TucaUm vulcão em erupção? Pode ser, ou quem sabe uma floresta inteira em chamas? Talvez o próprio núcleo da terra derretendo em larva. Definitivamente eu não sei com o que comparar o fogo que esse homem tem, que me queima e que me envolve de um jeito insano. Penso completamente ofegante, enquanto caio amolecida em cima do colchão macio do aparte hotel. Gustavo ruge alto em seguida, caindo do meu lado na sequência e no ato, ele fecha os olhos, tentando controlar sua respiração extremamente descompassada. Meus olhos percorrem seu corpo molhado de suor, enquanto seu peitoral que sobe e desce ritmado e alguns fios negros estão colados na sua testa.O que dizer?Eu estava completamente saciada após cavalgá-lo e logo depois de tê-lo atrás de mim, e quase sucumbi com a explosão de um orgasmo que roubou definitivamente a minha consciência. E mesmo assim me pego o desejando outra vez. Não vou mentir, estou com medo de toda essa necessidade, desse desejo que não passa nunca e desse vício de t
Tuca— Eu estou acompanhando o Gust… o Senhor Peterson. — Corrigi-me imediatamente. Contudo, a mulher me lança um olhar assustado.Ou seria admirado? Surpreso talvez?Eu não sei ao certo, mas logo ela sorri e eu me sinto confusa.— Eu sou Judith. Sou o faz tudo de Gustavo e confesso que estou muito feliz que esteja aqui.Ela está? Ergo as sobrancelhas.— Está? — Sim, estou. — Sem dizer nada ela segura na minha mão, porém, não a aperta, ela me puxa para fora da sala de visitas. Olho rapidamente para a escadaria vazia e no segundo seguinte estou dentro de uma ampla cozinha. — Gustavo nunca trouxe garotas aqui antes. Você é a primeira mulher depois de mim a entrar nessa casa. Aceita uma bebida?— Uma água, por favor!— Claro. Desde que perdeu a mãe, o Gustavo e o Senhor Guido nunca mais foram os mesmos. — Continua falando, enquanto serve a água em um copo longo. Segurei o objeto e bebo um gole pequeno.— Desculpe perguntar, mas como ela morreu?— Acidente de carro. Foi a coisa ma
Tuca— Estava louco para ficar sozinho com você! — Gustavo sibila áspero e sôfrego assim que fecho a porta atrás de mim.Meus olhos passeiam ávidos por suas costas largas e descem lentamente, avaliando cada pedaço do seu corpo. Então ele se vira de frente para mim, livrando-se do seu casaco grosso e se aproxima calmamente para me beijar. No ato, ele leva suas mãos para as laterais da minha cabeça e me faz olhar nos seus olhos. Contudo, ele percebe algo que me deixa receosa. — O que foi, Vitória?Puxo uma respiração profunda, me afastando dele em seguida.— Posso perguntar uma coisa? — Ele une as sobrancelhas.— Agora? — respondo, meneando a cabeça com um sim e mesmo contrariado concorda. — Pode — Ele faz um gesto de mão para eu prosseguir. — O que você pensa sobre os sentimentos entre um homem e uma mulher? — Ele franze a testa e eu começo a desejar que essas palavras não tivessem saído da minha boca. — Quer dizer, sobre compromissos e essas coisas? — Gustavo cruza os seus braços, av
TucaAlguns dias...— Por Deus, Tuca você ainda está na cama? — Val resmunga adentrando o meu quarto, fazendo-me soltar um grunhido frustrado.Sim, eu passei o final semana inteiro na minha cama e afundada em lágrimas, entre um resmungo e outro, e ainda, paparicada pelos meus amigos.— Vamos lá, garota. O mundo não está se acabando porque um certo diabo gostoso, safado e saradão te seu um pé na bunda.— Isso não está me ajudando muito, Val! — resmungo com desânimo.— O que eu quero dizer é que você tem um trabalho e que precisa erguer a sua cabeça. Você vai ver, amiga. Logo outro melhor do que aquele vai aparecer na sua frente.Só que eu não quero outro, eu quero o meu Lúcifer de volta.Contudo, minha amiga está certa, a vida continua. Portanto, me forço sair da cama, tomo um banho demorado e escolho a minha melhor roupa para o início de semana na Insid.— Como estou? — pergunto para a minha turma que está acomodada a uma mesa farta de café da manhã, enquanto giro no meu próprio eixo,
