Alex persiste em saborear suas bebidas, com os olhos fixos na mulher que ocupa um lugar no balcão do bar, ambos imersos em frustrações e no excessivo consumo de álcool. Incapaz de desviar o olhar dela, ele se sente inexplicavelmente atraído. Seu devaneio é abruptamente interrompido pelo toque insistente de seu celular.
— O que você quer, Sophia? — Questiona, ao atender a ligação.
— Percebi que você estava agindo de maneira estranha mais cedo. Há algum problema?
— Me diga você, Sophia! Temos algum problema? — Indaga, observando a mulher que conversa animadamente com um homem no bar.
— Não, Alex, não temos. É você quem está sempre agindo estranhamente. Apenas estou tentando te compreender. — Responde, mantendo a calma.
— Não há nada para compreender. Pare de me incomodar com essas trivialidades. — Conclui, encerrando a ligação e levando o copo de uísque aos lábios.
Alex continua a observar a mulher sorrir animadamente, enquanto conversa com o homem que, a todo momento, aproveita para tocá-la. Essa cena o deixa ligeiramente incomodado. Ele toma mais uma dose de uísque, levanta-se e dirige-se ao bar com passos decididos.
— Senhorita, por favor, acompanhe-me. — Solicita Alex, ao posicionar-se ao lado dela.
— Ela não irá a lugar algum, esta mulher é minha acompanhante. — Informa o homem, colocando-se entre Alex e Rebecca.
— Não, ela não é! Por favor, afaste-se. — Ordena Alex, aproximando-se e segurando-a pelo braço, atraindo a atenção dela. — Posso assegurar que você não quer isso. Pare com essas tolices e venha comigo. — Pede novamente, encarando-a com determinação.
— Ei, o que você está fazendo? Me solte agora! — Ordena Rebecca, tentando se levantar com dificuldade. — Você consegue ser tão irritante. Por que não me deixa em paz? Estava me insultando há pouco. — Resmunga, apoiando-se no bar.
— Você a ouviu, fique fora disso. Ela e eu vamos nos divertir. — Afirma o homem, encarando Alex desafiadoramente.
— Com certeza, isso não irá acontecer! Se você encostar um dedo nela, eu acabo com você. — Ameaça Alex, fixando o olhar no homem com determinação.
— Está tudo b... — Balbucia Rebecca, sem conseguir terminar a frase. — Ficarei bem. Foi um prazer conhecê-lo. — Conclui, tentando manter a postura enquanto caminha.
— Você estragou tudo. — Reclama o homem com raiva, observando Rebecca sentar-se discretamente em uma mesa no canto do bar.
— E estragarei quantas vezes for necessário. Ela está embriagada, se você se aproximar novamente, eu acabo com você e depois chamo a polícia. — Afirma, encarando o homem, que não responde e se afasta, resignado diante da firmeza de Alex. — Por gentileza, encerre a conta dela e some os gastos aos meus. — Solicita ao barman.
Alex vira-se em direção à mulher, que permanece sentada à mesma mesa em que estavam pouco antes. Ele se aproxima e se acomoda ao seu lado, deparando-se com o olhar dela. Entre risos desprovidos de razão aparente, revela o quão embriagada ela está.
— Então, quem é você? — Indaga Alex, estudando-a com seriedade.
— Sou apenas uma mulher aproveitando o que a noite oferece. Algum problema se eu quiser me divertir? Aquele homem queria me mostrar o quarto dele? Por que se intrometeu?
— Você está embriagada. Ele não pretendia apenas te mostrar o quarto, não seja ingênua. Você está hospedada aqui? — Pergunta, observando-a atentamente.
— Quero explorar outras coisas. Por que se importa? — Indaga, aproximando-se ainda mais e selando seus lábios num beijo desafiador.
— De maneira alguma, você está embriagada. — Declara, erguendo-se e segurando suavemente a mão dela.
— O que está fazendo? — Indaga, tentando se soltar, enquanto ele a conduz.
— Cuidando de você, enquanto ainda posso. — Responde, guiando-a com firmeza até a recepção. — Esta senhorita está hospedada aqui? — Pergunta, encarando a recepcionista com expressão decidida.
— Sim, senhor. — Responde a recepcionista com cortesia.
— Poderia garantir que alguém a acompanhe até o quarto?
— Eu a conduzirei pessoalmente, senhor. — Responde a outra recepcionista, demonstrando eficiência e comprometimento.
— Por favor, assegure-se de que ela permaneça no quarto. — Ordena Alex, fixando a mulher com uma expressão descontente.
— Você pretende mesmo me abandonar? Após arruinar a minha noite! — Exclama Rebecca, irritada, apoiando o braço no balcão da recepção.
