Pessoal, não esquece de comentar!
Li o e-mail mais duas vezes para poder ter certeza se li certo. Estou sentada de frente para minha escrivaninha e olhando para a tela do meu notebook sem piscar. Uma empresa de Paris respondeu o meu e-mail de três meses atrás, a empresa MoNavu é focada na área de moda. Estou sendo convidada a trabalhar na área de publicidade deles. Uma empresa de grande porte e sinceramente não esperava ter resposta alguma. Sabem que eu existo. Foram anos de tentativas dos meus pais para conseguir uma parceria com eles e agora sou convidada para trabalhar na MoNavu. O que será que eles vão falar quando souberem? O que será que… meu sorriso sumiu. Daniel. Hum, como contarei para Daniel? Ainda não conversamos sobre meu futuro depois que terminar a faculdade. O seu celular toca e me levanto indo até a cama pegá-lo. Sorri. – Oi. – Mordi o canto da boca. – Gosto do fato que você suaviza a voz para falar comigo. – Aposto que ele está com aquele sorriso debochado. Revirei os olhos e o meu sorriso foi
– E eu posso saber o porquê? – Daniel me olha como se eu fosse uma maluca. Ele afasta a cadeira e se vira para mim. Sinto um calafrio na barriga. Não estou nenhum pouco animada para essa conversa. – Estou te dando a chance de trabalhar no setor da formação que se formou e em um cargo grande. Você não precisará começar de baixo, e seu currículo dará um salto bem grande. Seus colegas de classe matariam e morreriam por essa vaga.– Então dar para um deles. – Falei sem pensar.Foi mais rápido que eu!A expressão em seu rosto mudou completamente. Ele não gosta das minhas respostas afiadas, porque tenho força e coragem de debater com ele na mesma alt
P.V. Daniel Hart– Nossa! Faz tanto tempo que eu não entro nessa empresa. – Bruce sentou na poltrona na minha frente. – Cara, não mudou nada. Como você consegue manter esse lugar tão limpo?Higiene é o mínimo, pensei. Ele olha tudo como se fosse a primeira vez. Não olhei diretamente para o Bruce, tenho coisas para resolver e a visita foi inesperada. Olhei de canto de olho quando ele entrou e voltei a minha atenção para os papéis em minhas mãos.– E por que você está aqui mesmo? – Assinei alguns papéis e peguei outros.Fiz um estalo com a língua e coloquei aqueles papéis de volta
Lentamente vou me acostumando com essas roupas. Bem, vestido nunca foi meu foco. Não para eu vestir. Gosto de desenhar algumas peças, é divertido e acho lindo, mas vestir? Ainda não me acostumei, mas não posso negar que fica lindo. Esse é o segundo vestido que uso em um evento e os dois foram escolhidos pelo Daniel.Gosto das suas escolhas, mas nunca confessarei isso para ele.Caminho pelos convidados sorrindo como se conhecesse cada um que passava por mim. Daniel me convidou para um evento de magnatas que está tendo na cidade. Não que eu estivesse animada para vir, mas ele me ameaçou dizendo que se não viesse mandaria mais de 2.000 dúzias de flores para faculdade e contrataria um carro de som para anunciar que as flores eram para mim. Como sou uma pessoa qu
P.V. Daniel Sair do salão de festa entrando no primeiro corredor que achei. Tomei uma grande distância do salão, não preciso dizer que não estou lhe dando muito bem sobre a possibilidade da Layla trabalhar para MoNavu. Layla teve a oportunidade de contar, pela primeira vez perdi o controle. Controlar meus sentimentos e controlar meu tom de voz é uma coisa que faço facilmente. Um sorriso fraco rindo de mim mesmo, passando a mão pelo cabelo e puxando de leve os fios. Nada é fácil quando tem Layla no meio. Preciso de um tempo para pensar, não quero falar besteira e piorar as coisas. Porque eu estou tudo nesse momento, menos calmo. Sabia que Layla estava escondendo alguma coisa. É óbvio que não acreditei quando ela me falou que não recebeu convites de trabalho. Não é exagero quando se diz que as notas dela são boas, os desenhos
Avistei o carro estacionado, porém, sem nenhum sinal do motorista. Suspirei e me dirigi à porta. A casa estava bem iluminada, como sempre, mas não havia sinal da Matilde. De repente, ouvi um som vindo da cozinha. Certamente, era Daniel. Era hora de resolvermos isso de uma vez por todas. Cada passo que eu dava, meu coração apertava ainda mais. A adrenalina tomou conta do meu corpo e eu não sabia o que esperar. Adentrei a cozinha e, segundos depois, todas as luzes foram apagadas. A escuridão que me envolveu causando um calafrio em meu corpo. Agora, apenas a luz que entra pela porta e pelas janelas ilumina o ambiente. Começando a me questionar: o que Daniel estaria aprontando agora? Ou será que a luz realmente acabou? E a Matilde, onde estaria? Por que estou falando com o vento? Decidi caminhar na mesma direção em que entrei,
Respirar doía. Era raro conseguir manter meus olhos abertos. Virei meu corpo, encostando no chão frio. Foi um esforço imenso, mas consegui fazer esse pequeno movimento. A dor era cada vez mais insuportável, mas não podia desistir. Eu preciso saber sobre o Daniel. Eu… a tontura vem e vai embora. Real ou imaginação?– Daniel… – Sussurrei.Minha visão começava a escurecer. Quero ficar acordada, quero saber como o Daniel está! Soltei uma baforada de ar e senti as lágrimas escorrerem pelo meu rosto. Vi o sangue na água da piscina. O sangue se espalhou tão rapidamente, perdi meu foco rapidamente e não consegui me aproximar mais. Não tenho mais forças para fazer nada além de ficar aqui deitada. Em poucos momentos que consigo ter a minha visão nítida, consegui ver o céu estrelado.Tão rápido que as estrelas pareciam, elas sumiram também. Barulhos indescritíveis para mim, era difícil dizer se tudo estava realmente acontecendo ou estou sonhando. Um sonho bem real. Não é um sonho, é um pesadelo.
P.V. Daniel HartEstou com um cobertor por cima do meu ombro vendo o corpo de Sophia sendo tirado da minha piscina. O sangue se arrastando pela água como se ainda tivesse um corpo ali, ela ficou um bom tempo e seu sangue não se misturou completamente. Tem polícia dentro e fora da minha casa, meu advogado e Nick estão presentes. Dessa vez será difícil deixar a imprensa fora, o condomínio está fechado, mas eu tenho vizinhos.Os paparazzis podem não ter acesso, mas os meus vizinhos cuidam disso.Bruce está na cidade e ciente de tudo. Mandei Matilde para casa acompanhada de alguns seguranças e precisei reforçar para os meus pais que não viesse até aqui. Acabar com toda essa história é o meu principal objetivo, senti meu corpo tremer mesmo com aquele cobertor. Sem vento. Sem frio. Meu olhar saiu da piscina, olhando para o corpo morto que é colocado naquele saco preto. Sophia estava fora de si e por tão pouco não tirou a vida da mulher que eu amo.Sra. e o Sr. Cameron insistiram para que vi