Cris— Oh, a Alice chegará em uma hora. — Dona Isabelly avisa nos deixando em polvorosa. — O seu pai e eu vamos buscá-la, então se comportem crianças. — Em resposta, Vick lança lhe um beijo no ar. Contudo, vou para o meu quarto tomar um banho e me preparar para essa noite.Após o meu pedido oficial de casamento, os meus pais decidiram comemorar com um jantar em família e depois, vamos para uma danceteria comemorar do nosso jeito. Não demora e eu tenho o vislumbre uma mesa ampla e arrumada com requinte para poucos convidados. Apenas a família Ávila, a Jenny e a Amber. Entretanto, quando a porta da frente se abre não seguro um sorriso largo e feliz.A minha loira está aqui conosco.— Cris! — Alice grita sem conter a sua alegria e ela corre para os meus braços sem pensar duas vezes. Como sempre, a recebo com muitos beijos fervorosos e logo é a vez da Vick mimá-la com seus carinhos. — Jenny! — A minha caçula abraça a minha noiva com comoção. — Meus parabéns pelo noivado!— Obrigada, Alice
Cris— Ela está certa, Senhor Ávila. Antes de sair do Brasil a Bianca assinou os papéis do divórcio. É certo que eu relutei durante todo esse tempo, mas diante das revelações desses últimos dias, não vejo por que continuar com esse casamento que na realidade, nunca existiu de fato.O meu pai troca olhares com a minha mãe e claro que o seu coração mole falará mais alto. Um sorriso da Sorvetinho diz muito para ele e vejo Daniel Ávila estender uma mão para o rapaz.— Bom, se é isso que ela quer. — Victória sorrio e o abraça fervorosamente.— Eu quero! Eu quero muito, papai!— Nesse caso… — Thiago fala e se ajoelha deixando a mulherada emocionada. — Victória Ávila, você aceita se casar comigo?— Sim! Sim! Sim! — É Alice quem se adianta empolgada, fazendo todos rirem.— Sim, eu aceito me casar com você! — Minha irmã sibila, ajoelhando-se na sua frente e eles se beijam.As palmas eufóricas de Alice arrancam mais risadas e logo estamos parabenizando o mais novo casal.***Na danceteria…— Eu
Cris— Ai meu Deus, acho que agora vai! — Vick retruca imperativa, deixando-me curioso e olho na mesma direção que ela.— Estou fazendo figa aqui — Lara cantarola cruzando os seus dedos e Jenny se ajeita em cima da sua cadeira, inclinando-se um pouco sobre a mesa, como se assistisse a um espetáculo. Sem ter muito o que fazer sigo o roteiro dos demais e me encosto na cadeira, cruzando os meus braços enquanto Amber e Adam conversam acaloradamente.— Olha só! — Jenny diz, abrindo um sorriso largo quando ele se aproxima ainda mais da garota. — Beija! Beija! Beija! — Ela vibra baixinho me fazendo encará-la. — O que? — indaga olhando-me com diversão.— Nada! — faço um gesto de desdém para ela.— Ai meu deus, ele beijou! — Minha noiva comemora me fazendo rir da sua alegria esfuziante.— Acho que ela vai devorá-lo só com a boca. — Vick ralha fazendo graça.Então algo acontece nos deixando completamente surpresos. Adam está ajoelhado aos pés de Amber e fazendo um pedido tosco de casamento.— U
Cris — Doutor G, mandou me chamar? — Amber pergunta adentrando o meu escritório e sem tirar os meus olhos do prontuário, aponto uma cadeira para ela. — Você fez o que eu te pedi? — Eu fiz e juro que estou bem empolgada. — Ergo a minha cabeça para encontrar o seu sorriso largo. — Contou para Jenny? — Não, mas ela precisa saber. — Faço um gesto presunçoso. — E ela vai! — Ela não veio hoje? — Virá em algumas horas. Tadinha, está estudando como um louca para os próximos exames. Minha cunhada sorri. — O que foi? — Você. — Arqueio as sobrancelhas. — O que tem eu? — Construiu uma ponte para ela passar. Ela não teria conseguido sem você, Cris… — Bobagem! A Jenny é muito inteligente… — Sim, ela é, mas as inseguranças dela sempre a faziam voltar atrás. Você não faz ideia do quanto ela era insegura. — Sim, eu fazia. Eu mesmo testemunhei. — Mas hoje, ela parece outra pessoa. A determinação e a confiança que ela tem é insuperável e foi você quem construiu essa ponte e a tirou de lá.
