Fernando ainda não entendia como uma simples sexta feira em uma casa noturna em que estava todos os finais de semana, poderia mudar todos os seus planos. Sabia que Eduarda traria algumas amigas e a princípio não viu nada de mais em nenhuma delas. Eram mulheres bonitas, mas não uma beleza que despertasse sua atenção. Só quando realmente a olhou, sentada naquele sofá, com cara de poucos amigos, que conseguiu se deliciar com a imagem. O vestido vermelho marcando o contorno dos seios, descendo pelo corpo até a altura do joelho, era elegante e incrivelmente sexy. A forma como seus olhos se apertavam para tentar, talvez, evitar um desconforto com o lugar a deixava também sexy. Não se conteve e assim que sentou-se ao lado dela, oferecendo uma bebida, sentiu seu perfume dominar a mente. Naquele momento teve a certeza de que a queria. E a teve.
Cris era tão louca quando ele e o humor elevado, combinand
Patrícia levantou-se animada. Andava pela sala de um lado para o outro, colocando ainda mais glamour a ideia fantasiosa de Eduarda. Fernando encarava Cris que tentava segurar o riso e a forma como os lábios dela se contraiam, nessa tentativa, o enlouquecia.— Quero te beijar. – Ele sussurrou somente para ela o ouvir.— Comporte-se. – Devolveu no mesmo tom.— Ok... então é isso. – Eduarda que não tinha tirado os olhos dos dois desde que lera o bilhete, deu por encerrada a reunião – Patrícia, deixe tudo em nossas mãos, sábado a festa do seu bebê, fará o pequeno príncipe morrer de inveja.— É somente isso que desejo.E assim as duas saíram da sala de reunião, após uma despedida rápida e promessas de um super aniversário para alguém de um ano. Fernando a olhava e seus olhos a
— Fernando – Ela disse ofegante enquanto se ajeitava – Você ainda vai me causar encrenca.— Isso seria ruim? – Quis saber enquanto arrumava a camisa e fechava a calça.Cris o olhou séria por alguns segundos, sem nada dizer. Permitiu-se pensar em sua vida adulta e como ela somente sobrevivia, sendo só mais uma em meio à multidão que a cercava, cheia de traumas e nos ombros o peso de um passado sombrio e doloroso. Ela então sorriu para ele e aproximou-se colocando-se na ponta dos pés, selou seus lábios aos dele antes de responder.— Não Fernando, isso não seria nada ruim.Os olhos de Fernando ganharam vida e se iluminaram com mil momentos que ele já havia projetado em sua mente, mas que agora via a sua frente a possibilidade de acontecer.— Vai fazer o que amanhã à noite? – Quis saber.— A
As 21:06 Cris atravessava a portaria, indo ao encontro de Fernando, que estava parado do lado de fora de seu carro. A visão que ele lhe proporcionava fez Cris salivar de desejo. Vestido com uma calça jeans escura e uma camisa social branca com as mangas compridas dobradas e os primeiros botões abertos, os cabelos molhados e despenteados da forma mais sexy que um cabelo desarrumado poderia ser. Ele era naquele momento, sem dúvida alguma, o sonho de consumo de muitas mulheres.— CA.RA.LHO!!! – Ele falou alto enquanto Cris se aproximava – Você está enlouquecedora.Ela sorriu. Sabia o quanto estava linda e havia investido para levar Fernando a loucura somente com o olhar. O vestido vinho de gola alta e mangas 7/8, descia marcando cada curva de seu corpo até alguns centímetros abaixo dos joelhos. O scarpin preto de salto agulha combinava perfeitamente com a carteira elegante da mesma cor que Cris levav
Ele ainda estava parado na porta quando Cris acionou o Ipod. Um som sexy e envolvente tomou todo o apartamento. Seu corpo movia-se com sensualidade, arrancando de Fernando gemidos guturais. Estava de costas, movendo o quadril, atiçando o desejo dele, quando ouviu o barulho alto da porta se fechando e em seguida sentiu as mãos quentes dele deslizar sobre sua bunda. Ela virou-se, levando as mãos ao peito dele e o empurrou contra o sofá, fazendo com que se sentasse.— Não pode me tocar sem a minha permissão Sr. Fernando. – Disse em um sussurro o repreendendo.- Onde está a minha Cris? – Ele disse em meio ao riso – O que fez com ela?Cris sorriu virando-se e devagar rebolou sentando-se no colo dele. Movia-se no ritmo da música, roçando sobre o pênis ereto de Fernando.— Está me deixando louco Cris.A voz saiu anasalada e o autocontrole dele se perd
