Ver os dois caixões lado a lado era algo perturbador. Não consigo chorar, não consigo demonstrar algum sentimento. Fiquei parada olhando para um único lugar, os caixões. Vi as pessoas se aproximando e deixando alguma palavra de carinho, alguns até me cumprimentavam e me davam um abraço. Eu respondi no automático. Meus avós estavam sendo mais receptivos do que eu, qualquer pessoa da minha família estaria sendo mais receptiva do que eu.Porque eu estou me sentindo muito mal, mas não conseguia expressar. Eu não teria mais eles comigo, não consegui o que tentei por todos esses anos. O amor deles e foram ingratos a ponto de morrer sem me amar. A única filha. Eu só… queria mais um abraço.Meus avós já estavam cientes do acidente quando o advogado ligou avisando. Pediram para que não me preocupasse com nada, porque eles cuidaram de tudo. Hoje pela manhã me arrumei e peguei a minha bolsa para vir ao velório, não esquecendo do contrato da MoNavu. Não faço ideia de que horas são, pessoas que nã
Apolo estava mais agitado que de costume. Meu cachorro parecia indeciso em me dar atenção ou ir dar atenção ao Daniel. Tirei meu celular da bolsa, deixando a mesma em cima da cama. Já havia mensagens do Sr. Williams, pedindo que entrasse em contato com ele assim que possível para falar a respeito dos bens e logo se desculpando pelo incômodo.– Você sabe os detalhes da causa… – Daniel deixa a frase no ar.É claro que ele saberia. Me virei coçando a testa, um pouco perdida. Olhei para ele e neguei.– Negligência ao trânsito de outro motorista, causando morte de outra família também. – Daniel está com as mãos no bolso da frente da calça. Seu óculos pendurado na camisa
P.V. Daniel HartEntrei na sala do Sr. Willis preparado para qualquer coisa. Layla não tem aparecido na faculdade, depois que a mídia descobriu onde ela estudava sempre tinha paparazzis presentes e além dos alunos dessa instituição que não facilitava o convívio. Ser chamado aqui não foi surpresa alguma, toda loucura que está acontecendo na vida da Layla é por minha causa. Sou uma pessoa pública. Seus pais eram muito mencionados na alta sociedade e não se preocupavam com as câmeras, ao contrário da filha que sempre foi mais na dela evitando qualquer atenção possível.– Sr. Hart, por favor. – Nos cumprimentamos com um aperto de mão. – Sente-se.Arrumei meu terno me sentando na cadeira à frente da sua mesa. Sr. Willis como sempre parecia nervoso pela minha presença.– Bem, peço desculpas novamente pela minha insistência. – Ele deu um sorriso forçado, sentando em sua cadeira. – Mas achei melhor conversar diretamente com você, antes de conversar com a senhorita Barrett.– Do que se trata?
P.V. Layla BarrettDaniel estranhou quando falei que queria marcar um horário com ele. Estou aqui para fazer uma proposta de trabalho e tem que ser algo formal, deixando nossa vida pessoal de lado. Então aqui estou eu no dia tudo mudou na minha vida com a morte dos meus pais, colocando meu primeiro negócio em jogo. Eles não prestam oportunidades e eu também não perderia. Minha entrada foi liberada, Daniel perguntou de sua cadeira vindo até mim. Sua sala como sempre perfeitamente organizada e uma vista maravilhosa para ser contemplada. Seu olhar é curioso em minha direção.Não estou com a mesma roupa da última vez que nos vimos. Me dei liberdade que depois de combinar tudo com meu advogado, voltei para casa a fim de tomar um banho e comer alguma coisa antes de vir.
– Imagino que você saiba do processo que está ocorrendo entre o Daniel e o Sr. Cameron. – Conversei com Jeff. – Abrir uma nova parceria de carros que seria com o Sr. Cameron meses atrás não é muito afrontoso a ponto de piorar a situação?Jeff riu. Ele desenrolou o grande cartaz hoje tinha várias ideias e de como ele imaginava as coisas. Às vezes ele fugia completamente da tecnologia.– Meu amor, é do seu futuro marido que estamos falando. – Fiquei completamente sem jeito com as suas palavras. Jeff riu mais. – Daniel está pouco se importando com esse processo que os Cameron moveu. Muito provavelmente esteja surpreso que eles conseguiram fazer toda essa briga durar por um bom tempo. Apesar de não saber todos os detalhes, apenas sei o pouco que a mídia divulga e não me leva a mal, não quero entrar nessa loucura que é a vida de vocês.Um pouco ofendida.– Pedi sua ajuda, porque mesmo que Daniel tenha contratado uma grande equipe o projeto é em pouco tempo. O relacionamento de vocês tomou
Depois de mais um final de aula demorei mais do que o costume para arrumar minhas coisas e sair da sala. Eu tinha como rotina ser uma das últimas a sair, mas as coisas mudaram. Os meus colegas não fazem mais questão de cochichar entre si e fingir que eu era o assunto principal da conversa que circulava entre eles. Tentei ignorar cada um e o meu dia foi mais exaustivo por causa disso e não por causa da aula.– Você ainda está aqui?Kelly Okoye, a universitária que espalhou para todo mundo que estava ficando com Daniel e foi descartada na frente de todo mundo, parou do lado da minha mesa com as mãos na cintura.– E por que eu não estaria? – Continuei guardando as minhas coisas.– Fizemos um abaixo assinado para que saísse dessa instituição.– Posso saber porque perder o tempo com isso? – Ri. Era só que me faltava mais essa. Com tudo guardado olhei para ela.– Você é uma péssima influência para esse lugar. – Kelly diz irritada. – Está se orgulhando de ser a amante de um empresário rico,
P.V. Daniel Hart– É um crime para a humanidade que estejamos juntos? – Layla entrou em seu apartamento com raiva como se fosse fogo irradiando dela. – Quem eles pensam que são? Estão com tanto tempo assim na vida deles que precisam vir nos perturbar para preencher esse vazio? Idiotas! Filhos da…– Olha a boca. – Chamei sua atenção ao fechar a porta atrás de mim.Minha cabeça já doía de tanto que a Layla falava. Desde a delegacia até aqui e não parou de falar um segundo sequer, a vejo ir para a cozinha e vi que estava pegando água para beber. Sorri. Apenas um gás para poder falar mais. Era essa vontade que eu queria ver nela quando ninguém sabia sobre nós, a vontade de nos def
Depois de uma longa discussão pela manhã com Daniel, porque não concordou comigo onde seria o bairro que viria o prédio que está à venda. Ele precisa entender que quem deve decidir onde é ou não sou eu. A empresa é minha! Ele tem um prédio por si só que já dá muito trabalho e não tem que dar pitaco no meu.– Daniel, mas gostei daquele lugar. – Me estressei.– Mas não é comercial. – Daniel repete. – Na Financial District tem lugares muito bom…– Você fala isso porque sua empresa está lá!– E por que você acha que vendo tanto? – Ele ergue uma sobrancelha e dar um sorriso debochado. – Fácil acesso, um dos melhores prédios. Os benefícios são constantes. – Daniel cruzou os seus braços na altura do peito. – E seu namorado pode uma visita rápida a você sempre que dê vontade. – Deu de ombros. – Vice e versa. Aquela sala ficou pequena co nós dois. Apolo correu para um dos quartos vendo que as coisas estavam piorando.– Eu sabia! – Apontei o dedo para ele me aproximando. – Você está pensando e