Dimitri me deixou profundamente tocada com sua história, ao perceber o quanto ele suportou. Sinto empatia por seu sofrimento e compreendo suas dificuldades. No entanto, meu coração ficou tenso quando ele me pediu para sair. Compreendo a magnitude de sua dor e luto, e não sinto pena, mas sim compaixão. Reconheço o quão desafiador foi atravessar por tudo isso. Acredito que há muitas aspectos de nossas histórias que precisamos compartilhar mutuamente. Decidi dar-lhe um momento de descanso, permitindo-lhe tempo para se recuperar. Estou disponível em meu quarto caso ele precise de alguma coisa, pois confio que ele me chamará quando estiver pronto. Enquanto estava deitada, passei horas refletindo sobre todos os eventos que têm ocorrido em minha vida desde a perda de memória. O gesto dele em me acolher em sua casa evidencia a bondade do seu coração. No dia seguinte, dirigimo-nos ao consultório médico para realizar os exames de sangue e urina que o Dr. Versales havia recomendado ao Dimitri
Após passar um momento maravilhoso com a Pérola na praia, retorno para casa, tomo banho e vou ao escritório de casa para trabalhar. Entre uma ligação e outra que recebi e fiz, havia também alguns papéis para ler e assinar, precisávamos expandir mais os negócios e algumas empresas pequenas queriam fazer negócios conosco. Então precisaria viajar por dois ou três dias, estava pensando se convidava Pérola para me acompanhar, mas acho melhor e mais seguro que ela fique aqui, além do mais, ela tem alguns exames para fazer. Desvio esse pensamento e decido continuar o que estava fazendo. Almocei no escritório mesmo, pois tinha muitas coisas pendentes para resolver. Já era noite, nem percebi o tempo passar, estava lendo calmamente os documentos, quando ouço batidas na porta. — Entre.— Gabriel abre a porta e fala: — Com licença senhor Dimitri, o senhor Héctor está na sala, e quer falar com o senhor. — Peça a ele que venha até o meu escritório, vou recebê-lo aqui. — Está bem senhor, v
Ainda estava dormindo quando ouço batidas na porta. Toc... Toc — Entre... — Bom dia! Estou prestes a viajar e não queria partir sem me despedir. — Ele se aproxima da cama enquanto permaneço deitada. — Bom dia. Você realmente precisa sair tão cedo?— Ele se senta ao meu lado e passa as mãos pelos meus cabelos, tocando levemente meu rosto, o que faz meu corpo se arrepiar com o toque. — Sim, tenho uma reunião marcada para as 9:00 e não posso me atrasar. Detesto atrasos. Cuide-se bem. Já informei aos seguranças sobre os dois exames que você precisa fazer e pedi para que, quando terminar, eles a acompanhem de volta para casa. O Gabriel estará encarregado disso. — Ele fala com um semblante de preocupação. — Mas por que tanta precaução? Não entendo. No dia em que tomamos sorvete na praia, estávamos cercados por seguranças. Sinto-me um pouco desconfortável com tanta gente ao nosso redor. — Fui ameaçado pelo pai da minha falecida esposa, então precisei intensificar a segurança. No entant
DimitriAssim que me despeço, vou para o carro com o Bruno, ele dirige até Madri, capital da Espanha. O percurso é um pouco demorado, devido as ruas estarem um pouco esburacadas, o carro balança muito, mesmo sendo uma caminhonete, sinto um enjoo no estômago e pego um remédio na minha pasta.Quando chegamos. Entro no prédio e vou imediatamente para a reunião.Tanto o dono do terreno, quanto o engenheiro já estão a minha espera. Entretanto sou pontual ao horário. — Bom dia senhores. — Falo e cumprimento cada um com um aperto de mãos. — Bom dia Senhor Kempel, é muito bom revê-lo.— Fala o dono do terreno — Obrigado, realmente é um prazer. — Bom dia patrão. — O engenheiro responde, com entusiasmo.Nos sentamos e começamos a reunião.Vim até Madri, com o intuito de comprar as terras do Senhor Vesseslau, para construir uma torre, que irá transmitir o sinal de telefone muito mais amplo em toda a região. Melhorando assim a qualidade dos nossos serviços. No meu lugar poderia ter vindo um
