Quando Alex deixa o banheiro, usando apenas uma toalha branca enrolada em sua cintura e louco pela sua primeira noite de núpcias, ele encontra Skyler arrumando seus pertences na mala recém comprada. — Amor? — ele se aproxima e percebe que ela está com o rosto vermelho. — O que aconteceu? Skyler hesita por um momento, sentindo o peso das palavras que precisa escolher cuidadosamente. A voz fria de Stephen ainda ressoa em sua mente, mas ela não pode compartilhar a verdade com Alex agora. Seus olhos se enchem de lágrimas enquanto ela encontra uma explicação alternativa. — Ah... é a Haley. Ela não teve uma boa reação ao que fizemos... — Oh... me dê o telefone. Tenho certeza de que consigo acalmá-la. — Não! — Skyler exclama, se arrependendo no mesmo segundo. — Não... só vamos para casa? Por favor. E de avião. Não vou aguentar mais uma noite de carro. O pedido dela é marcado por um tom de súplica, e Alex, ainda envolto apenas pela toalha, entende a urgência na voz dela. Ele coloca suas
Horas se passaram desde que Skyler entrou no carro com Stephen e eles ainda não haviam chegado ao destino final. Skyler tentava questioná-lo sobre o lugar que estavam indo, sobre como Irina estava ou até mesmo Ully, mas o homem se manteve em silêncio e com a arma apontada na direção dela. Eles adentraram uma curta estrada de terra, após horas de estrada de concreto. Com a ajuda dos faróis altos do carro, Skyler pode ver uma pequena cabana de madeira. Ela não conseguia enxergar, mas sabia que tinha água por perto pelo cheiro. — Desce. — Stephen ordena. — E sem gracinhas. Skyler, embora atordoada e amedrontada, obedece à ordem de Stephen. Ela sai do carro com cuidado, sentindo o terreno irregular sob seus pés. A cabana à sua frente parece isolada e envolta em uma escuridão densa, apenas os faróis do carro fornecem uma visão limitada. Stephen segura o braço dela com truculência e a empurra para a frente. Empurrando a arma em suas costas, ele faz com que ela ande até a cabana. Os três
Alex mal esperou Ully terminar de contar o que sabia e a enfiou em um táxi, rumo a casa das irmãs Bennett. — Você? — Haley questiona a presença de Ully, assim que a vê entrar atrás de Alex. Não demora para que ela note os hematomas que Ully carregava no rosto. — Alex... — Conseguiu alguma coisa no celular da Skyler? — Não... não chama. E como o rastreador consta como desligado, não tenho acesso a última localização. Aquilo deixa Alex ainda mais desesperado. Ele começa a andar de um lado para o outro, se odiando por ter deixado Skyler sozinha e se sentindo inútil por não saber o que fazer. Haley olha para o amigo e depois para a mulher encolhida no canto de sua sala. Não demora para que ela consiga entender o que provavelmente está acontecendo. Hal pega seu telefone e liga para a única pessoa que poderia ajudá-los a resolver aquilo. — Detetive Vasquez. — Minha irmã foi sequestrada. — ela diz, fazendo com que Alex a olhe. — E foi justamente aquele que vocês deveriam manter longe
Após horas de depoimento, onde Irina contava o que sabia, o detetive reunia as informações, montando um quebra-cabeça complicado. Alex permanecia ao lado de Irina, segurando Penelope enquanto absorvia as revelações perturbadoras. — Então depois de te deixar aqui, Stephen saiu apressadamente... — o detetive refletia em voz alta, conectando os pontos. — Acha que ele voltou para a tal cabana? Irina assentiu. — Com certeza. Ele falou algumas vezes sobre descansar, pois teria uma viagem longa para acontecer. Se minha bolsa não tivesse estourado, provavelmente eu estaria naquele carro com Skyler, sendo levada para sabe se lá onde. — Isso quer dizer que ele pretende sair dos Estados Unidos. — Alex conclui, olhando para o detetive. — Precisamos agir! — Eu já solicitei as imagens das câmeras de segurança do hospital, para que possamos ver o carro em que Stephen estava. Um parceiro está olhando nesse momento. — E essa cabana? Não tem como irmos até lá? — ele se vira para Irina. — Você se
