Cris— Cris? — Bianca fala assim que atende a porta.— Oi, Bianca! — respondo-lhe com naturalmente. Ela sorri.— Entre, por favor! — pede me dando espaço, porém, não o suficiente, permitindo-me sentir o seu perfume. Faço descaso dessa sua atitude e adentro a ampla sala de visitas.— Sente-se, por favor! — Ela pede. Olhos as horas.— Não, obrigado, eu estou com pressa.— Ele está lá em cima, Cris. Pedi para babá ir arrumá-lo, eles devem descer em alguns minutos.— Claro.— Disse que precisava falar comigo? — Seu sorriso se amplia.— Sim, é sobre o Thiago.— Ah! — Ela parece frustrada. — Por que não se senta um pouco enquanto conversamos? — sugere, apontando um sofá e sem ter o que fazer, faço o que me pede. Bianca se senta do meu lado e frente para mim, olhando-me nos olhos. — E então?— Ele me procurou Bianca — falo e seus olhos vacilam um pouco.— Ele está aqui em Nova York?— Sim e ele está desesperado. Ele quer ver o menino e…— Não Cris! — Bianca exaspera, ficando de pé. — Esse é
Cris***— Oh meu amor, alguma notícia? — Jenny pergunta assim que entra na sala de espera e no ato, ela me abraça apertado.— Ainda não.— E o Thiago? — Mamãe pergunta.— Eles estão lá dentro.— Oh, mamãe! — Vick sibila chorosa, abraçando a nossa mãe e começa a chorar.— Vai ficar, filho! — Papai fala me abraçando e suspiro alto.— Mas como isso aconteceu? — Sorvetinho inquire ainda abraçada a minha irmã.— Eu não sei, ainda estou confuso. Eu… pus o meu filho no banco de trás e enquanto discutia a Bianca o Thiago entrou no carro e sequestrou o meu filho.— Ah, que droga!— Ele parecia um louco no trânsito — lamento.— Quem são os parentes de Thiago?— A família dele está no Brasil, mas sou uma… amiga. — Vick fala trocando olhares comigo.— Ele está bem, teve apenas algumas escoriações leves e o fato dele ter desmaiado durante o acidente é uma reação normal do corpo.— Eu posso vê-lo agora, doutor? — Minha irmã pede um tanto ansiosa.— É claro, ele está no primeiro quarto do segundo c
Jenny— Você está bem, querida?Sinto o suave toque da minha irmã nos meus ombros quando ela se aproxima atrás de mim, despertando-me de uma linda viagem no tempo, assim que adentro a sala de visitas da mansão Reinhold. Puxo a respiração, enquanto aperto os meus olhos para dispersar as lágrimas que insiste em cair. Contudo, eu consigo ouvir os sons dessa casa e sorrio quando uma vaga lembrança dos meus pais dançando nesse lugar preenche a minha mente.— Eu estou bem, Amber! — sussurro de volta, segurando na sua mão sobre o meu ombro. — É que… havia me esquecido dos momentos felizes que vivi aqui.— Eu imagino.— Tudo ficou tão negro quando Rachel pôs os seus pés aqui dentro.— O que tem caixas? — Minha irmã se afasta e com curiosidade ela abre uma das caixas que está pela sala.— Coisas que estavam no sótão.— Quinquilharias, você quer dizer. — Ela resmunga me fazendo rir. Oh, essa era você?— Sim, eu devia ter meses nessa foto.— Você era muito fofa!— Gordinha você quer dizer — ralh
Jenny— Senhorita Reinhold, esses são os senhor e Senhora Smith e eles estão bastante interessados na sua mansão.— É um prazer conhecê-los! Essa é a Amber Reinhold, minha irmã.— Prazer! — Amber os cumprimenta e após uma curta conversa formal, o corretor põe os contratos em cima da mesa. Algumas assinaturas e pronto, está pronta para abandonar o meu passado. — Eu não entendi, qual o valor da mansão?— Cento e oitenta e sete milhões, duzentos e cinquenta e sete mil dólares. — Minha irmã se engasga antes mesmo de ligar o motor do carro.— Já sabe o que vai fazer com todo esse dinheiro?—Parte dele é seu, Amber…— Nem pensar!— Como assim, você é a minha única família no momento. — Ela ergue as mãos.— Primeiro vãos pensar em algo útil para fazer com ele e depois voltamos a falar sobre dividir.— Por mim tudo bem.— Nossa, chega fiquei gelada com essa história de herança e dinheiro sem fim! — Rio, meneando a cabeça. — Para onde vamos agora?— Tem um quiosque na beira da praia. Marquei c
