No shopping, após concluírem suas compras, Rebecca, Susan e Melissa decidem fazer uma breve pausa para saborear um café. Contudo, nesse intervalo, deparam-se com a presença de Samantha e Sabrina.
— Inacreditável, parece que essas duas estão em todo lugar, até aqui no shopping. — Lamenta-se Rebecca ao notar a aproximação das primas.
— Que surpresa encontrar você por aqui, priminha! — Ironiza Samantha, desdenhosa.
— Olá, Samantha. Que surpresa te encontrar! No entanto, estamos de saída. — Responde Rebecca com um sorriso tranquilo, começando a caminhar. Contudo, Samantha puxa o pacote das mãos dela e começa a examiná-lo. — Devolva isso, por favor. Não é da sua conta. — Ordena, mantendo a calma enquanto tenta recuperar o pacote.
— Olha só para a minha querida priminha, pensando em abandonar a inocência com essas lingeries sensuais? Já era hora, não acha? — Provoca Samantha, arrancando risadas de sua irmã.
— Você é patética, Samantha. — Declara Susan, puxando o pacote das mãos dela. — Deixe sua prima em paz e supere essa inveja de uma vez por todas. Recalcada! — Conclui, pegando Rebecca pela mão e conduzindo-a para longe. Melissa sorri e segue as duas amigas.
— Amiga, por que não responde? Você sabe que Samantha está apenas corroída pela inveja.
— Eu sei, Susan, mas ela é tão maldosa que nem sei como reagir. Acho melhor simplesmente manter distância. — Responde Rebecca, expressando constrangimento.
— Na próxima vez, não hesite em colocá-la no lugar dela. Vamos te levar para casa. A reunião deve estar terminando, e você precisa se preparar para encontrar o seu homem. — Sugere Melissa, com um sorriso encorajador.
Após o término da reunião, Peter permanece no escritório para discutir detalhes com seu pai e os Halgrave. Após horas de conversa, ele finalmente retorna ao seu apartamento para se encontrar com Samantha.
— O que você está fazendo? — Pergunta Peter, surpreso ao vê-la vestida com uma provocante fantasia de empregada.
— Estou pronta para te servir durante a noite toda. — Responde Samantha com malícia. — Já faz um tempo desde a nossa última vez.
— Saia daqui, Samantha. Você ultrapassou todos os limites. — Declara, aproximando-se e observando-a de cima a baixo, enquanto sente seu desejo crescer.
— Peter, vamos encarar isso de frente. Até quando aguardará pela decisão da senhorita Virgindade? Dois, três anos? É isso que você deseja? Quão profundo é o seu amor por ela? Estou aqui, agora, para você. Por que não se entrega ao desejo que nos consome? Sei que é isso que deseja. Deixe de lado as preocupações com ela e concentre-se em nós. Não seria a primeira vez. — Afirma, pousando as mãos no peito dele. — Você sabe que sou mulher o suficiente para isso. — Sussurra próximo ao ouvido dele. Peter passa o polegar nos lábios dela, sentindo o desejo que os envolve.
— Você está certa, Rebecca não passa de uma criança. — Declara, unindo seus lábios aos de Samantha, num beijo intenso que reflete a ardência dos desejos mútuos.
No elegante restaurante Six Seven do hotel The Edgewater, Alex e Ryan se encontram, saboreando uma xícara de café enquanto discutem os detalhes da reunião.
— Alex, a reunião transcorreu sem problemas. A proposta foi muito bem recebida pelo seu avô. Todos os documentos estão em análise, e continuarei investigando conforme sua solicitação, incluindo as outras empresas das duas famílias.
— Meu avô costuma aprovar tudo, isso não me surpreende. Aceitei participar dessa reunião porque tenho outros negócios em Seattle, mas não vejo como fechar negócios com essas empresas seria benéfico para o Grupo Shaw. No entanto, analisarei tudo quando retornar a Boston.
— Como foi a crise em Nova York?
— Todos os servidores do escritório de design em Nova York caíram. Levamos algumas horas para restabelecer tudo. A equipe de TI do Grupo Shaw é lamentável, e meu avô não facilita em nada. Eu poderia resolver facilmente esse problema, mas tudo é excessivamente burocrático quando se trata do Grupo Shaw.
— O teu avô não se preocupa com isso, por saber que você sempre resolve os problemas. — Afirma, verificando o horário. — Está quase na hora de retornarmos a Boston.
— Provavelmente, ele está pronto e te aguardando na recepção. — Conclui, levantando-se e dirigindo-se ao saguão, seguido por Ryan.
— Alex, quando você retornará para Boston? — Pergunta Nicolas ao vê-los se aproximando.
— Ainda não defini completamente meus planos. Planejo concluir os negócios aqui em Seattle e, em seguida, seguir para Nova York. A estimativa é permanecer por lá cerca de quatro dias.
