Savannah contou a Neelam que suspeitava que Denise fosse uma anarquista e que talvez, estivesse trabalhando para Merlyn. Neelam não conseguiu aceitar que Merlyn pudesse estar vivo, mas não duvidou que houvesse alguém por trás daquela história de Savannah. Não sabia, no entanto, se essa pessoa pertencia a Anarquia, nem se a mesma era real.
— Me desculpe, Savannah? Mas seria impossível que Merlyn estivesse vivo, então, ele não tem nada a ver com isso. — Neelam disse.— Por quê? Supostamente ele foi cremado, mas eu nunca vi o corpo antes da cremação. Você viu? — Savannah disse.— Karin nunca me deixaria chegar perto do corpo dele porque ela me culpa pelo que houve. Acha que ele sempre foi frágil emocionalmente e que eu o induzi a matar o próprio irmão. — Neelam disse.— Sim. Eu li a matéria onde ela te acusava de ter manipulado o filho Borderline dela. — Savannah revirou os olhos. — Mas pense comigo? Por mais doido que pareça, se Karin fosse uma anarquista, por que não tentA porta da sala se abriu abruptamente ao ser arrombada e por ela passaram quatro pessoas que usavam um uniforme preto e tinham seus rostos pintados como caveiras. Seus uniformes eram semelhantes aos dos agentes da SWAT, mas em vez do dito nome, o título que os identificava era Chaos (ou Caos), uma base inferior, geralmente, integrada por membros anarquistas mais jovens. Duas mulheres e dois homens estavam nessa missão especial. Seguiram os gritos até o quarto.Killian se levantou tão logo ouviu a porta se abrindo e pegou o revólver na primeira gaveta de seu criado-mudo. Neelam se escondeu embaixo da cama, sem saber o que esperar.Killian aguardou, ansioso para que alguém passasse pela porta, pois, ele atiraria até a última bala no infeliz. Torceu para que fosse Kendall. Ninguém passou pela porta, mas um objeto cilíndrico foi atirado e liberou um gás forte, que fez Killian cair, inconsciente. Os agentes do Caos vieram e após vasculharem rapidamente o quarto, enc
Neelam abriu os olhos com dificuldade e viu alguém conhecido sentado em uma poltrona diante dela. Ela tentou se sentar, mas desistiu da ideia quando se deu conta de que estava tonta.—Fique deitada. É melhor. — Ele disse.—Dru... O que faz aqui? — Neelam perguntou.—Eu sou um anarquista. — Anderson respondeu. — Mas nem a Juno e nem ninguém deve saber disso. Entendeu?—Por que eu estou aqui? Foi o Merlyn que pediu para você me trazer aqui? Onde ele está? — Neelam disse.Anderson balançou a cabeça e disse:—Merlyn está morto.—Não. Me disseram o contrário. — Neelam disse.—Então, mentiram para você. Sinto muito. — Anderson disse.—Impossível. — Neelam disse.—Se Merlyn estivesse vivo, eu saberia, com certeza. — Anderson disse e esperou que Ne
Neelam demorou a pegar no sono e quando finalmente adormeceu, sonhou que estava no apartamento de Killian e que ele a violava e depois zombava dela. Neelam despertou, sobressaltada e chorou baixinho. Então, levantou-se, ligou o abajur e foi até o closet. Trocou sua camisola por um vestido e uma jaqueta. Calçou um sapato, pegou sua bolsa e saiu do quarto, indo dar uma volta pelo campus. Ela não fumava há muito tempo, mas a primeira coisa que fez quando voltou para aquela cidade foi comprar uma carteira de cigarros, como se ela soubesse que cedo ou tarde, precisaria fumar para se acalmar. Agora, ela estava em seu terceiro cigarro, parada embaixo de uma árvore, quando ouviu risos. Se virou e viu algumas mulheres voltando de uma festa, parecendo embriagadas. Do outro lado, tinha outra mulher parada, ela estava de cabeça baixa, mas Neelam a reconheceu ainda assim.— Não é possível... — Neelam dei
