Olá, passando aqui apenas para pedir que não esqueçam de avaliar a obra, quero muito saber o que vocês estão achando. Bjss, até nosso próximo capítulo!
(Filippo Valentini)Sinto o ar fugir de meus pulmões, por alguns instante penso que estou tento uma ilusão e meu corpo congela diante a cena, mas o cheiro do sangue me faz morder a boca com força, a ponto de sentir meu próprio sangue. Nunca, desde que cheguei nesse país, fui descuidado, e por um momento de distração, a mulher que está temporariamente sendo minha namorada, é baleada bem na minha frente. Seguro Renata com meu braço direito antes que seu corpo caia no chão, desvio meu olhar para frente e vejo o garçom destravar a arma se preparando para atirar mais uma vez, abaixo rapidamente e saco minha arma, usando apenas uma mão, destravo-a, o som das garrafas de vinho se espatifando com o tiro ecoa por toda a sala fazendo as mulheres da sala gritar histericamente.Passo o olho de forma rápida pela origem da saindo do sangue, o tiro atravessou a clavícula dela, fico um pouco mais aliviado e torci mentalmente para que a bala não tenha fraturado o osso dela. Ajeito o corpo mole de Ren
(Filippo Valentini)Arrasto uma cadeira e me sento de frente a Ruan, o garçom que atentou contra minha vida e a de Renata na festa. Ele está pendurado por três correntes, duas em suas mãos e uma em seu pescoço. Ele só consegue tocar as pontas dos pés no chão, para não morrer enforcado.— Boa noite, está confortável? — pergunto observando o sangue escorrendo pelas aberturas das balas que aceitei nele.— Seu filho da puta! — cospe, melando meus sapatos importados.Faço um sinal com a mão, e Lucca, acerta as pernas dele com uma taco de ferro quente. A base do taco é de madeira, o que não machuca as mãos do meu braço direito aqui embaixo.— Ah! — Ruan grita de dor, seus joelhos dobram e a corrente em seu pescoço começa a enforcá-lo, se debatendo, ele consegue se equilibrar novamente.— Vinte anos de idade, filho de um traficante, mãe morta a pauladas por trair seu pai, irmão mais velho, soldado da máfia Onore — começo a falar as coisas que sei sobre ele, pego meu celular e abro a foto que
(Renata Pellegrini)>>> Um mês depois: <<<— Ainda dói? — Filippo questiona no outro lado da tela. Todas as noites fazendo ligação por vídeo.— Apenas quando faço movimentos bruscos, ou carrego peso.— Você está se recuperando rápido, isso é bom.— Sim — concordo e me deito de maneira confortável em minha cama, sinto meu olhos ficando pesados, bocejo e me aconchego entre os lençóis. — Quando você é que vai voltar mesmo?— Depois de amanhã, na segunda — responde me relembrando.— Estou com saudades de você, irei contar os minutos.— Também estou com saudades — fala me fazendo sorrir, amo quando ele fica todo carinhoso comigo. — Da sua boca, doce e selvagem. — completa a frase.— Safado! — falo, ainda sentindo um pouco de vergonha.Filippo viajou no fim de semana seguinte ao que levei um tiro, e está a três semanas no México. Ele, além de ir fazer novos clientes, também foi para a festa de casamento de Penélope. Isso me deixou receosa, mas, deixei isso para lá, não posso ficar desconfiad
(Renata Pellegrini)— É só isso que você vai levar? — Filippo questiona observando minha única mala.— Sim — respondo com um pequeno sorriso.Este apartamento já veio mobiliado, nada aqui dentro além de minhas roupas, é meu. E só estou usando uma mala grande, por causa das roupas que Filippo me deu no shopping, se não, seria apenas uma trouxinha de roupas velhas e surradas.Além dessa mala, tudo o que irei levar são as lembranças. Tudo o que vivi aqui dentro, os momentos românticos com Filippo, os domingos engraçados e felizes com Amanda…— Você está linda, sabia? — Filippo dala vindo em minha direção como um caçador mirando sua presa. Até hoje sinto arrepios quando suas mãos tocam diretamente minha pele. — Me arrumei especialmente para você — falo sorrindo tímida.Filippo coloca a mão em meu rosto, fecho os olhos aproveitando seu contato quente e carinhoso. Apesar de suas mãos serem cheias de calos, amo quando elas me tocam. Seu polegar faz carinho em minha bochecha, me fazendo sorr
