ZAYA ARANTES "NINJA"
3 anos atrásAniversário de 5 anos do seu filho Henry Gabriel— Parabéns pra você... nessa data querida, muitas felicidades... muitos anos de vida... ehhhhhhhhh... para o Henry tudo ou nadaaaa???? Tudoooo... Henry... Henry... Henry... Heeeeeee...Que o Senhor nosso Deus e nosso Pai que está nos céus abençoe a vida do pequeno Henry Gabriel. Lhe conceda muitos anos de vida, muita saúde e que continue crescendo nos caminhos do Senhor. E que seus pais tenham a sabedoria divina, amor e paciência para educa-lo sempre pelo caminho da verdade. Amém!— AMÉMMM...[Todos da festa falam em coro]2 horas depoisFim da Festa— Amor vou precisar organizar tudo aqui e levar os irmãos em casa. Você se importa de aguardar um pouco? — Fred o esposo de Zaya fala— Eu vou indo na frente no nosso carro e você vai no carro do meu pai que cabem sete pessoas, assim consegue levar à todos de uma só vez. — Zaya responde com Henry no colo— Tem certeza amor? Não é melhor ir comigo? Eu te deixo primeiro em casa e depois volto pra buscar o pessoal. Vou me sentir mais seguro assim. — Fred pergunta se aproximando— Sim meu amor. Estou muito cansada e Henry também. Veja... Ele até já dormiu. Pode ir levar as pessoas em casa, são de idade e não podem andar muito. Vai em paz que tudo ficará bem. — respondo com Henry no meu colo— Não sei não. Eu não gosto que você saia por aí uma hora dessas da noite e ainda mais sozinha. Eu falo para as pessoas me esperarem e levo vocês em casa primeiro. Vocês são a minha família, o meu bem maior e a serão sempre a minha prioridade. — Fred fala preocupado— Mas, não estou sozinha. Deus está comigo. Não é isso que você sempre fala? E outra, são quinze minutos do salão de festas pra nossa casa. O que pode acontecer conosco num tempo tão curto? Pode ir, vamos ficar bem. E ainda tem mais, amanhã preciso estar cedo no batalhão porque é meu dia na escala.— falo e Fred fica pensativo— Tinha esquecido disso amor. Você trocou com o Souza por conta do aniversário do nosso menino. Tudo bem então. Eu coloco o Henry no carro pra você. Você está armada?— Não amor. Deixei tudo em casa. Hoje é um dia de felicidade, pra que eu precisaria de uma arma? — pergunto o olhando— É você mesma quem diz que sempre devemos estar prevenidos, pois nunca sabemos o que pode acontecer.— Sim. Mas, aprendi com você a confiar em Deus e que tudo acontece quando ele permite. — falo e ele me dá um beijo sorrindo— Eu amo vocês! Por isso me preocupo tanto! Se cuida! Assim que eu terminar vou correndo pra casa ficar grudadinho em vocês. — Fred fala me dando um beijo e retribuo na horaFred carrega nosso filho e coloca na cadeirinha preso com o cinto de seguranças. Me despeço dele e sigo o nosso caminho. Olho pelo retrovisor e Henry ainda dormia como um anjo. Pego a avenida principal e faltava pouco para chegarmos em casa quando percebo duas motos bem atrás de nós. Dou espaço e diminuo a velocidade pra eles passarem. Mas, eles continuam atrás de nós. Meu coração acelera e eu já sabia o que aquilo significava... Um assalto.— Meu Deus e agora, o que eu faço? Nunca passei por isso na vida. E ainda por cima estou desarmada. — penso olhando para Henry pelo retrovisor e tentando acelerar quando sou fechada por uma das motos que me obriga a pararO sujeito que estava no caronas usava uma touca ninja e vem apontando a arma na minha direção. Eu levanto às mãos e um deles desce abrindo a porta do motorista nervoso. Ele me puxa com força pela blusa me derrubando no chão.— PERDEU... PERDEU... PERDEU MINHA TIA...