Eles pareciam ter intimidade. Pelo menos acredito que não seja de hoje que eles se conhecem e não estou muito empolgada para saber quanto tempo. Para falar a verdade, eu tenho que me lembrar de respirar fundo e não ir até a Sophia para fazer ela pedir desculpas a Matilde. É nítido que ela é uma cobra sonsa e na frente do Daniel não demonstra isso. Falando em Daniel ele não apareceu muito animado para me apresentar para sua amiga ou quem quer que seja Sophia para ele.– Sim, ela é da faculdade que venho dando palestra…Sinto meu sangue esquentar.– Daniel está me ajudando com alguns trabalhos da faculdade. – Respondi por ele tendo a atenção da Sophia novamente. – Ele pediu para vir aqui buscar um arquivo, mas não quero tomar o seu tempo. É melhor eu ir embora. – Essa última parte eu digo olhando para Daniel.Ele dá um passo à frente e está pronto para dizer alguma coisa, mas Sophia segura em sua mão entrelaçando os seus dedos. Meu olhar desce automaticamente para suas mãos.– Por que n
Paguei o motorista e entrei na minha casa. Acabei dando mais dinheiro do que tinha dado a corrida, mas não me importei. Foi pelo atendimento como psicólogo também, mesmo que ele não tenha me ajudado em nada. Absolutamente nada, porque ele não me acalmou em momento algum. Me fez sentir pior. Não falei com ninguém e pela primeira vez eu agradeci por meus pais não estarem em casa nesse momento. Tranquei a porta do meu quarto e me joguei na cama.Por que eu estou tão mal assim? Ok, eu fui amante desse relacionamento. Mas… não sei explicar. Eu estou mal desse jeito pela mentira dele, apenas. Não é? Ele dizer que me queria… A idiota estava mesmo acreditando nas aquelas baboseiras?Senti meus olhos marejados, o que me deixou mais confusa. Por que eu estou assim? Vida que segue! Não tinha sentimento algum, apenas usufruir do útil e agradável. Acabamos tendo um convívio e ele querendo me ajudar com seu conhecimento, aproveitamos para relaxar juntos. Não é? Eu estou certa, não é? Foi exatamente
Anotei cada palavra que o professor dizia. Sou fã de papel e caneta. Estou sempre digitando no meu notebook, mas papel e caneta é o meu forte. Impressionantemente consigo escrever tão rápido quanto eu digito. Hoje tivemos uma prova surpresa e agradeço por sempre estar me atualizando e estudando, porque ontem nada peguei para estudar, como tenho costume de fazer.Apenas não tive vontade, sem outro motivo. Foi uma das primeiras a terminar e assim poderia ir embora. Juntei as minhas coisas e peguei a minha prova indo levar até a mesa do professor.Ele fez um aceno de cabeça se despedindo e eu dei o meu sorriso, sai de sua sala. Caminhava pelo corredor com pensamentos aleatórios. Tentei focar nos próximos desenhos que eu gostaria de concretizar, tem alguns pedidos em um site de freelancer. Tentarei terminar ainda hoje e assim pegar outros. Ainda bem que gostam do meu trabalho e venho recebendo bastante pedidos.– A gente precisa conversar. – Daniel parou na minha frente. – Agora.Olhei p
Ignorei a mensagem do Daniel.Olhei a hora e fiquei assustada ao ver que passei o dia todo dormindo. Ainda me sinto um pouco mole, resolvi tomar outro banho para despertar. Com o tempo frio coloquei meu conjunto de moletom. Dou uma arrumada no meu quarto e organizo os papéis com os meus desenhos.Fico feliz com o resultado.Vou até a janela para abrir e deixar o ar entrar. O vento frio preenche o meu quarto e sou tentada a fechar novamente, mas todo meu quarto esquenta ao ver um carro que conheço muito bem parar de frente para minha casa. Daniel desce de seu carro arrumando o sobretudo em seu corpo. Não sei se admiro a beleza daquele homem ou fico assustada porque Daniel realmente está caminhando em direção a minha porta.Ele não precisou olha para a janela do meu quarto. Daniel sabia que estava sendo ele.Sai do meu quarto correndo mais rápido do que já corri na minha vida. Ele é louco? O que ele está fazendo aqui? Ouvi a campainha tocar. Desci as escadas com tanta rapidez que quase
