— Olá! Boa noite, senhor Evans. — Skyler sorri para o jogador a sua frente. — Tenha uma ótima entrada de ano. Ela retira a corrente que separa os convidados do convés do navio e o jogador passa seguido de seus acompanhantes. O lugar estava lotado e faltavam poucos minutos para o navio sair. Ully estava trabalhando de garçonete naquela noite, então a cada meia hora ela passava perto da amiga e oferecia o que tivesse na bandeja que carregava. — Champanhe? — ela oferece, passando novamente por Skyler. — O que está olhando? Skyler procurava por Alex, naturalmente. Desde que ele atendeu a ligação de Irina, ambos não ficaram mais sozinhos. Todas as vezes que se olharam, outras pessoas estavam próximas, o que impedia a conversa que devia acontecer. — Alex está lá na ponta do navio. — Ully responde a própria pergunta e recebe uma encarada da amiga. — Acho que está com Guy. — Eu não... não estava... Ully revira os olhos e muda a bandeja de mão. — Skyler, você não pode e nem con
Guy estava em seu camarote, sendo bajulado por diversas mulheres, quando começou a procurar Skyler. Não demorou para que ele a reconhecesse na ponta do navio, na companhia de seu amigo. Ele largou a taça que tinha em mãos e empurrou um por um que estava em seu caminho, até chegar em seu destino. Guy ainda os observa por alguns segundos, com raiva pela cena vista. — O que está acontecendo aqui? Alex e Skyler se viram quase que instantaneamente. Enquanto Alex sabe exatamente o que vem a seguir, Skyler entra em estado de alerta. — Pois não, Guy? — Pois não? — o jogador repete a fala de Alex, com uma risada no final. Ele olha para Skyler e torna a olhar Alex. — Será que podemos conversar em particular? Guy sequer espera a resposta. Ele caminha alguns metros e espera por Alex, com os braços cruzados e muita fúria. — Já volto. — Alex diz, antes de se afastar de Skyler. — O que eu acabei de ver? — Guy pergunta, assim que Alex chega perto dele. — Me diz você. — Está de saca
Embalados pelo som de sua música favorita, Skyler e Alex davam um beijo longo e apaixonado. Eles não sabiam como era possível aquele beijo estar sendo ainda melhor do que o primeiro que haviam dado. — Eu não sei como será daqui para frente. — Skyler diz, sem abrir os olhos ou desencostar da boca de Alex. — Mas a única coisa que me parece certa, é isso aqui. — Olha... — Não, me deixa falar. — ela se afasta um pouco, mas sem desgrudar seus corpos. — Não estou pronta para um relacionamento novo. Não pretendo e nem quero namorar tão cedo. — Skyler solta uma risada, que Alex não acompanha. — Ainda carrego algumas feridas, que não parecem cicatrizar tão cedo. Espero que entenda. — Eu até entendo. Mas... por quê? Por que me beijou? Por que retribuiu o beijo que te dei no Natal, se não quer nada comigo? Skyler suspira e se afasta de Alex. Ele não havia entendido o que ela quis dizer. — Como eu vou explicar, sem parecer tão... fútil? — Só use as palavras. — Quero uma espécie de
— Ei... você bebeu? — ele pergunta, sentindo o gosto de vinho e champanhe ao mesmo tempo. — O que está acontecendo? — Estou apenas seguindo o conselho de uma amiga. Ainda beijando-o, Skyler pega a mão de Alex que estava em sua cintura e a leva até seu traseiro. — Eu quero você, Alex. — ela sussurra, percebendo a resistência dele. — Quero... — Olha para mim. — Alex segura o rosto de Skyler e ela o encara. — Preciso saber, que não vai se arrepender amanhã. Que não vai colocar a culpa na bebida e me odiar para sempre. — Eu nunca... — Skyler. Eu preciso saber. A voz dele era firme. Mesmo com a vontade se tomar o corpo de Skyler, corroendo suas veias, Alex precisava da confirmação verbal. Ele não se perdoaria por cometer um erro como esse, mais uma vez. — Alex, eu quero que você transe comigo. — diz, ainda olhando nos olhos dele. Era possível ouvir a contagem regressiva pelo novo ano, começando do lado de fora. — Quero que você me faça sentir o que nunca senti antes. E não,