Jenny— Ele nunca disse nada porque era novato no hospital, mas quando mostrei a foto de Rachel, ele não teve dúvidas. Disse que foi algo que sempre o incomodou.— Então Rachel matou mesmo a minha mãe. — Amber sussurra.— Não só a sua, Amber. — Kaio diz e eu o encaro.— A perícia do carro mostra que os freios foram cortados. Não foi um acidente realmente, você estava certa. Mas não temos como provar que foi ela. O carro passou por uma revisão um dia antes da viagem e a pessoa que fez a revisão está morta.— Oh meu Deus! — Sinto-me dentro de redemoinho que só me puxa para baixo, me sufocando, levando-me para dentro de uma escuridão sem fim. Angustiada me levanto e caminho apressada para o calçadão— Você está bem? — Cris pergunta abraçando-me por trás.Eu sei que fui eu quem quis cavar a fundo e descobrir o centro de toda a verdade, mas ter a certeza de que minha mãe foi realmente assassinada não está sendo fácil para mim.— Eu vou ficar bem! — digo, encostando-me ao seu corpo e puxo u
Jenny— Você não me parece bem! — Cris sibila depois de um longo tempo em silêncio, enquanto ele dirige para o seu apartamento.— Eu vou ficar bem — O respondo sem tirar os meus olhos do lado de fora. Contudo, não estou olhando para nada, apenas estou absorvendo todas as informações que acabei de receber.Como alguém pode ser tão maquiavélico ao ponto de destruir vidas e não sentir um mínimo de remorso? Rachel viveu e conviveu comigo por todos esses anos e ela sequer demonstrou qualquer afinidade, ou dor, nem mesmo misericórdia. Uma mulher fria, calculista e ambiciosa, disposta a tudo para ter o que quer.— Jenny, estou preocupado com você! — Ele diz segurando na minha mão. Entretanto, o seu calor penetra a minha pele, a aquece com suavidade e me sinto relaxar ao seu toque.— Eu só… estou pensando.O carro finalmente para na garagem do seu prédio e sem pensar duas vezes ele se livra do cinto de segurança, contorna o veículo e abre a porta para mim, ajudando-me a me livrar do meu cinto
JennyDois dias depois...— Para onde está me levando, Cris? — pergunto um tanto ansiosa.Ok, eu nunca fui muito fã de surpresas, até porque as surpresas da vida eram sempre desagradáveis. Mas sei que com o Cris é diferente porque as suas surpresas sempre me fazem feliz. — Estou te levando para o lugar onde tudo começou para nós. — Ele responde sem tirar os seus olhos do trânsito.Suspiro, enquanto forço a minha memória.Onde tudo começou? Me pergunto e os meus pensamentos me levam para momentos inesquecíveis do nosso romance.Ah! Penso com um estralo.— Quer dizer, não é o mesmo lugar em si, mas ele simboliza o nosso início.Oh, agora ele me confundiu!— Ok, é… e isso tem a ver com esse vestido branco? — Tento arrancar mais pistas dele.— Um pouco.— Assim você não está me ajudando! — ralho, levando uma mão para a venda nos meus olhos.— Nada disso, mocinha, não vale bisbilhotar!Bufo audivelmente.— Ok, é… estamos indo sempre em linha reta e esse cheiro é da maresia, certo?— O que
Amber Toda criança sonha em ter uma família completa e cheia de amor. Eu não fui tão diferente das demais, embora, tive o meu pai presente por sei anos. Depois, a minha tia Anne proveu todas minhas necessidades tanto de amor, carinho e afeto, como das coisas materiais. Mas devo admitir, isso não funcionou para mim. Eu sempre quis mais e foi por isso que comecei a investigar a vida do meu pai. É claro que tive uma grande surpresa. Eu tinha uma irmã, gente! E a queria para mim. Aproximar-me de Jennifer Reinhold não foi a parte mais complicada do meu plano e sim ter que vê-la sofrer à míngua todos os dias as dores de um passado de maus tratos, abandono e uma m*****a lavagem cerebral que a fez desacreditar dela mesma. — Bom dia, Doutora Parker, a Doutora Hale a aguarda na sala de triagem! — Ah, obrigada, enfermeira! Como estava dizendo, a Jen é uma garota diferente e conquistá-la foi a coisa maus fácil do mundo. Ela só precisava de um pouco de carinho e atenção, e claro, aquele sorr