CAPÍTULO 30 Depois de terminar o café da manhã, Anelise saiu por Guarapuava à procura de emprego. Entrou em várias academias, mas não estavam contratando, então ela parou numa loja de informática e criou um novo currículo, num computador disponível. Anelise começou a enviar para os locais mais próximos, e depois para bairros vizinhos, fez isso o dia todo, até que alguém lhe respondeu. Anelise conheceu a academia e o chefe gostou dela. Os alunos já haviam encerrado os treinos, e depois de um tempo ela foi contratada. — Se quiser pode começar amanhã, mesmo! Os seus exames estão, ok? — então ela lembrou sobre a gravidez. — Bom, na verdade, eu estou grávida. Espero que isso não cause problemas... — Como assim, grávida? Me tomou quase duas horas do meu tempo te entrevistando, e você simplesmente me fala o mais importante no final? — o homem colocou a mão cintura, irritado. — Eu sinto muito, mas acredito que não vá atrapalhar, eu estava trabalhando
CAPÍTULO 31 Vicente ficou confuso depois que desligou a ligação, não esperava que Alicia fosse piorar, ficou preocupado. — Se sente que precisa ajudar, vá! O problema está em como ajuda, não se deixe levar por ela, você é mais inteligente que isso, lembre do teu objetivo! — sua mãe o encorajou. — Ela pode correr riscos demais, acho que vou até lá! — a sua mãe sorriu de leve. — Então, vá! — Vicente saiu apressado, pegou o seu carro e atravessou o centro para ir até Alicia. Quando chegou lá, Desirê veio ofegante, balançava as mãos apressando, Vicente. — Vem logo, ela está muito mal! Você demorou muito, não vê? — ele não respondeu. Entrou na casa e Alicia estava na cama, com um baby doll minúsculo e parcialmente acordada. Quando ouviu a voz de Vicente perguntando onde ela estava, ela desceu da cama e foi para o chão, tentando chamar a atenção. — ALICIA! MEU DEUS, ALICIA, VOCÊ PRECISA IR IMEDIATAMENTE PARA O HOSPITAL! — ele falou tentando
CAPÍTULO 32 Vicente começou a ligar novamente para Anelise, mas depois da terceira tentativa, desistiu. “Preciso encontrar a família dela, assim saberei onde está!“ Ele cancela todos os seus compromissos, como o investigador não deu resultados ele conseguiu o endereço com a secretária e foi até o prédio deles. Vicente entrou apressado. — Esse é o escritório do senhor, Correia? — perguntou a secretária. — Sim! O senhor deseja... EI! O SENHOR NÃO PODE ENTRAR SEM SER AUTORIZADO! — Vicente não se importou com mais nada, simplesmente entrou naquela sala, e bateu com a mão na mesa. — Não posso mais esperar! Se não tiver nada para mim, vou colocar um anúncio na televisão e nas redes sociais, quem me der o endereço de Anelise leva meio milhão. O que acha, senhor Correia? — o homem se ajeitou na cadeira, havia pedido cem mil reais e já era muito mais que o suficiente, mas não poderia perder a oportunidade. — Sente-se, senhor Cardoso! Aconselho a nã
CAPÍTULO 33 Vicente deu um salto da cama. Nunca se arrumou tão depressa na vida, escolheu a roupa mais bonita que viu, pegou as suas coisas, e também o anel de Anelise e colocou no bolso, então foi saindo do apartamento, apressado. Com o endereço enviado pelo investigador, Vicente rapidamente colocou a localização e arregalou os olhos quando viu que passaria mais de quatro horas na estrada, rumo à Guarapuava. Antes que ele ligasse o carro, recebeu uma nova mensagem no celular, então olhou rapidamente para ver se não era do investigador ou então de Anelise, mas era de Alicia: — “Vi... estou no hospital novamente! — ele leu a mensagem e viu que Alicia havia enviado uma foto dela, porém ele não baixou a imagem para que abrisse, no momento tudo que ele queria, era ver a Anelise.“ — ignorou Alicia dessa vez, certamente alguém a ajudaria. Vicente ligou o carro e já verificou o percurso que faria, até as quatorze horas estaria lá, se tudo desse certo. Ele
