Cris
— Então é oficial? — John pergunta se sentando de frente para mim.
—Sim. E não vejo a hora de contar isso para todo mundo.
— Estou feliz por vocês, Ávila e estou torcendo para tudo dar certo. — Sorrio, assentindo para o meu amigo. Termino o meu café e me levanto, seguindo direto para a saída do seu escritório. Contudo, paro abruptamente.
— John, só para você ficar sabendo, a Jenny volta a trabalhar comigo hoje. — Ele franze a testa.
— E ela já sabe disso? — Abro um sorriso presunçoso.
— Ainda não, mas ela vai saber.
— Sabe que a Corona não vai gostar disso, não é?
— Ela já voltou?
— Ainda não.
— Por isso mesmo. Eu não confio na doutora Lucy Hale.
— O que acha que ela pode fazer contra
Cris— Ai, Cris, graças a Deus!— O que houve?— É o Eduardo, ele não está bem.— Por quê? O que aconteceu?— Eu não sei. Ele está com muita febre e...— Fique calma, Bianca! Por que não o traz até o Mont Sinai? — sugiro, mas ela começa a chorar.— É que... eu estou sozinha, Cris e eu... estou tão nervosa!— Escute, Bianca, você precisa respirar fundo e tentar se acalmar. Eu estou indo aí, enquanto isso dê umas compressas de água fria, ok?— Está bem, Cris e... obrigada por vir! — Sua voz tremula um ´pouco. — Eu sei que está trabalhando e que estou tomando do seu tempo...— Não precisa me agradecer. Chego em alguns minutos.— Está bem! — A ligação encerra
Cris— Você é um médico de verdade? — O pequeno pergunta curioso.— Sou sim.— O que é isso? — Ele aponta um instrumento solto na cama.— Isso é um estetoscópio.— O que ele faz?Cara, estou conversando com o meu filho! Penso sentindo algo bem diferente acontecer dentro de mim.— Ele serve para ouvir os batimentos do coração. Você quer experimentar? — Seus olhos chegam a brilhar de empolgação e um sorriso infantil surge em seus lábios.— Eu posso?— Sim, você pode. — O ajudo a colocar o instrumento nos seus ouvidos e levo a outra parte ao meu peito. O seu sorriso cresce e ele me olha com curiosidade.— Que legal!Sorrio— Não é?— Ser médico é bom?— É muito bom! Me faz s
Cris— Eu sei e eu também te amo! — Assinto. Mas devo confessar que não estou gostando desse clima estranho entre nós. Portanto, seguro na sua mão e sigo direto para o alojamento. — Cris, o que pensa que está fazendo?— Nós vamos conversar em um lugar mais reservado.— Cris, para! — Ela puxa a mão da minha e eu a encaro firme. — Eu realmente tenho que ir. — Respira fundo. — Olha, eu estou atrasada. — Com um passo me aproximo da minha namorada, seguro em cada lado do seu rosto e a fito dentro dos olhos.— Não aconteceu nada, Jenny — sibilo baixinho, porém, firme.— Eu não disse que aconteceu. Cris, eu realmente estou feliz que você tenha essa oportunidade com o seu filho!Porra, que me sinto tão inseguro?— Nós conversamos muito e brincamos também. As horas
Cris— Você é legal e tem uma profissão superlegal. E eu gosto de conversar com você. O meu pai nunca conversava comigo.É triste saber que ele fazia isso com uma criança que não tem culpa de nada.— Bom, agora você tem um pai para conversar. Eu quero te fazer um convite.— Qual?— Você quer passar um final de semana todinho comigo na minha casa? — Seus olhos chegam a ganhar vida.— Eu quero! — Ele fala animado demais.Sorrio.— Perfeito! Eu vou conversar com a sua mãe e combinar tudo. Agora temos que ir, o seu papai precisa voltar para o trabalho.— Está bom. — Inesperadamente ele me abraça e feliz, eu retribuo o seu gesto o apertando nos meus braços.É reconfortante senti-lo tão próximo a mim. No carro, combino os detalhes do meu final de semana c