— PODE LEVAR TUDO... MAS ME ENTREGA O MEU FILHO... O MEU FILHO... — Eu implorava correndo para a porta traseira— QUE MANÉ FILHO MINHA TIA... VAZA... VAZA... VAZA... SAI FORAAAA... — o sujeito grita com a arma na mão mostrando que estava drogado— BORA SENEGALLLLL... BORA CUMPADEEEE... VAI DAR RUIM... VAI DAR RUIMMMM E ANIMAL MATA NÓS PORRA... — Os caras que estavam na outra moto gritam em desespero e mencionam um vulgo que na hora não entendi— Pelo amor de Deus! Me devolve o meu filhoooooooo... — grito desesperada com as mãos na cabeçaO cara arranca com o meu carro, mas o mesmo tinha segredo e logo o veículo parou poucos metros à frente. Eu continuava correndo atrás do carro como uma louca na tentativa de pegar o meu filho. Quando consigo me aproximar um carro me fecha e o vidro é baixado. Desce um cara alto, forte, com olhar de demônio, cheio de correntes e armado até os dentes. Mas, também usava touca como todos os outros impedindo que o reconhecesse, mas àquele olhar... aquele m@ldito olhar eu jamais iria esquecer. Ele me olha com fúria e dá só um grito estridente que estremece até a alma de qualquer pessoa... De qualquer pessoa menos eu... que continuava encarando diretamente nos seus olhos âmbar que pareciam brasas de tanto ódio que demonstravam... àqueles malditos olhos que eu ainda não sabia, mas que a partir daquele dia eu jamais iria esquecer.— DESENROLA A PARADA LÁ NO TEU CARRO MULHER ANTES QUE DÊ RUIM PRO TEU LADO! BORAAAAAA CARALHO... — ele grita e algo me chama atenção... era um colar de ouro com um pingente cravejado de diamantes com a letra A... aquilo me impressionou... Mas, saio do transe com os gritos dele no meu ouvido— OUVIU O QUE EU DISSE NÃO PORRA? AGILIZA ESSE CARALHO DE SEGREDO AÍ MINHA SENHORA ANTES QUE EU PERCA A PACIÊNCIA...— Sim... sim... já vou... — falo trêmula olhando para Henry que estava chorando muitoMesmo tremendo muito consegui desligar o alarme. O tal sujeito com a letra A entrou no lugar do motorista e falou.— PEGA TUA CRIA E VAZA DAQUI MULHER... APROVEITA QUE HOJE TÔ COM PACIÊNCIA SACÔ? COSTUME SER TÃO SUAVE NUMA HORA DESSAS NÃO TÁ LIGADA!Corro sem falar nada abrindo a porta do caronas. Me debruço na poltrona tentando soltar Henry da cadeirinha, mas a fivela do cinto trava, ele começa a chorar de susto e meu nervosismo só aumenta.— BORA MULHERRRRRR... TENHO A VIDA TODA NÃO FILHA... O BAGULHO É LOUCÃO PORRA... — O cara grita e encosta o cano da arma na minha cabeça me fazendo gelar na hora— Por favor.... não grita... ele vai se assustar ainda mais... eu já vou tirar ele — falo tentando manter a calma— AGILIZAAAAAAA PORRAAAAAAA... TENHO A NOITE TODA NÃO CARALHO... DESENROLA LOGO ESSA MERDA... — ele continua gritandoSe acalma Zaya... Se acalma... tudo vai dar certo... VAI DAR... Tenha fé! Apertei a trava com toda força que eu tinha e na hora que consegui soltar uma trava da cadeirinha ouço sirenes intermitentes... e em seguida gritos...— MOIOU.... MOIOUUUUU... BORA ANIMALLLL... BORA... BORA... ARRANCA COM ESSA CARRETA PORRA... OS CANA...Não... não... Henryyyyyyyyyyy... nãoooooooooooooooooo... meu filhooo.... não... não faz isso... não... nãoooooooooo — grito desesperada correndo— HENRYYYYYYYYYY NÃOOOOOOOOOGrito desesperada vendo a porta do carro aberta e meu menino... o meu filho que acabou de completar cinco anos de vida e que tinha tudo pela frente estava preso ao cinto de seguranças sendo arrastado por vários metros sem que eu pudesse fazer nadaaaaaa.... nadaaaaaaaaaaaaaaa...Ouço barulhos de sirenes... Começou uma troca de tiros intensa, mas eu continuava correndo na esperança de conseguir salvar o meu menino.... O meu filho... Os crimonosos conseguem fugir, mas um deles é acertado nas costas caindo na pista e sendo atropelado em cheio por um ônibus morrendo na hora.Mas, nada disso me importava... eu só queria saber do meu filho... que estava ali caído... indefeso e friamente arrastado por aqueles desgraçados...Chego perto do carro me jogando no chão ficando de joelhos... tiro o cinto em volta do seu corpinho já sem vida... meu menino estava