O mundo parecia parar, eu estava entrando em um abismo. Porém, eu não tinha tempo de ficar dentro dele, precisava focar em encontrar meu filho. Uma sensação de desespero e impotência queria tomar conta do meu coração. Respirei fundo três vezes, contando até dez, precisava ser rápido, pois meu filho poderia ainda estar no teatro.Chamei o Gabriel. — Gabriel, preciso de você, sei que hoje é seu dia de folga, mas não temos escolha, avise à equipe o que aconteceu, pois temos uma chance de encontrá-lo ainda aqui dentro.— Pode contar comigo, vou agora mesmo. — Ele sai apressadanente.Seguro firme a mão de Kimberly, olho nos seus olhos e falo:— Não saia de perto de mim até que esteja segura, preciso que vocês vão para casa, os levarei até o carro. — minhas palavras parecem mais pesadas, pois vejo seu rosto ficar pálido e sua mão suar frio. — Estou com medo, e se machucarem Derick? ele é apenas um menino. — Ela fecha os olhos e respira fundo, engolindo as palavras.— Vamos encontrá-lo. —
Gabriel e eu chegamos no local, uma casa comum, com um portão grande que dava acesso à garagem. Já havia policiais no local, eu temi por envolver a polícia nisso.Principalmente por Javier ser um mafioso. A máfia é bem mais poderosa que a polícia. Entretanto, não sei ao certo se ele teria conseguido aliados aqui na Espanha.Fiquei ao lado da grade, em uma distância segura, para os policiais não nos reconhecerem, eles estavam vistoriando a garagem, enquanto conversavam com o dono da propriedade, que por sinal estava nervoso com a situação. Fiz sinal com a mão para Gabriel prestar atenção no que eu iria falar.— Finja conversar comigo, e só movimente os lábios, precisamos ouvir alguma coisa que seja útil, ou teremos que esperar a polícia ir embora. — Falo sussurrando. Olhando os políciais de forma discreta.— Entendi, vou começar agora... — Ficamos em silêncio enquanto ele fingia falar comigo, gesticulando com as mãos. — Eles estavam em quatro homens, com uma criança que usava roupas
Sempre nutri um profundo ressentimento em relação a Dimitri, pois ele tirou minha filha de mim ao se casar com ela. Eu havia feito um acordo com a Máfia Espanhola para entregá-la em casamento a um de nossos aliados, em troca de dinheiro e proteção, visto que minha família estava à beira da falência e eu precisava de recursos para nos reerguermos.No entanto, eles se casaram secretamente e a Máfia começou a cobrar o cumprimento do acordo. Quando não pude honrá-lo, eles passaram a exigir uma quantia em dinheiro como compensação. Na época, optei por não intervir na relação deles, pois minha filha amava Dimitri profundamente e eu não queria destruir ainda mais nosso relacionamento já abalado, especialmente porque Cloe tinha desafiado minha autoridade ao escolher esse caminho. Ela tinha conhecimento dos acordos com a Máfia e compreendia que a não realização deles poderia resultar em consequências fatais. Apesar dos riscos, ela fugiu com eleQuando minha filha e meu neto morreram, eu fiquei
Joguei o telefone na mesa, incrédulo de como esse homem tem a audácia de me ligar após raptar o meu filho. Meu estado era péssimo, com certeza minha aparência também. Meus olhos estavam inchados, minhas pupilas parecem querer sair da órbita. Meu coração batia descontroladamente, meus pensamentos giravam em torno da segurança de meu filho. Senti um misto de raiva e impotência, tentando encontrar uma forma de como resgatá-lo e como lidar com essa situação. A ansiedade e o medo eram esmagadores, impulsionando-me a pensar em medidas drásticas para salvar a vida do meu filho. Levantei da cadeira com o corpo todo dolorido, parecia que um caminhão havia passado por cima dele. Peguei uns remédios na gaveta e tomei com um pouco de água que sempre fica aqui no escritório. Andei a passos lentos, sem ao menos ter a coragem de olhar as horas no relógio, pois a dor na cabeça havia aumentado, então me arrastei até a porta, precisaria de um banho gelado talvez. Assim que abro a porta, ouço a voz d
