JennyAndo a passos largos, pelo longo corredor no HMS, alcanço um dos elevadores, quando as portas já estão quase se fechando.— Segura pra mim, por favor! — peço, entrando no elevador em seguida. Respiro fundo e observo a tela com os números aumentando a cada andar que ele sobe.Ok, eu estava auxiliando a doutora Alex em uma cesariana quando o meu bip soou na sala dentro da sala de parto avisando que o doutor John, precisava falar comigo e com urgência. Então sim, estou muito nervosa e me perguntando o que ele quer de mim?Logo que as portas se abrem eu puxo mais uma respiração, saindo da caixa de aço, porém, encaro a sala com a porta fechada a poucos metros de mim. E droga, não dá para ver nada lá dentro da sala, até às persianas estão bloqueando a visão das janelas de vidro transparente. Dou alguns passos decisivos na direção da sala, só que dessa vez sinto que os meus pés estão pesados como se em cada um deles carregasse toneladas de cimento.Ok, você consegue, Jenny! Digo para m
Jenny— Você e o Cris parecem felizes. — Doutora Lucy comenta assim que entro no elevador e o fato de estarmos a sós a aqui dentro torna o ar quase intragável. Faço menção de sair, mas decido que está na hora de dar um basta nessa situação.— Sim, estamos muito felizes — ralho sem olhá-la diretamente.— Não achei que ele chegasse tão longe. — Ela sibila seca.— Pois é, ele chegou e sabe o que é bom nisso tudo? — Dessa vez a encaro. Lucy não desvia o seu olhar. — Ele é um homem extremamente carinhoso. Sabe como é ser acordada com beijos cálidos todas as manhãs, ou fazer um sexo matinal gostoso e poder repetir a dose sempre que eu quiser? Nossa, o Cris é tão romântico e atencioso, ele é carinhoso e apaixonante. — Sorrio, soltando um suspiro sonhador. — Você não faz ideia do que é isso não é, Hale? Você gosta das coisas mais… bruta e casual. Não sabe o que é um amor de verdade.Ela engole em seco e a droga do seu sorriso debochado já não existe mais. Mas o meu sim, ele está enorme e es
Jenny— Eu vou ligar pra Amber — digo por fim me afastando dele. Visto um sobretudo de seda e saio do quarto logo em seguida e enquanto falo a ligação vou direto para a cozinha. Contudo, paro bem na entrada quando encontro Sara atrás do balcão.Pois é, o Cris contratou uma empregada para cuidar da nossa alimentação. Portanto, encontro uma mesa farta com toda sorte de comida, principalmente frutas e sucos.— Oi bonitinha! — Minha irmã atende no quinto toque.— Você demorou a atender! — reclamo.— E você é uma empata foda! — Ela retruca.Gargalho.— Você não transa não, garota?— Ah sim, eu transo. Hoje pelo menos demos umas três e vocês, não se cansam não? — Inquiro divertida.— Estamos tentando fabricar um bebê, Jen e isso exige esforço, paciência e muito sexo. — Ela ralha e eu seguro uma nova onda de risadas.— Bebê, você já quer ser mãe? — Beberico um pouco de suco de amora. — Não é muito cedo?— Digamos que eu sou precoce igual a minha irmã. — Sorrio largamente. Realmente, somos mu
Cris— Pelo amor de Deus, Tempestade, já passa das duas da madrugada! — resmungo pesado de sono.Ela está impossível!— Mas eu preciso, Cris, estou com vontade! — Jenny ralha praticamente em súplica.Já tem algumas noites que Jennifer não me deixa dormir direito.Ultimamente ela tem tido certos desejos. Desejos bem peculiares mesmo: cherimólia e quando descobri que era uma fruta típica do Chile, pensei… fodeu, onde vou encontrar isso a essa hora da madrugada? Quase perdi o juízo tentando encontrar a tal iguaria. Mas para a minha felicidade conheci um turco que mora aqui em Nova York e o homem cultivava a tal fruta no seu quintal. Comprei pelo menos meia dúzia apenas para satisfazê-la e agora mais essa…— Por favor, Cris. Eu comi desses bombons quando era criança, quando o meu pai voltou da Suíça e ele me trouxe uma caixa cheia deles.Esse é o problema! Deus, onde vou encontrar o tal Noka balas suíças? Sério, estamos em Nova York, a quilômetros e quilômetros da Suíça.Isso é uma loucu
