Cris— Boa noite, Doutor Ávila, tem um Homem o aguardando no bar do hotel. — Uma recepcionista do meu prédio avisa assim que ponho os meus pés no hall.— Um Homem? Ele disse o nome?— É… o Senhor Brandão. — Meu sangue pulsa violentamente nas minhas veias só de ouvir esse sobrenome.— Obrigado, Valentina!— Por nada, Doutor!Sigo imediatamente para o bar luxuoso e assim que adentro o ambiente com suas luzes amareladas, o meu olhar corre pelo imenso balcão de madeira escura com um formato circular, parando em um homem de sentado em um banco alto e de costas para mim. À medida que me aproximo o observo cabisbaixo. Thiago Brandão não me parece nada bem. Contudo, aproximo-me ainda mais do balcão e após me acomodar no banco ao lado do seu, faço um gesto para o garçom, pedindo uma dose de
Cris— Que droga, Cris, eu não estou preparada para vê-los ainda! — exaspera se sentando na cama.— Tarde demais, Tempestade, eles estão aqui e provavelmente por causa do nosso bebê. — Abro bem os olhos.— Do nosso… bebê? — Arfo. — Mas, não íamos contar isso juntos? — inquire mais baixo agora.— Me desculpe, mas a Vick se adiantou e já espalhou a novidade para todo mundo.Ela bufa alto em resposta.— Não pode dizer que estou indisposta? Quer dizer…— Não seja covarde, namorada!— Por favor! — Ela une as mãos me fazendo rir e no ato, a beijo calidamente.— Você é a minha tempestade, certo? — Jenny meneia a cabeça em confirmação. No entanto, ela respira fundo. — E é a garota mais corajosa que eu já conheci no mundo inteiro.— No mundo inteiro? — Seus olhos brilham e meu sorriso se alarga. — Hum, você tem razão, que mal pode acontecer, certo? — pergunta firme, mas posso sentir o seu receio.— Certo! — Volto a beijá-la. Portanto ela salta para fora da cama e corre para o closet, saindo de
Cris— Ah, mas eles são lindos Vick! — Escuto minha mãe dizer, enquanto admira os presentes da tia Vick. Entretanto, troco olhares com a minha namorada, abrindo um sorriso para elas.— Não vejo a hora de segurá-la nos meus braços! — Alice diz na chamada de vídeo e resolvo aparecer na frente da tela do celular para me meter na conversa delas. — Olha você! — Ela cantarola e os seus lindos olhos começam a brilhar. — Meus parabéns, papai do ano!— Obrigado, maninha e meus parabéns, titia!—Ah, eu estou tão feliz por vocês! — Sorvetinho sibila se aproximando e no ato, ela beija o meu rosto, apertando as minhas bochechas.— Pronto, Cris, agora ela não larga mais do seu pé. — Alice brinca e todos riem. — Quando vocês vêm aqui? Sabe que não posso ir visitá-los por causa das aulas. Estou morrendo de saudades!Olho para Jenny, porém, ela dá de ombros.— Acho que nas nossas férias — resmungo.— E isso vai demorar?— Só um pouco, Alice. — Jenny responde se aproximando.— Nossa, como é chato é ado
Cris— Cris? — Bianca fala assim que atende a porta.— Oi, Bianca! — respondo-lhe com naturalmente. Ela sorri.— Entre, por favor! — pede me dando espaço, porém, não o suficiente, permitindo-me sentir o seu perfume. Faço descaso dessa sua atitude e adentro a ampla sala de visitas.— Sente-se, por favor! — Ela pede. Olhos as horas.— Não, obrigado, eu estou com pressa.— Ele está lá em cima, Cris. Pedi para babá ir arrumá-lo, eles devem descer em alguns minutos.— Claro.— Disse que precisava falar comigo? — Seu sorriso se amplia.— Sim, é sobre o Thiago.— Ah! — Ela parece frustrada. — Por que não se senta um pouco enquanto conversamos? — sugere, apontando um sofá e sem ter o que fazer, faço o que me pede. Bianca se senta do meu lado e frente para mim, olhando-me nos olhos. — E então?— Ele me procurou Bianca — falo e seus olhos vacilam um pouco.— Ele está aqui em Nova York?— Sim e ele está desesperado. Ele quer ver o menino e…— Não Cris! — Bianca exaspera, ficando de pé. — Esse é
