Marília enviou uma mensagem para Leandro, o informando de que estava indo embora com sua mãe. Após enviar a mensagem, ela entrou no carro. Larissa estava sentada no banco de trás com ela, observando a jovem, que estava cada vez mais elegante. Ela suspirou: — Eu realmente invejo a Madalena por ter uma filha tão boa quanto você. Se na época você tivesse ido comigo, hoje eu teria um filho e uma filha. Quem sabe, Mimi, você não quer ser filha da tia também? Mal Larissa terminou de falar, o motorista comentou: — Senhora, aquele é o carro do Sr. Leandro! Larissa virou a cabeça e, de fato, viu o carro de seu filho ainda parado no jardim. "Ele não foi embora ainda! Disse que tinha algo urgente, mas na verdade estava apenas me enrolando!" Larissa ficou ainda mais irritada e ordenou: — Não ligue para ele, siga em frente. Marília segurava o celular, olhando para o WhatsApp de vez em quando, mas não havia nenhuma mensagem de Leandro. "Ele viu a mensagem? Deve ter visto, mas p
Leandro estacionou o carro no sinal vermelho da interseção, virou a cabeça e percebeu que ela o observava fixamente. Ele ergueu uma sobrancelha, esboçando um sorriso de leve ironia: — Por que está me olhando assim? Marília continuou a olhá-lo sem piscar, sorrindo suavemente, e respondeu com a voz doce: — Porque você é bonito! A garota tinha apenas 22 anos, estava na idade perfeita, com o rosto radiante graças ao colágeno, lábios vermelhos e dentes brancos. Quando sorria para ele, seus olhos e sobrancelhas a faziam parecer ainda mais vibrante e encantadora. Leandro apertou o volante sem perceber, sentindo a palma da mão suar. Sua garganta se contraiu, e ele falou com um tom rouco, porém sedutor: — Não use mais esse tipo de roupa! Marília se assustou por um instante, abaixou a cabeça e a primeira coisa que viu foi o próprio decote. Sua face esquentou instantaneamente. Ela tentou puxar a roupa para cima, mas logo percebeu que aquele vestido havia sido feito exatamente pa
Leandro também tinha pensamentos inconfessáveis sobre Marília; caso contrário, não teria permitido que ela comprasse duas garrafas de cerveja. Se ela estivesse dormindo, provavelmente ele não faria nada, mas ela, por sorte ou por azar, acordou. Ele inconscientemente olhou para baixo. A alça do vestido já havia escorregado do ombro... Através do tecido fino, era possível ver claramente. O aroma suave do sabonete da garota ainda pairava no ar; ela tinha acabado de tomar banho. Era como um ovo descascado, pronto para ser saboreado. Leandro fechou os olhos, tentando acalmar a mente e puxou o braço dela para baixo. — Você está bêbada. — Eu não estou bêbada! — Marília apertou com mais força o pescoço do homem, sorrindo vitoriosamente para ele. — Mesmo que você não admita, eu sei que foi você quem veio me buscar. Elas disseram que você não ia a esse tipo de festa, mas você veio hoje à noite, ficou um pouco e depois foi embora, me trazendo de volta! Leandro olhou para o rosto d
— Você não precisa se meter na minha vida, eu sei o que estou fazendo! — Se você soubesse o que está fazendo, será que sua mãe estaria te ligando agora? Leandro, eu e seu pai só temos você como filho. Se você não casar e tiver filhos, a família Santos... — Eu tenho namorada! Leandro não sabia como havia soltado essa frase, e, quando percebeu o erro, já era tarde. Sua mãe já havia escutado. Larissa ficou chocada: — O que você acabou de dizer? Você tem namorada? Quem é essa menina? Eu não sabia disso. — Ela logo se recuperou. — Mas não faz sentido, se você tem namorada, por que aceitou ir com a mamãe conhecer a família Pereira? Leandro, vou te dizer, eu não sou tão fácil de enganar... — Eu estou na fase de cortejo. Larissa olhou desconfiada: — Sério? Ela não acreditava muito nas palavras do filho, mas, pelo jeito de Leandro, ele não parecia o tipo de pessoa que mentiria sobre algo assim. — Daqui a um tempo, eu vou levá-la para casa. — Tá bom, então, por enquanto, nã