(Renata Pellegrini)“Isso vai dar merda”— minha mente me alerta enquanto seguro a maçaneta da porta que suspeito ser o porão. Fecho os olhos e a imagem do olhar sombrio dele faz um calafrio percorrer minha espinha, Filippo quando está com raiva é muito assustado, seus olhos ficam horripilantemente frios e caliginosus, como os de um lobo mau… Essa foi a primeira expressão que vi nele, até hoje me lembro da constante sensação de perigo que sentia ao olhá-lo nos olhos, meus alertas estavam certos, cai na armadilha e hoje estou apaixonada e disposta a viver ao lado dele.Mas que expressão ele fará quando descobrir que fiz exatamente o que ele pediu para não fazer? Só de imaginar a cara dele decepcionado comigo me faz ter um aperto no coração. Certo, não acho que deveríamos ter segredos entre nós, ainda mais quando estamos morando juntos agora, mas preciso esperar o tempo dele, ninguém é obrigado a se abrir assim. E também, não estamos juntos a tanto tempo, tenho certeza que com o passar
(Renata Pellegrini)Toda a fome que eu estava sentindo, simplesmente sumiu, o vazio que ecoava em meu estômago, agora está se abrindo em meu coração, de novo, a sensação de estar sendo traída. Ele me chama para morar na casa dele, e quando a mãe liga, diz que sou apenas uma amiga? Que tipo de amiga visita um homem solteiro tarde da noite?Não quero nem pensar na resposta… Meu estômago está embrulhado, pego meu prato e o coloco de volta na geladeira, sentindo o choro entalado na garganta, caminho a passos apressados de volta para o quarto, mas antes que eu consiga abrir a porta, Filippo sai do banheiro social e segura meu braço.— O que foi? — interroga-me com a cara séria.— Nada não — respondo e tento me soltar, mas ele apenas aperta ainda mais sua mão no meu braço. — Faça o favor de me soltar, estou com sono. — falo seca sem olhá-lo nos olhos, não quero que ele veja as lágrimas acomuladas neles. — Já disse para não mentir para mim, ragazza — segura meu queixo e me obriga a olhá-lo,
(Filippo Valentini)Depois de duas horas, tendo a certeza de que Renata está dormindo profundamente, com cuidado tiro sua cabeça de cima do meu peito, troco de lugar com um travesseiro e Renata se agarra com o meu substituto.A noite não acabou como o planejado, eu imaginei que trazendo-a para morar comigo, me faria chegar mais rápido do meu objetivo de fode-la, mas toda vez que chego perto de me afundar em suas carnes, algo acontece para atrapalhar e isso está me tirando do sério, estou a beira de perder minha paciência, que já é muito pouca.Hoje eu quase perdi minha cabeça, acabei falando o que não deveria, não planejava jogar na cara dela que antes dela eu transava muito, deu para ver a decepção em seu rosto, mas a minha raiva e frustração falaram tão alto que até gostei de ter dito, já estou me segurando a tempo demais e assim ela toma logo um choque de realidade, sou um homem e preciso atender às minhas necessidades. Ela pensa que pode brincar comigo, mas não é assim que as coi
Renata Pellegrini Desperto com o barulho estridente do despertador do meu celular, espreguiço-me de forma preguiçosa na cama, acabei dormindo melhor do que eu esperava, olho para o lado e Filippo não está aqui, nem vi que horas ele voltou, simplesmente apaguei ontem à noite. A porta do banheiro é aberta e o cheiro de Filippo se espalha pelo quarto, desvio o meu olhar na sua direção e todo o meu rosto esquenta, ainda não me acostumei com o corpo dele tão exposto assim. Ele está apenas usando uma toalha nos seus quadris e nesse momento, o observando detalhadamente, sinto uma leve inveja das gotinhas de água que deslizam descaradamente por seu corpo. — Buona giornata, ragazza! — ele cumprimenta-me de costa, fixo o meu olhar na suas costas largas e fortes, queria passar as minhas unhas nela. — Bom dia! — o cumprimento de volta. — Acho que assim você vai apreciar mais a vista — fala se virando, me pegando de surpresa. Arregalo os olhos quando a sua toalha vai ao chão deixando toda a s