— Excelente, então discutiremos a proposta do grupo Relic Halgrave quando você retornar. Tenho a convicção de que podemos estabelecer uma colaboração frutífera com eles.
— Certo, vovô. Analisarei minuciosamente tudo e debateremos assim que eu retornar. Tenham uma ótima viagem de volta a Boston. — Deseja, encaminhando-se em direção aos elevadores. Seu celular toca. — O que você quer? — Questiona ao atender.
— Saudações, meu caro irmão. Sinto uma saudade imensa de você. — Cumprimenta Bryan, adotando um tom provocativo. — Preciso compartilhar algumas novidades, e não se trata apenas da nossa ligação sanguínea.
— Não tenho tempo a perder contigo, vá direto ao ponto.
— Bem, irmãozinho, acho que devo contar para você sobre o quão espetacular foi a festa ontem à noite. Todos sentiram sua ausência, especialmente a sua namoradinha. Ela estava bastante abatida, mas não se preocupe, eu a mantive bem cuidada a noite inteira. — Provoca, deixando apenas o silêncio do outro lado. — Está curioso para saber os detalhes?
— Não me interessa ouvir absolutamente nada de você. — Declara, encerrando a ligação com uma expressão nítida de tensão.
Enquanto isso, Rebecca adentra furtivamente o apartamento de Peter, movendo-se com total silêncio para surpreendê-lo. Respira fundo, reunindo coragem, despe o vestido e avança até o quarto dele, vestindo apenas sua lingerie sensual. Contudo, ao abrir a porta, é ela quem acaba sendo surpreendida ao avistar Samantha em cima de Peter.
— Ai meu Deus. — Vocifera, chocada, saindo apressadamente do quarto.
— Droga. — Resmunga Peter, afastando Samantha. Ele veste um roupão enquanto vai atrás de Rebecca. — Posso explicar, foi um equívoco, me desculpe. — Pede ao se aproximar, observando-a se vestir. — Por favor, Rebecca, diga alguma coisa.
— Me desculpe, prima. — Diz Samantha, emergindo do quarto envolta em um lençol. — Alguém precisava dar ao Peter o que você não consegue. Essa é a diferença entre uma mulher e uma menina. — Conclui, com um sorriso vitorioso nos lábios.
— Isso não é ser uma mulher. — Responde Rebecca, tentando manter a calma. — Você é apenas uma vagabunda. Espero que ele tenha pensado em você durante o ato. — Conclui, dirigindo-se à porta.
— Por favor, Becca, espere. — Implora Peter, segurando-a pelo braço. — Me desculpe, eu errei. Dê-me uma chance de explicar tudo e consertar as coisas.
— Não há nada a ser discutido, especialmente na presença dela. — Afirma, retirando o braço. — Você fez a sua escolha, agora, encare as consequências. — Conclui, abrindo a porta e dirigindo-se ao elevador.
— Você planejou isso desde o início? — Questiona, irritado. — Seu objetivo era arruinar meu relacionamento com ela? Fui ingênuo por cair nessa armadilha. Saia daqui agora.
— Eu não tinha ideia de que ela viria aqui, só queria estar com você. Você também desejava, do contrário, não teria correspondido. Diga que não gostou? Diga que não te proporcionei prazer?
— Saia imediatamente da minha casa. Não quero sequer olhar para você, quanto mais falar. — Ordena, a raiva consumindo-o.
— Preciso me vestir, não posso sair assim. — Declara, dirigindo-se ao quarto.
— Maldição, como pude cair nessa armadilha? — Questiona-se, servindo-se de uma dose de uísque.
Ao pisar na rua, Rebecca aborda com determinação o primeiro táxi que avista. Naquele instante, entrega-se às lágrimas, marcadas pela traição. O taxista, observando-a com empatia pelo espelho retrovisor, permanece parado.
— Me desculpe. — Murmura, enxugando as lágrimas. — Por favor, conduza-me ao hotel mais próximo. — Solicita, consciente de que evitar sua casa é crucial, considerando a possível busca de Peter.
Na suíte da cobertura do hotel, Alex permanece imóvel diante da majestosa janela do quarto, contemplando o oceano e imerso em pensamentos. Seu telefone emite um alerta, e ele lê a mensagem recém-chegada.
“Eu disse que tomei conta dela para você. Aproveite as fotos que enviei por e-mail.”
Alex franze a sobrancelha ao ler a mensagem e verifica o e-mail de Bryan. Um sorriso forçado aparece em seus lábios ao se deparar com imagens de Sophia completamente nua nos braços do irmão.
— Como pode ser tão imprudente? — Questiona-se, irritado, enquanto disca para Sophia.
