ZAYA ARANTES "NINJA"3 anos atrás Aniversário de 5 anos do seu filho Henry Gabriel— Parabéns pra você... nessa data querida, muitas felicidades... muitos anos de vida... ehhhhhhhhh... para o Henry tudo ou nadaaaa???? Tudoooo... Henry... Henry... Henry... Heeeeeee...Que o Senhor nosso Deus e nosso Pai que está nos céus abençoe a vida do pequeno Henry Gabriel. Lhe conceda muitos anos de vida, muita saúde e que continue crescendo nos caminhos do Senhor. E que seus pais tenham a sabedoria divina, amor e paciência para educa-lo sempre pelo caminho da verdade. Amém!— AMÉMMM... [Todos da festa falam em coro]2 horas depoisFim da Festa— Amor vou precisar organizar tudo aqui e levar os irmãos em casa. Você se importa de aguardar um pouco? — Fred o esposo de Zaya fala— Eu vou indo na frente no nosso carro e você vai no carro do meu pai que cabem sete pessoas, assim consegue levar à todos de uma só vez. — Zaya responde com Henry no colo— Tem certeza amor? Não é melhor ir comigo? Eu te d
Jacarezinho/RJMomentos depois do assaltoFernando López "Animal"— Caralho! Que lombra foi essa porra? A imagem do moleque gritando tá grudada na minha mente nesse caralho. Já fiz de tudo nessa vida, mas nunca me meti com criança. Que merda! Falo com as mãos sobre a cabeça andando de um lado pro outro dentro do barraco onde nos armazenava e empacotava a coca. Os menor tava pesando e separando mercadoria, dou logo um grito mando geral vazar da minha vista e tento raciocinar, mas tava foda demais colocar as ideia no lugar e ainda por cima com Senegal piando sem parar na minha orelha.— Te avisei que esse lance ia dar merda pra cima de nós Animal e mesmo assim tu insistiu nessa porra de assalto cara. Agora com essa morte do moleque e ainda por cima do CK tamo visado nesse caralho. E se alguém filmou nós? E se a mãe do moleque viu a nossa cara? Nós tamo fu.dido mermão. Senegal fala desesperado com a possibilidade dos cana subir aqui e pegar nós. Mas, isso era o mesmo que iniciar a terc
Flor LópezOlá! Eu me chamo Flor López, hoje tenho vinte e três anos. Sou sobrinha do Fernando López, mas todos aqui no morro do Jacarezinho e fora daqui o conhecem como "O Animal". Mas, no fundo eu o considero como um irmão mais velho, aqueles que vivem pegando no nosso pé e nunca nos deixam fazer nada daquilo que gostamos. Sou nascida e criada aqui no Jacarezinho, mas pergunta quantas vezes conseguir subir a ladeira e conhecer um baile de perto? Nunca! A última vez que tentei fugir pra fazer isso, eu tinha dezoito anos e levei uma coça de vara que me fez parar no postinho e que me deixou arriada por quase um mês. E o Nando ainda fez questão de deixar as coisas bem claras e mostrar quem mandava por aqui. — Sou o chefe dessa favela e também dessa casa. Enquanto tu tiver debaixo do meu comando vai fazer só o que eu deixar e quiser. Quero saber de sobrinha minha se esfregando em vagabundo nenhum não. Tenho um nome a zelar Flor e não quero ser tachado como parente da putinh@ da vez. Mu
FlorSaio correndo subindo a ladeira e quando tô quase chegando na boca uma moto me fecha. Levanto o olhar e vejo a visão do paraíso sentado na moto sem camisa, com uma Glock na cintura, uma fuzil entrelaçada no peitoral e me fitando de cima abaixo. Fico paralisada como uma imbe.cil de frente daquela perfeição de homem que me enlouquece sem nem me tocar. Meu coração acelera, meu corpo todo enrijece, meus pêlos arrepiam e abro um sorriso bobo só de olhar pra ele... para o meu Rony... Mas, o céu azul todo estrelado logo se fecha dando lugar a uma tempestade com direito a raios e trovoadas quando ouço. — DESCE AGORA RENATINHA... LOGO MAIS NÓS SE FALA NO TEU BARRACO GOSTOSA! — ele fala mandando a vaca da Renatinha cu de arranque descer e a ordinária olha pra minha cara rindo como se eu fosse um nada e ela a superior.Minha vontade era de segurar naquele aplique e arrastar a cara dessa piranha por todas as vielas desse morro. Mostrar pra geral quem eu era na realidade. Mas pra quê vou me
