Skyler desperta com o barulho da campainha. Ao checar a hora em seu celular, constata que dormira quase o dia todo. Ela ainda estava sonolenta, quando a campainha torna a soar pela casa. — Ah, Sky... faz isso parar! — Haley resmunga, cobrindo a cabeça com um travesseiro. Sem outra escolha, Skyler se levanta com bastante lentidão e desce as escadas. — Já vou! — ela diz, quando a campainha continua a tocar. Ao abrir a porta, ela se depara com um homem desconhecido segurando um belíssimo buque de rosas vermelhas. — A senhora é Skyler Bennett? — Sim... Sem dizer mais nada, o homem estica o buque e mais uma pequena sacola de papel na direção de Skyler. Ela demora alguns segundos até decidir pegar. — Quem...? Antes que pudesse perguntar quem tinha mandado aquilo, o entregador já estava dentro do carro e partia para longe dali. Skyler fechou a porta, enquanto sentia o aroma daquelas belíssimas flores. — Que isso? — Haley questiona, descendo as escadas. Ignorando totalmen
— Você tem que ir a algum lugar? — Irina pergunta, incomodada por Alex pegar o celular durante a conversa deles. Na verdade, a incomodou ainda mais, o fato dele sorrir ao ler a mensagem recebida. — Tenho, mas não por agora. Skyler tinha enviado uma mensagem, dizendo que tinha uma surpresa para Alex e que o esperava em sua casa. Feliz com aquilo, ele respondeu que estava ansioso para descobrir o que era. — Quem é ela? — Ela? — A mulher da mensagem. — ela insiste. — Você só sorri dessa forma, quando gosta de alguém. Te conheço e não é de hoje. — Irina, não viemos aqui para falar de mim. Quero saber de você. Dessa gravidez. — Estou de quase dois meses, o bebê está bem e devo fazer um exame semana que vem, para tentar saber o sexo. — E sobre a paternidade? O outro provável pai? O segurança? Irina confirma com a cabeça, sentindo-se envergonhada por míseros segundos. Ela não esperava ficar gravida e menos ainda não saber quem é o pai. — Eu já falei com ele. E fique sabe
Depois de limpar tudo com a ajuda de Alex, Skyler diz para que assistam o filme em seu quarto, já com receio de Haley aparecer com a sua companhia nua outra vez. — Tem um motivo para eu ter ficado. — Alex diz, pausando o filme antes dos dez minutos iniciais. — Apesar de você só querer uma amizade colorida, tem algo que eu preciso te contar antes que tudo fique mais... sério. — Tudo bem... — ela se senta, ficando mais confortável para a história que estava por vir. Ele pega ar e dispara de uma só vez: — Minha mãe assassinou meu pai e depois tirou sua própria vida. Skyler pisca algumas vezes, absorta pela enxurrada de informação que recebeu. Ela faz apenas um sinal com a mão, para que Alex continue a história. — Eu até hoje não sei o que meu pai fez para receber o que recebeu, mas... ela o fez. Lembro de estar no quintal, catando algumas pedras na areia e ouvi um barulho alto. Hoje eu sei que aquele barulho era de tiro, mas quando aconteceu, não. — Nossa... eu não sei o que
Algumas semanas se passaram e Skyler sentia-se cada vez mais em casa. Tudo ia bem no trabalho, em casa e principalmente, com Alex. O sexo entre os dois se tornou constante e ela dormia na casa dele algumas vezes. Mas isso só ocorria, porque ela nunca mais viu Stephen ou o carro dele. Desde o dia em que ele ameaçou a vida de Alex, ele não deu mais as caras. E quem também estava diferente com Skyler, era Ully. A mulher que era tão companheira e amiga dela, se afastou e mal olhava na cara da outra. Skyler se queixou com Hunter. — Eu nunca a vi assim. — ele responde, olhando para Ully de lado. — Ela está mais ranzinza que antes e só sorri para aquele celular dela. Deve estar namorando. — E isso seria motivo para ela nos tratar mal? Ele dá de ombros e se afasta quando percebe que Ully passa por eles. Ela disfere um olhar fulminante para Skyler, que continua tão confusa quanto antes. — Garota maluca. — ela murmura. — Quem é maluca? Alex pergunta, chegando ao restaurante. Ele