Skyler estava adormecida no canto do quarto, quando a porta foi aberta bruscamente. Ao olhar para Stephen e o sangue em suas mãos, ela se alarma. — O que você fez? — ela pergunta, sentindo um frio na espinha. Stephen, encarando-a com olhos frios e distantes, limpa as mãos sujas em um pano antes de responder. — Irina estava gritando demais. A questão foi resolvida. O coração de Skyler acelera, com medo e raiva tomando conta dela. Ela se levanta, mantendo distância de Stephen. — Você é um monstro! Como pode fazer algo assim? Stephen ri, um som sem emoção que faz Skyler tremer. — Você não tem ideia do que eu sou capaz, Skyler. Agora vamos. Tenho planos para você. — Eu não vou a lugar algum. Tirando a arma da cintura, Stephen a direciona diretamente para o rosto de Skyler. — Você vai. — ele diz, engatilhando a arma. — Ou eu estouro sua cabeça aqui mesmo. O olhar de Stephen é gélido enquanto mantém a arma apontada para Skyler. Ela engole em seco, sentindo a intensidade da ameaç
De trás da arvore, antes que pudesse sequer erguer o vestido, Skyler nota um par de faróis que se aproxima lentamente de onde eles estão. Stephen também nota e aquilo o deixa alarmado. Rapidamente ele esconde a arma nas costas e ergue o capô do carro, fingindo olhar algo. O carro que se aproximava diminui a velocidade e para ao lado do veículo de Stephen, que continua a fingir uma preocupação fictícia com o capô. O motorista do outro carro, um homem de meia-idade com expressão solidária, abaixa o vidro e questiona: — Tudo bem aí? Precisa de ajuda? Stephen, ainda tentando manter a aparência de alguém com problemas mecânicos, responde de maneira ríspida: — Está tudo sob controle. Só um pequeno contratempo. O motorista do outro carro parece hesitar por um momento, desconfiado da resposta pouco convincente de Stephen. Ele olha ao redor, notando a escuridão da estrada deserta. — Tem certeza? Só há um posto de gasolina agora, depois da fronteira. Eu posso... — Sim! — Stephen exclama,
— Penny, por favor! ALEX! Controle sua filha. Alex se aproxima da parede de escalada infantil e segura a pequena Penelope pela cintura, tirando-a dali. — Nossa filha. — ele diz, beijando o rosto da menina. — Por que você está tão estressada? — Porque aparentemente, essa festa está saindo do controle! A mansão de Alex estava repleta de risos e animação. A festa de Penelope, no seu quinto aniversário, havia se transformado em um verdadeiro evento. No amplo quintal, uma área especial foi destinada às atividades infantis, repleta de brinquedos coloridos e animadores caracterizados como personagens de contos de fadas. Além da parede de escalada, uma enorme cama elástica foi montada, recebendo risadas e pulos incessantes das crianças. Balões coloridos flutuavam pelo ambiente, e mesas repletas de doces, salgados e sucos aguardavam os pequenos convidados. Uma mesa especialmente decorada para o bolo de aniversário ocupava o centro do salão principal. Havia uma área dedicada à pintura fac
Enquanto o marido dormia, Skyler reparava na maneira violenta que seu peito subia e descia, conforme ele respirava. Parecia que ele estava furioso, mesmo dormindo. Cautelosamente ela se levanta, e ainda o observando, ela se afasta da cama. Devido à falta de claridade e por estar checando se o marido ainda dormia, ela acaba pisando em um caco de vidro. — Merda. Após resmungar, Skyler olha novamente para a cama e observa o marido se mexer. Uma vez que ela confirma que ele ainda está dormindo, ela volta a caminhar, dessa vez com mais cuidado por onde pisava e vai para o banheiro. Skyler se senta no vaso sanitário e ergue a perna, observando o pequeno vidro fincado em seu pé. Felizmente era vidro de porta-retrato e o sangue que havia era pouco. Ela retira o vidro sem pensar duas vezes e coloca um curativo rápido. Embaixo da pia, escondido atrás de um cesto, estava uma mochila. Tinha duas semanas que aquela mochila estava escondida ali, esperando para ser resgatada, assim como Sky