfarçasse, dificilmente conseguiria sair. Ela assentiu e concordou com o plano.Depois de escapar, ela planejava explicar tudo direitinho para Leo. A situação era urgente, e ela acreditava que ele entenderia a gravidade.- Certo, vamos fazer como você disse.Quando Ana concordou, Paolo viu a confiança total em seus olhos. Por algum motivo, isso pesou em seu coração, mas rapidamente ele escondeu sua hesitação e culpa.- Eu vou ficar de olho no que está acontecendo lá fora. Daqui a pouco, você sai comigo, mas temos que ter cuidado para não sermos descobertos.- Eu entendi.Ana estava extremamente nervosa, observando atentamente qualquer movimento lá fora, e por isso não percebeu a expressão momentaneamente perturbada de Paolo.Depois de esperar um pouco e sem ouvir mais nenhum som vindo de fora, Ana seguiu as i
Ana se apressou a se sentir como se estivesse adormecida, mas neste sonho, ela não estava confortável. Seu corpo se revirava constantemente, com uma sensação de calor e agitação, embora já fosse outono...- Ana?Alguém chamava seu nome, uma voz suave e distante, quase um sussurro melódico. Ana tentou abrir os olhos, ansiosa por ver o rosto por trás daquela voz encantadora, mas uma névoa de sonolência a mantinha presa em um limiar entre o sono e a realidade. Ela mexeu os lábios, tentando formar palavras, mas sua voz era apenas um sopro inaudível, sem forças em todo o corpo, como se estivesse envolvida por uma teia invisível de fraqueza e mistério...O que estava acontecendo com ela afinal?Ana percebeu que algo estava errado, mas a voz ao seu redor lentamente desapareceu, substituída por dedos frios desabotoando suas roupas.- Ana, desculpe, mas eu não tenho outra escolha...Uma voz grave soou ao seu ouvido. Ana tentou identificar quem era, mas sua mente estava confusa, incapaz de pensa