Alexia.
Os enjoos estão me matando e a decepção nem preciso comentar. Faz três semanas que não vejo Durval e muito menos converso com ele.
Se me sinto magoada por ele ter tomado as próprias decisões e nem mesmo ter se despedido? É claro que sim, mas o entendo e não o julgo. Bom, talvez julgue por sentir sua falta, mas são somente nos momentos de extrema raiva e por fim sei que ele está apenas me protegendo.
Confesso que não é fácil lidar com tudo isso, não é fácil sorrir e se manter forte perante as pessoas que estão ao meu lado. Muito menos viver em um apartamento no centro de Londres onde tudo me lembra ele, mas nada tem seu cheiro ou suas características.
Sei que isso soa estranho e mesquinho da minha parte, mas essa é a realidade. Tudo neste apartamento é tão parecido com nossa casa,
— Estou ansiosa para saber o sexo. — Ela confessa.— Eu também estou. — Sorrio a observando, mas logo me sinto um pouco chateada, porém procuro não demonstrar.— E você? Como se sente? Meu marido está radiante, mas cheio de inseguranças. — Ela se volta para Matheo e o mesmo a observa constrangido.— Ah, não... — Sorrio. — Ele está apenas me acompanhando.— Ah, me desculpe! — Ela sorri constrangida ao perceber o erro que cometeu.— Tudo bem. — Tento confortá-la.— Se te conforta, também me sinto ansioso. — Matheo sussurra somente para mim com um suave sorriso no rosto.Volto minha atenção para ele e meus olhos se enchem de lágrimas.— Eu sei que não deveria, mas você é como uma irmã, então ele é meu sobrin
Bônus Samuel Rizzon— Silêncio. — O Juiz bate o martelo e o som cala a todos que estava na sala.— Meritíssimo o meu cliente já passou transtornos demais em todos esses anos, peço que o senhor Tales pense melhor em suas acusações errôneas, sendo que as provas são claras contra o senhor Fatine. — Peço educadamente ao Juiz.— Isso é um absurdo, meritíssimo! Todos nós sabemos que Nikolay encobriu a verdade sobre a morte da esposa. — Tales ataca novamente sem ser chamado.— Silêncio, Tales. — O juiz Carter ordena. — Se interromper mais uma vez o senhor Samuel pedirei para que saia e esfrie um pouco a cabeça.Tales se cala imediatamente, pois sabia que Carter não tolerava desordem e desrespeito em suas audiências. Apesar de ser jovem e ter ingressado como Juiz a pouco men
Durval— Vista. — Um dos guardas joga um macacão azul em minhas mãos me empurrando com a arma em direção aos banheiros.Em silêncio faço o que é ordenado, mesmo contra a minha vontade. Não me agrada estar aqui, mas preciso.Entrego meus pertences aos guardas e sou barrado por uma mão em meu peito. Observo o braço do homem que impede meu caminho até chegar em seus olhos.— Você é apenas um ex-policial falido que destruiu a vida de um delegado honrado, não ache que terá regalias aqui dentro. — Ele fecha as mãos no meu macacão me ameaçando.Continuo o observando em silêncio e contenho minha vontade de rir. Não vou criar inimizades, não tão cedo.— Às suas ordens, senhores. — Sigo o caminho que um segundo homem me indica.— V
Durval.Encosto a cabeça na parede e respiro profundamente observando o escuro. Já perdi as contas dos dias que estou aqui, mas o silêncio me conforta, porém, minha mente me destrói.Insegurança, dúvida e medo foi algo que nunca tive em minha vida depois da morte de Lana, mas com a chegada de Alexia, vivo em uma constante roda gigante que me leva a todos esses sentimentos que ignoro por anos.Não sei o que será de nós depois que eu sair daqui e isso me assusta. Faz mais de meses que não tenho notícias dela e não sei como as coisas estão lá fora, mas meu papel aqui dentro está sendo cumprido e certos sacrifícios são necessários.O único problema é que não aceito o fato desse sacrifício ser a distância de Alexia. Se eu mereço isso, porra, eu mereço. A deixei sozin
Alexia.— Vamos lá, Alexia! Você é mais forte do que isso. — Matheo pula de um lado para o outro sobre o tapete da sala com uma disposição que não sei de onde vem.— Matheo, vamos com calma, minha barriga está pesada. — Apoio a mão na lombar e na barriga.— Hoje não podemos treinar tiro, está chovendo. — Matheo aponta para a janela.— Vocês dois. — Valentina aparece na porta gritando. — A janta está quase pronta, vão tomar banho.— Não terminamos Valentina, essa preguiçosa barriguda está me enrolando. — Matheo me acusa descaradamente.— Preguiçosa barriguda? — Apoio a mão na boca chocada.— Duas crianças. — Ela balança o pano de prato. — Andem, estou mandando. O senhor me deixou respons&a
Alexia.Se as coisas estão fáceis? Não, elas não estão.Durval faz mais falta do que quero demonstrar e todos os dias faço questão de reler sua carta para que meu coração se acalme um pouco. Minha gravidez está chegando ao fim e nosso bebê está prestes a nascer sem um pai presente.Matheo me deixa no escuro sobre tudo o que acontece, não importa quantas vezes eu pergunte ou que eu faça. Ele simplesmente muda de assunto e pede para que eu tenha paciência, mas minha paciência já está se esgotando e eu estou realmente cansada de tudo isso.Passo a mão em minha barriga que cresceu bastante nas últimas semanas e respiro profundamente tentando manter a calma. O médico disse que não é bom para mim e nem para Olívia essa ansiedade acumulada, mas não tenho muito o que fazer &eac
Durval— Não acredito que posso usar meus ternos e chapéu novamente. — Bato a mão no sobretudo empoeirado, me sentindo satisfeito por ter tirado aquele macacão chamativo e exagerado.Arrumo meu chapéu sobre a cabeça e respiro profundamente me sentindo em paz.— Como é bom estar de volta. — Abotoo meu sobretudo.— Tenho uma novidade para você. — Samuel sorri me observando.— Novidade, espero que seja boa. — Caminho em direção a saída e vejo Theodoro no volante da BMW.— Theodoro? Não era ele quem eu esperava. — Bato a mão na aba do chapéu suspirando.— Eu só vim assinar os papéis. — Samuel sorri. — Mas fiquei sabendo que você já é pai e confesso que esse é o melhor presente que podemos ter. — Seus olh
Alguns dias depois...Durval Quando você provoca seu inimigo não precisa de muito para tê-lo em suas próprias mãos. Ele mesmo chega até você.Sorrio ao observar a tatuagem da silhueta de um leão no braço esquerdo de Teddy.— Ora. — O observo sorrindo. — Não era você quem estava me seguindo? — O observo com a sobrancelha arqueada e ele se mantém calado.Caminho ao redor da cadeira e o barulho dos meus sapatos ecoam pelo salão vazio.Observo Teddy com cuidado e procuro analisar cada detalhe de seu corpo imaginando como posso torturá-lo. O alicate sobre a bancada me chama atenção e pondero se deveria começar com seus dentes ou unhas.— Devo começar com seus dentes? — Pergunto com calma segurando o alicate em mãos. — Ou un