VickComo o amor penetra nos nossos corações? Você já se perguntou como isso acontece? Comigo ele veio de um jeito bem estranho, logo depois de uma discussão bem acalorada entre o meu irmão e seu arqui-inimigo Thiago Brandão. Eles gritaram um com o outro e depois se esmurraram. Contudo, eu estava maravilhada aquele homem e sabia que ele jamais me pertenceria, a final, estava casado e se dizia apaixonado por Bianca Cavalcante.Que destino cruel, hein?No fim, não fui socorrer o meu querido e amado irmão mais velho, ele já tinha gente demais ao seu lado para cuidar dele. Portanto, simplesmente peguei a minha bolsa e saí correndo de casa para ir ao encontro do meu… como eu devo chamar isso mesmo? Ciladas do destino, acho que isso se encaixa melhor.— Thiago? — O chamo após protelar por alguns bons minutos, balbuciando atrás dele e sem saber exatamente o que dizer. Quer dizer, o cara está chorando igual uma criança e eu nem sei dizer se isso é fofo ou se é triste demais. Homem que chora,
ThiagoEnquanto dirijo cegamente pelo trânsito caótico do Rio de Janeiro, só consigo pensar em pegar aquela vagabunda e bater nela até que ela não tenha mais forças para reagir. Estou puto de raiva. Como ela pôde fazer isso comigo? Como pode retribuir todo o amor que lhe dei com uma traição? As imagens de seis anos atrás invadem a minha mente. Eu e ela sentados de frente para a enorme piscina na casa dos Ávila, em uma festa de despedida. Porra, o lugar estava movimentado, todos os nossos amigos estavam lá e eu me lembro que estava perdidamente apaixonado pela garota mais bonita do colégio. Era o nosso último ano e eu comprei um anel para fazer o pedido de casamento. Eu sabia que a galera ia vibrar e o meu coração estava a ponto de sair pela boca.— Bianca? — Alguém a chamou e eu vi ali a minha chance. Aproveitei o instante que estava de costas para mim e me ajoelhei, abrindo a caixinha e revelando o solitário. Os burburinhos eufóricos a fizeram se virar de frente para mim. Eu abri um
ThiagoUma visão de arrombar os corações. Penso quando Cris Ávila surge usando um tubinho preto e uma bota de canos longos, em perfeita harmonia com os seus cabelos escuros e compridos, enquanto ela caminha na direção do meu carro. Assim que a garota se acomoda no banco do carona o seu perfume simplesmente me abraça e faz a minha cabeça rodopiar, mas são as suas coxas de fora que prendem o meu olhar.— Que bom que você me atendeu! — A sua voz melodiosa me faz fitar o seu rosto, encontrando um sorriso perfeito adornado por um batom vermelho escuro.— Obrigado por me ligar! — Seu sorriso se amplia.— Para onde vamos?— Para onde você quiser.— Ótimo! Está fazendo um pouco de calor, que tal uma água de coco.— Por mim tudo bem! — Ligo o motor e logo estou entrando no trânsito.— Então, me conta como você está?Respiro fundo.— Dentro de mim tem uma bagunça, sabe? Eu… não sei como agir e sinto falta do meu filho. Eu não mereço isso, Cris…— Eu sei que não. — O fato de ela segurar na minha
ThiagoMerda!Merda!Merda!Xingo mil vezes, andando de um lado para o outro da minha sala, enquanto os meus olhos correr vez ou outra para a escadaria que leva para o segundo andar. Após fazer sexo com a irmã do meu inimigo, ficamos parados e em silencio por alguns minutos até ela pedir para descer do balcão. Victória não me olhava nos olhos enquanto recolhia as suas roupas e eu comecei a me vestir.Sabia que isso era uma puta loucura. Por que eu nunca dou ouvidos a voz da razão?Agora estou aqui esperando-a descer as escadas, após ela sibilar baixinho que precisava de um banho.Seu imbecil! Rosno mentalmente, me condenando por me deixar levar por meus malditos extintos.… O que você quer, Thiago?… Precisamos conversar!… Não temos nada para conversar! Você assinou os papéis?… Bianca, eu quero ver o meu filho!… Estou morando com o Cris agora. Ele é o pai do Eduardo, então fique longe de nós dois!— A culpa é sua! — sibilo baixo e com amargor. — A culpa é sua! — esmurro um abajur q