CrisNo dia seguinte...— O chefe chegando atrasado? — ralho quando John adentra a sua sala nas primeiras horas do dia. — Isso aqui está virando uma bagunça mesmo! — retruco com humor me servindo uma xícara de café. Contudo, a porta do escritório volta a se abrir e Lucy Hale passa por ela com cara de poucos amigos.— Cris Ávila. — Ela ronrona docemente e eu fecho a cara.— Hale! — A cumprimento com secura na voz. — Me serve um café? — Ela pede e eu aceno.— Você quer, John?— Sim, eu aceito! — Após entregar-lhes as xícaras, me acomodo em uma cadeira de frente para a mesa do chefão e Hale faz o mesmo com a cadeira do meu lado. Entretando, após bebericar do seu café, ela me lança um sorriso malicioso.— Sabe, Cris eu sinto falta do que tínhamos — fala, porém, encaro o meu amigo do outro lado da mesa.— Nunca tivemos nada, Hale — rebato com um tom firme na voz. Ela arqueia as sobrancelhas. — Nada além de sacanagem na cama.— Escute aqui, seu… — Ela se levanta bruscamente e vem para cim
Cris — Liguei para a Bianca — falo assim que saímos do banho. Jenny não diz nada, ela apenas continua concentrada em vestir a sua roupa. Portanto, decido continuar. — Ela quer que eu vá buscá-los no hospital em algumas horas. — A observo sacodir os cabelos para atrás dos seus ombros, então ela me fita. neles. Nem insegurança. Ou qualquer coisa do tipo. Isso é bom, não é? Me pergunto. — Posso ir com você se você quiser. — Meu coração se aquece com essa sua sugestão. — Você quer mesmo fazer isso? — pergunto, porque preciso ter certeza. — Se você quiser, eu também quero. — Não seguro um sorriso largo e com alguns passos, chego perto dela, a puxo para os meus braços e a beijo demoradamente. — Eu quero muito que você venha comigo, Tempestade — sibilo e a gora ela sorri para mim. — Vai ser bom, assim o Edu já vai te conhecendo. — Seu sorriso se alarga e eu não seguro a ânsia de beijá-la outra vez. — Então está decidido, irei acompanhá-lo nesse passeio. — Ótimo! Que tal um lanche? — S
Cris— Sim. Você conheceu o meu pai?— Não, mas já ouvi falar muito dele e de sua esposa também.— Ah!— Ah, nós realmente temos que ir — falo atraindo a sua atenção para mim.— Se não se importar, eu gostaria de falar com você, Cristopher.Seu tom seco não me passa despercebido. De verdade, eu gostaria de entender por que Álvaro não gosta de mim. Não é uma questão social ou financeira disso eu tenho certeza. Entretanto, ele sempre fez questão de que a sua filha mantivesse distância de mim e da minha família.— Claro! — concordo, deixando um beijo casto no rosto da minha garota. — Eu volto logo! — sussurro e sigo o homem que sai da sala em seguida.— O que você faz aqui? — Ele questiona assim que adentra o escritório da casa e eu o encaro aturdido.— Como?— Ávila, minha filha é uma mulher casada…— Separada! — O corrijo bruscamente.— Claro, por isso está se aproximando dela outra vez?— Do que você está falando, homem? — ralho um tanto ríspido.— É o seguinte, Ávila, eu nunca o quis
JennyUm mês depois...As consultas com Samantha têm me ajudado muito nesses últimos dias. Confesso que me olhar no espelho hoje tem sido algo mais fácil para mim. Contudo, ainda existe um pedaço do meu passado, trancado dentro da gaveta do meu criado mudo que eu ainda não tive coragem de abrir. A carta do meu pai. Suspiro ao olhar para o objeto através do reflexo do espelho. Ainda não sei o porquê, só sei que estou me acovardando em descobrir as suas últimas palavras.Sacudo a cabeça e deixo para pensar nisso depois. Agora eu preciso me concentrar no que preciso fazer. Portanto, olho para a nova Jeniffer Reinhold em pé na minha frente e aprecio o lindo vestido vermelho, porém, curto e de saia esvoaçante que abraça o meu corpo. E pensar que há alguns dias eu jamais usaria algo assim. Os meus olhos descem mais um pouco, para saltos extremamente altos e provocantes.Sorrio.Pela primeira vez na vida me sinto linda de verdade. Não, linda não, eu estou exuberante. Meu sorriso se alarga. G
