Tuca
— Não acredito que você me fez assistir a porra de um filme de romance! — Gustavo retruca de modo divertido, me fazendo rir.
— Confessa que você gostou? — peço ainda rindo da sua cara.
— Não gostei nada! — rebate, me puxando pelas pernas e automaticamente fico deitada de costas no sofá. O som da minha risada alta se espalha imediatamente por toda a sala. — Eu prefiro fazer com você do que assisti aquele playboyzinho fazendo com ela. — Seu corpo se inclina sobre o meu e quando ele se prepara para me beijar, me desvencilho e ele beija o meu sofá. — Onde pensa que vai, sua fujona?
— Eu quero assistir outro filme.
— E eu quero reproduzir um filme em você.
Meu sorriso se alarga.
— Ok, vamos fazer uma troca justa. Você escolhe o filme da vez e eu te sirvo uma porção de mousse de
Tuca— Está falando sério, Tuca?— É claro que estou! Eu mesma o aconselhei a seguir com a sua esposa e estou feliz que tenha escutado o meu conselho. — Mordo uma maravilhosa tortilha, soltando um gemido em apreciação. Contudo, percebo um sorriso orgulhoso nos lábios de minha mãe e sim, ela parece aliviada com a minha resposta.Quando os pais descobrem que seus filhos realmente cresceram? Às vezes penso que eles me veem como uma garotinha indefesa, embora eu sempre lhes dê sinal de que não precisam me guardar dentro de uma redoma de vidro.Um bip no meu celular me avisa que uma mensagem acaba de chegar e eu a abro, me entalando imediatamente com um pedaço de tortilha, ao vir uma imagem de Gustavo deitado na minha cama exibindo um volume protuberante dentro da sua cueca branca. Rapidamente ergo os meus olhos para os meus pais. Contudo, seguro a ta
TucaA melhor parte de estar em um salão de beleza com as zamigas, acredite, não são os cuidados com os cabelos, ou com a pele e nem as unhas e sim as conversas. Não sejamos hipócritas em rebaixar a macharada quando eles falam das nossas bundas e das pernas em uma mesa de bar, quando nós meninas nada malévolas falamos de suas bundas e pernas enquanto estamos sentadas em uma cadeira de salão. E ouvir as histórias peculiares de Mirela com seus casinhos, e paqueras pelo mundo afora, arrancou muitas risadas da mulherada, e no final dessa tarde muito divertida saímos transformadas, e prontas para detonar nossos cartões de crédito. A Ohana se enturmou fácil e logo se encaixou nas nossas loucuras, tornando-se uma de nós em um piscar de olhos. — Que tal essa? — A morena surge fora do provador usando um vestido longo e brilhoso, de alcinhas finas, com um decote profundo nas laterais do seu corpo. Em resposta, Mirela entronchou a cara e Val olhou a garota horrorizada.— Não! — ditamos em unís
TucaUm vulcão em erupção? Pode ser, ou quem sabe uma floresta inteira em chamas? Talvez o próprio núcleo da terra derretendo em larva. Definitivamente eu não sei com o que comparar o fogo que esse homem tem, que me queima e que me envolve de um jeito insano. Penso completamente ofegante, enquanto caio amolecida em cima do colchão macio do aparte hotel. Gustavo ruge alto em seguida, caindo do meu lado na sequência e no ato, ele fecha os olhos, tentando controlar sua respiração extremamente descompassada. Meus olhos percorrem seu corpo molhado de suor, enquanto seu peitoral que sobe e desce ritmado e alguns fios negros estão colados na sua testa.O que dizer?Eu estava completamente saciada após cavalgá-lo e logo depois de tê-lo atrás de mim, e quase sucumbi com a explosão de um orgasmo que roubou definitivamente a minha consciência. E mesmo assim me pego o desejando outra vez. Não vou mentir, estou com medo de toda essa necessidade, desse desejo que não passa nunca e desse vício de t
Tuca— Eu estou acompanhando o Gust… o Senhor Peterson. — Corrigi-me imediatamente. Contudo, a mulher me lança um olhar assustado.Ou seria admirado? Surpreso talvez?Eu não sei ao certo, mas logo ela sorri e eu me sinto confusa.— Eu sou Judith. Sou o faz tudo de Gustavo e confesso que estou muito feliz que esteja aqui.Ela está? Ergo as sobrancelhas.— Está? — Sim, estou. — Sem dizer nada ela segura na minha mão, porém, não a aperta, ela me puxa para fora da sala de visitas. Olho rapidamente para a escadaria vazia e no segundo seguinte estou dentro de uma ampla cozinha. — Gustavo nunca trouxe garotas aqui antes. Você é a primeira mulher depois de mim a entrar nessa casa. Aceita uma bebida?— Uma água, por favor!— Claro. Desde que perdeu a mãe, o Gustavo e o Senhor Guido nunca mais foram os mesmos. — Continua falando, enquanto serve a água em um copo longo. Segurei o objeto e bebo um gole pequeno.— Desculpe perguntar, mas como ela morreu?— Acidente de carro. Foi a coisa ma
