P.V. Daniel
Sair do salão de festa entrando no primeiro corredor que achei. Tomei uma grande distância do salão, não preciso dizer que não estou lhe dando muito bem sobre a possibilidade da Layla trabalhar para MoNavu. Layla teve a oportunidade de contar, pela primeira vez perdi o controle. Controlar meus sentimentos e controlar meu tom de voz é uma coisa que faço facilmente. Um sorriso fraco rindo de mim mesmo, passando a mão pelo cabelo e puxando de leve os fios. Nada é fácil quando tem Layla no meio.
Preciso de um tempo para pensar, não quero falar besteira e piorar as coisas. Porque eu estou tudo nesse momento, menos calmo. Sabia que Layla estava escondendo alguma coisa. É óbvio que não acreditei quando ela me falou que não recebeu convites de trabalho. Não é exagero quando se diz que as notas dela são boas, os desenhos
Avistei o carro estacionado, porém, sem nenhum sinal do motorista. Suspirei e me dirigi à porta. A casa estava bem iluminada, como sempre, mas não havia sinal da Matilde. De repente, ouvi um som vindo da cozinha. Certamente, era Daniel. Era hora de resolvermos isso de uma vez por todas. Cada passo que eu dava, meu coração apertava ainda mais. A adrenalina tomou conta do meu corpo e eu não sabia o que esperar. Adentrei a cozinha e, segundos depois, todas as luzes foram apagadas. A escuridão que me envolveu causando um calafrio em meu corpo. Agora, apenas a luz que entra pela porta e pelas janelas ilumina o ambiente. Começando a me questionar: o que Daniel estaria aprontando agora? Ou será que a luz realmente acabou? E a Matilde, onde estaria? Por que estou falando com o vento? Decidi caminhar na mesma direção em que entrei,
Respirar doía. Era raro conseguir manter meus olhos abertos. Virei meu corpo, encostando no chão frio. Foi um esforço imenso, mas consegui fazer esse pequeno movimento. A dor era cada vez mais insuportável, mas não podia desistir. Eu preciso saber sobre o Daniel. Eu… a tontura vem e vai embora. Real ou imaginação?– Daniel… – Sussurrei.Minha visão começava a escurecer. Quero ficar acordada, quero saber como o Daniel está! Soltei uma baforada de ar e senti as lágrimas escorrerem pelo meu rosto. Vi o sangue na água da piscina. O sangue se espalhou tão rapidamente, perdi meu foco rapidamente e não consegui me aproximar mais. Não tenho mais forças para fazer nada além de ficar aqui deitada. Em poucos momentos que consigo ter a minha visão nítida, consegui ver o céu estrelado.Tão rápido que as estrelas pareciam, elas sumiram também. Barulhos indescritíveis para mim, era difícil dizer se tudo estava realmente acontecendo ou estou sonhando. Um sonho bem real. Não é um sonho, é um pesadelo.
P.V. Daniel HartEstou com um cobertor por cima do meu ombro vendo o corpo de Sophia sendo tirado da minha piscina. O sangue se arrastando pela água como se ainda tivesse um corpo ali, ela ficou um bom tempo e seu sangue não se misturou completamente. Tem polícia dentro e fora da minha casa, meu advogado e Nick estão presentes. Dessa vez será difícil deixar a imprensa fora, o condomínio está fechado, mas eu tenho vizinhos.Os paparazzis podem não ter acesso, mas os meus vizinhos cuidam disso.Bruce está na cidade e ciente de tudo. Mandei Matilde para casa acompanhada de alguns seguranças e precisei reforçar para os meus pais que não viesse até aqui. Acabar com toda essa história é o meu principal objetivo, senti meu corpo tremer mesmo com aquele cobertor. Sem vento. Sem frio. Meu olhar saiu da piscina, olhando para o corpo morto que é colocado naquele saco preto. Sophia estava fora de si e por tão pouco não tirou a vida da mulher que eu amo.Sra. e o Sr. Cameron insistiram para que vi
P.V. Layla BarrettFaz exatamente 24 horas desde que saí da casa do Daniel e fui para o hospital. Sair dessa cama é apenas para ir ao banheiro. Não me sinto perfeitamente bem ainda e de vez em outra tudo que aconteceu repassa na minha mente me deixando atordoada. Mas a minha paz está longe de chegar. Evitei os meus pais o máximo que eu podia e o pouco que a gente conversa, eu incentivei falando que não deve ir atrás do Daniel agora, inventei desculpas e mais desculpas. Dizendo que eu precisava de me fazer de difícil e a vítima de tudo. Até o momento eles acreditam em mim e confiam, já que eu tenho passado bastante tempo com Daniel e sei o que estou fazendo.Sim, eu sei.Não quero que os meus pais me usem para dar o golpe do baú.Pensar nisso me faz sentir tão mal.Tenho que fingir que realmente quero estar com Daniel pelo dinheiro e com isso vai ajudar minha família sair da falência que eles mesmo se colocaram. Os empregados foram reduzidos, a ponto da minha mãe ter de cozinhar. Cecí
