Mariana chegou ao hospital como de costume, já habituada à rotina intensa dos plantões. A recepção estava movimentada, enfermeiros passavam de um lado para o outro, e as vozes dos pacientes enchiam o ambiente. Ela vestiu o jaleco e seguiu para a sala de prontuário, onde as equipes se reuniam para a troca de turno. Ao se aproximar, percebeu que algumas das enfermeiras cochichavam entre si, mas logo silenciaram ao notá-la entrando. O silêncio repentino a deixou desconfortável, mas Mariana escolheu ignorar. — Bom dia! — disse ela, forçando um sorriso. Uma das enfermeiras, Letícia, respondeu de forma mecânica, passando rapidamente os relatórios do plantão da noite. — Hoje quem vai assumir o plantão é o Dr. Lucas. O Dr. Alencar teve uma emergência fora daqui — informou Letícia, sem olhar diretamente para Mariana. Mariana sentiu um leve frio na barriga ao ouvir o nome de Lucas. Ela suspirou, tentando manter a compostura. — Tudo bem, obrigada, Letícia — respondeu ela, pegando os
A cirurgia havia corria bem. O clima tenso da sala de cirurgia se dissipava à medida que o procedimento avançava sem maiores complicações. Quando a cirurgia terminou, Gabriel deu os últimos comandos, entregando o caso para o pós-operatório. Ele lançou um olhar rápido para Mariana, mas logo seguiu para fora da sala, conversando com os demais médicos.Mariana, por sua vez, organizou o restante dos materiais e preparou o pós-operatório, mantendo sua concentração apesar do peso emocional que começava a surgir. Após garantir que tudo estava em ordem, ela finalmente se preparou para tirar um momento de descanso.Enquanto caminhava pelos corredores quase desertos do hospital, sentiu uma mão firme segurando seu braço. Ela se virou rapidamente e encontrou Gabriel, com uma expressão indecifrável no rosto.— Vem comigo — disse ele, com a voz baixa, mas determinada.— Gabriel, alguém pode ver... — ela começou, tentando se soltar, mas ele segurou sua mão com firmeza, sem machucá-la, apenas mostra
Após o bip de emergência interromper o momento entre Gabriel e Mariana, os dois correram para dentro do hospital, deixando para trás a tensão que havia se formado no carro.Gabriel foi diretamente para a emergência, onde o paciente aguardava uma avaliação urgente. Na sala de cirurgia, a equipe já estava organizada sob a liderança do enfermeiro-chefe. Mariana sabia que seu papel seria de suporte, ajudando a agilizar o que fosse necessário para o procedimento.Assim que Gabriel avaliou o paciente, ele confirmou a necessidade de uma intervenção imediata. A equipe estava pronta, e Gabriel foi designado como o cirurgião principal.Mariana entrou na sala de cirurgia logo depois, vendo que tudo já estava em ordem. Ela se juntou ao enfermeiro responsável, revisando os instrumentos e garantindo que tudo estivesse preparado.— Preciso que a sala esteja pronta em cinco minutos — disse Gabriel, enquanto se preparava.— Tudo sob controle — respondeu o enfermeiro-chefe, enquanto Mariana verificava
Mariana, ajoelhada sob o chuveiro, olhava para Gabriel com intensidade, seus movimentos firmes e precisos. As mãos dela deslizavam por suas coxas enquanto seus lábios e sua língua o provocavam, arrancando suspiros profundos. A água caía sobre eles, misturando-se ao calor crescente de ambos.A sensação da boca dela dominava os pensamentos de Gabriel. Ele jogou a cabeça para trás, mordendo o lábio para conter um gemido mais alto. Seus dedos se enroscaram nos cabelos molhados de Mariana, sem exercer pressão, apenas buscando um ponto de apoio diante da onda de prazer que o invadia.Com a respiração pesada, ele olhou para baixo, os olhos fixos nela, e com um tom rouco, avisou:— Se você não quiser que eu... goze na sua boca, precisa parar agora.Mas Mariana não parou. Ao contrário, ela intensificou os movimentos, como se desafiasse as palavras dele. Gabriel perdeu o controle que tanto prezava. O calor e a pressão cresceram rapidamente, e em poucos segundos ele se entregou ao prazer, um gem
