Cris
— Eu sei e eu também te amo! — Assinto. Mas devo confessar que não estou gostando desse clima estranho entre nós. Portanto, seguro na sua mão e sigo direto para o alojamento. — Cris, o que pensa que está fazendo?
— Nós vamos conversar em um lugar mais reservado.
— Cris, para! — Ela puxa a mão da minha e eu a encaro firme. — Eu realmente tenho que ir. — Respira fundo. — Olha, eu estou atrasada. — Com um passo me aproximo da minha namorada, seguro em cada lado do seu rosto e a fito dentro dos olhos.
— Não aconteceu nada, Jenny — sibilo baixinho, porém, firme.
— Eu não disse que aconteceu. Cris, eu realmente estou feliz que você tenha essa oportunidade com o seu filho!
Porra, que me sinto tão inseguro?
— Nós conversamos muito e brincamos também. As horas
Cris— Você é legal e tem uma profissão superlegal. E eu gosto de conversar com você. O meu pai nunca conversava comigo.É triste saber que ele fazia isso com uma criança que não tem culpa de nada.— Bom, agora você tem um pai para conversar. Eu quero te fazer um convite.— Qual?— Você quer passar um final de semana todinho comigo na minha casa? — Seus olhos chegam a ganhar vida.— Eu quero! — Ele fala animado demais.Sorrio.— Perfeito! Eu vou conversar com a sua mãe e combinar tudo. Agora temos que ir, o seu papai precisa voltar para o trabalho.— Está bom. — Inesperadamente ele me abraça e feliz, eu retribuo o seu gesto o apertando nos meus braços.É reconfortante senti-lo tão próximo a mim. No carro, combino os detalhes do meu final de semana c
JennySabe quando você acorda se sentindo diferente? Sei lá, tipo me sinto uma outra pessoa. Eu ainda estou no auge da minha primeira noite de amor e ainda estou andando nas nuvens também. Estou sorrindo à toa e suspirando à toa também.Se isso é normal, eu não sei. Só sei que gosto da sensação que estou sentindo dentro de mim.Contudo, tem uma ideia brincando dentro da minha cabeça constantemente. Eu quero preparar uma noite inesquecível para o Cris, como ele costuma fazer comigo. É claro que não chegará aos rastros de tudo o que fez e faz por mim, mas preciso que seja tão fantástico quanto é para mim.— É isso! — ralho, segurando a minha bolsa para sair do meu quarto. Devo dizer que estrou um tanto apressada e confesso que estou bem animada também. Hoje é o meu primeiro dia de trabalho no H.M.S. depois de passar nas provas e com nota máxima.Caramba, estou no quarto período! Isso é muito mais do que eu sonhei que conseguiria fazer. É claro que me imaginei ser médica um dia, mas nun
Jenny— É sério, estou torcendo por vocês.Confesso que sinto algo estranho nessas suas palavras, mas não sei o que é.— Obrigada!— Me passe a pinça! — Ela pede e uma enfermeira do seu lado faz o que ela pede. — Você não conheceu o Cris a dois anos atrás. — Hale comenta de repente. Continuo em silêncio. — Ele era bem mulherengo. Sabe, ele gosta de mulheres e de sexo... muito sexo. E não era de ficar com uma garota só. Ele enjoava fácil.Solto um suspiro baixo, mas não consigo evitar de pressionar o instrumento entre os meus dedos.— Depois, era fácil para ele ir se afastando devagarinho, até descartar de vez a sua vítima.— Desculpe, Doutora, mas gostaria que não falasse sobre esse assunto durante o trabalho! — retruco segurando a minha irrita&cced
JennyUma hora depois, já estou arrumada e pronta para ir trabalhar. No caminho nem eu e nem a Amber trocamos uma palavra. O silêncio é o meu melhor amigo nessa hora. Não demora para entrarmos no hall do hospital e eu vou para os elevadores. Em segundos as portas se abrem e lá está ele... a fonte do meu desespero e o dono do meu coração.A verdade é que eu queria fugir para bem longe dele agora. Definitivamente não consigo olhar no seu rosto, com certeza eu desabaria, ou faria alguma bobagem, ou...— Não seja covarde, Jennifer Reinhold! — ralho mentalmente comigo mesma e continuo parada bem aqui no meu lugar, enquanto o homem que é capaz de roubar o meu ar apenas com o seu olhar caminha na minha direção.— Oi! — Ele diz e as portas se fecham, mas para a minha surpresa, Cris as trava.— Oi! — respondo sem ao m
JennyMinutos depois...Saio do banheiro enrolada em uma toalha e me surpreendo ao vê-lo dentro do meu quarto. Cris tem o olhar fixo nos pedaços de espelho que estão no chão e quando ele ergue o seu olhar para mim vejo algumas lágrimas escaparem deles. Me sinto mexida com isso.Droga, estamos machucando um ao outro. Ele solta um pedaço do vidro no chão e inesperadamente me abraça forte, muito forte.— Eu fiz isso com você, Tempestade. — Então ele chora e eu finalmente retribuo o seu gesto, o apertando nos meus braços. — Me perdoe, Jenny! Me perdoe! — pede repetidas vezes.— Está tudo bem! — Tento dizer, mas ele se afasta para fitar os meus olhos. — Eu tomei uma decisão, Cris. — Meu namorado me olha preocupado.— Você tomou? — sibila e eu faço sim para ele.