— Boa noite, senhorita. — Conclui Alex, antes de voltar decididamente ao bar do elegante restaurante Six Seven.
Rebecca mantém seu olhar nas costas do homem, observando-o enquanto é conduzida pela recepcionista em direção aos elevadores.
— Quanto você precisa para me conduzir até o quarto dele? — Indaga com firmeza, atraindo o olhar curioso da recepcionista.
— Sinto muito, senhora, mas não posso fazer isso. Posso ser demitida. — Responde a recepcionista, adentrando o elevador e pressionando o botão do andar correspondente ao quarto de Rebecca.
— Qual é o valor? Posso pagar, e ninguém precisa ficar sabendo. Ele e eu já fizemos isso antes. Ele só não gosta quando exagero na bebida. Posso te entregar o dinheiro que tenho na carteira e transferir mais. Quanto você quer? — Questiona, esforçando-se para parecer convincente.
— Não posso fazer isso. — Responde, apertando o botão do andar da cobertura. Ao chegarem no destino, ela conduz Rebecca para fora. — Abro a porta se você me transferir vinte mil dólares. — Solicita, aproveitando o estado embriagado dela.
— Como preferir, apenas me ajude aqui. — Responde, retirando o celular da bolsa e concedendo acesso à sua conta bancária.
— Certamente, senhorita. Estou aqui para ajudar. — Afirma a recepcionista, manuseando habilmente o celular para realizar a transferência.
Ao concluir, ela entrega o celular a Rebecca, que, sem perceber completamente o que está fazendo, confirma a transação. A recepcionista, então, abre gentilmente a porta do quarto de Alex, concedendo a entrada dela.
Ao explorar o quarto, Rebecca se depara com o luxo deslumbrante do ambiente, cativada especialmente pela vista do mar iluminada pela lua.
— Uau. — Sussurra, maravilhada, enquanto percorre o espaço. — Este quarto é simplesmente incrível. — Afirma, recostando-se na imponente janela do quarto e contemplando a deslumbrante paisagem lá fora.
No refinado ambiente do bar, Alex degusta a sua bebida, imerso em reflexões, a frustração oriunda dos tumultuados eventos em Boston e o persistente desejo pela jovem atraente formam um intrincado emaranhado de pensamentos. Após apreciar várias doses de uísque, começando a sentir a embriaguez acariciar sutilmente sua mente, decide encerrar a noite e retorna à sua suíte. Ao adentrar, despe o paletó, depositando-o sobre o sofá, e organiza de maneira meticulosa seus pertences pessoais sobre a mesinha. Diante da ampla janela, ele contempla a serenidade do mar banhado pela luz da lua. Ao dirigir o olhar para o interior do quarto, surpreende-se ao avistar uma mulher deitada de bruços, vestindo apenas a parte de baixo da lingerie.
— O que diabos está acontecendo aqui? — Indaga-se, aproximando-se com a ponderação de quem visa compreender.
Com extrema cautela, Alex senta-se cuidadosamente na extremidade da cama, sua atenção presa à suave silhueta da mulher. Ele balança a cabeça, como que para dissipar pensamentos mais profundos. Antes que qualquer palavra possa emergir, a mulher vira-se, deixando-o totalmente surpreso.
— Finalmente, você apareceu! — Exclama, avançando na direção dele com um jogo de olhares provocativos, deslizando sedutoramente até seus braços, resultando em uma queda suave da cama.
— O que vo...
— Deixe-se levar. — Sussurra, interrompendo-o com um toque nos lábios, envolvendo-os num beijo desajeitadamente intenso.
Com o álcool como cúmplice, os desejos incontroláveis turvam o pensamento lógico de ambos, levando-os a se renderem ao calor do momento. Alex desliza suavemente a mão pelo rosto dela e a beija novamente, erguendo-a com delicadeza antes de deitá-la na cama. Ele observa atentamente enquanto retira suas próprias roupas, inclina-se sobre ela e desliza a lingerie, fixando o olhar nos olhos dela. Os lábios se encontram em beijos envolventes, enquanto ele explora o corpo dela com seus toques, acariciando a intimidade e estimulando-a, provocando gemidos contidos.
O desejo domina-os, e ele a penetra, envolvendo seus lábios em beijos intensos. Ela, inicialmente experimentando desconforto, cede ao prazer crescente à medida que ele se movimenta. Gemidos continuam a escapar de seus lábios, e ela se entrega à sensação, atingindo o ápice do prazer ao sentir uma onda de calor percorrer seu corpo. Alex continua beijando-a enquanto a penetra, até que ambos atingem o próprio ápice do prazer.
