Eu me sinto pior com o comentário dele. A vida tem sido um buraco negro desde que meu pai morreu. Não foi fácil encarar a vida sem ele e somando-se a isso eu me vi preso a Khadija e eu não tive forças para tirá-la da minha vida. Esse tempo todo tenho usado de desculpas para mantê-la ao meu lado. —Walter. Negocia por fora com seu amigo. Veja quanto ele quer para que isso não seja publicado. Ele aperta os lábios contrariado. —Rashid. Tudo bem, eu vejo. Mas você só está adiando o inevitável. É questão de tempo essa notícia vai estourar. Você teve a felicidade de saber por mim antecipadamente, mas a sorte nem sempre estará ao seu lado. Infelizmente minha vida de bilionário solteiro alimentou esses abutres com histórias ao meu respeito, com altas expectativas sobre a mulher que ganharia meu coração. Quando eles souberem da minha escolha eles irão massacrá-la. Eu me mantenho em silêncio por algum tempo a fim de analisar os argumentos dele. Eu estou adiando o inevitável. Tudo para sati
Consigo ver o que eu vi nele, e não é simplesmente o fato de ser lindo de morrer. Rashid alastra uma bondade serena, é seguro de si, calmo, apaziguador. Sei que debaixo de tudo isso ele é um lobo com pele de cordeiro. Mas ele não me enganou, ele me alertou quem era ele; Naquele espaço entre sonho e ponto final. Seguro sua mão, e com uma vírgula, eu o sigo. Estou com o coração agitado e ao mesmo tempo apertado. Despedidas não são fáceis. Ele me leva até seu quarto, então fecha a porta e se vira para mim. Eu estou parada ali no meio do quarto, ofegante. Seus olhos negros têm mais ternura que desejo. Ele sempre consegue me confundir com eles. Muitas vezes vi amor neles, mas pelo visto eu estava enganada. Ele caminha em minha direção e vai até minhas costas. Abre o vestido fazendo-o deslizar pelo meu corpo. Então tira o colar de pérolas que ele me deu. Olhando-me nos olhos, ele retira meu sutiã. Eu me encosto a ele, que me abraça e me beija com muita delicadeza o meu pescoço e sinto
Rashid Ela está linda deitada na cama, sua visão é erótica e ao mesmo tempo terna. O cabelo dela brilha e a sua pele é macia e convidativa. Sinto sua mão nas minhas costas, puxando-me para mais perto. Então eu passo minha língua por entre os seus seios, pela sua barriga e vou seguindo até seus pelos pubianos e chego no meio de suas pernas. Continuo provocando-lhe sensações com a minha boca, sem apressar o movimento, despertando-lhe uma sensação erótica, e assim vou até suas partes íntimas. Eu me demoro lá, até ela não suportar mais e começar a implorar para eu estar dentro dela. A cada gemido dela fico cada vez mais excitado. Subo e faço a mesma coisa aos seios. Depois de um bom tempo ofegando e gemendo e latejando por mim e a puxo pelos quadris. Ela me puxa para si, arqueando as costas enquanto eu me movo lentamente sobre ela. Quando eu a penetro, ela fecha os olhos com um suspiro. Ah, Allah! Ela geme. Sinto ela pulsar e eu fecho os olhos com força, gemendo com as ondas de pra
Rashid Allah! Ela me ama? Foi o que ela disse. Minha respiração sai ofegante do meu peito. Estou confuso agora, tão confuso. Não esperava as palavras dela. Sua declaração. Nem sua negativa eu esperava. Meu lado racional estava sendo empurrado pelo meu lado emocional que queria ganhar espaço dentro do meu peito. Aquele Rashid que rejeitava uma relação séria com a odalisca está se apagando e dando lugar a outro homem. Levanto da cama ainda ofegante. Ainda sem saber o que fazer com esses sentimentos que estão ganhando espaço dentro do meu peito. Allah! Ela não aceitou minha proposta. Se fosse uma mulher interesseira sem princípios, ela teria aceito. Ela estava esse tempo todo ao meu lado por amor? Suas palavras mudam tudo! Allah! Incrível que precisou apenas de alguns segundos para eu perceber que tenho colocado as origens de Khadija como muleta para proteger o meu coração. Respiro fundo, com vontade de ir até seu quarto e pedir que ela fique. Mas não tenho cara para enfrentá-la ag
Depois que meu irmão morreu, eu sumi. Ele só veio a me encontrar no dia que ele me viu com Rashid. Sei que ele deve estar chateado comigo. Afinal, ele acreditava que tinha ficado um laço de amizade entre nós e ficou, mas eu que não estava em condições na época de continuar a amizade com ele.Como lhe dizer que eu devia o tratamento do meu irmão no hospital?Como lhe contar que eu tinha me mudado para um albergue feminino?—Depois que meu irmão morreu, eu me afastei de tudo e todos. Sei que deve estar chateado comigo.Ele cruza os braços e me encara.—Sim. Eu não esperava que você fosse sumir do mapa. Uma lágrima escorre no meu rosto.—Eu tive meus motivos para isso.Roger empurra sua cadeira até ela ficar próxima da minha.—Khadija. Seja o que for que você tenha para falar, se abra comigo. Não vou julgá-la, prometo.Eu assinto. A vergonha me engole e baixo os olhos. Sua voz é paciente quando ele diz:— Não precisa ficar assim. Eu te conheço. Sei a mulher que você é. O que aconteceu?