Os dias aconteciam de forma leve para Cris e Fernando. Estavam juntos a todo o momento e até mesmo nos eventos programados por Cris e sua equipe. Ela conseguia um jeito de apresentar o seu trabalho de fotógrafo, fechando assim, quase todas as festas juntos. Estavam sempre no apartamento de Cris ou na casa dele.Algo passou acontecer com mais frequência, despertando a curiosidade de Cris, que agora, estava sempre atenta para a troca de olhares entre Fernando e Eduarda. Não que ela desconfiasse da amiga, isso jamais. Sabia também que traição não era algo admissível para Fernando, mas eles sempre estavam se olhando de forma ressentida, como se um estivesse contrariando o outro de alguma forma. Cris já havia tentado algumas vezes entrar no assunto, mas os dois sempre faziam de tudo para deixar de ser o centro da atenção naquele momento, então Cris também sempre deixava passar.
Por dias o celular de Cris anunciou as ligações desesperadas de Eduarda, Amélia e Fernando. Mensagens sem fim chegavam, fazendo o aparelho travar, mas nenhuma foi lida por Cris. Após tirar uma licença, Cris passou duas semanas isolada em um resort no interior de São Paulo. Estava disposta a simplesmente esquecer tudo o que viveu ao lado de Fernando, esquecer as mensagens recebidas. No momento certo, sentaria e conversaria com Eduarda, era dela a única explicação que Cris desejava. Foram dez dias em que ela somente leu, aproveitou as piscinas termais, massagens e nada mais. Foram dez dias em que Cris foi somente dela. Permitiu-se chorar como nunca havia chorado antes. Deixou com que as lágrimas lavassem sua ingenuidade. A incredulidade pelo que fizeram. O amor que sentia por Fernando e a incerteza do que sentia por alguém que descobriu o nome a poucos dias. Estava colocando as malas no carro, pensando em sua volta e em como seria o retorno ao escritório, como iria adm
A segunda feira chegou e após um fim de semana mergulhada no mais profundo silencio. Cris estava temerosa sobre como seria o reencontro com Eduarda e tendo como base o encontro com as outras duas pontas daquela confusão toda, algo lhe dizia que não seria muito fácil.Assim que a porta do elevador abriu-se, a pouca certeza e segurança que existia dentro dela para aquele momento, desapareceu. Queria somente dar meia volta e retornar para sua bolha de proteção e comodidade em seu apartamento. Algo que não seria mais possível, tendo em vista que Amélia a viu e literalmente correu em sua direção, envolvendo Cris em um abraço apertado.— Estava tão preocupada com você – Ela dizia em seu ouvido enquanto a apertava mais – Cris, juro que não sabia de nada. Estava tão certa que vocês nasceram um para o outro. Pareciam tão perfeitos
As respirações quentes se misturavam. As mãos de Daniel tomavam posse de cada parte do corpo de Cris, que se entregava ao toque, pedindo por mais. Os lábios moviam-se em uma sincronia perfeita e sem pensar em mais nada, ela permitiu que seu corpo fosse puxado por ele, em plena luz do dia, encostado em um via qualquer. Cris abriu as pernas, fazendo a saia social subir e exibir as coxas grossas. Sentou-se sobre Daniel e sentiu a ereção que roçou forte contra sua calcinha úmida.— Cris... – Ele tentou falar, mas ela sabia que qualquer palavra dita naquele momento, acabaria com tudo. Cris o calou, beijando seus lábios com fervor. Seus dedos se entrelaçaram nos cabelos da nuca de Daniel, puxando-o mais para ela. Rebolou sobre ele, atiçando, desejando, fazendo-o gemer em seus lábios. – Quero você.As mãos de Daniel subiram pelas coxas de Cris apertando, marcando