CAPÍTULO 34 Anelise acordou bem cedo e foi para o novo trabalho na academia, seu pai foi levá-la por precaução. Ela entrou já com o cabelo preso e pronta para começar o seu trabalho. Primeiro observou a sua volta e viu como funcionava a academia, e logo se sentiu em casa, embora alguns alunos estivessem evitando de serem treinados por ela por não a conhecerem. O seu celular começou a tocar, “caramba! Esqueci de tirar do silencioso!“ — ela caminhou até o seu armário para desligar e acabou vendo a imagem do Vicente na tela, mas não atendeu. Já era meio dia, horário de almoço, deixou que tocasse para que ele precisasse esperar. “Ah... ele que ligue para Alicia”. — pensou. . Vicente estava se sentindo estranho, as coisas pareciam girar sem saírem do lugar, e ficou completamente desconcertado. — Mãos para trás! Mãos para trás! Gostam de carregar drogas, não é? Agora terão que se explicar na delegacia! — Não tem nada aí, mas que merda! É só o chá, que esse mané, trouxe! — um dos ho
CAPÍTULO 35 Vicente sentia a sua cabeça girar, e aquelas grades pareciam cobras, ficou atormentado, sentado no chão, no meio da cela com medo. Anelise não se apressou em ir até lá. Precisou ir até em casa e ainda por cima pegar o carro do seu pai emprestado. — Eu não demoro, paizinho! Vou apenas resolver um assunto e despachar um pacote, então volto! — disse meias verdades, pois Vicente iria voltar pelo mesmo caminho por onde veio, segundo ela. — Está bem, filha! — então ela saiu e foi até a delegacia. Chegando lá o investigador lhe pediu que assinasse alguns papéis. — Eu não entendo o que querem de mim. O Vicente não pode sair sozinho? Tipo: eu assino o que é necessário e ele vai embora com as próprias pernas? — Senhora... a situação é séria, e talvez a senhora precise levá-lo para o hospital! Deram uma droga que é alucinógena, pelo que ouvi é chá de cogumelo. Então, ele não pode nem ser interrogado, por sorte esclarecemos as coisas! — Anelis
CAPÍTULO 36 — Por acaso, este é o pacote que você foi “despachar”, filha? — Jorge perguntou e Maria o questionou. — Não disse que não sabia o que ela havia ido fazer? — colocou a mão na cintura. — E, não sei... essa foi a única coisa que ouvi! — Anelise viu a cara da sua mãe de brava, e que Vicente estava se escondendo atrás da porta e precisou interferir. — Mãe, pai... eu sinto muito, mas precisei ajudar o Vicente. O investigador de polícia me ligou e ele não está bem! Vou precisar colocá-lo debaixo do chuveiro para ver se melhora, e ele vai ter que dormir aqui, mas amanhã bem cedo vai embora! — Então esse é o Vicente? Vocês não haviam terminado? — a sua mãe perguntou, tentando encontrar o Vicente que estava se escondendo atrás da porta. — Ane saia daí, o tigre está vindo perto de você! Cuidado, Ane! — Vicente segurou a mão de Anelise, e ficou puxando, enquanto ela tentava explicar. — É o Vicente, mas não estamos juntos! — respirou fundo, passou a mão livre na testa. — Eu p
CAPÍTULO 37 — Anelise? Quem é esse cara? — Nayara questiona. A sua expressão é de raiva, coloca a bolsa na mesa e as mãos na cintura. Vicente fica olhando sem entender, e Anelise passa por ele e fica na frente para explicar: — É o Vicente, meu “ex”! Não arrumei nenhum outro! — Nayara levanta as sobrancelhas e move a cabeça confirmando, porém volta a pegar a bolsa e vai para cima de Vicente pela lateral. — Quem contou onde a gente mora? Hein? Eu não disse que ela não queria saber de você? Mas, é muito abusado, mesmo! — Ai! Ai! — Vicente reclamou das bolsadas que Nayara estava dando nele. — O que é isso? Pare! — Anelise precisou ajudá-lo, separando a irmã. — Nayara, pare com isso! Vicente não está bem, vai machucá-lo! Ficou louca? — Nayara a olhou enfurecida, soltando os braços sobre o próprio corpo. — Eu não acredito... — O quê? — Não acredito que já perdoou o cara! — colocou a bolsa na mesa com raiva e puxou uma cadeira. — Se