Fazendo exatamente o que Haley disse que Alex faria, ele acompanha Skyler até em casa. Visto que era muito cedo, nenhuma farmácia por onde eles passaram, estava aberta. — Eu trago o remédio para você mais tarde. — ele diz, segurando a mão dela cordialmente. — Não fica preocupada com isso. — Não estou. Em anos de casamento, eu não fui capaz de engravidar. Não vai ser agora que vou conseguir. Alex sorri e assente com a cabeça. — Mas não vamos correr esse risco, não é? Ele não sabia se o filho de Irina era seu e não estava querendo um segundo. Alex não queria nem o primeiro. — Enfim... vá descansar. Eu ligo, quando estiver vindo. — Tudo bem. Alex se inclina e beija Skyler rapidamente. Ela sorri e fica o observando caminhar até o carro e partir. Quando entra, ela está pensativa e feliz. Pensa em cada detalhe do sexo que teve com Alex e em tudo que desenrolou depois. Alex e Guy conversaram e sendo os bons amigos que sempre foram, resolveram suas pendencias. Não teve um con
Skyler desperta com o barulho da campainha. Ao checar a hora em seu celular, constata que dormira quase o dia todo. Ela ainda estava sonolenta, quando a campainha torna a soar pela casa. — Ah, Sky... faz isso parar! — Haley resmunga, cobrindo a cabeça com um travesseiro. Sem outra escolha, Skyler se levanta com bastante lentidão e desce as escadas. — Já vou! — ela diz, quando a campainha continua a tocar. Ao abrir a porta, ela se depara com um homem desconhecido segurando um belíssimo buque de rosas vermelhas. — A senhora é Skyler Bennett? — Sim... Sem dizer mais nada, o homem estica o buque e mais uma pequena sacola de papel na direção de Skyler. Ela demora alguns segundos até decidir pegar. — Quem...? Antes que pudesse perguntar quem tinha mandado aquilo, o entregador já estava dentro do carro e partia para longe dali. Skyler fechou a porta, enquanto sentia o aroma daquelas belíssimas flores. — Que isso? — Haley questiona, descendo as escadas. Ignorando totalmen
— Você tem que ir a algum lugar? — Irina pergunta, incomodada por Alex pegar o celular durante a conversa deles. Na verdade, a incomodou ainda mais, o fato dele sorrir ao ler a mensagem recebida. — Tenho, mas não por agora. Skyler tinha enviado uma mensagem, dizendo que tinha uma surpresa para Alex e que o esperava em sua casa. Feliz com aquilo, ele respondeu que estava ansioso para descobrir o que era. — Quem é ela? — Ela? — A mulher da mensagem. — ela insiste. — Você só sorri dessa forma, quando gosta de alguém. Te conheço e não é de hoje. — Irina, não viemos aqui para falar de mim. Quero saber de você. Dessa gravidez. — Estou de quase dois meses, o bebê está bem e devo fazer um exame semana que vem, para tentar saber o sexo. — E sobre a paternidade? O outro provável pai? O segurança? Irina confirma com a cabeça, sentindo-se envergonhada por míseros segundos. Ela não esperava ficar gravida e menos ainda não saber quem é o pai. — Eu já falei com ele. E fique sabe
Depois de limpar tudo com a ajuda de Alex, Skyler diz para que assistam o filme em seu quarto, já com receio de Haley aparecer com a sua companhia nua outra vez. — Tem um motivo para eu ter ficado. — Alex diz, pausando o filme antes dos dez minutos iniciais. — Apesar de você só querer uma amizade colorida, tem algo que eu preciso te contar antes que tudo fique mais... sério. — Tudo bem... — ela se senta, ficando mais confortável para a história que estava por vir. Ele pega ar e dispara de uma só vez: — Minha mãe assassinou meu pai e depois tirou sua própria vida. Skyler pisca algumas vezes, absorta pela enxurrada de informação que recebeu. Ela faz apenas um sinal com a mão, para que Alex continue a história. — Eu até hoje não sei o que meu pai fez para receber o que recebeu, mas... ela o fez. Lembro de estar no quintal, catando algumas pedras na areia e ouvi um barulho alto. Hoje eu sei que aquele barulho era de tiro, mas quando aconteceu, não. — Nossa... eu não sei o que