— Oi, meu amor. — Cumprimenta Sophia ao atender. — Me desculpe, não deveria ter discutido contigo. Estava agindo impulsivamente.
— Sophia, o que aconteceu na noite passada?
— Do que está falando? Não aconteceu nada. — Responde, totalmente alheia às fotos tiradas por Bryan.
— Até que horas você permaneceu na festa dos Ramsey? — indaga Alex.
— Fiquei quase até amanhecer, depois chamei um táxi e fui para casa. Acordei perto do horário que você me ligou. — Mente, desconfortável com a pergunta. — Por que está me questionando isso?
— Apenas curiosidade. Conversei com o Henrique há pouco, e ele me disse que você o dispensou durante a madrugada. Fico aliviado que você chegou bem. Nos falamos quando eu voltar. — Conclui, encerrando a ligação. — Porra, que mulher burra! — Resmunga, deixando o quarto em direção ao bar do restaurante Six Seven.
Rebecca, ao chegar no hotel, realiza o check-in, segue para o quarto e, com uma complexidade de sentimentos, entrega-se à cama. Lágrimas escorrem pelo seu rosto, a dor da traição e a humilhação a envolvem. Seu celular toca incessantemente, mas ela o coloca no silencioso, evitando as ligações de Peter.— Recuso-me a ser essa tola, largada na cama, chorando por alguém que não me merece. — Murmura, levantando-se e recompondo-se. — Mereço me divertir também. — Afirma, tentando encontrar forças. Refaz a maquiagem e sai do quarto, dirigindo-se ao bar do hotel.Ao chegar no bar do hotel, ela se aproxima, observando minuciosamente o local. Ao avistar um homem sentado no bar, encarando um copo de uísque, ela para e o analisa com cuidado.— Por que não? — Questiona-se, aproximando-se dele com uma confiança sutil. — Consigo fazer isso. — Sussurra, mantendo a calma. — Aparentemente você não tem a intenção de apreciar isso. — Afirma, parando ao lado do homem, puxando o copo de uísque e saboreando-o
Alex persiste em saborear suas bebidas, com os olhos fixos na mulher que ocupa um lugar no balcão do bar, ambos imersos em frustrações e no excessivo consumo de álcool. Incapaz de desviar o olhar dela, ele se sente inexplicavelmente atraído. Seu devaneio é abruptamente interrompido pelo toque insistente de seu celular.— O que você quer, Sophia? — Questiona, ao atender a ligação.— Percebi que você estava agindo de maneira estranha mais cedo. Há algum problema?— Me diga você, Sophia! Temos algum problema? — Indaga, observando a mulher que conversa animadamente com um homem no bar.— Não, Alex, não temos. É você quem está sempre agindo estranhamente. Apenas estou tentando te compreender. — Responde, mantendo a calma.— Não há nada para compreender. Pare de me incomodar com essas trivialidades. — Conclui, encerrando a ligação e levando o copo de uísque aos lábios.Alex continua a observar a mulher sorrir animadamente, enquanto conversa com o homem que, a todo momento, aproveita para toc
Na manhã seguinte, ao abrir os olhos, Rebecca percebe um leve desconforto em seu corpo e uma intensa dor de cabeça. Ao virar-se na cama, seu coração dispara ao notar o homem adormecido ao seu lado. Levanta-se bruscamente, paralisando ao perceber o movimento do homem, aliviando-se ao notar que ele continua adormecido. Percorrendo o quarto com o olhar, pega seu vestido e salto alto, saindo silenciosamente. Na sala, veste-se rapidamente, pega sua bolsa e nota a chave de um carro na mesinha. Sem hesitar, ela a pega e sai apressada do quarto.— Que diabos é isso? O que eu fiz? — Indaga-se, perplexa, ao observar a notificação de transferência em seu celular. No elevador, ela verifica as diversas mensagens e ligações perdidas de Peter. Ao chegar na recepção, inicia meticulosamente o processo de checkout, enquanto tenta decifrar as lacunas da noite anterior. — Pietra Dickinson trabalha aqui? — Indaga a recepcionista.— Sim, senhora. — Responde com cortesia.— Por acaso, ela está disponível no
Ao regressar ao hotel após cumprir todas as suas obrigações, Alex dirige-se diretamente à recepção e depara-se com as duas recepcionistas da noite anterior.— Boa noite. — Cumprimenta Alex, ao se aproximar. — Poderia informar-me o nome da senhorita que trouxe até aqui ontem?— Senhor, lamentamos, mas não podemos fornecer essa informação. — Responde a recepcionista com firmeza.— Vou reiterar minha pergunta, visto que estou de bom humor hoje. — Afirma, acompanhando suas palavras com um sorriso sarcástico. — Gostaria de obter o nome e o número de telefone dela. Caso contrário, vocês podem enfrentar um processo por permitirem que uma desconhecida entrasse em meu quarto e me roubasse.— Como assim? — Indaga a recepcionista, exibindo clara confusão.— Não estou falando inaudível. Foi exatamente o que você ouviu. Para evitarmos problemas, por favor, forneça-me os dados necessários, eu cuidarei do resto. — Declara, com expressão séria.— Um instante, por favor, senhor. — Responde a recepcioni
