Seus olhos se abriram devagar e o sorriso tomou seus lábios. Há tempos Cris não dormia uma noite inteira e de forma tão tranquila e profunda. Não sonhou, não se afundou em amargura, não se sentiu sozinha e em momento algum, pensou em mudar toda a sua vida. Simplesmente fechou os olhos e dormiu. Espreguiçou-se sobre a cama, tendo a consciência de seu corpo nu. Somente nesse momento lembrou-se do exato motivo de seu bem-estar. Quase em desespero, correu as mãos entre o lençol e os travesseiros, achando o aparelho sem bateria, jogado na cama. Cris rapidamente buscou o carregador e amaldiçoou todos os deuses por saber o quanto o aparelho demoraria para ligar. Sabendo que não conseguiria ficar ali deitada somente esperando, levantou-se indo direto para chuveiro. As sensações da noite passada invadiam a sua mente e a explosão de prazer que experimentou a fez gemer sem nem ao meno
Claro que Cris recebeu mais de dez mensagens, mas não leu nenhuma. Poderia ter bloqueado o número, mas por alguma razão, que ela sabia muito bem, não conseguiu. Os dias seguiram da pior forma possível. Cris praticamente se arrastava dentro da empresa. Mesmo com uma grande festa de aniversário de um ano de um famoso cantor sertanejo se aproximando e tomando quase todo o seu tempo, ainda assim, sentia-se consumida pela ausência dele. O celular ainda vibrava uma vez ou outra e em todas, ela visualizava na barra de notificações, mas jamais abria a caixa da conversa com ele.— Você precisa parar de suspirar Cris... É sério, está quase arrastando correntes. O que aconteceu com você? – Amélia estava sentada ao lado da amiga e a olhava com carinho – Sabe que pode contar comigo, não sabe?— Sim, eu sei... – Respondeu baixo – Só
Após um banho demorado, estava com seus cabelos lavados e maquiagem feita. Escolheu um vestido vermelho tomara que caia, com um decote que contornava os fartos seios e descia colado ressaltando curvas de seu corpo. Sentada no banco de trás do carro de Eduarda, não sabia para onde estava indo, mas havia prometido que iria sair daquela situação. Deixou o celular em casa, não se importando em carregar o aparelho que há dias estava sem bateria.— Poderiam ao menos me falar para onde estamos indo? – Disse para as amigas, pelo que pareceu ser a decima vez.— Isso realmente importa Cris? Qualquer lugar é melhor do que ficar trancada dentro de casa. – Amélia escolhia as palavras e o tom de voz certo para responder.— Sem contar que estava apodrecendo Cris... Entendo a depressão, essa sua loucura virtual aí... mas ficar sem banho? – Eduarda ainda não ha
Ela sorriu largamente, como há algum tempo não fazia. De alguma forma, dançar havia liberado a tensão que estava vivendo nos últimos dias. Fernando aproximou-se um pouco mais e tão levemente que pareceu não ter acontecido, acariciou o rosto dela.— Você é linda. – Disse baixinho.— Você já disse. – Respondeu no mesmo tom. – Você também é.— E ainda tenho covinhas – Ele respondeu se aproximando um pouco mais.— Sim.... Ainda tem covinhas....Ela sabia o que iria acontecer, estava claro. Ele já estava próximo demais e seu corpo se inclinava sobre o dela, anunciando o beijo. Claro que ela poderia dar um passo para trás e recusar. Poderia sorrir e agradecer educadamente o interesse, mas não havia um único motivo real para que agisse dessa forma. Fernando era um homem lindo e at
O som alto da porta da frente batendo a assustou, Cris riu ainda com os lábios tomados pelos lábios de Fernando, que a beijava como se sua sobrevivência dependesse daquele contato. Agora em pé e tão próxima, ela via o quanto era pequena perto dele. O seu corpo estava totalmente envolvido por ele. Seus braços a puxavam para si, tomando posse dela deliciosamente. Cris gemia sentindo o corpo reagir aos toques dele. Ele gemia nos lábios dela, arqueando seu corpo, pressionando seu quadril, querendo penetrá-la novamente. Caminharam pelo corredor em meio a beijos e peças de roupas sendo arrancadas em desespero, deixadas pelo chão. Outra porta se abriu revelando o quarto de Fernando, mas não estavam prestando atenção ao ambiente.— Nossa Cris.Fernando se afastou o suficiente para olhar o corpo nu de Cris. Seus olhos revelavam não somente o desejo ardente que estava n&