– Estou ocupado no momento e o resto do dia também. – Ouço o Daniel falar. – Entrar em contato apenas se tiver recuperado todas as peças ou metade delas, sobre as empresas terceirizadas ter aceitado não precisa me informar… é óbvio que vão aceitar. – Daniel diz irritado. – Só me ligue se eu tiver perdendo a minha empresa. Estou deitada com a cabeça em seu peito e abraçando ele pela cintura. Mexi juntando mais o nosso corpo. Daniel acariciava minhas costas conforme conversava no telefone, a ligação acabou e ele deixou o celular em cima do criado mudo. – Desculpe, eu não queria te acordar. – Ele tirou os fios do meu cabelo que estavam em meu rosto. – Tudo bem. – Bocejei. Acabei dormindo depois de nossa transa. Não queria confessar estar com saudade. Eu não confessarei em palavras, mas senti a falta dele. Senti a falta do seu toque, senti vontade de conversar com ele. – Quantas horas são? – Me sentei na cama com uma das mãos segurando o lençol para cobrir o meu corpo e com a outra es
Infelizmente não poderei ir com Daniel para Alemanha. Estava bem relutante em ir quando ele me propôs, a ideia de acabar encontrando com Sophia parecia bem real e gostaria de evitar. Meus avós vão estar na cidade e a família será reunida, sinto muito a falta deles e meu avós resolveram curtir a vida depois de ver que seus filhos podiam andar com as próprias pernas. Então ver eles é raro. Não querendo ter dor de cabeça, eles só aparecem ocasionalmente. Hoje farei uma coisa que não imaginei que poderia fazer, ou melhor que não imaginei que um dia iria querer me aproveitar. – Matilde, Daniel está de bom humor? – Perguntei depois de cumprimentar ela. – Antes dele entrar no escritório me pareceu estar sim. Olhei em direção ao corredor. – Quanto tempo ele está lá? – Umas duas horas. – Ela respondeu. Senhor Hart, pediu para que você fosse para o escritório quando chegasse. Balanço a cabeça concordando, mas não estou muito animada. Respirei fundo e fui para o escritório de Daniel. Tent
– Eu estava com tanta saudade de vocês. – Abracei a minha avó depois de ter falado com meu avô.– Oh, minha querida. – Minha voz me olhou bem, quando desfizemos o abraço. – Você está tão magrinha. Tem comido? Seus pais não estão te alimentando direito é isso?– Deixa a menina, Doarice. – Meu avô suspirou levemente irritado. – Você não pode ver ninguém que diz que está magro.– Já vai começar a inclinar comigo, Dariel? Você acordou hoje insuportável.Me segurei para não rir da discussão dos dois. Apolo, o meu cachorro apareceu. Meu avô não fez questão de continuar brigando com a minha avó e foi brincar com meu cachorro. Sorria vendo os dois, minha avó abraçou o meu braço vendo a cena também.– Eu amo esse veio. – Ela dizia em um suspiro. – Mas me dá muita dor de cabeça. Se nossos filhos são problemáticos hoje em dia, a culpa é da genética dele.Doarice e Dariel são pais da minha mãe. Meus avós por parte de pai morreram. Hoje teremos uma moça de família e não estou nem um pouco empolgad
– Ainda bem que você chegou! – Jeff me puxa para um abraço. – Eu tive umas ideias incríveis. Preciso compartilhar com você.Jeff passou o braço por cima do meu ombro e caminhamos até a sua sala.– Jeff dormiu hoje? – brinquei com ele. – Está animado demais e parece que tomou uma garrafa cheia de café.Ele abre a porta para que eu possa passar.– Olha, pode ser que tenha acontecido os dois fatos citados por você.Rimos e começamos mais um dia de trabalho. Jeff me contou sobre o marketing orgânico que ele está planejando a um tempo, conseg