Marília planejava voltar para o apartamento e pegar um lenço de seda. Pediu para Leandro deixá-la na porta do condomínio, para que ele pudesse ir direto para o trabalho sem esperar por ela, já que ela tinha um horário de trabalho mais flexível e poderia pegar um táxi sozinha. Leandro, no entanto, a acompanhou até o prédio e só depois de vê-la entrar saiu com o carro.Marília subia as escadas com um sorriso no rosto, mas sua boa disposição durou até que, ao sair do elevador, viu alguém parado no corredor. Ela parou imediatamente, e o sorriso desapareceu de seu rosto num piscar de olhos.Anselmo já havia jogado mais de dez bitucas de cigarro no chão. Quando ouviu os passos, se virou e, ao ver quem estava chegando, seu rosto, naturalmente sombrio, se tornou ainda mais aterrorizante. Ele jogou o cigarro que tinha na mão e caminhou rapidamente até ela.Marília, instintivamente, tentou se virar para fugir, mas Anselmo foi mais rápido e segurou seu braço com força, como se quisesse esmag
Marília virou a cabeça ao vê-lo, um tanto surpresa:— Você não vai trabalhar?— Hoje estou de folga, fui eu quem ligou para a polícia.Marília ficou parada por um momento, e logo disse:— Obrigada.Renato olhou para o pescoço dela.— Por que você não está investigando isso?Marília sabia das habilidades de Anselmo. Mesmo que o caso fosse registrado, ele não ficaria muito tempo na delegacia, e ela não queria preocupar seus pais. Afinal, Anselmo era filho deles.Marília não deu essa explicação a Renato, apenas perguntou:— A dor nas suas costas melhorou?— Eu usei o remédio que você deixou na minha porta, já está bem melhor.Marília acenou com a cabeça.— Eu ainda tenho que trabalhar, então não posso ficar conversando mais.— Se cuida....A garganta de Marília estava dolorida. Ela pegou um lenço de seda e o amarrou no pescoço, cobrindo a marca, e então pegou um táxi para a loja.No caminho, ela recebeu uma ligação de Anselmo.— Quem é ele?Marília mordeu os lábios e não respondeu.O hom
De repente, o ambiente no reservado ficou silencioso. Esperança estava na porta, sem entrar imediatamente. Logo, alguém comentou: — Leandro foi ontem também, dizem que ele foi para um encontro arranjado. Não deve ter nada a ver com a Marília! — Leandro jamais olharia para a Marília! — Ela nem conseguiu se casar com a família Pereira, imagine com a família Santos! — A Marília até é bonita, mas dizem que Leandro não gosta de mulheres assim. Ele provavelmente não se interessa por ela! As risadas zombeteiras ecoaram pela sala. — Oi, cunhada, por que está aí parada na porta e não entra? De repente, uma voz soou atrás de Esperança. Ela se assustou e imediatamente soltou a maçaneta da porta, se virando para ver Vinícius, loiro e de postura irreverente, parado atrás dela. O reconheceu como um dos amigos de Anselmo. Ela mexeu os lábios: — Vim procurar o Anselmo. — Procurar o Anselmo, é? — Vinícius prolongou as palavras e, sem esperar resposta, foi até a porta, deu uma ol
— Eu vim procurar você. — Eu não tenho nada a falar com você! — Nada a falar? — Esperança mastigou essas palavras, levantou a mão e tirou os óculos de sol do rosto, soltando uma leve risada. — Marília, você realmente não tem nada para me dizer? Marília respondeu com frieza: — Se você não vai comprar nada, não nos atrapalhe com nosso negócio! — Eu soube que seu namorado é médico! Esperança de repente mudou o rumo da conversa. Marília ficou surpresa. Esperança olhou para o rosto bonito e delicado à sua frente, se lembrando de quando ela mesma havia pedido para Marília entregar uma carta de amor a Leandro, e como Marília costumava desabafar sobre as falhas de Leandro, além de chamá-lo de "tio". Esperança sentia inveja de Marília, mas também tinha ciúme dela. Não era por causa de sua boa família, mas porque ela podia ir até Leandro a qualquer hora, em qualquer lugar. Enquanto ela, Esperança, mal conseguia ter um vislumbre dele. "Um homem tão brilhante e bem-sucedido