Jenny— A minha liberdade! — Faço um brinde solo e bebo um gole exagerado. — A sensação é maravilhosa! — Sorrio amplamente após mais esse brinde e bebo mais um gole da minha bebida. O meu coração dispara frenético quando imagino a cara da madrasta malvada e da galinha enfeitada recebendo a ordem de despejo. Então começo a dançar e danço sem parar, e quando dou por mim, a primeira garrafa de vinho já se foi. Dou um giro desconcertado, soltando um uuuiii e rio em seguida. A porta da sala se abre e o Doutor Gostosão passa por ela. Ele arqueia as sobrancelhas, aparece perplexo ao ver o meu estado. Cris cruza os seus braços rente ao peito e me encara divertido.— O que andou aprontando, pequena Tempestade? — Sorrio para essa diversão na sua voz e ergo a minha taça quase vazia.— Estou comemorando! — Sinto a minha voz diferente e volto a rir. No ato, dou alguns passos cambaleantes na sua direção e quando me aproximo, levo o dedo para a sua boca e o encaro mordendo o meu lábio inferior. —
Jenny—E então, não vai me contar como foi o seu encontro com o advogado? — Cris pergunta com curiosidade, me estendendo um prato com uma porção deliciosa da macarronada. — Eu sei que as notícias são ótimas pelo estado de comemoração que te encontrei. — Ele ralha me fazendo sorrir, depois leva uma garrafada da massa para a boca.Sinto as minhas bochechas queimarem com esse seu último comentário. O fato é que não tenho o hábito de beber, uma taça de vinho é o máximo que bebo em qualquer evento, duas quando estou em um momento só nosso, mas uma garrafa inteira? Não sei o que deu em mim.— O encontro foi bem… produtivo — respondo e olho as horas no meu relógio de pulso. — Mas, não posso dizer o mesmo para Rachel e para Ashley — comento evasiva, enchendo a minha boca em seguida. Cris para a sua taça a caminho da sua boca.— Como assim? — Sua curiosidade parece aumentar.— Eu pedi para despejá-las da minha casa — falo de uma vez e ele imediatamente arqueia as sobrancelhas.— Você fez o qu
Jenny— Isso aqui está uma loucura! — Alguém comenta após uma manhã bem puxada.— Verdade, nunca vi tantas grávidas em um só turno.— Até parece que elas combinaram os partos para esse dia. — Elas riem, porém, meneio a cabeça com diversão. A verdade, é que estou radiante demais para reclamar e o motivo? Acredite, não é o meu estado de espírito atual e nem a minha alta estima, e sim, porque irei realizar o meu primeiro parto normal. Calma, dessa vez eu garanto que não encontrarei uma vagina monstro e nem um alienígena saindo de dentro da paciente.Rio desse meu pensamento.— Preparada, Reinhold? — Doutor Phil pergunta um tanto empolgado. Confesso que em outros tempos eu estaria trêmula, nervosa e tropeçando em tudo na minha frente, mas hoje não.— Com certeza estou pronta! — sibilo ansiosa por esse momento.Entrar na sala de parto e encontrar uma equipe formada me faz sonhar com o dia que terei a minha própria equipe. Sim, eu quero estar no comendo, realizando sonhos, trazendo vidas ao
Jenny— Tive uma reunião com Xavier e descobri que tudo aquilo era só meu. E como elas nunca tiveram consideração comigo, por que eu teria que ter com elas?— Você está certa. — Ela me abre um sorriso amplo demais. — Nossa, estou tirando o meu chapéu para a doutora Samantha.— Doutora Samanta?— Ela fez com você em um mês, o que eu tento fazer em dois longos anos. Jen, você é outra pessoa! — Sorrio. Entretanto, o meu bip avisa que uma mensagem chegou.— Eu tenho que ir, Amber, o meu horário de almoço acabou e ainda tenho mais três partos para fazer.— Está bem! Eu também tenho algumas coisas para fazer. — Me aproximo para abraçá-la, porém, antes de me afastar, ela me faz olhá-la nos olhos. — Estou orgulhosa de você!— Obrigad