JennySabe quando você acorda se sentindo diferente? Sei lá, tipo me sinto uma outra pessoa. Eu ainda estou no auge da minha primeira noite de amor e ainda estou andando nas nuvens também. Estou sorrindo à toa e suspirando à toa também.Se isso é normal, eu não sei. Só sei que gosto da sensação que estou sentindo dentro de mim.Contudo, tem uma ideia brincando dentro da minha cabeça constantemente. Eu quero preparar uma noite inesquecível para o Cris, como ele costuma fazer comigo. É claro que não chegará aos rastros de tudo o que fez e faz por mim, mas preciso que seja tão fantástico quanto é para mim.— É isso! — ralho, segurando a minha bolsa para sair do meu quarto. Devo dizer que estrou um tanto apressada e confesso que estou bem animada também. Hoje é o meu primeiro dia de trabalho no H.M.S. depois de passar nas provas e com nota máxima.Caramba, estou no quarto período! Isso é muito mais do que eu sonhei que conseguiria fazer. É claro que me imaginei ser médica um dia, mas nun
Jenny— É sério, estou torcendo por vocês.Confesso que sinto algo estranho nessas suas palavras, mas não sei o que é.— Obrigada!— Me passe a pinça! — Ela pede e uma enfermeira do seu lado faz o que ela pede. — Você não conheceu o Cris a dois anos atrás. — Hale comenta de repente. Continuo em silêncio. — Ele era bem mulherengo. Sabe, ele gosta de mulheres e de sexo... muito sexo. E não era de ficar com uma garota só. Ele enjoava fácil.Solto um suspiro baixo, mas não consigo evitar de pressionar o instrumento entre os meus dedos.— Depois, era fácil para ele ir se afastando devagarinho, até descartar de vez a sua vítima.— Desculpe, Doutora, mas gostaria que não falasse sobre esse assunto durante o trabalho! — retruco segurando a minha irrita&cced
JennyUma hora depois, já estou arrumada e pronta para ir trabalhar. No caminho nem eu e nem a Amber trocamos uma palavra. O silêncio é o meu melhor amigo nessa hora. Não demora para entrarmos no hall do hospital e eu vou para os elevadores. Em segundos as portas se abrem e lá está ele... a fonte do meu desespero e o dono do meu coração.A verdade é que eu queria fugir para bem longe dele agora. Definitivamente não consigo olhar no seu rosto, com certeza eu desabaria, ou faria alguma bobagem, ou...— Não seja covarde, Jennifer Reinhold! — ralho mentalmente comigo mesma e continuo parada bem aqui no meu lugar, enquanto o homem que é capaz de roubar o meu ar apenas com o seu olhar caminha na minha direção.— Oi! — Ele diz e as portas se fecham, mas para a minha surpresa, Cris as trava.— Oi! — respondo sem ao m
JennyMinutos depois...Saio do banheiro enrolada em uma toalha e me surpreendo ao vê-lo dentro do meu quarto. Cris tem o olhar fixo nos pedaços de espelho que estão no chão e quando ele ergue o seu olhar para mim vejo algumas lágrimas escaparem deles. Me sinto mexida com isso.Droga, estamos machucando um ao outro. Ele solta um pedaço do vidro no chão e inesperadamente me abraça forte, muito forte.— Eu fiz isso com você, Tempestade. — Então ele chora e eu finalmente retribuo o seu gesto, o apertando nos meus braços. — Me perdoe, Jenny! Me perdoe! — pede repetidas vezes.— Está tudo bem! — Tento dizer, mas ele se afasta para fitar os meus olhos. — Eu tomei uma decisão, Cris. — Meu namorado me olha preocupado.— Você tomou? — sibila e eu faço sim para ele.