CAPÍTULO 38 — Mas, o que eu fiz? Eu não entendo, deixei todas as coisas de lado para vir atrás de você, nem sei exatamente onde estou, ou oque aconteceu, e você ainda me rejeita? — gesticulou, e Anelise sentou na cama, mais afastada dele. — Eu não te chamei aqui, nem sei porque veio! Eu pensei que tivesse ficado claro o suficiente que acabou! — Vicente arregalou os olhos, tentando segurar na mão dela. Ele não imaginava ouvir isso dos lábios de Anelise. — Do quê está falando? Anelise, você me prometeu que nunca me deixaria quando te contei em péssimo estado, o que Alicia fez comigo, você me olhou nos olhos e disse isso! — Vicente estava trêmulo. Lembrar desse dia o deixava tenso, e ainda mais nas circunstâncias da conversa de hoje. — Você também prometeu que cuidaria de mim quando ficamos juntos... — E, não cuido? Sempre cuidei, quando foi que... — Anelise não esperou ele terminar a frase. Empurrou as mãos de Vicente, levantando da cama. — Já chega! Se
CAPÍTULO 39 Jorge chamou a esposa, e então Nayara também apareceu. — Acho que roubaram o carro, já liguei para a polícia! — Ah, deve ser aquele esfomeado que a Anelise trouxe, pra mim está enganando ela, não gostei nada, dele! — Nayara comentou, indignada. — Nossa, será que não foi a Ane, Jorge? — Maria lembrou, e na mesma hora ele se preocupou, mostrando os dentes. — Meu Deus... vou ligar para ela, agora mesmo! — ele pegou o celular apressado e começou a ligar para Anelise, mas mesmo ouvindo tocar, ela não atendeu. Na mente dela, não poderia ser ninguém além de Vicente, então deixou na bolsa. Quando desceu do carro, levou um susto ao olhar e ver Vicente com o carro do seu pai, e ele não estava no celular, então o desespero bateu, quando imaginou quem seria que estivesse ligando, pois ela nunca havia pego o carro sem avisar, e agora teria problemas. Anelise se apressou em pegar o celular e atender a ligação, deu uma leve olhadinha na t
CAPÍTULO 40 — Significa que você nem me conhece, Vicente! Não percebe que nunca parou para prestar atenção em mim? Nunca tentou me entender, ou ver as coisas do meu ponto de vista!? — Anelise abaixou o tom de voz e chegou mais perto, teve receio por causa do trabalho ser tão perto. — Mas... — Vicente tentou falar, porém ela deu de dedo, nele. — Ah, claro! Nunca me perguntou se quero presentes, é mais fácil para você tentar pagar tudo com o seu dinheiro, não é? — gesticulou, erguendo as mãos, com uma expressão de chateada. — A cada vez que se sentiu culpado me levou presentes, e aceitei, porém não trouxe nenhum deles, porque não era isso que eu esperava, eu só aceitava por você. Mas, tentou comprar o meu sangue, Vicente! Isso não posso perdoar! — Anelise sentiu a sua voz embargada, Vicente criou uma mágoa nela, muito grande. — Me perdoa, Ane! Eu não pensei em nada naquela hora, só pensei que você não quisesse ajudar uma pessoa doente! — Anelise sentiu as lágrimas de
CAPÍTULO 41 CAPÍTULO 41 Vicente passou a tarde resolvendo coisas da rede de hotéis, seu novo quarto, e conversando com o seu assistente sobre o novo investimento pelo celular. Final do dia ele passou na academia, porém Anelise já havia ido embora, então seguiu pelo mesmo trajeto que fez pela manhã. Deu algumas voltas, ficou um pouco perdido, mas encontrou a casa dela. Anelise ignorou quando ele buzinou, mas seus pais perceberam. — Ele ainda não foi, embora? — sua mãe perguntou e ela ficou vermelha, olhou para fora pelo vidro da sala, e não sabia nem aonde colocar as mãos. — Vou resolver isso de uma vez por todas! — falou firme e colocou a mão na maçaneta da porta; quando seus pais assentiram confirmando, ela criou coragem e foi até a rua, do lado de fora do portão. Vicente estava com um dos seus carros, já usava um de seus ternos, o cabelo estava bem penteado... Anelise observou, “o CEO havia voltado”. — O que você quer? — foi direto ao ponto. — Oi, Ane! Vim para a gente res