As sirenes das ambulâncias soavam cada vez mais alto, conforme se aproximavam. Skyler sentia todo o seu corpo doer e apesar de estar consciente, algo a impedia de abrir os olhos. — Ela está de capacete, deixe que eu olho. Acho melhor você e o outro pessoal olhar o homem. Aquilo não parece bom. Ouvir aquelas pessoas estranhas falando sobre Alex, deixou Skyler inquieta. A paramédica se ajoelha perto dela e checa seus batimentos, antes de retirar o capacete que estava em sua cabeça. — Ei? – a paramédica chama, colocando nela um colar cervical. – Senhora? Consegue me ouvir? — Hmmm... Eu... Com dificuldade, Skyler consegue abrir seus olhos. Ela estava deitada na calçada de uma hamburgueria e tudo o que estava em seu campo de visão, era o toldo imundo daquele lugar. Sem conseguir virar o pescoço, por causa do colar cervical, ela não fazia ideia de onde estava Alex. — Dói em algum lugar? — Não... Eu não... — ela umedece os lábios, sentindo o gosto de ferro em sua saliva. — Al
Logo que o detetive fez aquela pergunta, Skyler sentiu suas pernas vacilarem e desmaiou. Haley entrou em pânico e gritou por ajuda. Os enfermeiros e médicos da emergência correram para ajudar, rapidamente colocando Skyler em uma maca e começando a avaliá-la. — Foi o ex-marido dela! — Haley fala para o detetive, assim que percebe o motivo do desmaio de Skyler. — Aquele lunático agressor. Foi ele! — Como pode ter certeza? — Skyler tomou coragem para deixá-lo depois de dez anos sofrendo nas mãos daquele imbecil e fugiu para cá. Óbvio que ele veio atrás dela e continuou fazendo ameaças. Stephen não aceitou o divórcio. Você não disse que acha ter sido premeditado? — ele assente. — Então com certeza foi ele. Stephen é a única pessoa que faria mal a minha irmã ou ao Alex. — Você tem um endereço? O sobrenome é Bennett? — Não. É Hardy. Stephen Hardy. E eu só tenho o endereço da casa em que eles moravam no Missouri. O detetive balança a cabeça em afirmativa, enquanto faz algumas ano
Quando o remédio que haviam dado para Skyler, passa o efeito, a mulher acorda com seu corpo inteiro doendo. Ela tenta se mexer na cama e acaba soltando um gemido de dor. Haley que estava adormecida na poltrona ao lado, deu um salto ao ouvir um barulho vindo de sua irmã. — Sky! — ela exclama, se colocando no campo de visão da sua irmã mais velha. — Você acordou. Como está? Quer que eu chame alguém? Skyler faz mais uma careta ao tentar se sentar e Haley a ajuda. A mulher cujo cabelos estão ligeiramente maiores do que quando chegou a Califórnia, suspira profundamente. — Água. Quero água. — Claro... — Haley se vira para a mesinha que havia ao lado da poltrona que lhe serviu de cama e pega a garrafa que Aisha tinha deixado com ela. — Aqui. Haley tenta ajudar Skyler com a garrafa, mas sua irmã empurra-lhe a mão e bebe a água sozinha. Após ingerir todo aquele líquido sem nenhuma pausa, Sky respira pesado e se vira para a irmã. — E o Alex? — Oh... ele... — Sem enrolação, Haley
Três dias se passaram desde o acidente que quase acabou com a vida de Alex. Skyler não saiu do hospital por um segundo sequer, recusando-se a deixar o lado de Alex. Ela fez questão de se manter informada sobre o estado de saúde dele, conversando regularmente com os médicos e enfermeiros, ansiosa por qualquer sinal positivo. Quando Haley conseguia sair do trabalho, ela passava no hospital e ficava horas conversando com a irmã. Skyler não compartilhou seus planos de se afastar de Alex, pois sabia que sua irmã iria lhe condenar por aquilo. Skyler não conseguiu comer muito, sua preocupação com Alex a deixava sem apetite, mas ela se forçava a se alimentar para se manter forte. Ela também dormiu muito pouco, acordando várias vezes durante a noite para verificar o estado de Alex e garantir que ele estivesse bem. No terceiro dia, enquanto estava ao lado da cama de Alex, segurando sua mão e olhando para seu rosto negro e ferido, algo extraordinário aconteceu. Alex começou a mexer os dedo