A angústia que estava sentindo estava me sufocando. Sentia como se o mundo estivesse desabando ao meu redor. Cada minuto sem notícias do meu filho era uma eternidade de tormento. Kimberly havia me trazido o café da manhã, e estava fazendo uma massagem, tentando diminuir a tensão que eu estava sentindo quando o telefone tocou. Olhei para ela com esperança de que fosse alguma notícia do meu filho, entretanto poderia ser o Javier me atormentando, mesmo sendo ele, havia uma esperança de conseguir rastrear a ligação. Trim... trim.. Ligação on — Alô! — Atendi no segundo toque, com as mãos trêmulas. — Papai, papai, papai ... — Filho, onde você está — falo desesperado, mas a ligação caiu. — Kimberly era o Derick, era ele... — Falo assustado. — Como ele conseguiu ligar para mim? Claro que ele sabe meu número, apesar de que quase não me ligava. Isso não vem ao caso, vou ligar para a central, se o número for registrado aqui na região será possível identificá-lo. — Beijei a mão dela esperanç
Derick estava deitado em cima de uma cama velha onde havia feno e alguns cobertores, ao seu lado estava um homem caído no chão, pois havia levado um tiro na perna, um dos meus seguranças que havia atirado nele o rendeu, empunhando a arma em sua cabeça. Em pé ao lado dele estava uma senhora, com os vários fios de cabelo branco, uma aparência cansada e desgastada do tempo, era a mãe de Cloe, quase não a reconheço. Corri até onde meu filho estava deitado. Meu coração, outrora assolado pela incerteza e pela dor, encheu-se de uma mistura avassaladora de emoções quando finalmente pus os olhos nele. — Derick você está bem? Sinto muito.— Lágrimas de alegria escorreram pelo meu rosto enquanto abraçava meu filho, sentindo um alívio indescritível misturado com um amor intenso e um profundo desejo de proteger aquele que tanto havia sofrido. Cada batida do meu coração parecia uma melodia de esperança e gratidão naquele momento inesquecível. — Papai, onde o senhor estava? Fiquei com medo de não
Eu estava realmente desesperada, mergulhada na agonia, e honestamente, já não sabia mais como continuava a respirar. Foi quando Dimitri trocou de lugar comigo. Era tudo o que Javier desejava, o Dimitri, e agora o tinha em suas mãos. Caida ao chão, um medo mais profundo do que o habitual se apoderou de mim, fechei os olhos, tentando processar o turbilhão de emoções que me inundava.Quando finalmente abri os olhos, fui surpreendida pela visão de Derick, caminhando em minha direção. A emoção que tomou conta de mim foi absolutamente avassaladora. Foi um momento indescritível. Uma alegria tão profunda me envolveu que parecia emanar de cada célula do meu ser. Quando ele se aproximou e me abraçou com um amor e carinho tão intensos, foi como se eu fosse a pessoa raptada no lugar dele.Nossos corações batiam em perfeita sintonia, como se compartilhássemos uma conexão que transcendia as palavras. As expressões de preocupação em seu rosto para comigo foram incrivelmente comoventes, como se ele
capítulo sem revisão:Cinco meses depois— Pérola vamos, já estamos atrasados. — Estava ansioso para sair, pois hoje iria fazer uma surpresa para ela. — Já vou, estou terminando a maquiagem. — ela responde de dentro do banheiro. Olho no relógio impaciente e caminho até a varanda, o dia está lindo com um sol irradiante e eu aproveito a brisa que passa pelo meu rosto, me sentindo o homem mais feliz do mundo por finalmente as coisas estarem bem, tudo está finalmente como eu gostaria. Já estamos nos preparando para o casamento, que será daqui a uma semana.Olho o horizonte despreocupado, sentindo o aroma da natureza, quando sinto mãos me envolver pela cintura, seu toque delicado e o aroma do seu perfume sempre me deixam excitados.Viro meu corpo para ficar de frente para ela e sou surpreendido com sua boca vermelha, meu coração erra as batidas.— Uau! Você está linda, mas esse batom vermelho me deixou fascinado. — Não resisto ao convite que sua boca faz, aproximo nossos corpos, permit