Ana imediatamente sentiu os pelos se arrepiarem e começou a recuar lentamente.- Você está louca? Aqui é um shopping center. Se causar um escândalo, você também não conseguirá escapar. Além disso, eu chamei o Leo para me buscar. Ele chegará em breve!Rafaela, porém, não acreditava nas palavras de Ana.- O Leo está ocupado caçando um traidor na empresa. Você acha que eu não teria meus informantes por lá?Ana, suando frio, pensou rapidamente. Ela não podia ser capturada por Rafaela aqui; as consequências seriam terríveis. Assim, ela continuou recuando lentamente.De repente, abriu a porta e, de fato, havia dois homens altos do lado de fora. Por suas estaturas, eram claramente treinados e lutariam sem dúvida. Ana não tinha intenção de confrontá-los diretamente. No momento em que abriu a porta, pegou um spray de pimenta em sua bolsa e esguichou neles.Os dois homens imediatamente começaram a tossir e chorar. Aproveitando essa chance, Ana correu.- Inúteis! Vão atrás dela agora! - Rafaela
Mas ela pensou melhor e, considerando que Rafaela tinha se dado ao trabalho de até ligar um bloqueador de sinal de celular, provavelmente haveria guardas na porta. Se ela não se disfarçasse, dificilmente conseguiria sair. Ela assentiu e concordou com o plano.Depois de escapar, ela planejava explicar tudo direitinho para Leo. A situação era urgente, e ela acreditava que ele entenderia a gravidade.- Certo, vamos fazer como você disse.Quando Ana concordou, Paolo viu a confiança total em seus olhos. Por algum motivo, isso pesou em seu coração, mas rapidamente ele escondeu sua hesitação e culpa.- Eu vou ficar de olho no que está acontecendo lá fora. Daqui a pouco, você sai comigo, mas temos que ter cuidado para não sermos descobertos.- Eu entendi.Ana estava extremamente nervosa, observando atentamente qualquer movimento lá fora, e por isso não percebeu a expressão momentaneamente perturbada de Paolo.Depois de esperar um pouco e sem ouvir mais nenhum som vindo de fora, Ana seguiu as i
Ana se apressou a se sentir como se estivesse adormecida, mas neste sonho, ela não estava confortável. Seu corpo se revirava constantemente, com uma sensação de calor e agitação, embora já fosse outono...- Ana?Alguém chamava seu nome, uma voz suave e distante, quase um sussurro melódico. Ana tentou abrir os olhos, ansiosa por ver o rosto por trás daquela voz encantadora, mas uma névoa de sonolência a mantinha presa em um limiar entre o sono e a realidade. Ela mexeu os lábios, tentando formar palavras, mas sua voz era apenas um sopro inaudível, sem forças em todo o corpo, como se estivesse envolvida por uma teia invisível de fraqueza e mistério...O que estava acontecendo com ela afinal?Ana percebeu que algo estava errado, mas a voz ao seu redor lentamente desapareceu, substituída por dedos frios desabotoando suas roupas.- Ana, desculpe, mas eu não tenho outra escolha...Uma voz grave soou ao seu ouvido. Ana tentou identificar quem era, mas sua mente estava confusa, incapaz de pensa
Inicialmente, Paolo pareceu resistir, mas ele não era páreo para Leo. Com apenas dois socos, Paolo caiu no chão, lutando apenas para respirar sob os golpes.Leo, aparentemente insensível, continuou a esmagar seus punhos na face e no corpo de Paolo, em uma frenesia implacável, como se não fosse parar até matá-lo.Os jornalistas ao redor, que inicialmente queriam capturar um escândalo de infidelidade da esposa do CEO do Grupo Santos, sentiram suas pernas fraquejarem ao testemunhar a cena.Leo, em sua frenesia, parecia ter perdido toda a razão, quase matando o homem à pancadas!Embora essa raiva fosse compreensível, um homicídio ali seria uma questão gravíssima.Ivan também chegou ao local. Vendo o que estava acontecendo, manteve uma fração de calma e imediatamente se dirigiu aos seus homens.- Expulsem esses jornalistas, apaguem todas as fotos e vídeos que tiraram, e destruam os cartões de memória!Apesar de detestar Ana, Ivan sabia que se o vídeo comprometedor dela vazasse, seria um gol