Intensidade definia os últimos dias de Cris. Havia um homem do outro lado do mundo, que lhe cobria com as mensagens mais intensas. Apenas com palavras era capaz de fazer seu corpo explodir de prazer. À sua frente um homem lindo, que conhecia a menos de 24 horas e ainda assim a preenchia de forma arrebatadora. Não conseguiu conter o sorriso que se espalhou em seus lábios olhando-o. Era incrível o misto de sensualidade e infantilidade que havia em cada gesto de Fernando. Mesmo ele indo até sua casa, ter invadido o seu espaço sem se dar ao trabalho de ligar para saber se ela queria receber visitas, ainda assim, a presença dele ali naquela noite, parecia muito certo.— Espero que essa sacola esteja repleta de coisas muito gostosas!Cris se afastou dando passagem para ele e achou que o sorriso que ele lhe dava poderia machucar suas bochechas. Fernando nem ao menos pensou em recusar o convite silencioso para entra
Fernando ainda não entendia como uma simples sexta feira em uma casa noturna em que estava todos os finais de semana, poderia mudar todos os seus planos. Sabia que Eduarda traria algumas amigas e a princípio não viu nada de mais em nenhuma delas. Eram mulheres bonitas, mas não uma beleza que despertasse sua atenção. Só quando realmente a olhou, sentada naquele sofá, com cara de poucos amigos, que conseguiu se deliciar com a imagem. O vestido vermelho marcando o contorno dos seios, descendo pelo corpo até a altura do joelho, era elegante e incrivelmente sexy. A forma como seus olhos se apertavam para tentar, talvez, evitar um desconforto com o lugar a deixava também sexy. Não se conteve e assim que sentou-se ao lado dela, oferecendo uma bebida, sentiu seu perfume dominar a mente. Naquele momento teve a certeza de que a queria. E a teve.Cris era tão louca quando ele e o humor elevado, combinand
Patrícia levantou-se animada. Andava pela sala de um lado para o outro, colocando ainda mais glamour a ideia fantasiosa de Eduarda. Fernando encarava Cris que tentava segurar o riso e a forma como os lábios dela se contraiam, nessa tentativa, o enlouquecia.— Quero te beijar. – Ele sussurrou somente para ela o ouvir.— Comporte-se. – Devolveu no mesmo tom.— Ok... então é isso. – Eduarda que não tinha tirado os olhos dos dois desde que lera o bilhete, deu por encerrada a reunião – Patrícia, deixe tudo em nossas mãos, sábado a festa do seu bebê, fará o pequeno príncipe morrer de inveja.— É somente isso que desejo.E assim as duas saíram da sala de reunião, após uma despedida rápida e promessas de um super aniversário para alguém de um ano. Fernando a olhava e seus olhos a
— Fernando – Ela disse ofegante enquanto se ajeitava – Você ainda vai me causar encrenca.— Isso seria ruim? – Quis saber enquanto arrumava a camisa e fechava a calça.Cris o olhou séria por alguns segundos, sem nada dizer. Permitiu-se pensar em sua vida adulta e como ela somente sobrevivia, sendo só mais uma em meio à multidão que a cercava, cheia de traumas e nos ombros o peso de um passado sombrio e doloroso. Ela então sorriu para ele e aproximou-se colocando-se na ponta dos pés, selou seus lábios aos dele antes de responder.— Não Fernando, isso não seria nada ruim.Os olhos de Fernando ganharam vida e se iluminaram com mil momentos que ele já havia projetado em sua mente, mas que agora via a sua frente a possibilidade de acontecer.— Vai fazer o que amanhã à noite? – Quis saber.— A