Chegamos finalmente em sua casa. Nenhuma palavra foi dita durante o caminho para casa de Daniel. Era muito angustiante, porque eu sabia que teríamos uma conversa desagradável. Não estou nem um pouco animada para isso e gostaria de ter um controle e acelerar essa parte. Seu quanto Daniel está com raiva pelo que viu, mas eu não tenho culpa. Não me tranquei naquela sala com Ethen de propósito e espero que ele não esteja pensando isso.
Por Deus! Ethen parecia totalmente fora de si para mim. Não é o homem que conheci, ele nunca me forçou a nada e aquele beijo só aconteceu por causa dele. Eu não correspondi.
– Eu sabia que ele ia inventar alguma coisa! – Daniel joga as suas mãos para o alto, demonstrando toda a sua raiva.
Um sorriso que não me alegrava e muito menos alegrava ele. Eu não queria piorar as coisas, sei que minhas palavras de alguma forma machucaram ele. Queria me desculpar, mas Daniel não deu espaço para que eu falasse.– Eu não coloquei você naquela porra de vestido para ver como é o seu corpo, Layla. – Ele diz sem olhar para mim por um estante. – Não me importava com o que tinha debaixo daquele moletom. – Daniel me olhou. – De todas às vezes que insiste que você tirasse todo aquele pano, é porque eu via você se escondendo de alguma coisa. – Raiva e mágoa passavam pelos seus olhos. Daniel não fazia questão de esconder sentimento algum. – Você é mais do que imagina ser. Tem uma grande presença e se esconde. Aquele homem quer o seu corpo, eu quero você por ser você.Prendi o ar.– Não me compare a ninguém daquela maldita faculdade. – Daniel endireita o seu corpo. – Eles não fizeram e nem fariam a metade do que fiz e o que planejo fazer por você. Que se foda cada um deles. Acredita mesmo que
Ethen deixou a faculdade. Alguma coisa me diz que Daniel é o motivo. A fofoca no momento é que Ethen e Perry estavam envolvidos com drogas e Ethen deve ter ido embora para que não chegasse nele. E a intensidade de como as fofocas pioraram é assustador. Procurei não pensar em Perry e muito menos em Ethen.Também não queria ter a certeza do envolvimento do Daniel, ainda mais que assisti à notícia da loja do shopping de florida. O senhor Gwyn pode não ser um dos homens mais ricos, mas era um empresário de grande porte e esteve nos jornais por uns dias."Amanhã aqui em casa. Na hora do almoço!” – Daniel.Revirei os olhos vendo sua mensagem. Não nos vimos muito nos últimos quatro dias. Estuda, eu precisava estudar as aulas que perdi enquanto estava na Flórida. Também preciso rever meu TCC.“Tenho chance de recusar?” – Layla.Eu iria com certeza. Estou com saudades, mas queria provocar ele.“Amor, você é louca, mas não nesse nível. Venha ou terá eu falando por tanto tempo e ao mesmo tempo e
Eles pareciam ter intimidade. Pelo menos acredito que não seja de hoje que eles se conhecem e não estou muito empolgada para saber quanto tempo. Para falar a verdade, eu tenho que me lembrar de respirar fundo e não ir até a Sophia para fazer ela pedir desculpas a Matilde. É nítido que ela é uma cobra sonsa e na frente do Daniel não demonstra isso. Falando em Daniel ele não apareceu muito animado para me apresentar para sua amiga ou quem quer que seja Sophia para ele.– Sim, ela é da faculdade que venho dando palestra…Sinto meu sangue esquentar.– Daniel está me ajudando com alguns trabalhos da faculdade. – Respondi por ele tendo a atenção da Sophia novamente. – Ele pediu para vir aqui buscar um arquivo, mas não quero tomar o seu tempo. É melhor eu ir embora. – Essa última parte eu digo olhando para Daniel.Ele dá um passo à frente e está pronto para dizer alguma coisa, mas Sophia segura em sua mão entrelaçando os seus dedos. Meu olhar desce automaticamente para suas mãos.– Por que n
Paguei o motorista e entrei na minha casa. Acabei dando mais dinheiro do que tinha dado a corrida, mas não me importei. Foi pelo atendimento como psicólogo também, mesmo que ele não tenha me ajudado em nada. Absolutamente nada, porque ele não me acalmou em momento algum. Me fez sentir pior. Não falei com ninguém e pela primeira vez eu agradeci por meus pais não estarem em casa nesse momento. Tranquei a porta do meu quarto e me joguei na cama.Por que eu estou tão mal assim? Ok, eu fui amante desse relacionamento. Mas… não sei explicar. Eu estou mal desse jeito pela mentira dele, apenas. Não é? Ele dizer que me queria… A idiota estava mesmo acreditando nas aquelas baboseiras?Senti meus olhos marejados, o que me deixou mais confusa. Por que eu estou assim? Vida que segue! Não tinha sentimento algum, apenas usufruir do útil e agradável. Acabamos tendo um convívio e ele querendo me ajudar com seu conhecimento, aproveitamos para relaxar juntos. Não é? Eu estou certa, não é? Foi exatamente