— Quem é você? — Pergunta Alex, fitando-a intensamente nos olhos.
Rebecca responde com um sorriso suave, fechando os olhos gradualmente. À medida que Alex se acomoda ao seu lado, ela se volta para ele, entrelaçando seu braço no peito dele, enquanto a mão dele repousa delicadamente sobre a dela, acariciando com suavidade. Em pouco tempo, ambos se entregam ao sono na penumbra do quarto, envolvidos apenas pela luz da lua lá fora.
Na manhã seguinte, ao abrir os olhos, Rebecca percebe um leve desconforto em seu corpo e uma intensa dor de cabeça. Ao virar-se na cama, seu coração dispara ao notar o homem adormecido ao seu lado. Levanta-se bruscamente, paralisando ao perceber o movimento do homem, aliviando-se ao notar que ele continua adormecido. Percorrendo o quarto com o olhar, pega seu vestido e salto alto, saindo silenciosamente. Na sala, veste-se rapidamente, pega sua bolsa e nota a chave de um carro na mesinha. Sem hesitar, ela a pega e sai apressada do quarto.— Que diabos é isso? O que eu fiz? — Indaga-se, perplexa, ao observar a notificação de transferência em seu celular. No elevador, ela verifica as diversas mensagens e ligações perdidas de Peter. Ao chegar na recepção, inicia meticulosamente o processo de checkout, enquanto tenta decifrar as lacunas da noite anterior. — Pietra Dickinson trabalha aqui? — Indaga a recepcionista.— Sim, senhora. — Responde com cortesia.— Por acaso, ela está disponível no
Ao regressar ao hotel após cumprir todas as suas obrigações, Alex dirige-se diretamente à recepção e depara-se com as duas recepcionistas da noite anterior.— Boa noite. — Cumprimenta Alex, ao se aproximar. — Poderia informar-me o nome da senhorita que trouxe até aqui ontem?— Senhor, lamentamos, mas não podemos fornecer essa informação. — Responde a recepcionista com firmeza.— Vou reiterar minha pergunta, visto que estou de bom humor hoje. — Afirma, acompanhando suas palavras com um sorriso sarcástico. — Gostaria de obter o nome e o número de telefone dela. Caso contrário, vocês podem enfrentar um processo por permitirem que uma desconhecida entrasse em meu quarto e me roubasse.— Como assim? — Indaga a recepcionista, exibindo clara confusão.— Não estou falando inaudível. Foi exatamente o que você ouviu. Para evitarmos problemas, por favor, forneça-me os dados necessários, eu cuidarei do resto. — Declara, com expressão séria.— Um instante, por favor, senhor. — Responde a recepcioni
Ao adentrarem o pub Tricks, Rebecca e seus amigos deparam-se com Peter e sua comitiva.— Rebecca, o que a traz a este local? — Questiona Peter, interrompendo-a com uma expressão curiosa.— O mesmo que você, Peter. Estou aqui para desfrutar de momentos agradáveis. — Responde, tentando prosseguir, mas ele a detém com um gesto firme.— Aonde você pensa que está indo? Teremos uma conversa agora. — Ordena, bloqueando sutilmente sua passagem.— Você é surdo? — Questiona André, colocando-se entre eles. — Mantenha-se afastado! Rebecca não está interessada em conversar, ela veio aqui para se divertir. — Conclui, afastando-se com Rebecca, seguidos por Susan e Melissa.— Amiga, não dê a ele essa satisfação. Deixe-o se lamentar enquanto você desfruta. Mantenha a serenidade. — Aconselha Susan, percebendo o nervosismo de Rebecca.Gradualmente, Rebecca encontra sua serenidade, desfrutando da sua bebida enquanto compartilha banalidades com os amigos. Por horas a fio, mergulham na alternância entre deg
Peter continua a encarar Rebecca da sua mesa, incrédulo ao descobrir que ela passou a noite com outro homem. Determinado a esclarecer a situação, ele se levanta e caminha decididamente em direção ao bar.— Quem você pensa que é? — Questiona Peter, puxando-a pelo braço e virando-a para si. — Como assim, você transou com outro logo após sair da minha casa?— Solte-me agora, está me machucando. — Ordena Rebecca, tentando soltar seu braço. — Qual é o seu direito de me cobrar qualquer coisa? Quando você mesmo estava envolvido com a minha prima. Afasta-se de mim. — Repete, sentindo-o apertar ainda mais forte o seu braço. — Está me machucando, por favor, solte-me.— Largue-a, seu imbecil. — Interfere Melissa, sendo brutalmente afastada por Peter. — Feche essa boca, Melissa. Já era previsível que ela se meteria em encrenca ao andar com você. Você é uma vergonha, Melissa, uma verdadeira vagabunda. — Vocifera, puxando Rebecca para mais perto. — Diga-me, você acha que sou um palhaço? Vou te most