todo machucado... cheio de sangue e com uma ferida na cabeça por conta das várias vezes que seu crânio bateu no chão... Eu sentia algo que imaginava nunca ser possível existir dentro de mim... uma fúria... um ódio e vontade de matar e fazer todos pagarem na mesma moeda cresciam dentro do meu coração...Olho para meu menino e seu semblante não era de dor... Ele estava sereno... em paz e eu morta por dentro... chorei... gritei... abraçada ao corpo do meu filho... ali eu já sabia que só tinha o seu corpo e nada mais... porque àqueles demônios tiraram sem piedade a vida do meu menino... da razão da minha vida.... do meu anjinho Gabriel... Continuo chorando inconsolável... uma grande multidão se formou ao nosso redor. Mas, eu não conseguia solta-lo. Eu o abraçava forte como se pudesse traze-lo a vida outra vez... como se eu tivesse o poder de voltar com o tempo e ter impedido tudo isso.O tempo passou e uma grande chuva se formou... a água foi se misturando ao sangue, a dor, ao meu sofrimento levando pra longe toda àquela desgraça. Todos me olhavam chorando e também sentindo a minha dor. Mas, ninguém teve coragem de se aproximar... também de que serviria consolo se nada e ninguém traria o meu filho de volta? Eu não queria nada... só queria ter o poder de voltar no tempo e conseguir salvar o meu filho. Mas, não pude... não tive forças... fui fraca e não consegui salva-lo à tempo.Fred chegou e entrou em desespero com o que viu. Eu não tinha forças pra mais nada, nem pra gritar e muito menos para chorar. Fred chorando carrega nosso filho e entrega nas mãos dos oficiais. Me ajuda a levantar do chão e num excesso de fúria começo a gritar e esmurrar os polícias que estavam no local.— MALDITOSSSSSSSSSS... PORQUE VOCÊS CHEGARAM JUSTAMENTE NAQUELE MOMENTO... PORQUEEEE DESGRAÇADOS...— Se acalme Zaya, eles não tiveram culpa de nada. — Fred fala tentando me acalmar, mas o empurro com força para longe de mim— VOCÊS SÃO OS CULPADOS SIMMMMMM... EU ESTAVA TIRANDO MEU FILHO DO CARRO QUANDO VOCÊSSSSSSS JÁ CHEGARAM ATIRANDO... MALDITOSSSSSSSSS...Grito e Fred me puxa com força me abraçando procurando me dar um consolo que eu nunca mais teria enquanto eu não fizesse aqueles malditos pagarem pelo que fizeram.O tempo se passou, meu filho foi enterrado e junto com ele o meu coração. Carreguei o caixão pequeno até chegar na sua cova. Eu mesma o coloquei no mundo e eu mesma o deixaria ir. Eu não tinha mais lágrimas, me sentia seca, sem sentimentos... enquanto eu jogava terra em cima do corpinho do meu filho eu jurava que sua morte e essa covardia que sofreu não ficariam impunes... e que a partir daquele momento meu sobrenome seria outro... ao invés de Arantes seria... JUSTIÇA!Eu buscaria por justiça, nem que eu tivesse que entrar no inferno para conseguir. Sei que nada disso traria o meu filho de volta, mas serviria para que seu nome não entrasse nas estatísticas e que ele fosse eternamente lembrado por todos.Eu me chamo Zaya Arantes, tenho exatamente trinta e dois anos, perdi meus pais assim que nasci, fui criada por uma tia que também faleceu, sou casada, mãe do Henry Gabriel, sou a primeira sargento do exército brasileiro, mas tudo isso ficará pra trás e assim que eu descobrir em qual buraco essas ratazanas se escondem a esposa e a mãe Zaya Arantes vão morrer... a oficial Arantes vai desaparecer do mapa... e dará lugar a um só sobrenome JUSTIÇA!Continua...▪︎▪︎▪︎▪︎▪︎▪︎▪︎▪︎▪︎▪︎▪︎▪︎▪︎Jacarezinho/RJMomentos depois do assaltoFernando López "Animal"— Caralho! Que lombra foi essa porra? A imagem do moleque gritando tá grudada na minha mente nesse caralho. Já fiz de tudo nessa vida, mas nunca me meti com criança. Que merda! Falo com as mãos sobre a cabeça andando de um lado pro outro dentro do barraco onde nos armazenava e empacotava a coca. Os menor tava pesando e separando mercadoria, dou logo um grito mando geral vazar da minha vista e tento raciocinar, mas tava foda demais colocar as ideia no lugar e ainda por cima com Senegal piando sem parar na minha orelha.