Anotei cada palavra que o professor dizia. Sou fã de papel e caneta. Estou sempre digitando no meu notebook, mas papel e caneta é o meu forte. Impressionantemente consigo escrever tão rápido quanto eu digito. Hoje tivemos uma prova surpresa e agradeço por sempre estar me atualizando e estudando, porque ontem nada peguei para estudar, como tenho costume de fazer.Apenas não tive vontade, sem outro motivo. Foi uma das primeiras a terminar e assim poderia ir embora. Juntei as minhas coisas e peguei a minha prova indo levar até a mesa do professor.Ele fez um aceno de cabeça se despedindo e eu dei o meu sorriso, sai de sua sala. Caminhava pelo corredor com pensamentos aleatórios. Tentei focar nos próximos desenhos que eu gostaria de concretizar, tem alguns pedidos em um site de freelancer. Tentarei terminar ainda hoje e assim pegar outros. Ainda bem que gostam do meu trabalho e venho recebendo bastante pedidos.– A gente precisa conversar. – Daniel parou na minha frente. – Agora.Olhei p
Ignorei a mensagem do Daniel.Olhei a hora e fiquei assustada ao ver que passei o dia todo dormindo. Ainda me sinto um pouco mole, resolvi tomar outro banho para despertar. Com o tempo frio coloquei meu conjunto de moletom. Dou uma arrumada no meu quarto e organizo os papéis com os meus desenhos.Fico feliz com o resultado.Vou até a janela para abrir e deixar o ar entrar. O vento frio preenche o meu quarto e sou tentada a fechar novamente, mas todo meu quarto esquenta ao ver um carro que conheço muito bem parar de frente para minha casa. Daniel desce de seu carro arrumando o sobretudo em seu corpo. Não sei se admiro a beleza daquele homem ou fico assustada porque Daniel realmente está caminhando em direção a minha porta.Ele não precisou olha para a janela do meu quarto. Daniel sabia que estava sendo ele.Sai do meu quarto correndo mais rápido do que já corri na minha vida. Ele é louco? O que ele está fazendo aqui? Ouvi a campainha tocar. Desci as escadas com tanta rapidez que quase
– Estou ocupado no momento e o resto do dia também. – Ouço o Daniel falar. – Entrar em contato apenas se tiver recuperado todas as peças ou metade delas, sobre as empresas terceirizadas ter aceitado não precisa me informar… é óbvio que vão aceitar. – Daniel diz irritado. – Só me ligue se eu tiver perdendo a minha empresa. Estou deitada com a cabeça em seu peito e abraçando ele pela cintura. Mexi juntando mais o nosso corpo. Daniel acariciava minhas costas conforme conversava no telefone, a ligação acabou e ele deixou o celular em cima do criado mudo. – Desculpe, eu não queria te acordar. – Ele tirou os fios do meu cabelo que estavam em meu rosto. – Tudo bem. – Bocejei. Acabei dormindo depois de nossa transa. Não queria confessar estar com saudade. Eu não confessarei em palavras, mas senti a falta dele. Senti a falta do seu toque, senti vontade de conversar com ele. – Quantas horas são? – Me sentei na cama com uma das mãos segurando o lençol para cobrir o meu corpo e com a outra es
Infelizmente não poderei ir com Daniel para Alemanha. Estava bem relutante em ir quando ele me propôs, a ideia de acabar encontrando com Sophia parecia bem real e gostaria de evitar. Meus avós vão estar na cidade e a família será reunida, sinto muito a falta deles e meu avós resolveram curtir a vida depois de ver que seus filhos podiam andar com as próprias pernas. Então ver eles é raro. Não querendo ter dor de cabeça, eles só aparecem ocasionalmente. Hoje farei uma coisa que não imaginei que poderia fazer, ou melhor que não imaginei que um dia iria querer me aproveitar. – Matilde, Daniel está de bom humor? – Perguntei depois de cumprimentar ela. – Antes dele entrar no escritório me pareceu estar sim. Olhei em direção ao corredor. – Quanto tempo ele está lá? – Umas duas horas. – Ela respondeu. Senhor Hart, pediu para que você fosse para o escritório quando chegasse. Balanço a cabeça concordando, mas não estou muito animada. Respirei fundo e fui para o escritório de Daniel. Tent