Jenny— Olá, Reinhold! Em que posso ajudá-la? — Doutora Samantha fala assim que me vir entrar no seu consultório.— Oi, Samantha! — Sem saber como começar a falar apenas olho ao meu redor.— Sente-se, Reinhold! — Ela pede, abrindo um sorriso profissional e eu faço. — E então?— Eu gostaria de marcar uma consulta.— É claro, para quem é a consulta? — Ela inquire abrindo uma agenda e segura uma caneta prateada, porém, o fato de eu não a responder a faz erguer a sua cabeça para me encarar.Respiro fundo e me ajeito em cima da cadeira.— É para mim.— Oh! E você tem alguma urgência?— Quero uma consulta para o mais breve possível. — Engulo em seco. Ela abre outro sorriso, mas esse não é profissional. Ele é doce.— Ok, estou desocupada agora. Você quer conversar? Depois marcamos uma consulta pra você.Meu peito infla devido a respiração profunda que acabei puxar.— Eu gostaria. — Seu sorriso se amplia.— Certo! — Samantha guarda a agenda e fica de pé. — Nesse caso, quero que relaxe um pouc
CrisDevo dizer que não estou nada bem e que a minha cabeça não para de girar. Por um lado, tem o fato de Eduardo está machucado e eu ainda estou me perguntando como aquilo aconteceu? E embora Bianca tenha respondido com convicção as perguntas dos policiais de alguma forma não me sinto convencido. Do outro lado tem a minha relação com a Jenny, que está sendo afetada de alguma maneira e o fato de ela quebrar o espelho e ainda machucar as suas mãos fez algo dentro de mim se quebrar.Eu jamais a machucaria de propósito, mas sei que as minhas atitudes involuntárias estão fazendo isso por mim.… Meu Deus, ele está bem?E pensar que ela sempre se esquece de si mesma para se preocupar com os outros.… Se for pra tê-lo perto do meu lado, a afastando de mim eu não quero. Sim, eu estava disposto a esquecer que tinha um filho com a Bianca. Estava disposto a abrir mão da minha convivência com ele apenas para não a perder, porque eu já não sei mais viver sem a minha Tempestade. Penso e beijo a su
CrisNo dia seguinte...— O chefe chegando atrasado? — ralho quando John adentra a sua sala nas primeiras horas do dia. — Isso aqui está virando uma bagunça mesmo! — retruco com humor me servindo uma xícara de café. Contudo, a porta do escritório volta a se abrir e Lucy Hale passa por ela com cara de poucos amigos.— Cris Ávila. — Ela ronrona docemente e eu fecho a cara.— Hale! — A cumprimento com secura na voz. — Me serve um café? — Ela pede e eu aceno.— Você quer, John?— Sim, eu aceito! — Após entregar-lhes as xícaras, me acomodo em uma cadeira de frente para a mesa do chefão e Hale faz o mesmo com a cadeira do meu lado. Entretando, após bebericar do seu café, ela me lança um sorriso malicioso.— Sabe, Cris eu sinto falta do que tínhamos — fala, porém, encaro o meu amigo do outro lado da mesa.— Nunca tivemos nada, Hale — rebato com um tom firme na voz. Ela arqueia as sobrancelhas. — Nada além de sacanagem na cama.— Escute aqui, seu… — Ela se levanta bruscamente e vem para cim