Neelam procurou por Kendall, mas não o encontrou. Nervosa, ligou para ele, mas ele não o a atendeu.
— Droga! — Neelam disse.
Seu celular tocou e ela o atendeu imediatamente, pensando que fosse o seu namorado.
— Alô? Kendall, me perdoe. Por favor? Eu não...
— Mais uma do time das vadias morreu. Quem será a próxima? — Disse uma voz modificada, impedindo Neelam de reconhecê-la.
— Olha? É engano. Você ligou para o número errado. — Neelam disse.
— Não, Neelam. É com você mesma que eu quero falar. — Disse a pessoa do outro lado da linha.
— Quem está falando? — Perguntou Neelam.
— Seu admirador secreto... Bem... Não sei mais se pode me chamar assim
Todos os alunos foram para as suas salas, guiados por seus professores, assim que terminaram suas refeições. Ninguém disse o que estava acontecendo, apenas que a polícia estava a caminho e para evitar desordem, eles deveriam ficar em suas salas. Não demorou para os alunos formularem teorias do que estava acontecendo.— Eu acho que eles, finalmente, descobriram quem é o assassino da Christina. Aposto que é um estudante e não um maníaco aleatório. — Willow disse a Mattew e Anderson.— Eu acho que é um professor e não um aluno. — Anderson disse. — Quem matou a Christina, sabia o que estava fazendo e não se arriscaria a ser pego se fosse um de nós. Além do mais, quem teria motivos para matar ela?— Quem não teria? — Mattew disse. — Até eu poderia tê-la matado se ela tivesse mexido comigo em um mau dia. Aquela garota era uma vadia.— Uma vadia morta. — Willow disse.— Respeitem a vadia. — Anderson disse.Os três caíram na gargalhada.Neelam estava próxima deles e vir
Avani voltou para a casa imediatamente, temendo sofrer outra tentativa de ataque. Sua mãe a acompanhou até a delegacia e ela contou ao xerife o que aconteceu. Ele perguntou se ela suspeitava de alguém. Sim, ela suspeitava de Merlyn. Era estranho que Christina tivesse morrido depois de brigar com ele. Avani não pensava que Merlyn empurrara Christina da escada por acidente. Ela disse ao delegado e ele procurou a família Arcangeli. Karin garantiu que o filho não em-purrara Christina por maldade, que fora apenas um acidente, e que o filho fora suspenso do colégio. O delegado pediu para falar com o rapaz e lhe fez algumas perguntas. Merlyn respondeu a todas com muito cuidado para não dizer nada que lhe fizesse parecer mais suspeito. Depois que o delegado foi embora, Karin agarrou o braço do filho e lhe disse:— Espero que você não tenha nada a ver com isso.— Eu não sou um assassino, mãe! — Merlyn disse, puxando o braço e recuando.—De qualquer forma, eu quero que você fique em
Kendall foi encurralado nos fundos do colégio e detido.Neelam foi para a enfermaria onde ficou até sua mãe vir buscá-la e levá-la para a casa. Neelam tomou um tranquilizante e foi para o quarto onde chorou até pegar no sono. Quando estava escurecendo, sua mãe entrou em seu quarto e a despertou, dizendo:— Você tem visita, querida.— Quem é? — Ela perguntou se sentando na cama.— O Killian. — Micaela respondeu.—Não. Diz que eu estou dormindo ou que não estou. — Neelam disse, massageando as têmporas.—Eu já o deixei entrar... — Micaela disse.—Então, deixe ele subir. — Neelam prendeu os cabelos em um coque e se levantou.Micaela foi avisar o rapaz que ele podia subir. Alguns minutos depois, ele veio.— Com licença? — Disse Killian e encostou a porta. —Queria saber se está bem?— O que você acha? Acabei de descobrir que o meu namorado é um psicopata. Não. Eu não estou bem. — Neelam disse sem se preocupar em ser educada.— Me desculpe? Perdeu sua
Quando despertou, Neelam percebeu que estava na cama de Merlyn com os pulsos e os tornozelos amarrados por cordas grossas que estavam presas às grades da cama. Ela gritou. Merlyn entrou no quarto e sentou-se numa cadeira que estava próxima à cama, a observando, calmo.— Eu não sei porque você faz todo esse escândalo se sabe que ninguém vai te ouvir. Esqueceu que eu não tenho vizinhos? — Falou ele levantando-se e sentando-se ao lado dela na cama.— Por que está fazendo isso comigo? — Ela perguntou chorando.— Porque eu te amo. — Ele respondeu e passou a lâmina de uma faca pela face dela sem cortá-la.— Não me machuque, por favor? — Implorou ela.— Eu confesso que... Desde a primeira vez que nos beijamos, eu quis prendê-la no meu porão para que ninguém mais a visse, a não ser eu. Deveria ter feito isso, assim, ninguém a teria roubado de mim. — Merlyn disse.— Não, Merlyn! Você não precisa fazer isso. — Disse ela.— Oh, eu sei disso! Mas assim é mais divertido, acr
