21. DIMITRI

Foi necessária uma paciência surreal para esperar até que Bruno me encontrasse dentro daquele galpão escuro e frio. Uma alegria se apoderou de mim no instante em que ouvi a voz dele lá fora chamando meu nome.

— Estou aqui dentro, Bruno. Brado o mais alto, para que ele possa escutar.

Passos apressados ecoam, deixando claro que meu grito foi ouvido. Minutos depois, a porta se abre e ele adentra acompanhado por outros cinco homens. Entre eles, identifico o médico, cujo rosto reconheço graças à luz da lanterna que os seguranças seguram em uma das mãos, enquanto na outra empunham armas. Imediatamente, o médico se agacha ao lado de Bruno, e começa a me examinar.

— Até que enfim te encontramos, como o senhor está?

— Estou bem, estou bem, falo tentando soar mais real possível, mas minha voz continua um pouco presas, devido os hematomas na minha face e os cortes nos lábios. A claridade da lanterna estava me afetando e eu tentei cobrir os olhos, mesmo não conseguindo abri-los pelos socos que le
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