Ao ouvir isso, Ivan sentiu que fazia sentido, mas, sendo uma sugestão de Ana, ele suspeitou que ela tinha segundas intenções.- Você não estaria querendo que eu mencionasse o namorado dela, para deixá-la triste e provocar um suicídio, assim ela não competiria mais com você pelo Sr. Leo, certo?Ana foi derrotada pela lógica completamente irracional de Ivan. Parecia que não conseguiria nenhuma pista dele; mesmo que ele soubesse algo, não diria a ela.- Pense o que quiser, eu estou ocupada com o trabalho e não vou procurá-la. Se está preocupado, fique de olho nela vinte e quatro horas por dia, para evitar problemas.Após dizer isso, Ana virou-se e foi embora.Ivan, agora confuso e sem sua habitual calma e discernimento, achou que não adiantava falar mais nada.Mas...Ana começou a pensar que talvez sua suposição fosse verdadeira. Se fosse o caso, quem estaria usando Noemia para arruinar seu relacionamento com Leo e, parecia, também prejudicar o Grupo Santos...Ana pensou, mas não tinha pi
Após um dia de trabalho sério, Ana, massageando os ombros doloridos, saiu do trabalho. Uma jovem no escritório, ao vê-la, não pôde evitar se aproximar e perguntar:- Ana, seu marido também vem buscá-la hoje?Ana imediatamente ficou um pouco envergonhada, corando, e balançou a cabeça.- Ele é sempre muito ocupado e não vem sempre.No coração, ela não pôde deixar de amaldiçoar Leo, culpando-o por ser tão ostentoso ontem e fazendo com que ela ficasse famosa involuntariamente na empresa. Sempre havia algumas jovens que corriam até ela perguntando como ela encontrou um marido assim. Algumas mulheres mais liberais pediam a Ana que as apresentasse a homens ricos no círculo social...Ana, claro, nunca faria tal coisa, e teve que gastar bastante tempo para explicar delicadamente que ela não poderia apresentar pessoas aleatoriamente a elas.Isso fez com que algumas jovens, ansiosas por encontrar namorados, ficassem insatisfeitas, achando que ela as desprezava e escondia segredos.Ana suspirou. Q
- Ana, como pode me ver e nem me cumprimentar? Mas, afinal, você prefere me chamar de tia ou cunhada?Rafaela observava o semblante aterrorizado de Ana com um prazer perverso. Parecia que, apesar de seu rosto ter sido desfigurado no passado, isso pelo menos havia incutido um medo profundo em Ana.Ana recuou até a porta, tocando discretamente a maçaneta. A porta não estava trancada, o que lhe deu um pouco mais de confiança.Mas Rafaela parecia ter percebido seus pensamentos.- Não pense em fugir. Há pessoas minhas lá fora, dois ex-militares de forças especiais. Capturá-la será um jogo de crianças. E nem pense em ligar secretamente para Leo. Instalei um bloqueador de sinal aqui. Seu telefone não funcionará!Ana congelou, ouvindo vozes masculinas do lado de fora, um pressentimento ruim a invadia.Mas ela se esforçou para manter a calma.- O que você quer, afinal?Ana sabia que estava em perigo, mas quanto maior o risco, mais calma ela precisava estar. Caso contrário, seria forçada a um be
Ana imediatamente sentiu os pelos se arrepiarem e começou a recuar lentamente.- Você está louca? Aqui é um shopping center. Se causar um escândalo, você também não conseguirá escapar. Além disso, eu chamei o Leo para me buscar. Ele chegará em breve!Rafaela, porém, não acreditava nas palavras de Ana.- O Leo está ocupado caçando um traidor na empresa. Você acha que eu não teria meus informantes por lá?Ana, suando frio, pensou rapidamente. Ela não podia ser capturada por Rafaela aqui; as consequências seriam terríveis. Assim, ela continuou recuando lentamente.De repente, abriu a porta e, de fato, havia dois homens altos do lado de fora. Por suas estaturas, eram claramente treinados e lutariam sem dúvida. Ana não tinha intenção de confrontá-los diretamente. No momento em que abriu a porta, pegou um spray de pimenta em sua bolsa e esguichou neles.Os dois homens imediatamente começaram a tossir e chorar. Aproveitando essa chance, Ana correu.- Inúteis! Vão atrás dela agora! - Rafaela
