Traidora

A raiva pulsava em minhas veias, uma chama incandescente que me consumia por dentro. Eu não sabia o que me movia mais, o desejo de entender o que havia acontecido com Ayla, ou o impulso selvagem de fazer ela pagar por aquilo. Eu sabia que ela tinha se perdido, mas ver o sorriso cínico dela ao lado de Klaus, como se estivesse celebrando a morte de seu próprio irmão, me dilacerava de uma maneira indescritível. Cada passo que eu dava em direção ao corredor escuro parecia um pesadelo se tornando realidade. Eu não conseguia pensar em mais nada além de enfrentar Ayla e ouvir dela, de uma vez por todas, o que havia acontecido.

Foi então que eu a vi. Ela estava ali, encostada em uma das paredes do corredor, com o rosto pálido e as mãos tremendo. Ela me olhou por um momento, e eu pude ver a maneira como seus olhos brilharam com algo que eu não soubera identificar. Medo? Culpa? Ou apenas a frieza de quem se perdeu completamente?

— Ayla! — Eu gritei, minha voz saindo como um rosnado, carregada
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