P.V. Daniel HartLayla tem um irmão. Fui pego de surpresa com essa notícia e sei que não será bem recebido pela Layla. Não foi. Ela já não tinha uma relação muito bem resolvida com os pais e saber que esconderam mais uma coisa dela não seria nada fácil. Layla pode se fingir de forte quanto quiser, mas sei enquanto isso a afetou. Quando Elijah entrou na minha sala, passei a anotar cada reação dele. Não havia deboches e gracinhas como foi a conversa quando a Layla apareceu.– Sou filho do Fernando Barrett e quero reivindicar os meus direitos. Elijah Wilson Barrett, primogênito do Sr. Barrett. – Ele não faz questão de se sentar. – Sei que você e a Layla estão juntos e pouco me importo com isso. Mas sei que é um
P.V. Layla BarrettSentir meu corpo queimar, mas não é como se eu estiver sem contato com o fogo. É como se algo perfurar a minha pele tantas vezes e a quentura do objeto me faz estremecer. Não me mexia. Por mais que quisesse me mexer e correr, não fiz. Também não tinha meus olhos fechados e não conseguia abrir. Onde estou? Daniel? Gritava em minha mente e não tinha resposta.– Abra os seus olhos. – Ouvi uma voz dizendo. – Você só tem que abrir os seus olhos.Eu não conseguia reconhecer quem era aquela voz. Mas as perfurações que sentia contra o meu corpo, foram parando aos poucos. Meu corpo estava sendo levantado e comecei a me desesperar. Como se estivesse abrindo meus olhos pela primeira vez, forcei as minhas próprias abrir. Vi o rosto da minha mãe e um branco atrás dela, ela sorriu para mim e tudo sumiu. Agora era outra pessoa que me olhava.– Layla! – Daniel me sacudia em seus braços. – Ei, fala comigo, meu amor. – O desespero em sua voz me fez despertar completamente.– Eu… – Se
Para ter acesso aos andares recebíamos uma ligação da recepção para liberar o acesso da pessoa, apenas Daniel e Rodolfo tinham a entrada liberada. Beatrice Cameron usava um terno feminino branco que ficava perfeitamente bem em seu corpo. É uma mulher com um corpo esbelto, que mantinha toda elegância com o cabelo curto diferente do da filha. Seus olhos eram tão azuis quanto os da Sophia. A bolsa preta em um tamanho médio com as cores branco e dourado completava o seu look, ela deu alguns passos à frente se aproximando da outra mesa que não está muito longe dela e onde estão as duas máquinas de costura.– Vejo que lentamente está construindo o seu negócio. – Ela passou o dedo sobre a mesa e conferiu no dedo se tinha sujeira, após ter certeza que está limpo colocou a s
Quanto mais olhava para Elijah gostaria de dizer que ele não é o meu irmão. Que Fernando não teve outro filho e esse filho não é da minha mãe. Quando ele disse que precisamos nos conhecer, queria gritar e dizer para ir embora. Pensei que passaria o resto da tarde sozinha fazendo meu trabalho, não teria nenhuma preocupação, no final do dia estaria indo feliz para casa.Beatrice Cameron foi a primeira a trabalhar.Elijah pediu comida para nós depois de me zoando dizendo que como a minha conta está bloqueada, ele teria que me ajudar a me alimentar. Idiota! Ele é o culpado! Estamos um ao lado do outro, cada um com a sua comida em mãos. Passei todo meu material para uma mesa para não arriscar respingar uma sujeira se quer. Sempre me pegava observando Elijah, seu jeito despojado é diferente do meu pai. Ver seu rosto de perfil me incomodava, porque via meu pai nele.– Sabe ando conversando com o seu namorado e ele sugeriu que viesse aqui hoje. – Elijah olhava para sua comida. – Talvez devess