Kendall foi solto e inocentado das acusações sofridas. Ainda assim ele se manteve afastado do colégio e preferiu ficar em casa para evitar a imprensa. Ele não procurou Neelam porque se magoou quando ela duvidou dele. † † †Depois que Duke saiu do hospital e voltou para a casa teve uma linda surpresa; seus amigos e sua família estavam lhe esperando e fizeram uma festa de boas vindas para ele.— Seja bem-vindo! — Disse Neelam se aproximando dele e o recebeu com um abraço.— Obrigado. — Duke sorriu.— Ei, Herói? Chega de aventuras! — Brincou Mattew.— Pode deixar. Vou me aposentar. — Falou Duke.— Desde que você não pare com a banda... — Disse Mattew.— Eu ainda vou ser um astro do rock. Você vai ver! — Falou Duke.O celular de Neelam tocou e ela e olhou para a tela do aparelho. Uma nova mensagem. Ela abriu a mensa
A folha de papel caiu de sua mão trêmula, e a garota recuou, tropeçando nas próprias pernas e caindo. Não se levantou do chão, atônita demais para isso.Após ler a carta de seu admirador secreto, Neelam não teve mais dúvidas sobre a sua identidade. Era Killian. Seu admirador e também, o verdadeiro assassino. Não Merlyn. Mas como era possível? E por quê? Ela conhecia Killian. Ele era um bom garoto, esforçado, responsável... Não. Ela não o conhecia. O tempo todo simpatizara por uma idealização, não o verdadeiro Killian, aquele assassino doentio.E por que ele lhe contara seu segredo? O que pretendia lhe revelando a verdade?O celular de Neelam tocou, assustando-a, mas ela não gritou porque perdeu a voz. Ignorou o celular, mesmo ele tocando com insistência. Seu cérebro ainda lutava para aceitar que fora Killian e, não, Merlyn, o assassino cruel que tirou as vidas de suas colegas. O celular deixou de tocar e reproduziu um bip, indicando que uma nova mensagem
Parecia que Gianina era um fantasma, ou pior, que nunca existira, porque ninguém sabia dizer a Neelam onde a garota morava ou estudava.Neelam tentou acessar a página dedicada a banda de Merlyn que Gianina criara, na esperança de encontrar algum endereço, ou pelo menos, um e-mail, mas a página havia sido removida. "Estranho, entendo que ele queira se esconder, mas ela? A menos que sinta vergonha de ter idolatrado ele", pensou Neelam e recorreu a sua última esperança.— Por que quer saber o endereço da Gianina? — Savannah disse, desconfiada.— Porque ela tem algo que me interessa. — Neelam, disse, e tocou os ombros de Savannah. — Por favor? Se sabe como posso encontrá-la, precisa me dizer. É um caso de vida ou morte.— Eu não sei de nada. Sinto muito. É verdade que já entrevistei a garota uma vez, porque ela representava o fã clube da Black Angels, mas... Foi só. — Savannah disse. — Para ser honesta, acho que ela tem uns parafusos a menos, sabe? A forma como ela fal
Neelam e Gianina se encontraram na entrada do refeitório, mas não entraram no mesmo, preferindo ir para um café que havia ali perto porque ambas concordaram que o assunto o qual falariam, era delicado demais para ser tratado na universidade, onde alguém poderia ouvir e facilmente associá-las aos crimes cometidos por Merlyn e Killian. O Café Paris era tranquilo aquela hora, então, elas poderiam pedir uma mesa em um canto afastado e conversar tranquilamente.— O que está cursando? — Neelam perguntou para quebrar o gelo.— Enfermagem. — Gianina respondeu.— Eu também. É meu último ano. — Neelam mordeu um pedaço de seu misto quente.— E por que voltou para a terra dos pesadelos? — Gianina perguntou, antes de dar uma garfada em sua porção de comida.— Assuntos inacabados. — Neelam respondeu.— Eu não queria voltar a pôr os meus pés aqui, mas essa é a única universidade que me aceitou. — Falou Gianina.— Bem, pelo menos, você não carrega um passado como o meu. — Neela