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8 - Pare com essas tolices

Alex persiste em saborear suas bebidas, com os olhos fixos na mulher que ocupa um lugar no balcão do bar, ambos imersos em frustrações e no excessivo consumo de álcool. Incapaz de desviar o olhar dela, ele se sente inexplicavelmente atraído. Seu devaneio é abruptamente interrompido pelo toque insistente de seu celular.

— O que você quer, Sophia? — Questiona, ao atender a ligação.

— Percebi que você estava agindo de maneira estranha mais cedo. Há algum problema?

— Me diga você, Sophia! Temos algum problema? — Indaga, observando a mulher que conversa animadamente com um homem no bar.

— Não, Alex, não temos. É você quem está sempre agindo estranhamente. Apenas estou tentando te compreender. — Responde, mantendo a calma.

— Não há nada para compreender. Pare de me incomodar com essas trivialidades. — Conclui, encerrando a ligação e levando o copo de uísque aos lábios.

Alex continua a observar a mulher sorrir animadamente, enquanto conversa com o homem que, a todo momento, aproveita para tocá-la. Essa cena o deixa ligeiramente incomodado. Ele toma mais uma dose de uísque, levanta-se e dirige-se ao bar com passos decididos.

— Senhorita, por favor, acompanhe-me. — Solicita Alex, ao posicionar-se ao lado dela.

— Ela não irá a lugar algum, esta mulher é minha acompanhante. — Informa o homem, colocando-se entre Alex e Rebecca.

— Não, ela não é! Por favor, afaste-se. — Ordena Alex, aproximando-se e segurando-a pelo braço, atraindo a atenção dela. — Posso assegurar que você não quer isso. Pare com essas tolices e venha comigo. — Pede novamente, encarando-a com determinação.

— Ei, o que você está fazendo? Me solte agora! — Ordena Rebecca, tentando se levantar com dificuldade. — Você consegue ser tão irritante. Por que não me deixa em paz? Estava me insultando há pouco. — Resmunga, apoiando-se no bar.

— Você a ouviu, fique fora disso. Ela e eu vamos nos divertir. — Afirma o homem, encarando Alex desafiadoramente.

— Com certeza, isso não irá acontecer! Se você encostar um dedo nela, eu acabo com você. — Ameaça Alex, fixando o olhar no homem com determinação.

— Está tudo b... — Balbucia Rebecca, sem conseguir terminar a frase. — Ficarei bem. Foi um prazer conhecê-lo. — Conclui, tentando manter a postura enquanto caminha.

— Você estragou tudo. — Reclama o homem com raiva, observando Rebecca sentar-se discretamente em uma mesa no canto do bar.

— E estragarei quantas vezes for necessário. Ela está embriagada, se você se aproximar novamente, eu acabo com você e depois chamo a polícia. — Afirma, encarando o homem, que não responde e se afasta, resignado diante da firmeza de Alex. — Por gentileza, encerre a conta dela e some os gastos aos meus. — Solicita ao barman.

Alex vira-se em direção à mulher, que permanece sentada à mesma mesa em que estavam pouco antes. Ele se aproxima e se acomoda ao seu lado, deparando-se com o olhar dela. Entre risos desprovidos de razão aparente, revela o quão embriagada ela está.

— Então, quem é você? — Indaga Alex, estudando-a com seriedade.

— Sou apenas uma mulher aproveitando o que a noite oferece. Algum problema se eu quiser me divertir? Aquele homem queria me mostrar o quarto dele? Por que se intrometeu?

— Você está embriagada. Ele não pretendia apenas te mostrar o quarto, não seja ingênua. Você está hospedada aqui? — Pergunta, observando-a atentamente.

— Quero explorar outras coisas. Por que se importa? — Indaga, aproximando-se ainda mais e selando seus lábios num beijo desafiador.

— De maneira alguma, você está embriagada. — Declara, erguendo-se e segurando suavemente a mão dela.

— O que está fazendo? — Indaga, tentando se soltar, enquanto ele a conduz.

— Cuidando de você, enquanto ainda posso. — Responde, guiando-a com firmeza até a recepção. — Esta senhorita está hospedada aqui? — Pergunta, encarando a recepcionista com expressão decidida.

— Sim, senhor. — Responde a recepcionista com cortesia.

— Poderia garantir que alguém a acompanhe até o quarto?

— Eu a conduzirei pessoalmente, senhor. — Responde a outra recepcionista, demonstrando eficiência e comprometimento.

— Por favor, assegure-se de que ela permaneça no quarto. — Ordena Alex, fixando a mulher com uma expressão descontente.

— Você pretende mesmo me abandonar? Após arruinar a minha noite! — Exclama Rebecca, irritada, apoiando o braço no balcão da recepção.

— Boa noite, senhorita. — Conclui Alex, antes de voltar decididamente ao bar do elegante restaurante Six Seven.