Alex continua a observar Rebecca, que sussurra com suas amigas, evitando o contato visual com ele. Ao mesmo tempo, ele captura os sussurros de Peter, instruindo seus amigos a investigar a identidade dele.— Senhor Baker? — Chama o homem, trazendo-o de volta à realidade. — Sou Stefan Hill, gerente do pub, e este é Samuel Bale, chefe de segurança.— Prazer, senhores. — Responde Alex, direcionando sua atenção para eles. — Senhor Hill, permita-me apresentar Peter O'Donnel. — Apresenta apontando para Peter. — A partir de agora, está vetada a entrada deste homem neste estabelecimento. — Declara, encarando a expressão perplexa de Peter. — Senhor Bale, como chefe de segurança, confio que garantirá a execução da minha ordem. Por favor, retire-o daqui.— Sim, senhor. — Responde o chefe da segurança. — Senhor O'Donnel, por favor, me acompanhe.— De jeito nenhum, quem você pensa que é? — Questiona Peter, lançando um olhar repleto de raiva para Alex.— O senhor ouviu, foram ordens do proprietário.
Ao sair do quarto, Rebecca opta por um táxi, seguindo diretamente para sua casa. Durante o percurso, as memórias das noites anteriores assombram sua mente, um arrependimento a atormenta, principalmente com as palavras de Alex ecoando persistentemente em seus pensamentos. Ao adentrar sua casa, ela se depara com sua mãe.— Finalmente, você chegou! — Exclama Martina, visivelmente irritada. — Onde você estava?— Estava em um hotel. — Responde Rebecca, caminhando em direção às escadas.— Rebecca, aguarde um momento, por favor. — Solicita, observando-a interromper seus passos e voltar-se para ela. — O que quer dizer com “um hotel”?— É uma história longa, mãe. Explico em outro momento. A senhora parece estar de saída. — Responde, tentando desviar do assunto.— Na verdade, estamos prestes a sair. Suba e troque de roupa, temos um almoço na casa do seu tio Antônio.— Optarei por ficar em casa, necessito de um breve descanso.— De maneira alguma, Rebecca. Você compreende a importância desses alm
Ao ingressar na suíte do hotel, a irritação em Alex é notória, especialmente devido às inúmeras chamadas insistentes de Sophia ao longo do dia. Ele retira o paletó com um gesto brusco, lançando-o descuidadamente sobre a poltrona.— O que deseja, Sophia? — Pergunta, irritado, ao atender a ligação.— Que humor é esse? — Questiona Sophia, incomodada com a maneira como ele a trata.— O que deseja, Sophia? — Repete a pergunta, recostando-se no sofá.— Apenas queria te ouvir, só preciso saber se está tudo bem entre nós?— Você passou o dia me ligando por esse motivo? — Indaga, soltando um suspiro. — Estou extremamente ocupado, Sophia. Não tenho tempo para essas questões insignificantes.— Não são questões insignificantes, Alex. Estou tentando entender o que se passa contigo.— Percebo que você está preocupada nos últimos dias, aconteceu alguma coisa, Sophia? Há algo que queira compartilhar comigo?— Não aconteceu nada, Alex! — Exclama, incomodada com a pergunta. — Mas parece que algo não est
No ambiente do bar, Alex permanece imerso em seus pensamentos, desfrutando lentamente de seu uísque. Mesmo ao tentar se desconectar, seus pensamentos inevitavelmente voltam-se para Rebecca, o que o irrita pela insistência de sua presença em sua mente.— Senhor Baker, peço desculpas por deixá-lo sozinho. — Solicita Luan, aproximando-se.— Não se preocupe. — Responde, com o olhar fixo no copo. — Sinta-se à vontade. Eu já estou de saída. — Conclui, levantando-se e encarando Luan.— Por que não estende um pouco mais sua permanência? Ainda não tivemos a chance de conversarmos.— Eu estava pensando em retornar ao… — Interrompe a própria fala, seus olhos capturam o topo da escada. — Talvez eu possa ficar mais um tempo. — Afirma, mantendo seu olhar fixo em Rebecca, que desce as escadas com elegância, envolta em um longo vestido branco. — “A noite acabou de ganhar um novo rumo.” — Pondera consigo mesmo, acompanhando-a com o olhar.— Qual é o horário do seu voo para Nova York? — Indaga Luan, seg