Ao adentrarem o pub Tricks, Rebecca e seus amigos deparam-se com Peter e sua comitiva.— Rebecca, o que a traz a este local? — Questiona Peter, interrompendo-a com uma expressão curiosa.— O mesmo que você, Peter. Estou aqui para desfrutar de momentos agradáveis. — Responde, tentando prosseguir, mas ele a detém com um gesto firme.— Aonde você pensa que está indo? Teremos uma conversa agora. — Ordena, bloqueando sutilmente sua passagem.— Você é surdo? — Questiona André, colocando-se entre eles. — Mantenha-se afastado! Rebecca não está interessada em conversar, ela veio aqui para se divertir. — Conclui, afastando-se com Rebecca, seguidos por Susan e Melissa.— Amiga, não dê a ele essa satisfação. Deixe-o se lamentar enquanto você desfruta. Mantenha a serenidade. — Aconselha Susan, percebendo o nervosismo de Rebecca.Gradualmente, Rebecca encontra sua serenidade, desfrutando da sua bebida enquanto compartilha banalidades com os amigos. Por horas a fio, mergulham na alternância entre deg
Peter continua a encarar Rebecca da sua mesa, incrédulo ao descobrir que ela passou a noite com outro homem. Determinado a esclarecer a situação, ele se levanta e caminha decididamente em direção ao bar.— Quem você pensa que é? — Questiona Peter, puxando-a pelo braço e virando-a para si. — Como assim, você transou com outro logo após sair da minha casa?— Solte-me agora, está me machucando. — Ordena Rebecca, tentando soltar seu braço. — Qual é o seu direito de me cobrar qualquer coisa? Quando você mesmo estava envolvido com a minha prima. Afasta-se de mim. — Repete, sentindo-o apertar ainda mais forte o seu braço. — Está me machucando, por favor, solte-me.— Largue-a, seu imbecil. — Interfere Melissa, sendo brutalmente afastada por Peter. — Feche essa boca, Melissa. Já era previsível que ela se meteria em encrenca ao andar com você. Você é uma vergonha, Melissa, uma verdadeira vagabunda. — Vocifera, puxando Rebecca para mais perto. — Diga-me, você acha que sou um palhaço? Vou te most
Alex continua a observar Rebecca, que sussurra com suas amigas, evitando o contato visual com ele. Ao mesmo tempo, ele captura os sussurros de Peter, instruindo seus amigos a investigar a identidade dele.— Senhor Baker? — Chama o homem, trazendo-o de volta à realidade. — Sou Stefan Hill, gerente do pub, e este é Samuel Bale, chefe de segurança.— Prazer, senhores. — Responde Alex, direcionando sua atenção para eles. — Senhor Hill, permita-me apresentar Peter O'Donnel. — Apresenta apontando para Peter. — A partir de agora, está vetada a entrada deste homem neste estabelecimento. — Declara, encarando a expressão perplexa de Peter. — Senhor Bale, como chefe de segurança, confio que garantirá a execução da minha ordem. Por favor, retire-o daqui.— Sim, senhor. — Responde o chefe da segurança. — Senhor O'Donnel, por favor, me acompanhe.— De jeito nenhum, quem você pensa que é? — Questiona Peter, lançando um olhar repleto de raiva para Alex.— O senhor ouviu, foram ordens do proprietário.
Ao sair do quarto, Rebecca opta por um táxi, seguindo diretamente para sua casa. Durante o percurso, as memórias das noites anteriores assombram sua mente, um arrependimento a atormenta, principalmente com as palavras de Alex ecoando persistentemente em seus pensamentos. Ao adentrar sua casa, ela se depara com sua mãe.— Finalmente, você chegou! — Exclama Martina, visivelmente irritada. — Onde você estava?— Estava em um hotel. — Responde Rebecca, caminhando em direção às escadas.— Rebecca, aguarde um momento, por favor. — Solicita, observando-a interromper seus passos e voltar-se para ela. — O que quer dizer com “um hotel”?— É uma história longa, mãe. Explico em outro momento. A senhora parece estar de saída. — Responde, tentando desviar do assunto.— Na verdade, estamos prestes a sair. Suba e troque de roupa, temos um almoço na casa do seu tio Antônio.— Optarei por ficar em casa, necessito de um breve descanso.— De maneira alguma, Rebecca. Você compreende a importância desses alm