Rashid Descalço, em pé na varanda da casa, fico a olhar Khadija partir. Agitado, e incomodado que ela tenha saído sem tomar café comigo. Sei que ontem, de certa forma, foi uma despedida. Reprimo a vontade de correr até ela como um idiota. Mesmo agora, no dia seguinte, mesmo pensando com a cabeça certa, e mais centrado, criou-se em mim o desejo de ficar com Khadija. Eu não só quero ela na minha cama, mas eu a quero na minha vida também. Só que eu não contava que ela fosse embora tão cedo. Achei que conversaríamos um pouco. Pensei que ela fosse me participar de seus planos, o que faria daqui por diante e então eu a surpreenderia pedindo para ela ficar. Vou até meu quarto me sentindo ansioso para ligar para o hotel e saber se ela chegou bem. Pego o primeiro terno que encontro e da mesma forma a camisa a gravata. Tomo um banho e me apronto para ir ao trabalho. Na sala eu lanço um olhar para o lugar vago na mesa. A ausência de Khadija aperta meu coração... Pego o telefone entendendo
Khadija Dois dias depois de sair da casa de Rashid... Sim estou grávida. Penso, sentada na privada observando o teste de plástico mostrar, lentamente, uma linha cor de rosa e depois outra. Allah! Fiquei como em transe olhando o teste. À noite Roger vai me visitar na minha casa provisória e eu mostro o resultado para ele. Então eu choro. Ele me consola e depois me explica a necessidade do exame pré-natal e as vitaminas que eu tenho que tomar. Eu me preveni com anticoncepcional, mas acho que devo ter esquecido de tomar algum dia. Ou foi o remédio de dor de garganta que cortou o efeito do remédio? Bem, agora não adiantava me lamentar. Quando Roger sai, entro no chuveiro e, em seguida, coloco um pijama e rastejo para a cama. Não gostaria de colocar uma criança no mundo sem um pai. Eu não tive um, e sei o quanto sofri por isso. Choro um bom tempo, até exaurida, dormir. Rashid Uma semana sem Khadija, Allah! Estou enlouquecendo... Faz uma semana que que não tenho notícias de Khadija
Numa retrospectiva eu me lembro então do momento que eu a conheci.:Depois que a livro da arremetida daqueles caras, eu pude reparar melhor na garota.Ela é linda, embora seus olhos estejam muito maquiados para o meu gosto. Aquele idiota corre de mim e ela levanta seus olhos. Seu olhar é tímido e não combina em nada com sua aparência, nem com sua beleza exótica.Ela treme muito. Sua fragilidade me toca e algo quente vibra dentro de mim, bem lá no fundo, nos lugares onde as coisas sempre ficam frias e controladas. Um lugar onde nada pode me tocar. Imediatamente sento uma faísca de desconforto por isso.— Você está bem? — Eu pergunto e dou um passo à frente atraído como mariposa pela luz.— Sim, eu estou bem. —Suas palavras saem um pouco roucas e tão suaves de seus lábios brilhantes. Seus olhos pintados revelam um olhar doce com um toque sensual. Essa mistura explosiva faz com que meu coração se agite no meu peito.A brisa joga seus cabelos sobres os ombros, e os cachos negros liberam u