Cris***— Oh meu amor, alguma notícia? — Jenny pergunta assim que entra na sala de espera e no ato, ela me abraça apertado.— Ainda não.— E o Thiago? — Mamãe pergunta.— Eles estão lá dentro.— Oh, mamãe! — Vick sibila chorosa, abraçando a nossa mãe e começa a chorar.— Vai ficar, filho! — Papai fala me abraçando e suspiro alto.— Mas como isso aconteceu? — Sorvetinho inquire ainda abraçada a minha irmã.— Eu não sei, ainda estou confuso. Eu… pus o meu filho no banco de trás e enquanto discutia a Bianca o Thiago entrou no carro e sequestrou o meu filho.— Ah, que droga!— Ele parecia um louco no trânsito — lamento.— Quem são os parentes de Thiago?— A família dele está no Brasil, mas sou uma… amiga. — Vick fala trocando olhares comigo.— Ele está bem, teve apenas algumas escoriações leves e o fato dele ter desmaiado durante o acidente é uma reação normal do corpo.— Eu posso vê-lo agora, doutor? — Minha irmã pede um tanto ansiosa.— É claro, ele está no primeiro quarto do segundo c
Jenny— Você está bem, querida?Sinto o suave toque da minha irmã nos meus ombros quando ela se aproxima atrás de mim, despertando-me de uma linda viagem no tempo, assim que adentro a sala de visitas da mansão Reinhold. Puxo a respiração, enquanto aperto os meus olhos para dispersar as lágrimas que insiste em cair. Contudo, eu consigo ouvir os sons dessa casa e sorrio quando uma vaga lembrança dos meus pais dançando nesse lugar preenche a minha mente.— Eu estou bem, Amber! — sussurro de volta, segurando na sua mão sobre o meu ombro. — É que… havia me esquecido dos momentos felizes que vivi aqui.— Eu imagino.— Tudo ficou tão negro quando Rachel pôs os seus pés aqui dentro.— O que tem caixas? — Minha irmã se afasta e com curiosidade ela abre uma das caixas que está pela sala.— Coisas que estavam no sótão.— Quinquilharias, você quer dizer. — Ela resmunga me fazendo rir. Oh, essa era você?— Sim, eu devia ter meses nessa foto.— Você era muito fofa!— Gordinha você quer dizer — ralh
Jenny— Senhorita Reinhold, esses são os senhor e Senhora Smith e eles estão bastante interessados na sua mansão.— É um prazer conhecê-los! Essa é a Amber Reinhold, minha irmã.— Prazer! — Amber os cumprimenta e após uma curta conversa formal, o corretor põe os contratos em cima da mesa. Algumas assinaturas e pronto, está pronta para abandonar o meu passado. — Eu não entendi, qual o valor da mansão?— Cento e oitenta e sete milhões, duzentos e cinquenta e sete mil dólares. — Minha irmã se engasga antes mesmo de ligar o motor do carro.— Já sabe o que vai fazer com todo esse dinheiro?—Parte dele é seu, Amber…— Nem pensar!— Como assim, você é a minha única família no momento. — Ela ergue as mãos.— Primeiro vãos pensar em algo útil para fazer com ele e depois voltamos a falar sobre dividir.— Por mim tudo bem.— Nossa, chega fiquei gelada com essa história de herança e dinheiro sem fim! — Rio, meneando a cabeça. — Para onde vamos agora?— Tem um quiosque na beira da praia. Marquei c
Jenny— Ele nunca disse nada porque era novato no hospital, mas quando mostrei a foto de Rachel, ele não teve dúvidas. Disse que foi algo que sempre o incomodou.— Então Rachel matou mesmo a minha mãe. — Amber sussurra.— Não só a sua, Amber. — Kaio diz e eu o encaro.— A perícia do carro mostra que os freios foram cortados. Não foi um acidente realmente, você estava certa. Mas não temos como provar que foi ela. O carro passou por uma revisão um dia antes da viagem e a pessoa que fez a revisão está morta.— Oh meu Deus! — Sinto-me dentro de redemoinho que só me puxa para baixo, me sufocando, levando-me para dentro de uma escuridão sem fim. Angustiada me levanto e caminho apressada para o calçadão— Você está bem? — Cris pergunta abraçando-me por trás.Eu sei que fui eu quem quis cavar a fundo e descobrir o centro de toda a verdade, mas ter a certeza de que minha mãe foi realmente assassinada não está sendo fácil para mim.— Eu vou ficar bem! — digo, encostando-me ao seu corpo e puxo u