Ana, após testemunhar tudo, ficou com a mente vazia, cobrindo seu corpo apenas com um cobertor. Passado um tempo, ela levantou a cabeça e encontrou os olhos de Leo, que a observavam. No olhar do homem, havia raiva, mas predominavam a incompreensão e a dor, e até um certo embaraço indescritível. Ana abriu a boca, querendo se explicar, mas sua voz estava rouca, e ela não conseguiu dizer nada. Afinal, o que tinha acontecido? Ela mesma não sabia. Que explicação poderia dar?Assim, aquela mistura complexa de sentimentos transformou-se em um suspiro amargo. Ao ver Ana nesse estado, o coração de Leo foi atravessado por milhares de espadas, uma dor lancinante e insuportável. Para ele, o silêncio dela parecia uma fuga culposa.O silêncio se espalhou pelo quarto espaçoso. Após um tempo, a pessoa que havia levado os jornalistas embora retornou.- Já conferi as câmeras deles, tudo foi deletado e os cartões de memória foram destruídos.- Sr. Leo, vou levar este homem agora. Acho que depois você vai
Ana não conseguiu escapar dele. Ao observar a expressão de Leo, sentiu seu coração afundar lentamente. Com o passar do tempo, ela começou a se entorpecer e até pensou que, talvez, sentir dor fosse bom, pois, às vezes, a dor tornava as pessoas mais lúcidas. Como agora, ela realmente precisava pensar em como explicar a situação para Leo. Ela se perguntava se ele acreditaria que tudo poderia ser uma conspiração de Rafaela.Enquanto ela refletia, a mão de Leo tocou sua coxa, parecendo querer explorar um lugar mais íntimo. A respiração do homem ficou mais pesada, e Ana chegou a sentir um leve cheiro de sangue. No instante seguinte, uma dor aguda a invadiu. Ana gritou e o empurrou.- Não!Leo, contudo, parecia enlouquecido e ignorou completamente a resistência de Ana. Com uma mão, ele controlou o braço dela, prendendo-a firmemente na cama, sem se mover.- Por que não? Quando estava com ele, você também recusava assim ou gostava?A voz de Leo estava rouca, cada palavra carregada de uma dor re
- Você ainda não acredita em mim, não é? Ou acha que estou te enganando?Ana de repente se sentiu emocionalmente desmoronada.Para ser honesta, todas essas coisas vieram tão de repente, e a vítima mais afetada, deveria ser ela.O homem à sua frente só mostrava raiva e decepção, ele ainda desconfiava dela.- Não preciso que você acredite, eu vou encontrar uma maneira de conseguir as provas.Ana, de repente, encontrou uma força interior e empurrou Leo com força.Ela se apoiou no corpo fraco e trêmulo, levantou da cama com dificuldade, suportando o desconforto físico, querendo se vestir e sair dali.Leo, vendo ela agindo assim, rapidamente segurou sua mão.- Ana, para onde você vai?- Vou procurar Rafaela, eu tenho que descobrir as provas de tudo que ela está por trás, e também Paolo, ele deve saber de alguma coisa, eu não posso ficar aqui...Ana estava com um olhar distante, mas continuava murmurando sem parar.Ela não queria mais se sentir impotente, como quando foi encharcada de sujeir
Diante da situação atual, naturalmente o interrogatório se voltaria para Paolo.Ali, qualquer pessoa capturada estaria presa, sem chances de escapar, e não havia preocupação com a criação de tumulto.- Hum, eu já estou voltando. - Leo disse, cansado, e depois, com um toque de culpa indescritível. - Sorte a minha que você ainda não tinha ido, senão...Leo, lembrando-se de como agiu irracionalmente antes, despreocupado com tudo, quase matando Paolo na frente de tantos jornalistas, sentiu um calafrio.Se Ivan não tivesse intervido a tempo, as consequências seriam inimagináveis.- Ajudar o Sr. Leo é, afinal, minha missão. - Ivan falou calmamente, sem qualquer intenção de lisonja. Independentemente de sua posição, ele não queria que Leo se metesse em problemas.Em seguida, Ivan hesitou por um momento.- Sr. Leo, como pretende lidar com a Srta. Ana?A expressão de Leo escureceu um pouco, olhando pelo espelho retrovisor para Ana, que ainda estava inconsciente.- Primeiro um interrogatório, ai