Kendall foi encurralado nos fundos do colégio e detido.
Neelam foi para a enfermaria onde ficou até sua mãe vir buscá-la e levá-la para a casa. Neelam tomou um tranquilizante e foi para o quarto onde chorou até pegar no sono. Quando estava escurecendo, sua mãe entrou em seu quarto e a despertou, dizendo:— Você tem visita, querida.— Quem é? — Ela perguntou se sentando na cama. — O Killian. — Micaela respondeu.—Não. Diz que eu estou dormindo ou que não estou. — Neelam disse, massageando as têmporas.—Eu já o deixei entrar... — Micaela disse.—Então, deixe ele subir. — Neelam prendeu os cabelos em um coque e se levantou.Micaela foi avisar o rapaz que ele podia subir. Alguns minutos depois, ele veio.— Com licença? — Disse Killian e encostou a porta. —Queria saber se está bem?— O que você acha? Acabei de descobrir que o meu namorado é um psicopata. Não. Eu não estou bem. — Neelam disse sem se preocupar em ser educada.— Me desculpe? Perdeu suaQuando despertou, Neelam percebeu que estava na cama de Merlyn com os pulsos e os tornozelos amarrados por cordas grossas que estavam presas às grades da cama. Ela gritou. Merlyn entrou no quarto e sentou-se numa cadeira que estava próxima à cama, a observando, calmo.— Eu não sei porque você faz todo esse escândalo se sabe que ninguém vai te ouvir. Esqueceu que eu não tenho vizinhos? — Falou ele levantando-se e sentando-se ao lado dela na cama.— Por que está fazendo isso comigo? — Ela perguntou chorando.— Porque eu te amo. — Ele respondeu e passou a lâmina de uma faca pela face dela sem cortá-la.— Não me machuque, por favor? — Implorou ela.— Eu confesso que... Desde a primeira vez que nos beijamos, eu quis prendê-la no meu porão para que ninguém mais a visse, a não ser eu. Deveria ter feito isso, assim, ninguém a teria roubado de mim. — Merlyn disse.— Não, Merlyn! Você não precisa fazer isso. — Disse ela.— Oh, eu sei disso! Mas assim é mais divertido, acr
Kendall foi solto e inocentado das acusações sofridas. Ainda assim ele se manteve afastado do colégio e preferiu ficar em casa para evitar a imprensa. Ele não procurou Neelam porque se magoou quando ela duvidou dele. † † †Depois que Duke saiu do hospital e voltou para a casa teve uma linda surpresa; seus amigos e sua família estavam lhe esperando e fizeram uma festa de boas vindas para ele.— Seja bem-vindo! — Disse Neelam se aproximando dele e o recebeu com um abraço.— Obrigado. — Duke sorriu.— Ei, Herói? Chega de aventuras! — Brincou Mattew.— Pode deixar. Vou me aposentar. — Falou Duke.— Desde que você não pare com a banda... — Disse Mattew.— Eu ainda vou ser um astro do rock. Você vai ver! — Falou Duke.O celular de Neelam tocou e ela e olhou para a tela do aparelho. Uma nova mensagem. Ela abriu a mensa
A folha de papel caiu de sua mão trêmula, e a garota recuou, tropeçando nas próprias pernas e caindo. Não se levantou do chão, atônita demais para isso.Após ler a carta de seu admirador secreto, Neelam não teve mais dúvidas sobre a sua identidade. Era Killian. Seu admirador e também, o verdadeiro assassino. Não Merlyn. Mas como era possível? E por quê? Ela conhecia Killian. Ele era um bom garoto, esforçado, responsável... Não. Ela não o conhecia. O tempo todo simpatizara por uma idealização, não o verdadeiro Killian, aquele assassino doentio.E por que ele lhe contara seu segredo? O que pretendia lhe revelando a verdade?O celular de Neelam tocou, assustando-a, mas ela não gritou porque perdeu a voz. Ignorou o celular, mesmo ele tocando com insistência. Seu cérebro ainda lutava para aceitar que fora Killian e, não, Merlyn, o assassino cruel que tirou as vidas de suas colegas. O celular deixou de tocar e reproduziu um bip, indicando que uma nova mensagem
Parecia que Gianina era um fantasma, ou pior, que nunca existira, porque ninguém sabia dizer a Neelam onde a garota morava ou estudava.Neelam tentou acessar a página dedicada a banda de Merlyn que Gianina criara, na esperança de encontrar algum endereço, ou pelo menos, um e-mail, mas a página havia sido removida. "Estranho, entendo que ele queira se esconder, mas ela? A menos que sinta vergonha de ter idolatrado ele", pensou Neelam e recorreu a sua última esperança.— Por que quer saber o endereço da Gianina? — Savannah disse, desconfiada.— Porque ela tem algo que me interessa. — Neelam, disse, e tocou os ombros de Savannah. — Por favor? Se sabe como posso encontrá-la, precisa me dizer. É um caso de vida ou morte.— Eu não sei de nada. Sinto muito. É verdade que já entrevistei a garota uma vez, porque ela representava o fã clube da Black Angels, mas... Foi só. — Savannah disse. — Para ser honesta, acho que ela tem uns parafusos a menos, sabe? A forma como ela fal