Tuca— Claro, e você não podia dizer quem era a tal funcionária — rebato com fingido desdém. — E com certeza como sua secretária também não tinha a informação sobre um certo almoço de negócios, certo? — Seus lábios tremulam outra vez e seus olhos seguem para acima dos meus ombros. Com certeza Ella veio atrás de mim e com certeza alguns funcionários da empresa estão parados, ouvindo essa conversa acalorada.— Ah, eu não... juro que eu não sabia de nada!— É claro que não sabia! — resmungo irónica.Entretanto, contorno a sua mesa e à medida que dou alguns passos na sua direção a garota se afasta de mim, olhando para os lados, provavelmente procurando uma rota de fuga.— Só mais uma pergunta, May. Disse para Ella que fui a única pessoa a entrar na sala da presidência essa manhã?Ela empalidece outra vez, engolindo em seco e os seus olhos balançam de mim para a mulher do seu chefe do outro lado da mesa.— Eu… eu não me lembro.— Ah, você não lembra? Que conveniente!May meneia a cabeça,
Tuca— Tudo bem, Vitória? — Mel pergunta olhando-me com preocupação. Apenas sorrio para a garota, pois não quero entrar em um assunto pessoal, quando eu deveria ser profissional com ela. Então uma ideia se passa pela minha cabeça.— Mel, que tal se você ministrasse essa reunião? — sugiro covardemente.A garota me lança um olhar espantado.— Eu? — Mel se exaspera, levando uma mão ao seu peito e puxa uma respiração nervosa.— Sim, você! A final isso faz parte do seu estágio, não é?— Mas é que...— Não se preocupe, eu estarei lá dentro bem do seu lado e ajudarei quando for preciso.Um sorriso gigante se abre no seu rosto.— Oh céus, sim! É claro que sim! — Ela vibra um tanto eufórica, porém, sinto um alívio percorrer a minha alma.— O que é isso? — ralho com fingido tom de repreensão. — Se acalme, garota! — Rio.— Quer dizer, sim eu quero muito isso, Vitória! — sibila baixo, cruzando os seus dedos das mãos na frente do seu corpo.— Ótimo! — cantarolo satisfeita, porém, nervosa. Então r
Tuca— Hu! Hu! Hu!Sabe o lado de bom de ter esses malucos do meu lado? Eles nunca vão me deixar cair. É como se fosse a missão de vida deles. E pensar que desde que saí do aparte hotel do Gustavo não tive tempo para lamentações, salvo a noite que fui parar na casa de Mirela e desde então eles grudaram em mim.— Só mais uma, Tuca!Meus amigos gritam quando seguro a pequena margarita e encaro o copo como se fosse botar os bofes para fora a qualquer momento.— Vira! Vira! Vira!E eu virei ouvindo os gritos eufóricos e assobios frenéticos do pessoal.— Quinhentinhos, gordinha! — Um marmanjo sibila, arrastando as cinco notas de cem dólares pelo balcão. Seguro as notas com extremo prazer sobre o seu olhar escrutínio, as dobro e enfiei dentro do meu decote. Depois, salto para fora do banco alto sentindo
Tuca— Você tem alguém. — Jacob afirma, porém, abro um sorriso amargo, desviando os meus olhos dos seus outra vez.— Eu queria ter, mas não é o caso.Solto uma respiração alta.— Eu não entendi. — Dou de ombros.— É bem simples, eu me apaixonei por um imbecil…Rio da minha resposta e ele rir também.— Deixe-me adivinhar, Gustavo Peterson? — Semicerro os olhos e o encaro aturdida.— Você o conhece? — Ele dá de ombros.— Somos sócios da Moom.Puta merda, com um mundo desse tamanho e cheio de homens vagando por aí, eu fui parar nos braços do sócio daquele traste?— Só me explica isso, como você pode estar apaixonada por um homem com quem saiu o que? Uma semana? — Jacob parece se divertir com