Ela sorriu largamente, como há algum tempo não fazia. De alguma forma, dançar havia liberado a tensão que estava vivendo nos últimos dias. Fernando aproximou-se um pouco mais e tão levemente que pareceu não ter acontecido, acariciou o rosto dela.
— Você é linda. – Disse baixinho.
— Você já disse. – Respondeu no mesmo tom. – Você também é.
— E ainda tenho covinhas – Ele respondeu se aproximando um pouco mais.
— Sim.... Ainda tem covinhas....
Ela sabia o que iria acontecer, estava claro. Ele já estava próximo demais e seu corpo se inclinava sobre o dela, anunciando o beijo. Claro que ela poderia dar um passo para trás e recusar. Poderia sorrir e agradecer educadamente o interesse, mas não havia um único motivo real para que agisse dessa forma. Fernando era um homem lindo e at
O som alto da porta da frente batendo a assustou, Cris riu ainda com os lábios tomados pelos lábios de Fernando, que a beijava como se sua sobrevivência dependesse daquele contato. Agora em pé e tão próxima, ela via o quanto era pequena perto dele. O seu corpo estava totalmente envolvido por ele. Seus braços a puxavam para si, tomando posse dela deliciosamente. Cris gemia sentindo o corpo reagir aos toques dele. Ele gemia nos lábios dela, arqueando seu corpo, pressionando seu quadril, querendo penetrá-la novamente. Caminharam pelo corredor em meio a beijos e peças de roupas sendo arrancadas em desespero, deixadas pelo chão. Outra porta se abriu revelando o quarto de Fernando, mas não estavam prestando atenção ao ambiente.— Nossa Cris.Fernando se afastou o suficiente para olhar o corpo nu de Cris. Seus olhos revelavam não somente o desejo ardente que estava n&
Intensidade definia os últimos dias de Cris. Havia um homem do outro lado do mundo, que lhe cobria com as mensagens mais intensas. Apenas com palavras era capaz de fazer seu corpo explodir de prazer. À sua frente um homem lindo, que conhecia a menos de 24 horas e ainda assim a preenchia de forma arrebatadora. Não conseguiu conter o sorriso que se espalhou em seus lábios olhando-o. Era incrível o misto de sensualidade e infantilidade que havia em cada gesto de Fernando. Mesmo ele indo até sua casa, ter invadido o seu espaço sem se dar ao trabalho de ligar para saber se ela queria receber visitas, ainda assim, a presença dele ali naquela noite, parecia muito certo.— Espero que essa sacola esteja repleta de coisas muito gostosas!Cris se afastou dando passagem para ele e achou que o sorriso que ele lhe dava poderia machucar suas bochechas. Fernando nem ao menos pensou em recusar o convite silencioso para entra
Fernando ainda não entendia como uma simples sexta feira em uma casa noturna em que estava todos os finais de semana, poderia mudar todos os seus planos. Sabia que Eduarda traria algumas amigas e a princípio não viu nada de mais em nenhuma delas. Eram mulheres bonitas, mas não uma beleza que despertasse sua atenção. Só quando realmente a olhou, sentada naquele sofá, com cara de poucos amigos, que conseguiu se deliciar com a imagem. O vestido vermelho marcando o contorno dos seios, descendo pelo corpo até a altura do joelho, era elegante e incrivelmente sexy. A forma como seus olhos se apertavam para tentar, talvez, evitar um desconforto com o lugar a deixava também sexy. Não se conteve e assim que sentou-se ao lado dela, oferecendo uma bebida, sentiu seu perfume dominar a mente. Naquele momento teve a certeza de que a queria. E a teve.Cris era tão louca quando ele e o humor elevado, combinand