— Te avisei que esse lance ia dar merda pra cima de nós Animal e mesmo assim tu insistiu nessa porra de assalto cara. Agora com essa morte do moleque e ainda por cima do CK tamo visado nesse caralho. E se alguém filmou nós? E se a mãe do moleque viu a nossa cara? Nós tamo fu.dido mermão. Senegal fala desesperado com a possibilidade dos cana subir aqui e pegar nós. Mas, isso era o mesmo que iniciar a terc
Flor LópezOlá! Eu me chamo Flor López, hoje tenho vinte e três anos. Sou sobrinha do Fernando López, mas todos aqui no morro do Jacarezinho e fora daqui o conhecem como "O Animal". Mas, no fundo eu o considero como um irmão mais velho, aqueles que vivem pegando no nosso pé e nunca nos deixam fazer nada daquilo que gostamos. Sou nascida e criada aqui no Jacarezinho, mas pergunta quantas vezes conseguir subir a ladeira e conhecer um baile de perto? Nunca! A última vez que tentei fugir pra fazer isso, eu tinha dezoito anos e levei uma coça de vara que me fez parar no postinho e que me deixou arriada por quase um mês. E o Nando ainda fez questão de deixar as coisas bem claras e mostrar quem mandava por aqui. — Sou o chefe dessa favela e também dessa casa. Enquanto tu tiver debaixo do meu comando vai fazer só o que eu deixar e quiser. Quero saber de sobrinha minha se esfregando em vagabundo nenhum não. Tenho um nome a zelar Flor e não quero ser tachado como parente da putinh@ da vez. Mu
FlorSaio correndo subindo a ladeira e quando tô quase chegando na boca uma moto me fecha. Levanto o olhar e vejo a visão do paraíso sentado na moto sem camisa, com uma Glock na cintura, uma fuzil entrelaçada no peitoral e me fitando de cima abaixo. Fico paralisada como uma imbe.cil de frente daquela perfeição de homem que me enlouquece sem nem me tocar. Meu coração acelera, meu corpo todo enrijece, meus pêlos arrepiam e abro um sorriso bobo só de olhar pra ele... para o meu Rony... Mas, o céu azul todo estrelado logo se fecha dando lugar a uma tempestade com direito a raios e trovoadas quando ouço. — DESCE AGORA RENATINHA... LOGO MAIS NÓS SE FALA NO TEU BARRACO GOSTOSA! — ele fala mandando a vaca da Renatinha cu de arranque descer e a ordinária olha pra minha cara rindo como se eu fosse um nada e ela a superior.Minha vontade era de segurar naquele aplique e arrastar a cara dessa piranha por todas as vielas desse morro. Mostrar pra geral quem eu era na realidade. Mas pra quê vou me
Horas DepoisJacarezinhoRony Senegal××××××××××××××××××××××××××××××××××××××"Sou o tipo de cara que falo com todos, ando com poucos e confio somente em Deus."××××××××××××××××××××××××××××××××××××××Fala ae meu povo! Vou me apresentar rapidão pra vocês ter um pouco da ciência de que tipo de cara eu sou. Me chamo Rony Duarte Senegal, tenho trinta e dois anos e já tô nessa "vida" do corre desde que tinha onze anos de idade. Comecei como aviãozinho e pouco a pouco fui subindo na moral, na suavidade e principalmente sem precisar passar por cima de ninguém pra conseguir o que tenho hoje.Sou cria do Jacarezinho e essa comunidade é minha vida sacô!? Perdi minha coroa ainda moleque por volta dos meus dezessete anos, ela tinha câncer de mama e a parada quando foi descoberta tava avançada pra c@cete. Nem sequer deu tempo de correr e fazer uma cirurgia ou lutar por algum recurso. Sou filho único, meu coroa nem sei quem era tá ligado!? Minha coroa morreu levando esse segredo pro túmulo junto com