Neelam não se sentia muito disposta a continuar naquela festa. Na verdade, ela nem teria vindo se Anderson não tivesse marcado de encontrá-la ali. Ela estava exausta e morrendo de sono. Tudo o que mais queria era ir embora e se jogar na cama. Pensando nisso, e com a sensação de dever cumprido, afinal, ela já havia entregado o diário de Merlyn a Anderson, ela se virou e caminhou rumo à porta.—Neelam? Ei, aonde você vai? — Perguntou Kendall se aproximando dela.Neelam se virou e suspirou. Havia se esquecido dele. Droga.—Foi uma péssima ideia eu ter vindo. Eu quase não dormi noite passada, por isso, estou exausta. Sinto muito, mas eu tenho de ir. — Ela colocou a mão na testa por um instante enquanto evitava encará-lo.—Pelo menos, beba um pouco comigo? Só para não parecer que eu levei um fora. —Kendall riu nervoso enquanto ofe
As duas primeiras semanas que Neelam passou na casa Bellatrix foram tranquilas. Ambar tinha uma alegria contagiante e só de estar perto dela, Neelam conseguia relaxar e esquecer de seus problemas. Alex, por outro lado, era doce e prestativa. As outras garotas também pareciam legais, embora Neelam interagisse minimamente com elas. Ela fazia de conta que o quarto era um apartamento que dividia com duas colegas, as demais garotas eram apenas suas vizinhas barulhentas que adoravam falar pelos cotovelos e rir alto. Neelam ainda estava com medo de Killian, por isso, estava evitando sair da fraternidade sem necessidade, e quando saía, era sempre acompanhada pelas colegas. No intervalo entre as aulas, Neelam se sentou em um banco enqu
Quando Alex alcançou Neelam, entrou na frente dela para ter sua atenção. Neelam não conseguiu encará-la, as lágrimas vertendo sem que tivesse algum controle sobre as mesmas. Ela só queria voltar para a casa Bellatrix, pegar suas coisas e ir embora.—Espere? Não vai fazer nenhuma besteira.—Besteira eu fiz quando me transferi para cá. Não basta eu viver com medo. Agora, todos sentirão pena de mim, também. — Neelam disse, balançando a cabeça.—Eu imagino que seja difícil, mas você não pode se importar com o que falam de você, ou vai enlouquecer. — Alex disse.Neelam riu.—Só que eu já sou louca! Não reparou que tomo remédios?—Tá. Você tem problemas. E daí? Vai deixar isso te definir? Você não tem de se envergonhar por nada. O que q
Zandra Dellucci estava parada em um canto trocando mensagens com seu namorado quando ouviu risos e ergueu a cabeça, olhando na direção do som. O dono do riso era ninguém mais ninguém menos que Duke Benson. Zandra sorriu, mordendo o lábio e digitou uma última mensagem antes de desligar o celular e guardá-lo no bolso de sua calça. Ela caminhou com confiança até o ruivo e disse-lhe:—Oi, Duke? Não sabia que tinha voltado.Quando a viu, Duke ficou feliz de reencontrá-la e alguns flashes de seu último encontro com ela lhe vieram a mente: Muita bebida, dança e uma noite intensa de paixão. Ela fora de longe, a melhor noite dele.—Me desculpe se não te liguei, mas eu perdi seu número. — Duke disse.—Não, eu acho que não te dei meu número. — Zandra disse, enrolando as pontas do cabelo castanho claro nos dedos.Ashley alternou o olhar entre Duke e Zandra, entendendo o que estava acontecendo ali e achou melhor se afastar. Duke não notou quando ela se foi.—É mesmo? Isso expli
Ambar estava acordada quando Alex e Juno voltaram para a casa. Juno tomou água e foi direto para o quarto, muito cansada. Alex notou pela cara de Ambar que a morena precisava conversar com ela, por isso, ficou com a desculpa de fazer um chá.—O que aconteceu? — Alex perguntou a Ambar quando as duas ficaram a sós.—O Killian seguiu a Neelam. Quando eu saí do banheiro do pub, ele estava falando com ela. — Ambar disse.—Esse cara não desiste. — Alex disse com raiva. — Acho que ele precisa de uma lição.—Eu falei com a Neelam, aconselhei ela a ir embora de cidade se ele continuar a perseguindo assim, antes que o pior aconteça. — Ambar disse.—É como o Zen disse... Ele só vai parar quando raptar a Neelam. Não podemos deixar isso acontecer, ou o chefe ficará furioso. — Alex disse.—Você tem alguma id