Patrícia levantou-se animada. Andava pela sala de um lado para o outro, colocando ainda mais glamour a ideia fantasiosa de Eduarda. Fernando encarava Cris que tentava segurar o riso e a forma como os lábios dela se contraiam, nessa tentativa, o enlouquecia.— Quero te beijar. – Ele sussurrou somente para ela o ouvir.— Comporte-se. – Devolveu no mesmo tom.— Ok... então é isso. – Eduarda que não tinha tirado os olhos dos dois desde que lera o bilhete, deu por encerrada a reunião – Patrícia, deixe tudo em nossas mãos, sábado a festa do seu bebê, fará o pequeno príncipe morrer de inveja.— É somente isso que desejo.E assim as duas saíram da sala de reunião, após uma despedida rápida e promessas de um super aniversário para alguém de um ano. Fernando a olhava e seus olhos a
— Fernando – Ela disse ofegante enquanto se ajeitava – Você ainda vai me causar encrenca.— Isso seria ruim? – Quis saber enquanto arrumava a camisa e fechava a calça.Cris o olhou séria por alguns segundos, sem nada dizer. Permitiu-se pensar em sua vida adulta e como ela somente sobrevivia, sendo só mais uma em meio à multidão que a cercava, cheia de traumas e nos ombros o peso de um passado sombrio e doloroso. Ela então sorriu para ele e aproximou-se colocando-se na ponta dos pés, selou seus lábios aos dele antes de responder.— Não Fernando, isso não seria nada ruim.Os olhos de Fernando ganharam vida e se iluminaram com mil momentos que ele já havia projetado em sua mente, mas que agora via a sua frente a possibilidade de acontecer.— Vai fazer o que amanhã à noite? – Quis saber.— A
As 21:06 Cris atravessava a portaria, indo ao encontro de Fernando, que estava parado do lado de fora de seu carro. A visão que ele lhe proporcionava fez Cris salivar de desejo. Vestido com uma calça jeans escura e uma camisa social branca com as mangas compridas dobradas e os primeiros botões abertos, os cabelos molhados e despenteados da forma mais sexy que um cabelo desarrumado poderia ser. Ele era naquele momento, sem dúvida alguma, o sonho de consumo de muitas mulheres.— CA.RA.LHO!!! – Ele falou alto enquanto Cris se aproximava – Você está enlouquecedora.Ela sorriu. Sabia o quanto estava linda e havia investido para levar Fernando a loucura somente com o olhar. O vestido vinho de gola alta e mangas 7/8, descia marcando cada curva de seu corpo até alguns centímetros abaixo dos joelhos. O scarpin preto de salto agulha combinava perfeitamente com a carteira elegante da mesma cor que Cris levav
Ele ainda estava parado na porta quando Cris acionou o Ipod. Um som sexy e envolvente tomou todo o apartamento. Seu corpo movia-se com sensualidade, arrancando de Fernando gemidos guturais. Estava de costas, movendo o quadril, atiçando o desejo dele, quando ouviu o barulho alto da porta se fechando e em seguida sentiu as mãos quentes dele deslizar sobre sua bunda. Ela virou-se, levando as mãos ao peito dele e o empurrou contra o sofá, fazendo com que se sentasse.— Não pode me tocar sem a minha permissão Sr. Fernando. – Disse em um sussurro o repreendendo.- Onde está a minha Cris? – Ele disse em meio ao riso – O que fez com ela?Cris sorriu virando-se e devagar rebolou sentando-se no colo dele. Movia-se no ritmo da música, roçando sobre o pênis ereto de Fernando.— Está me deixando louco Cris.A voz saiu anasalada e o autocontrole dele se perd
Os dias aconteciam de forma leve para Cris e Fernando. Estavam juntos a todo o momento e até mesmo nos eventos programados por Cris e sua equipe. Ela conseguia um jeito de apresentar o seu trabalho de fotógrafo, fechando assim, quase todas as festas juntos. Estavam sempre no apartamento de Cris ou na casa dele.Algo passou acontecer com mais frequência, despertando a curiosidade de Cris, que agora, estava sempre atenta para a troca de olhares entre Fernando e Eduarda. Não que ela desconfiasse da amiga, isso jamais. Sabia também que traição não era algo admissível para Fernando, mas eles sempre estavam se olhando de forma ressentida, como se um estivesse contrariando o outro de alguma forma. Cris já havia tentado algumas vezes entrar no assunto, mas os dois sempre faziam de tudo para deixar de ser o centro da atenção naquele momento, então Cris também sempre deixava passar.