ESTE É UM DOS LIVROS concebidos no período pré O sorriso de Cíntia Donnaville, um momento totalmente experimental e ainda não muito focado naquilo que eu realmente queria em minha vida.
Basicamente o livro nasceu depois que eu sonhei com uma pessoa que sofria um golpe em um assalto e perdia a memória, depois disso tentava resolver os problemas de alguém que não sabia que tinha se tornado.
Inicialmente o livro contaria exclusivamente a história de Evan, porém, depois que acabei descobrindo minha forma multiplot de escrita, acabei acrescentando os outros personagens.
Obviamente, por ser um dos primeiros livros escritos, todos os personagens são homenagens a amigos meus, Ferdinand (Fernando Artêncio), Ro
EVAN ESTAVA PRESO no trânsito e nem o rádio tocando sua música e banda favorita estava amenizando a pressa que tinha em chegar ao seu compromisso favorito. Estar nos braços de sua prostituta favorita... Ele tamborilou impaciente os dedos em seu volante de madeira de seu luxuoso carro executivo, fruto de seus inúmeros sucessos editoriais que se transformaram também em filmes de extraordinário sucesso. De repente, uma figura – hostil aparece em frente ao seu carro... Caralho... é ele novamente... O mendigo surtando batia freneticamente parecendo amassar o capô. &nbs
O MUNDIALMENTE FAMOSO e talentoso escritor Evan Spencer, era o único escritor vivo no momento que conseguiu conquistar a glória antes dos trinta anos de idade e que não se acomodou depois de chegar ao topo, muito pelo contrário, sua fama de escritor criativo tem alcançado níveis dos quais está fazendo Júlio Verne e H. G. Wells se mexerem do túmulo por roubarem o posto de escritor mais criativo da história. Apesar de sua pequena rixa com Ivy J. Heringer, nos últimos tempos, Evan reinava sozinho no topo das listas dos mais vendidos, principalmente depois da morte de sua rival. O mundo agora é somente meu... O dia tinha tudo para ser mais um dia comum, mas uma nova vida começou a partir daquele momento para toda sua família, nenhum deles imaginaria que suas v
EVAN CHEGOU PARA TOMAR o café na sala de jantar esperando seus dois filhos e sua esposa, num bom humor praticamente inabalável – o que era raro em época de término de um romance que ele considerava seu melhor – o que era quase todos os livros. — Bom dia, amor – diz Evan para Denise e a beija ternamente por trás, quase um ritual diário – bom dia, meu anjo – voltando-se à sua filha, Wendy, beijando-a na testa, recebendo um sorriso com a boca cheia de pão. — Chegou tarde ontem, querido, aconteceu alguma coisa? — Encontrei o Fer no trânsito novamente. Denise fingiu preocupação, ela sabia que Ferdinand era obcecado por seu
DENISE ERA UMA MORENA de quarenta anos extraordinariamente bela e inteligente. Quando tinha quinze anos iniciou uma promissora carreira de modelo e conseguiu ser capa de diversas revistas especializadas. Mesmo nova, foi obrigada a se mudar para Nova York em uma colônia de garotas, também modelos, eram todas lindas e cheias de planos, porém, dia após dia, semana após semana, com a mesma intensidade em que garotas cheias de planos chegavam, outras ainda mais iludidas iam embora, muitas delas grávidas de celebridades e subcelebridades que lhes prometiam o mundo, mas depois que haviam conseguido o que queriam, simplesmente sumiam, mas Denise Richards nunca foi uma garota que caiu no canto da sereia, havia sido muito bem orientada quanto a isso. Para uma garota linda e talentosa, conquistar o mundo parecia uma tarefa
— PAI, O SENHOR está escrevendo qual livro agora? Wendy perguntou tentando puxar um assunto qualquer com seu pai. Evan sabia que sua filha não gostava de ler, o que era muito estranho, por ela ser filha de um grande escritor como ele, mas Evan não se preocupava com isso, só a voz adocicada dela já o acalmava. — Estou escrevendo um novo romance, meu anjo – responde Evan com um suave sorriso no rosto olhando para a sua filha de oito anos, gostando de vê-la interessada em seu trabalho. Jullian estava emburrado no banco do passageiro. — O livro fala de um homem que não dava muito valor à sua família, mas depois percebeu o seu erro e faz de tudo para que
JULLIAN TINHA PUXADO a carreira de cocaína e estava começando a sentir os efeitos que aquela substância proporcionava. A viagem (como chamavam) o tirava do olho do furacão que vivia com sua família, em especial, com seu pai famoso. Evan era tudo o que Jullian gostaria de ser, mas se sentia incapaz de alcançar os lugares altos que o pai alcançava aparentemente sem esforço, para ele, seu pai ficava sentado de madrugada escrevendo umas baboseiras que todos achavam legal... Ele poderia fazer isso sem problemas. Toda vez que Jullian usava drogas não conseguia tocar direito, o que gerava comentários de todos.CERTA VEZ ELE OUVIU: &mdash
CAMILA ESTAVA DEITADA AO LADO de seu cliente, ele adorava quando ela ficava deitada nua, roçando seu corpo macio no dele, era um de seus principais clientes, apesar de não poder pagar tudo quanto gostaria, com ele era mais relacionado com prazer do que puramente negócios. — Então? – Começou ele – já pensou em minha proposta? — Você sabe que não posso. — Porque não pode? — Já disse o porquê. — Não é suficiente, Camila. — Fazemos o que temos de fazer e é assim que seguimos a vid
O CELULAR DE EVAN TOCA e ele atende de uma maneira feliz por saber quem era do outro lado da linha – seu identificador de chamadas anunciou escandalosamente quem era a felizarda daquele privilégio único na vida dele. "Oi, meu amor, adivinha quem está falando?" – Disse uma voz sedutora ao telefone.CAMILA MACPHERSON era a mulher com quem Evan tinha um relacionamento extraconjugal havia três anos e meio. Evan a conheceu em uma festa para grandes empresários, patrocinada por Willian Johnson e Donald Dunhill, onde ele faria uma pequena apresentação sobre criatividade e dinâmica textual. Naquele dia em especial não cobrou nada, pois era um favor que estava devendo para um grande amigo de infância, exatamente apresentar o editor que publicou seu primeiro roman