Horas DepoisJacarezinhoRony Senegal××××××××××××××××××××××××××××××××××××××"Sou o tipo de cara que falo com todos, ando com poucos e confio somente em Deus."××××××××××××××××××××××××××××××××××××××Fala ae meu povo! Vou me apresentar rapidão pra vocês ter um pouco da ciência de que tipo de cara eu sou. Me chamo Rony Duarte Senegal, tenho trinta e dois anos e já tô nessa "vida" do corre desde que tinha onze anos de idade. Comecei como aviãozinho e pouco a pouco fui subindo na moral, na suavidade e principalmente sem precisar passar por cima de ninguém pra conseguir o que tenho hoje.Sou cria do Jacarezinho e essa comunidade é minha vida sacô!? Perdi minha coroa ainda moleque por volta dos meus dezessete anos, ela tinha câncer de mama e a parada quando foi descoberta tava avançada pra c@cete. Nem sequer deu tempo de correr e fazer uma cirurgia ou lutar por algum recurso. Sou filho único, meu coroa nem sei quem era tá ligado!? Minha coroa morreu levando esse segredo pro túmulo junto com
RONYChego de frente a fortaleza e JC libera logo o portão pra minha entrada. Chamo ele na chincha e nós desenrola logo as paradas que quero saber.— E aí parceiro, Badaue chegou? — falo fazendo toque de mão, colocando o descanso da moto no chão e descendo da minha Kawasaki — O chefe chegou a maior cota Senegal, entrou igual foguete e nem olhou pra nós parceiro. Parecia o cão véi. O pior é que ele voltou a usar os bagulho mermão. — JC fala me olhando assustado, porque sabia a merd@ que poderia dar se Badaue voltasse as antigas quando ele se drogava dia sim e outro também. Mas, nessa época era por conta de uma mulher aí que ele sempre foi arriado, mas nunca teve a cara de chegar em cima e por isso fica arrastando corrente até hoje. Soube disso pela Flor, mas nunca vi a cara dessa mina aí e é bem melhor assim, porque do jeito que ele anda fora de si pode até pensar que tô afim da mulher e isso vai dar mais merd@ ainda.Saio dos meus pensamentos olhando pra JC e perguntando. — Tô sabe
FlorSai do morro como uma louca e entrei nesse táxi sem nem saber exatamente o que tava fazendo na realidade. Eu só tinha certeza que não existia mais condições de continuar morando na mesma casa que o Nando. Nossa convivência nunca foi uma das melhores e depois do que eu vi na televisão tudo piorou ainda mais. Eu sempre tive consciência de que ele não era um amor de pessoa, mas colocar a mão numa criança foi demais pra mim. Até cogitei a possibilidade dele não ter nada haver com aquela monstruosidade e tudo não ter passado de um infeliz acidente. Mas, não, do jeito que todos o temem e dizem que ele é um verdadeiro animal é impossível pensar que tudo foi coisa do destino. Agora tô aqui sei lá quanto tempo sentada nesse táxi e o motorista só me olhando pelo retrovisor depois de ter perguntado várias vezes qual seria o meu destino. Mas, como vou responde isso se nem eu mesma sabia?— Ei... mocinha! E aí, vamos ficar rodando o Rio de Janeiro inteiro? Ou vai me dizer onde vai ficar? —
Flor AHHHHHHHHHH...SOCORROOO... — grito desesperada — Calma Flor! Já está tudo bem. Olha pra mim... Sou eu Diego. — Diego??? Ahhhhh... me ajuda Diego por favor... aquele homem queria me estuprar porque não tinha dinheiro pra pagar a corrida... — falo levantando o abraçando assustada— Calma! Tudo já foi resolvido. — ele fala carinhoso— Como assim tudo já foi resolvido? — pergunto me afastando apoiando minhas mãos no seu peitoral — Eu paguei sua dívida com aquele cara. Não eram quatrocentos e cinquenta reais o valor que você devia à ele?— Sim! Mas, depois do que esse desgraçado tentou fazer comigo não deveria ter recebido nada... — falo com raiva— Mas, ele precisava e vai precisar de muito mais do que isso pra sair da prisão Flor. — Quê!? Prisão? Foi você quem atirou? — pergunto desorientada — Eu não, foi o meu irmão Diogo que é Delegado da Civil e agora está levando aquele maldito para o lugar onde animais como ele deveriam sempre ficar, atrás das grades.— Ai Diego! Nem sei