Mas ela pensou melhor e, considerando que Rafaela tinha se dado ao trabalho de até ligar um bloqueador de sinal de celular, provavelmente haveria guardas na porta. Se ela não se disfarçasse, dificilmente conseguiria sair. Ela assentiu e concordou com o plano.Depois de escapar, ela planejava explicar tudo direitinho para Leo. A situação era urgente, e ela acreditava que ele entenderia a gravidade.- Certo, vamos fazer como você disse.Quando Ana concordou, Paolo viu a confiança total em seus olhos. Por algum motivo, isso pesou em seu coração, mas rapidamente ele escondeu sua hesitação e culpa.- Eu vou ficar de olho no que está acontecendo lá fora. Daqui a pouco, você sai comigo, mas temos que ter cuidado para não sermos descobertos.- Eu entendi.Ana estava extremamente nervosa, observando atentamente qualquer movimento lá fora, e por isso não percebeu a expressão momentaneamente perturbada de Paolo.Depois de esperar um pouco e sem ouvir mais nenhum som vindo de fora, Ana seguiu as i
Ana se apressou a se sentir como se estivesse adormecida, mas neste sonho, ela não estava confortável. Seu corpo se revirava constantemente, com uma sensação de calor e agitação, embora já fosse outono...- Ana?Alguém chamava seu nome, uma voz suave e distante, quase um sussurro melódico. Ana tentou abrir os olhos, ansiosa por ver o rosto por trás daquela voz encantadora, mas uma névoa de sonolência a mantinha presa em um limiar entre o sono e a realidade. Ela mexeu os lábios, tentando formar palavras, mas sua voz era apenas um sopro inaudível, sem forças em todo o corpo, como se estivesse envolvida por uma teia invisível de fraqueza e mistério...O que estava acontecendo com ela afinal?Ana percebeu que algo estava errado, mas a voz ao seu redor lentamente desapareceu, substituída por dedos frios desabotoando suas roupas.- Ana, desculpe, mas eu não tenho outra escolha...Uma voz grave soou ao seu ouvido. Ana tentou identificar quem era, mas sua mente estava confusa, incapaz de pensa
Inicialmente, Paolo pareceu resistir, mas ele não era páreo para Leo. Com apenas dois socos, Paolo caiu no chão, lutando apenas para respirar sob os golpes.Leo, aparentemente insensível, continuou a esmagar seus punhos na face e no corpo de Paolo, em uma frenesia implacável, como se não fosse parar até matá-lo.Os jornalistas ao redor, que inicialmente queriam capturar um escândalo de infidelidade da esposa do CEO do Grupo Santos, sentiram suas pernas fraquejarem ao testemunhar a cena.Leo, em sua frenesia, parecia ter perdido toda a razão, quase matando o homem à pancadas!Embora essa raiva fosse compreensível, um homicídio ali seria uma questão gravíssima.Ivan também chegou ao local. Vendo o que estava acontecendo, manteve uma fração de calma e imediatamente se dirigiu aos seus homens.- Expulsem esses jornalistas, apaguem todas as fotos e vídeos que tiraram, e destruam os cartões de memória!Apesar de detestar Ana, Ivan sabia que se o vídeo comprometedor dela vazasse, seria um gol
Ana, após testemunhar tudo, ficou com a mente vazia, cobrindo seu corpo apenas com um cobertor. Passado um tempo, ela levantou a cabeça e encontrou os olhos de Leo, que a observavam. No olhar do homem, havia raiva, mas predominavam a incompreensão e a dor, e até um certo embaraço indescritível. Ana abriu a boca, querendo se explicar, mas sua voz estava rouca, e ela não conseguiu dizer nada. Afinal, o que tinha acontecido? Ela mesma não sabia. Que explicação poderia dar?Assim, aquela mistura complexa de sentimentos transformou-se em um suspiro amargo. Ao ver Ana nesse estado, o coração de Leo foi atravessado por milhares de espadas, uma dor lancinante e insuportável. Para ele, o silêncio dela parecia uma fuga culposa.O silêncio se espalhou pelo quarto espaçoso. Após um tempo, a pessoa que havia levado os jornalistas embora retornou.- Já conferi as câmeras deles, tudo foi deletado e os cartões de memória foram destruídos.- Sr. Leo, vou levar este homem agora. Acho que depois você vai