Bruce guardou o celular novamente, e seu olhar sério e questionador era um aviso claro de que ele não sairia dali até eu dizer o porquê. A tensão no ar era palpável, e eu sabia que precisava agir com cuidado para não piorar a situação. Não quero que o Bruce pense o pior de mim, o pouco que ele sabe é o que Daniel diz a ele.A minha cabeça está a mil. Uma hora eu estou correndo atrás do Daniel tentando salvar meu relacionamento provavelmente e na outra estou levando um tiro. Não, tem a pior parte. Meus pais querem que eu fique com Daniel por causa do dinheiro. Aquele carinho todo diz que acordei e tomei meu quarto não é mais tão frequente. Parece que fingindo aceitar o que eles querem, eu tirei um peso das costas deles.– Eu sei que o relacionamento de vocês é no sigilo, mas vamos combinar que os seus pais não são bobos e deve imaginar que existe alguma coisa entre vocês. – Bruce cruzou seus braços novamente. – Tem algo acontecendo e eu não sei o que é. Então diga.Fechei os olhos por
P.V. Daniel Hart– Como assim ela estava diferente, Bruce? Eu preciso de detalhes e não ouvir: ela parecia estar bem diferente. – Minha irritação estava em um nível extremo. – Você me mandou uma foto e eu pedi um vídeo!Bruce revirou os olhos. Ele estava sentado em minha poltrona, descansando os braços no encosto, parecendo bastante relaxado e confortável. Mas ninguém nesta casa está realmente relaxado, pelo menos não por dentro. O Sr. Cameron decidiu cancelar nossa parceria e agora se recusa a pagar a quebra de contrato. Eu poderia ter perdoado a dívida se isso significasse me manter longe desta família.Mas o problema não para por aí. Ele está me culpando pela morte de sua filha, dando a entender que eu de alguma forma causei as atitudes que Sophia tomou. É frustrante e injusto. Agora o que deveria ser resolvido em um menor tempo, a polícia está abrindo uma investigação.Antes do ocorrido estavam ao meu lado quando queria afastar Sophia, ou só concordaram para não perder o contrato.
P.V. Layla Barrett– Por quê? – Daniel engoliu em seco.Ele piscou algumas vezes e é nítido que a minha resposta mexeu com ele. Daniel não faz ideia do quanto está sendo difícil para mim, mas preciso afastá-lo. Por que ele confessou que me ama justo agora? Está acontecendo uma grande luta dentro de mim com as minhas emoções. Daniel me ama. Eu não sabia que precisava ouvir isso até agora. E agora meu coração se aperta ainda mais ao ver que terei que me afastar dele. Terei que me afastar do homem que eu amo.Cada dia fica mais fácil dizer e pensar sobre o que sinto por ele.Eu ouvi passos na porta e fiquei preocupada em falar alto demais e chamar atenção. Não posso deixar meus pais descobrirem que estou falando com Daniel. Me ajeitei na cama, mas a tipoia no meu braço me incomoda muito. Queria arrancá-la e jogá-la longe.– Daniel… a gente precisa nos afastar por um meu tempo. – fecha meus olhos por alguns segundos sentindo as lágrimas voltarem. – Por favor, não me faça perguntas das qu
– O que você está fazendo aqui? – Me levantei muito rápido e me contrai devido à dor em meu braço. Percebi o pequeno movimento que Daniel fez em minha direção, mas foi tão rápido que pode ter sido coisa da minha cabeça. Se ele tinha alguma intenção em vir até mim, desistiu. Não existe uma distância muito grande entre nós dois e o meu quarto parecia estar pequeno com a presença dele aqui. Daniel não deveria estar aqui. – Seus pais foram me procurar. – Daniel foi direto ao assunto. A expressão do rosto dele não mudou, mas sua voz grave e controlada mostrava o quanto ele estava segurando para dizer algo a mais. Fechei meus olhos por alguns segundos e neguei com a cabeça. – Me diz que eles não foram fazer o que estou pensando. – Sussurrei as palavras com tanta dor. – Eu deveria ter imaginado. – Daniel solta um sorriso fraco dos lábios e dá alguns passos aleatórios pelo quarto, passando uma das suas mãos pelo queixo antes de voltar a colocá-la no bolso da frente de sua calça. – Eles es