CAPÍTULO 42 — Eu só vou dizer uma vez... espero que você vá embora! A minha filha está muito melhor sem você, e não estou disposto a vê-la sofrer, e nem muito menos a cena que vimos agora pouco! — senhor Jorge falou e Vicente ficou sem graça, pelo visto a primeira impressão não foi das melhores. — Sinto muito, vou tentar melhorar! Mas, não posso ficar sem Anelise! Vocês são os pais dela, não é? — Sim, somos os pais. E, você deveria ter pensado nisso antes de deixar que ela quisesse partir! Porque só a deixamos lá, porque ela parecia muito melhor do que aqui, estava sorrindo e até havia voltado a trabalhar. Mas, se isso não acontece mais, quero ela aqui com a gente! — Maria lembrou. — Acho melhor você ir embora, rapaz, já deve ter notado que Anelise não quer mais falar com você! — Jorge disse mais firme, e segurou no braço da esposa, a chamando para entrarem. Vicente não teve coragem de argumentar, eram apenas “pais”, preocupados com a sua filha. Ele foi do out
CAPÍTULO 43 Anelise verifica que Vicente vai embora com a flores, fecha a cortina e entra para tentar dormir. Enquanto toma banho, observa a barriga, que ainda não mudou nada de tamanho, mas no momento é o que mais transmite paz a Anelise. — Você está bem, meu amor? A mamãe se agitou muito hoje. Seu pai não facilitou... — coloca as mãos na barriga por um tempo. — É melhor não falarmos dele, não é? Não merece! — desligou o chuveiro. Depois disso ela foi para a cozinha e seus pais estavam lá. — Quer conversar? — sua mãe perguntou. — Vicente não está querendo ir embora, eu tentei, mas ele está dificultando as coisas... — falou com dificuldades e abaixou a cabeça. — Coma minha filha, vai esfriar! — ela olhou para a comida e sentiu fome. — A comida da senhora é a melhor! — pegou o prato e já começou a se servir. — Filha, se afaste daquele rapaz! Nós vimos como ele está forçando a barra, e pelo visto é bem novo, deve ter uns vinte anos! Não sabe nad
CAPÍTULO 44 Anelise ficou olhando, mas pelas gargalhadas, Vicente se tocou, procurou pelos bolsos e encontrou uma nota de cem reais. — Pode ficar com o troco! — o cobrador arregalou os olhos. — São quase noventa e cinco reais, senhor! — Ele apenas fez um “beleza”, e prosseguiu, deixando o cobrador atônito. Anelise estava em pé e Vicente quase caiu, precisou se apoiar numa velhinha de bengala. — Desculpe senhora! Eu não sabia que ficaria tão vulnerável o corpo da gente aqui dentro! — segurou no banco enquanto a velhinha o olhava com cara feia. — A senhora me entendeu? — perguntou novamente, mas a senhora colocou a mão nos ouvidos, então ele percebeu que não conseguiria se comunicar, já que não falava por sinais. Havia alguns rapazes sentados e ele viu Anelise em pé. Ficou furioso e foi até lá, porém Anelise segurou na sua camisa. — Está tudo bem, já andei muito de ônibus! — Vicente respirou fundo e parou do lado dela, sabia que ela não gostaria que ele c
CAPÍTULO 45 — Onde estava? — Vicente perguntou para Anelise, assim que Nayara saiu. — Porquê me ligou do celular da Nayara? Como a chantageou? — encarou Vicente na mesa. — Prometi que sairia de dentro do estabelecimento! — Anelise riu. — Bem que imaginei algo do tipo, ela não se vende por nada... — É uma chata, e o pior é que gostaria de ir ao banheiro lavar as mãos, mas não posso. Está até com a caneta que a Mariana passou... — Vicente olhou a palma da mão e Anelise fechou a cara, puxou as mãos de Vicente olhando rapidamente a escrita que Mariana fez do endereço, então soltou com raiva. — Porquê isso, agora? Deixou a florista segurar na sua mão e escrever o que queria? Que absurdo! — virou o rosto, então Vicente levou a mão a puxando a olhar pra ele. — Ei... ela só anotou o endereço que a sua irmã trabalha, eu estava atrás de você! — Anelise sentiu aquela sensação esquisita novamente, “o que está acontecendo comigo?“ “o que estou sentindo?“ Pensou ao per