— Skyler? — Haley olha para o celular e confere se a ligação ainda está em andamento. — Sky? Onde está? Ao perceber que aquilo não adiantaria, Haley desligou a ligação e buscou pela sua irmã no GPS. Skyler não fazia ideia, mas Haley tomou aquela decisão quando soube que seu ex-cunhado estava na cidade. Ela não sabia quando iria precisar descobrir o paradeiro de sua irmã. Logo que o GPS conectou, Haley se deu conta de que ela estava há alguns metros de distância do restaurante de Alex. A loira então pega as chaves do carro e se apressa para sair de casa, trombando com alguém na porta da casa. — Alex! — ela exclama, encarando-o com duas bolsas na mão e encharcado da chuva. — O que... — A Skyler está? — Alex olha para dentro da casa, procurando algum rastro da mulher que ama. — Ela esteve no restaurante, nos encontramos e aí ela saiu correndo na chuva. — Não... ela não está. Ela... Alex percebe que sua amiga está estranha. Ela batia o pé nervosamente, enquanto ele falava e ficava
Skyler lentamente começou a recuperar a consciência. Sua mente estava turva e confusa, mas à medida que seus sentidos se aclimatavam, ela percebeu que estava em um ambiente hospitalar. A luz suave e os sons distantes das máquinas a cercavam. Ela tentou mover-se, mas sentiu uma pontada de dor em seu rosto e corpo, fazendo-a gemer suavemente. Ao se virar para o lado, seus olhos encontraram Alex, sentado ao lado de sua cama, com os olhos fixos nela, cheios de preocupação. — Skyler... você está acordada... — disse ele, sua voz cheia de alívio. Ele segurou sua mão com cuidado. — O que aconteceu ontem à noite? Skyler piscou algumas vezes, lutando para focalizar sua visão. A lembrança da noite anterior voltou a ela - a discussão, a corrida na chuva, Stephen e suas agressões e, finalmente, a escuridão. Ela se lembrou de tudo. — Alex... eu... — Skyler engole em seco, a vontade de contar o que Stephen havia feito a ela, explodindo em seu peito. Mas então ela se lembra do acidente que ele se
Naquele mesmo dia, Skyler foi levada para fazer alguns exames adicionais e uma ultrassonografia. Alex e Haley, que não saíram do lado dela em nenhum momento, ficaram emocionados assim que foi possível ouvir o coração do bebê. A médica informa que Skyler está quase entrando no terceiro mês de gestação e que tudo está bem com o bebê. Enquanto voltava para o quarto e esperava pela sua alta, Skyler não conseguia parar de pensar em Stephen e no que ele seria capaz de fazer, quando soubesse de sua gravidez. — Ei? — Alex aperta a mão dela, quando nota que sua amada está em qualquer lugar, menos ali. — O que foi? Não está feliz? — Eu sempre quis um bebê, Alex..., mas, depois de anos de tentativas e Stephen gritando que eu era vazia por dentro, eu realmente acreditei naquilo. Acreditei que era minha culpa não termos um filho. — Esquece ele, Sky. Esquece tudo o que você um dia viveu com aquele imbecil. — ele se levanta da poltrona em que estava e se senta na beirada da cama, segurando o ros
A notícia de que sua funcionária de anos, estava envolvida com o ex-marido agressor de Skyler, deixou Alex atordoado. Mas não tanto quanto Skyler. Após o detetive informar que eles precisariam comparecer a delegacia no dia seguinte e ir embora, Sky disse estar se sentindo cansada e decidiu subir para dormir. No quarto, Skyler se deitou na cama, com a mente a milhão. Ela não conseguia entender como justamente a mulher que sabia quem e como Stephen era, poderia estar ao lado dele. Alex entrou no quarto alguns minutos depois, preocupado em como Skyler estaria. Ela estava deitada de costas para a porta, mas sabia quem estava ali. — Por que ela faria isso? — ela pergunta em voz alta. Alex se senta ao lado dela e acarinha seu rosto. — Qual o sentido? — Eu não sei, amor. Não faço ideia. — Quando Ully quis entender minha história, eu fui tão honesta com ela. Contei sobre toda a minha vida com Stephen. Ela se dizia horrorizada, pois não suportava que um homem erguesse a mão para uma mulhe