Rebecca mantém seu olhar nas costas do homem, observando-o enquanto é conduzida pela recepcionista em direção aos elevadores.

— Quanto você precisa para me conduzir até o quarto dele? — Indaga com firmeza, atraindo o olhar curioso da recepcionista.

— Sinto muito, senhora, mas não posso fazer isso. Posso ser demitida. — Responde a recepcionista, adentrando o elevador e pressionando o botão do andar correspondente ao quarto de Rebecca.

— Qual é o valor? Posso pagar, e ninguém precisa ficar sabendo. Ele e eu já fizemos isso antes. Ele só não gosta quando exagero na bebida. Posso te entregar o dinheiro que tenho na carteira e transferir mais. Quanto você quer? — Questiona, esforçando-se para parecer convincente.

— Não posso fazer isso. — Responde, apertando o botão do andar da cobertura. Ao chegarem no destino, ela conduz Rebecca para fora. — Abro a porta se você me transferir vinte mil dólares. — Solicita, aproveitando o estado embriagado dela.

— Como preferir, apenas me ajude aqui. — Responde, retirando o celular da bolsa e concedendo acesso à sua conta bancária.

— Certamente, senhorita. Estou aqui para ajudar. — Afirma a recepcionista, manuseando habilmente o celular para realizar a transferência.

Ao concluir, ela entrega o celular a Rebecca, que, sem perceber completamente o que está fazendo, confirma a transação. A recepcionista, então, abre gentilmente a porta do quarto de Alex, concedendo a entrada dela.

Ao explorar o quarto, Rebecca se depara com o luxo deslumbrante do ambiente, cativada especialmente pela vista do mar iluminada pela lua.

— Uau. — Sussurra, maravilhada, enquanto percorre o espaço. — Este quarto é simplesmente incrível. — Afirma, recostando-se na imponente janela do quarto e contemplando a deslumbrante paisagem lá fora.

No refinado ambiente do bar, Alex degusta a sua bebida, imerso em reflexões, a frustração oriunda dos tumultuados eventos em Boston e o persistente desejo pela jovem atraente formam um intrincado emaranhado de pensamentos. Após apreciar várias doses de uísque, começando a sentir a embriaguez acariciar sutilmente sua mente, decide encerrar a noite e retorna à sua suíte. Ao adentrar, despe o paletó, depositando-o sobre o sofá, e organiza de maneira meticulosa seus pertences pessoais sobre a mesinha. Diante da ampla janela, ele contempla a serenidade do mar banhado pela luz da lua. Ao dirigir o olhar para o interior do quarto, surpreende-se ao avistar uma mulher deitada de bruços, vestindo apenas a parte de baixo da lingerie.

— O que diabos está acontecendo aqui? — Indaga-se, aproximando-se com a ponderação de quem visa compreender.

Com extrema cautela, Alex senta-se cuidadosamente na extremidade da cama, sua atenção presa à suave silhueta da mulher. Ele balança a cabeça, como que para dissipar pensamentos mais profundos. Antes que qualquer palavra possa emergir, a mulher vira-se, deixando-o totalmente surpreso.

— Finalmente, você apareceu! — Exclama, avançando na direção dele com um jogo de olhares provocativos, deslizando sedutoramente até seus braços, resultando em uma queda suave da cama.

— O que vo...

— Deixe-se levar. — Sussurra, interrompendo-o com um toque nos lábios, envolvendo-os num beijo desajeitadamente intenso.

Com o álcool como cúmplice, os desejos incontroláveis turvam o pensamento lógico de ambos, levando-os a se renderem ao calor do momento. Alex desliza suavemente a mão pelo rosto dela e a beija novamente, erguendo-a com delicadeza antes de deitá-la na cama. Ele observa atentamente enquanto retira suas próprias roupas, inclina-se sobre ela e desliza a lingerie, fixando o olhar nos olhos dela. Os lábios se encontram em beijos envolventes, enquanto ele explora o corpo dela com seus toques, acariciando a intimidade e estimulando-a, provocando gemidos contidos.

O desejo domina-os, e ele a penetra, envolvendo seus lábios em beijos intensos. Ela, inicialmente experimentando desconforto, cede ao prazer crescente à medida que ele se movimenta. Gemidos continuam a escapar de seus lábios, e ela se entrega à sensação, atingindo o ápice do prazer ao sentir uma onda de calor percorrer seu corpo. Alex continua beijando-a enquanto a penetra, até que ambos atingem o próprio ápice do prazer.

— Quem é você? — Pergunta Alex, fitando-a intensamente nos olhos.

Rebecca responde com um sorriso suave, fechando os olhos gradualmente. À medida que Alex se acomoda ao seu lado, ela se volta para ele, entrelaçando seu braço no peito dele, enquanto a mão dele repousa delicadamente sobre a dela, acariciando com suavidade. Em pouco tempo, ambos se entregam ao sono na penumbra do quarto, envolvidos apenas pela luz da lua lá fora.

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