O relógio marcava 6h30 da manhã quando Mariana saiu da casa de Matheus, sentindo o cansaço acumulado em seu corpo, mas determinada a encarar mais um plantão no hospital.Seu dia começou como qualquer outro: o hospital movimentado, os pacientes chegando, os enfermeiros se revezando nas tarefas.Por volta das 9h, o movimento no balcão da enfermagem estava a todo vapor. Enfermeiras e médicos circulavam de um lado para o outro.De repente, Alice se aproximou com uma expressão séria, mas calma.Alice parou em frente ao balcão, olhando diretamente para Mariana. Com um gesto lento, ela enfiou a mão no bolso do jaleco e retirou uma calcinha. Com a voz baixa, mas carregada de uma tristeza aparente, ela disse:— Mariana, acho que isso é seu. Você esqueceu no carro do Gabriel.O silêncio que se seguiu foi quase insuportável. Mariana sentiu o peso dos olhares ao redor. Cada pessoa no corredor parecia ter ouvido claramente o que Alice dissera, e o constrangimento misturado com a indignação começou
Gabriel: "Como assim? Que história é essa?"Mariana: "Ela apareceu hoje no hospital e devolveu uma calcinha minha que estava no seu carro. Fez isso na frente de todo mundo."Gabriel lê a mensagem várias vezes antes de responder.Gabriel: "Podemos nos encontrar para falar sobre isso?"Mariana: "19h no café em frente ao hospital."O relógio marcava exatamente 19h quando Mariana entrou no café, sem desviar o olhar da porta. Cada segundo de espera parecia alimentar sua frustração, que já ameaçava transbordar.Poucos minutos depois, Gabriel chegou, com o semblante sério e a postura controlada de sempre. Ele se aproximou da mesa e sentou-se sem cerimônia.O silêncio inicial entre os dois foi tenso, como se cada um aguardasse o próximo movimento. Finalmente, Gabriel quebrou o silêncio.— Como assim, Alice "pegou" a sua calcinha?Mariana inclinou-se um pouco para frente, o olhar carregado de desapontamento.— Ela apareceu no hospital, Gabriel. Com a minha calcinha em mãos. E fez questão de “d
Ao cruzar as portas do hospital no plantão seguinte, Mariana sentiu os olhares de alguns colegas se voltarem discretamente na sua direção, seguidos de sussurros abafados. Tentou manter a postura firme, como se aquilo não a afetasse, mas o nó em seu estômago só apertava. Aproximou-se do balcão da enfermagem, onde Clara, sua colega de plantão, a esperava com um olhar de preocupação. — Como você está? — perguntou Clara em voz baixa, tentando oferecer um sorriso de apoio. — Sobrevivendo, eu acho — respondeu Mariana, forçando um sorriso que não alcançou os olhos. — Mas parece que todo mundo tem uma opinião sobre a minha vida agora. Clara suspirou, lançando um olhar de reprovação na direção de alguns colegas que cochichavam do outro lado do corredor. — As pessoas adoram um escândalo. Mas isso vai passar, você sabe como são as coisas aqui. Logo, alguém faz outra besteira e todos esquecem. — Tomara que sim. — Mariana pegou a prancheta e começou a revisar os prontuários dos pacientes,
Mariana estava no balcão da enfermagem, fazendo algumas anotações no prontuário do paciente que havia monitorado no pós-operatório. Os números e registros preenchiam a página, mas sua mente estava distante, ainda processando o que havia acontecido. Quando terminou de escrever, seu celular vibrou sobre a bancada. Ela pegou o aparelho e, ao ver o nome do contato que apareceu na tela, sentiu um misto de desconforto e nostalgia. Meu cirurgião favorito, lia-se na tela ao lado da mensagem de Gabriel. Mariana revirou os olhos, sentindo uma pontada de frustração. — Eu realmente preciso mudar isso... — murmurou para si mesma, mas hesitou por um instante, com o dedo pairando sobre a tela. Respirou fundo e deixou o contato como estava, ainda não pronta para apagar o que antes havia sido um símbolo de cumplicidade entre os dois. Ela abriu a mensagem e começou a ler. Um nó formou-se em seu estômago, e uma sensação de exaustão a invadiu. Quando eu penso que não pode piorar, acontece coisa pior