A sala de interrogatório estava iluminada por uma luz fria e branca que criava uma atmosfera tensa. O Detetive Vasquez, com sua expressão austera, sentou-se em frente a Ully, que estava tão tranquila e sorridente, que era capaz de irritar qualquer pessoa. Skyler, escondida atrás do vidro espelhado, observava atentamente, ansiosa para obter respostas sobre o envolvimento de Ully com Stephen. Alex estava ao seu lado, segurando sua mão com firmeza. O detetive começou com perguntas diretas, sua voz mantendo a calma deliberada: — Você se apresentou como álibi do senhor Hardy, no dia vinte e sete de fevereiro. Mas de acordo com os horários de seu emprego, você deveria estar em serviço. Certo? — Sim. — ela responde, sem esconder o sorriso. — Mas nesse dia em questão, estava uma chuva horrível e o movimento péssimo. Alex dispensou a equipe dando essa desculpa, mas aqui entre nós? Skyler esteve lá e ele fugiu do trabalho para ir atrás dela. Alex olha para Skyler, incrédulo com o que tinha
Quando saiu do banheiro e foi ao encontro de Alex, Skyler viu o exato momento em que Ully e Stephen deixavam a delegacia. A maneira com a qual ele pegava na cintura dela e a mulher sorria em resposta, assombrava a alma de Skyler. — Não acredito que ele sairá impune. — Alex reclama, assim que o detetive Vasquez se aproxima deles. — Não há mais nada que possamos fazer? — Bem, infelizmente com o álibi da moça, fica praticamente impossível acusá-lo. — Isso é inadmissível! — Eu avisei ao senhor Hardy, que Skyler tinha feito um pedido de medida protetiva e que o documento chegaria no endereço que ele apresentou. — Skyler estava prestes a dizer que não havia pedido nenhum, quando ele continuou. — Imaginei que você fosse querer fazer isso. Pelo menos nós teríamos uma chance de prendê-lo, caso descumpra a ordem judicial. Ela olha para Alex, que apenas balança a cabeça em afirmativa. — É. Tem razão. — Pode acrescentar a Ully nessa medida? — Alex pergunta. — O que? — Skyler estranha. —
— Ah, Haley... por que você precisa ter esse espírito de adolescente? Skyler resmunga para si mesma, enquanto prova o terceiro vestido seguido. Nada do que ela vestia, lhe agradava. E para não culpar sua barriga de quase seis meses, ela preferia culpar sua irmã. Ela não conseguia entender o porquê de Haley querer comemorar seu aniversário de vinte e cinco anos, em uma balada, ao invés de fazer uma pequena festa em casa ou ir a um restaurante. — Sky? — a voz de Haley surge, seguida de algumas batidas na porta. — Está pronta? Haley irrompe no quarto de Skyler com uma aura de glamour. Ela veste um vestido preto sofisticado, que abraça suas curvas de maneira elegante. O tecido cintilante brilha à medida que ela se move, refletindo a luz do ambiente. Seu cabelo está perfeitamente penteado, com cachos suaves que caem pelos ombros. A maquiagem é impecável, destacando seus olhos brilhantes e lábios vermelhos. — Você está linda. — Skyler diz, arrancando o vestido que usava. — Diferente d
— É sério, mãe! Estou bem. Talvez mês que vem eu apareço. — Ully, já faz alguns meses que você foi demitida e não arrumou outro emprego. Sei que é seu pai quem tem pagado o seu aluguel. — Papai tem a língua solta, hein. — Ully revira os olhos, abrindo a sua geladeira. Além de água e um limão seco, ali só tinham as cervejas que Stephen comprava. — Não me falta nada. Está tudo per... Uma batida de porta violenta, faz com que a mulher se assuste e deixe o telefone cair. Ela caminha até a sala e chega no exato momento em que Stephen solta um grito estridente e empurra uma mesa de canto com o pé. — Stephen... — ela sussurra, sentindo-se assustada pela maneira que ele estava. — O que... Stephen andava de um lado para o outro, encarando o chão e bufando, como um touro raivoso. Seu rosto estava vermelho e ele puxava seus cabelos com força, enquanto murmurava apenas uma palavra. — Grávida. Grávida. Grávida. Grávida. Grávida. Grávida. Grávida. Grávida. — Ei? — Ully caminha lentamente par