P.V. Daniel Hart“Está feito! E sair vivo.” – Elijah.Neguei com a cabeça enquanto digitava uma resposta.“É bom que eu não encontre com uma Layla raivosa.” – Daniel.Elijah não é louco de fazer alguma coisa que machuque ou que prejudique a Layla, ele procurou os direitos dele. O que acabou ocasionando o atraso nos planos dela, mas nada que eu não pudesse resolver. Hoje, quando ele já veio me procurar mais uma vez, mandei que fosse procurar Layla e conversasse com ela. Tudo indica serem irmãos querendo ou não, e mesmo com pensamentos e motivos de vida diferente eles precisavam conversar.Estou a caminho do apartamento da Laila, ela nada falou durante a tarde inteira. Tive um dia muito longo hoje e provavelmente terei uma noite longa ao encontrá-la. A cada dia algo diferente para resolver."Bem, se encontrar não será por minha causa" – Elijah.Estranhei a mensagem mandada por ele."O que está sabendo?" – Daniel."Quando cheguei, encontrei a Beatrice Cameron com a Layla, não peguei a co
P.V. Daniel Hart– Não acredito que você fez isso. – Acordei com uma tentativa falha da Layla de falar baixo.Abri meus olhos e me espreguicei. Ontem depois que a coloquei na cama, tomei um banho e dormi ao seu lado. Apolo nem fez questão de nos acompanhar até o quarto. Levantei da cama e passei pelo banheiro antes de ir atrás daqueles dois. Antes de sair do quarto peguei meu celular digitando uma mensagem para o Nick."Preciso falar com você. Me encontre depois do almoço na empresa." – Daniel.Coloquei o celular no bolso da calça de moletom e me espreguicei mais uma vez, não coloquei uma camisa.– Esse bolo não era seu! – Layla
P.V. Layla Hart– Se você ficar rodando com nessa cadeira por mais tempo. – Ouvi Jeff dizer. – Tenho minhas dúvidas se conseguirá levantar e andar normalmente.Estou há uns 10 minutos sentada nessa cadeira, às vezes rodando ou nas outras vezes mexendo de um lado para o outro com os olhos fechados. Funda em pensamentos e tentando me segurar no lado bom da história. Qual o lado bom?– Eles cancelaram o contrato…– Houve um contratempo e foi preciso cancelar…– Sério que você vai acreditar nessa desculpa, Jeff? – Parei de rodar a cadeira e abrir os meus olhos. Tentei evitar uma careta. Estou tonta. – Tenho certeza que os Cameron têm a ver com isso.Daniel havia feito uma nova parceria para fazer a produção de carros. Parceria essa que tinha com o Sr. Cameron, agora seria com outra pessoa. Essa pessoa cancelou todo o trabalho, ouvi por alto que os Cameron têm uma medida protetiva contra Daniel, ele não me contou nada disso. Mas nossos queridos amigos Cameron fizeram questão que todos soub
P.V. Daniel Hart– E você está querendo fazer tudo isso e o motivo é uma mulher? – Benjamin perguntou.Estamos na espera do jogo de beisebol que aconteceria em Fenway Park. Estou com Bruce nessa viagem, cada um está sentado ao meu lado. Benjamin Viturino é um grande empresário na área de laticínios e um investidor muito competente, nossos trabalhos são inúmeros e muito grandes. Um dos meus primeiros clientes e mantemos até hoje nossos trabalhos, podendo considerar um colega.– Não deveria ficar surpreso, Benjamin. – Diz Bruce depois de dar uma bela mordida no seu cachorro-quente. Faço careta. É muita caloria desnecessária – Ele queria processar os policiais, porque tomaria o tempo dele e ele poderia estar com a preciosa Layla.Bruce e Benjamin riram.Cheguei a comentar com o Bruce o meu desejo de processar aquele delegado. Se entrei na casa dos Cameron é porque eu tinha um motivo e que se dane a justiça. Aqueles dois estão fazendo aparecer que puxei o gatilho matando a filha deles,