Quase não consegui dormir à noite, pois me senti angustiada. Meu coração acelerou, e minha respiração ficou ofegante. Não tenho certeza do motivo desses sentimentos, mas muitas coisas estavam me preocupando. Senti falta de Dimitri em casa e estava apreensiva, pensando que algo ruim poderia acontecer com ele, especialmente depois que ele mencionou que alguém desejava lhe fazer mal. Além disso, o nome Geovanne não saía da minha cabeça. Ontem à noite, levei um tempo para pegar no sono pensando nesse nome e se conhecia alguém com ele.Também estava aflita, pois iria fazer os exames que a médica havia solicitado, e teria que enfrentá-los sozinha. Minha mente não parava de pensar nessas coisas.Logo pela manhã, peguei a primeira roupa que vi, uma calça jeans azul clara, uma camiseta regata branca e um blazer branco. Chamei Amayume para me ajudar a arrumar o cabelo. A partir desta semana, ela só ficará em casa pela manhã devido à escola. Ela fez um coque alto e deixou alguns fios soltos em
Foi necessária uma paciência surreal para esperar até que Bruno me encontrasse dentro daquele galpão escuro e frio. Uma alegria se apoderou de mim no instante em que ouvi a voz dele lá fora chamando meu nome.— Estou aqui dentro, Bruno. Brado o mais alto, para que ele possa escutar.Passos apressados ecoam, deixando claro que meu grito foi ouvido. Minutos depois, a porta se abre e ele adentra acompanhado por outros cinco homens. Entre eles, identifico o médico, cujo rosto reconheço graças à luz da lanterna que os seguranças seguram em uma das mãos, enquanto na outra empunham armas. Imediatamente, o médico se agacha ao lado de Bruno, e começa a me examinar.— Até que enfim te encontramos, como o senhor está?— Estou bem, estou bem, falo tentando soar mais real possível, mas minha voz continua um pouco presas, devido os hematomas na minha face e os cortes nos lábios. A claridade da lanterna estava me afetando e eu tentei cobrir os olhos, mesmo não conseguindo abri-los pelos socos que le
KIMBERLY Os exames foram realizados com sucesso, senti algo tão natural em estar em meio àqueles médicos e equipamentos, foi uma sensação inexplicável. Poderia passar horas ali, sem nenhum medo, pelo contrário, achei tudo tão intrigante e fascinante.Fiquei incrédula ao ouvir Gabriel informar que Dimitri estenderia sua estadia em Madri por mais cinco dias. No entanto, o que mais me entristeceu foi que ele não fez questão de me ligar diretamente para comunicar a necessidade de ficar trabalhando por mais tempo. Se eu tivesse algum significado para ele, o mínimo que eu esperaria seria uma ligação sua. Será que estou errada em pensar assim? Eu ansiava tanto para ouvir sua voz.As noites se tornaram desconfortáveis, repletas de sonhos estranhos envolvendo pessoas que eu sequer conheço. Em um deles, vi uma sala onde alguém vestido de branco examinava crianças. Fiquei confusa com o significado desse sonho, talvez a preocupação pelo filho de Dimitri tenha alimentado essas fantasias noturna
KIMBERLYDe mãos dadas vamos até o carro.— Onde estamos indo? — SHHHHH, nada de perguntas. — Ele coloca o indicador nos meus lábios. Em questão de minutos ele me leva para a praia, onde tem uma fogueira, um tapete e uma mesa improvisada com uma toalha branca por cima. Na mesa tem algumas velas, dois balões vermelhos de coração, duas taças, uma garrafa de champanhe, algumas frutas, uma calda chocolate e dois pratos brancos. Olho para ele assustada.— O que é isso tudo? Sem responder, ele me conduz para sentar em uma almofada e senta de frente para mim. — Obrigada! Olho nos seus olhos e lembro-me do primeiro dia que vi esses olhos e me perdi neles, sorrio como uma boba e fico esperando o que ele preparou para nós. Dimitri segura uma de minhas mãos e levanta uma tampa branca de porcelana que estava cobrindo o prato, olho para ver o que vamos comer e fico pálida com uma mensagem escrita ali, meu coração transborda de alegria e começo a chorar, confesso que não esperava isso dele, p