RONYChego de frente a fortaleza e JC libera logo o portão pra minha entrada. Chamo ele na chincha e nós desenrola logo as paradas que quero saber.— E aí parceiro, Badaue chegou? — falo fazendo toque de mão, colocando o descanso da moto no chão e descendo da minha Kawasaki — O chefe chegou a maior cota Senegal, entrou igual foguete e nem olhou pra nós parceiro. Parecia o cão véi. O pior é que ele voltou a usar os bagulho mermão. — JC fala me olhando assustado, porque sabia a merd@ que poderia dar se Badaue voltasse as antigas quando ele se drogava dia sim e outro também. Mas, nessa época era por conta de uma mulher aí que ele sempre foi arriado, mas nunca teve a cara de chegar em cima e por isso fica arrastando corrente até hoje. Soube disso pela Flor, mas nunca vi a cara dessa mina aí e é bem melhor assim, porque do jeito que ele anda fora de si pode até pensar que tô afim da mulher e isso vai dar mais merd@ ainda.Saio dos meus pensamentos olhando pra JC e perguntando. — Tô sabe
FlorSai do morro como uma louca e entrei nesse táxi sem nem saber exatamente o que tava fazendo na realidade. Eu só tinha certeza que não existia mais condições de continuar morando na mesma casa que o Nando. Nossa convivência nunca foi uma das melhores e depois do que eu vi na televisão tudo piorou ainda mais. Eu sempre tive consciência de que ele não era um amor de pessoa, mas colocar a mão numa criança foi demais pra mim. Até cogitei a possibilidade dele não ter nada haver com aquela monstruosidade e tudo não ter passado de um infeliz acidente. Mas, não, do jeito que todos o temem e dizem que ele é um verdadeiro animal é impossível pensar que tudo foi coisa do destino. Agora tô aqui sei lá quanto tempo sentada nesse táxi e o motorista só me olhando pelo retrovisor depois de ter perguntado várias vezes qual seria o meu destino. Mas, como vou responde isso se nem eu mesma sabia?— Ei... mocinha! E aí, vamos ficar rodando o Rio de Janeiro inteiro? Ou vai me dizer onde vai ficar? —
Flor AHHHHHHHHHH...SOCORROOO... — grito desesperada — Calma Flor! Já está tudo bem. Olha pra mim... Sou eu Diego. — Diego??? Ahhhhh... me ajuda Diego por favor... aquele homem queria me estuprar porque não tinha dinheiro pra pagar a corrida... — falo levantando o abraçando assustada— Calma! Tudo já foi resolvido. — ele fala carinhoso— Como assim tudo já foi resolvido? — pergunto me afastando apoiando minhas mãos no seu peitoral — Eu paguei sua dívida com aquele cara. Não eram quatrocentos e cinquenta reais o valor que você devia à ele?— Sim! Mas, depois do que esse desgraçado tentou fazer comigo não deveria ter recebido nada... — falo com raiva— Mas, ele precisava e vai precisar de muito mais do que isso pra sair da prisão Flor. — Quê!? Prisão? Foi você quem atirou? — pergunto desorientada — Eu não, foi o meu irmão Diogo que é Delegado da Civil e agora está levando aquele maldito para o lugar onde animais como ele deveriam sempre ficar, atrás das grades.— Ai Diego! Nem sei
JacarezinhoAnimalNão sei porque as imagem daquele garoto e o olhar daquela mulher não sai da minha mente. O jeito como ela me olhava com desespero e logo depois com ódio parece que grudou na minha cabeça. Tive até a impressão que conhecia ela de algum lugar. Mas, de onde que era o problema. A adrenalina tava muito foda naquele momento, principalmente porque tinha recebido um recado pouco tempo antes do meu parceiro Ferrugem que tá preso no sistema a maior cota de tempo, depois que foi pego numa blitz com a mala do carro até a tampa de armamento. Até tentei impedir dele fazer uma merda dessas de resgatar mercadoria e andar com munição a torta e a direita, mas não quis ouvir e agora tá encarcerado há quase dois anos na jaula implorando pra sair e dizendo que não suportava mais ficar naquela gaiola. Nós tinha bolado um plano bom pra cacete pra resgatar ele de lá, mas pra isso nós precisava de mais um carro com placa fria e foi nessa que entrei pelo cano e deu a merda que deu. Nunca f