Cris — Safada! — sussurro na sua boca, mas ela solta uma risadinha baixa e esse som mexe com a minha libido, e rapidamente me mexo fazendo-a se deitar. Seguro nas suas pernas, as mantendo na lateral do meu corpo. — Linda e perfeita! — digo observando-a. É algo que amo muito fazer. O seu sorriso lindo se amplia e os seus olhos famintos brilham intensamente. Ela me quer. Constato e eu a quero muito. Puxo a sua calcinha e afasto a sua camisola de seda, passando a peça delicada pela sua cabeça. No ato, fito o seu corpo completamente nu. Seus seios estão mais fartos, seus quadris mais largos e tem uma ondulação perceptível na sua barriga. — Você não faz ideia do quanto está linda, Jenny! — sibilo, beijando preguiçosamente as suas pernas, uma se cada vez, passando por suas coxas, até chegar ao seu monte, passo um tempo ali, sentindo-a, experimentando-a, até alcançar a sua barriga e por fim, o vão entre os seus seios. E enquanto a minha língua serpenteia os seus bicos, os meus olhos encont
Cris— Estávamos pensando em ir para um hotel. — Thiago fala após uma conversa divertida pós jantar.— Nada de hotel! — rebato imediatamente. — Temos alguns quartos de hóspedes aqui e vocês podem ficar conosco.— Tem certeza, filho? — Papai questiona como se fosse a primeira vez que isso acontece.— Temos certeza, Senhor Ávila, fiquem conosco. — Jenny reforça o meu pedido. Nossos convidados trocam olhares e sorriem.— Ok, já que vocês insistem! — Vick parece satisfeita.— Tio, pode brincar na varanda? — Edu pergunta animado com o seu brinquedo novo nas mãos.— Na verdade, está na hora de ir para a cama, Edu. — Victória o segura nos braços, beijando as suas bochechas logo em seguida.— Ah, mamãe só um pouco! — Ele reclama
Cris— Por que não podemos ir direto para casa? — inquire pela terceira vez.— Porque quero te um dar um presente de aniversário.— Mais um? Você me deu cinco presentes de aniversário essa manhã, Cris, fora as flores e os chocolates. Cris eu estou cansada — resmunga.— Prometo que será rápido — insisto, mas ela bufa cruzando os braços feito uma garotinha mimada.E quer saber, e amo essas birras e esses nossos pequenos confrontos. Na verdade, eu amo essa mulher de todas as formas. Minutos depois, estaciono o carro na garagem de uma loja de roupas femininas. Minha esposa olha para a fachada luminosa com curiosidade. No entanto, saio do carro e seguro em sua mão, entrando no estabelecimento com pouco movimento em seguida.— O que é isso? — Dou de ombros.— Uma loja de roupas — digo o óbvio. Ela revira os olhos e eu tenho vontade de rir. — Que tal esse? — sugiro, mostrando-lhe um vestido de tecido macio, com alcinhas e de um tom verde. Ela olha a peça de cima a baixo e faz uma cara enjoa
JennyO julgamento de Rachel – Primeiro dia.Visto um terninho azul marinho por cima da blusa branca, deixo os meus cabelos soltos e ponho os óculos escuros. Me olho no espelho e levo a mão a gargantilha de abelhinha, outro dezoito, que ganhei dos meu país ainda bebê... Uma lembrança que tinha guardada a sete chaves por longos anos, porém nunca usei. Acho que esse é o melhor momento. Observo a imagem do objeto reluzente... É como se eles fizessem parte de tudo isso. Como se me acompanhasse até o julgamento.Solto um suspiro audível.Meus olhos vão para a imagem da garota que por fora parece frágil, mas que por dentro é capaz de derrubar um batalhão. Está na hora. Penso, pegando a bolsa de mão sobre a cama e saio do quarto. Falta pouco menos de meia hora para o início do julgamento. A sua condenação, será o maior presente de aniversário que eu já recebi na vida. Na sala encontro as pessoas que me darão forças, no momento em que eu pensar em enfraquecer... Em desabar...Respiro fundo, q