Tuca— Estava louco para ficar sozinho com você! — Gustavo sibila áspero e sôfrego assim que fecho a porta atrás de mim.Meus olhos passeiam ávidos por suas costas largas e descem lentamente, avaliando cada pedaço do seu corpo. Então ele se vira de frente para mim, livrando-se do seu casaco grosso e se aproxima calmamente para me beijar. No ato, ele leva suas mãos para as laterais da minha cabeça e me faz olhar nos seus olhos. Contudo, ele percebe algo que me deixa receosa. — O que foi, Vitória?Puxo uma respiração profunda, me afastando dele em seguida.— Posso perguntar uma coisa? — Ele une as sobrancelhas.— Agora? — respondo, meneando a cabeça com um sim e mesmo contrariado concorda. — Pode — Ele faz um gesto de mão para eu prosseguir. — O que você pensa sobre os sentimentos entre um homem e uma mulher? — Ele franze a testa e eu começo a desejar que essas palavras não tivessem saído da minha boca. — Quer dizer, sobre compromissos e essas coisas? — Gustavo cruza os seus braços, av
TucaAlguns dias...— Por Deus, Tuca você ainda está na cama? — Val resmunga adentrando o meu quarto, fazendo-me soltar um grunhido frustrado.Sim, eu passei o final semana inteiro na minha cama e afundada em lágrimas, entre um resmungo e outro, e ainda, paparicada pelos meus amigos.— Vamos lá, garota. O mundo não está se acabando porque um certo diabo gostoso, safado e saradão te seu um pé na bunda.— Isso não está me ajudando muito, Val! — resmungo com desânimo.— O que eu quero dizer é que você tem um trabalho e que precisa erguer a sua cabeça. Você vai ver, amiga. Logo outro melhor do que aquele vai aparecer na sua frente.Só que eu não quero outro, eu quero o meu Lúcifer de volta.Contudo, minha amiga está certa, a vida continua. Portanto, me forço sair da cama, tomo um banho demorado e escolho a minha melhor roupa para o início de semana na Insid.— Como estou? — pergunto para a minha turma que está acomodada a uma mesa farta de café da manhã, enquanto giro no meu próprio eixo,
Tuca— Claro, e você não podia dizer quem era a tal funcionária — rebato com fingido desdém. — E com certeza como sua secretária também não tinha a informação sobre um certo almoço de negócios, certo? — Seus lábios tremulam outra vez e seus olhos seguem para acima dos meus ombros. Com certeza Ella veio atrás de mim e com certeza alguns funcionários da empresa estão parados, ouvindo essa conversa acalorada.— Ah, eu não... juro que eu não sabia de nada!— É claro que não sabia! — resmungo irónica.Entretanto, contorno a sua mesa e à medida que dou alguns passos na sua direção a garota se afasta de mim, olhando para os lados, provavelmente procurando uma rota de fuga.— Só mais uma pergunta, May. Disse para Ella que fui a única pessoa a entrar na sala da presidência essa manhã?Ela empalidece outra vez, engolindo em seco e os seus olhos balançam de mim para a mulher do seu chefe do outro lado da mesa.— Eu… eu não me lembro.— Ah, você não lembra? Que conveniente!May meneia a cabeça,
Tuca— Tudo bem, Vitória? — Mel pergunta olhando-me com preocupação. Apenas sorrio para a garota, pois não quero entrar em um assunto pessoal, quando eu deveria ser profissional com ela. Então uma ideia se passa pela minha cabeça.— Mel, que tal se você ministrasse essa reunião? — sugiro covardemente.A garota me lança um olhar espantado.— Eu? — Mel se exaspera, levando uma mão ao seu peito e puxa uma respiração nervosa.— Sim, você! A final isso faz parte do seu estágio, não é?— Mas é que...— Não se preocupe, eu estarei lá dentro bem do seu lado e ajudarei quando for preciso.Um sorriso gigante se abre no seu rosto.— Oh céus, sim! É claro que sim! — Ela vibra um tanto eufórica, porém, sinto um alívio percorrer a minha alma.— O que é isso? — ralho com fingido tom de repreensão. — Se acalme, garota! — Rio.— Quer dizer, sim eu quero muito isso, Vitória! — sibila baixo, cruzando os seus dedos das mãos na frente do seu corpo.— Ótimo! — cantarolo satisfeita, porém, nervosa. Então r