Neelam e Gianina se encontraram na entrada do refeitório, mas não entraram no mesmo, preferindo ir para um café que havia ali perto porque ambas concordaram que o assunto o qual falariam, era delicado demais para ser tratado na universidade, onde alguém poderia ouvir e facilmente associá-las aos crimes cometidos por Merlyn e Killian. O Café Paris era tranquilo aquela hora, então, elas poderiam pedir uma mesa em um canto afastado e conversar tranquilamente.— O que está cursando? — Neelam perguntou para quebrar o gelo.— Enfermagem. — Gianina respondeu.— Eu também. É meu último ano. — Neelam mordeu um pedaço de seu misto quente.— E por que voltou para a terra dos pesadelos? — Gianina perguntou, antes de dar uma garfada em sua porção de comida.— Assuntos inacabados. — Neelam respondeu.— Eu não queria voltar a pôr os meus pés aqui, mas essa é a única universidade que me aceitou. — Falou Gianina.— Bem, pelo menos, você não carrega um passado como o meu. — Neela
Neelam permaneceu estática ao se dar conta de que estava diante de Killian. Muitas coisas passaram por sua cabeça naquele momento... Seu último encontro com Killian: Ele sorriu, e disse-lhe "está tudo bem, meu amor, eu te perdoo". Mas será que ele realmente a perdoara por tê-lo entregue à polícia? Por que ela acreditara que ele se mudaria da cidade depois de ter seu nome envolvido em um escândalo, quando nada o intimidava ou envergonhava?— Não precisa mais sentir medo. Eu estou aqui, agora. Vou cuidar de você. — Killian disse tocando a face dela.Neelam assentiu, movendo a cabeça e quis se afastar dele, mas ele a manteve bem onde queria.— Você não deveria andar sozinha tão tarde. Nunca se sabe quando um louco pode aparecer, não é mesmo? — Ele disse, sorrindo, irritado.— Eu não tenho medo de você. &m
Savannah Hannud pediu um café expresso no Café Paris e se sentou, checando seus e-mails pelo seu laptop. Como a maioria era publicidade de sites que recolheram seu endereço eletrônico apenas para tentar persuadi-la a comprar algo, ela deletou as mensagens sem se dar ao trabalho de lê-las. Restaram apenas duas mensagens, uma enviada por sua mãe, e outra por uma tal Amitiel. Curiosa, Savannah abriu a mensagem da desconhecida, e se espantou com o que leu:"Você tem certeza que Merlyn está morto? Foi ao enterro dele? Oh, desculpe? É mesmo, ele foi cremado quase imediatamente ao ser dado como morto. Estranho, não? Vou te contar um segredo, Merlyn VIVE ".Logo abaixo da mensagem, havia um link que Savannah hesitou em clicar, temendo contaminar seu laptop com um vírus, mas a curiosidade acabou sendo maior e ela clicou nele, sendo redirecionada para um site na deep web, cujo título era "Domínio Anarquista".— Ah, droga! — Savannah pegou uma caneta e um bloco de notas e anotou a URL
Gianina estranhou quando chegou ao seu quarto e encontrou a porta entreaberta e a luz apagada. Logo, pensou na Anarquia, e levou algum tempo até reunir coragem e agarrar a maçaneta e empurrar a porta. Tateou em busca do interruptor, mas quando o apertou, a luz não acendeu. Gianina usou uma pequena lanterna que sempre trazia na bolsa para dissipar a escuridão.— Mas... O que? — Disse, nervosa.Todo o quarto estava revirado. Gianina correu até seu baú e viu que o cadeado fora arrombado. Abriu a tampa e encontrou seus pertences revirados. Sua caixa de música em formato de carrossel ainda estava ali, seus palhaços e arlequins, também. Somente uma coisa faltava: O diário de Merlyn.— Não. Não. Não. — Gianina balançou a cabeça, desesperada, e procurou pelo quarto, na esperança de encontrá-lo jogado em algum canto. Quando não o encontrou, se sentou em sua cama e ligou para a sua casa. Sua mãe atendeu. — Oi? Mãe? Onde está a Enma? Eu quero falar com ela, por favor?Connie disse