Quando saiu do banheiro e foi ao encontro de Alex, Skyler viu o exato momento em que Ully e Stephen deixavam a delegacia. A maneira com a qual ele pegava na cintura dela e a mulher sorria em resposta, assombrava a alma de Skyler. — Não acredito que ele sairá impune. — Alex reclama, assim que o detetive Vasquez se aproxima deles. — Não há mais nada que possamos fazer? — Bem, infelizmente com o álibi da moça, fica praticamente impossível acusá-lo. — Isso é inadmissível! — Eu avisei ao senhor Hardy, que Skyler tinha feito um pedido de medida protetiva e que o documento chegaria no endereço que ele apresentou. — Skyler estava prestes a dizer que não havia pedido nenhum, quando ele continuou. — Imaginei que você fosse querer fazer isso. Pelo menos nós teríamos uma chance de prendê-lo, caso descumpra a ordem judicial. Ela olha para Alex, que apenas balança a cabeça em afirmativa. — É. Tem razão. — Pode acrescentar a Ully nessa medida? — Alex pergunta. — O que? — Skyler estranha. —
— Ah, Haley... por que você precisa ter esse espírito de adolescente? Skyler resmunga para si mesma, enquanto prova o terceiro vestido seguido. Nada do que ela vestia, lhe agradava. E para não culpar sua barriga de quase seis meses, ela preferia culpar sua irmã. Ela não conseguia entender o porquê de Haley querer comemorar seu aniversário de vinte e cinco anos, em uma balada, ao invés de fazer uma pequena festa em casa ou ir a um restaurante. — Sky? — a voz de Haley surge, seguida de algumas batidas na porta. — Está pronta? Haley irrompe no quarto de Skyler com uma aura de glamour. Ela veste um vestido preto sofisticado, que abraça suas curvas de maneira elegante. O tecido cintilante brilha à medida que ela se move, refletindo a luz do ambiente. Seu cabelo está perfeitamente penteado, com cachos suaves que caem pelos ombros. A maquiagem é impecável, destacando seus olhos brilhantes e lábios vermelhos. — Você está linda. — Skyler diz, arrancando o vestido que usava. — Diferente d
— É sério, mãe! Estou bem. Talvez mês que vem eu apareço. — Ully, já faz alguns meses que você foi demitida e não arrumou outro emprego. Sei que é seu pai quem tem pagado o seu aluguel. — Papai tem a língua solta, hein. — Ully revira os olhos, abrindo a sua geladeira. Além de água e um limão seco, ali só tinham as cervejas que Stephen comprava. — Não me falta nada. Está tudo per... Uma batida de porta violenta, faz com que a mulher se assuste e deixe o telefone cair. Ela caminha até a sala e chega no exato momento em que Stephen solta um grito estridente e empurra uma mesa de canto com o pé. — Stephen... — ela sussurra, sentindo-se assustada pela maneira que ele estava. — O que... Stephen andava de um lado para o outro, encarando o chão e bufando, como um touro raivoso. Seu rosto estava vermelho e ele puxava seus cabelos com força, enquanto murmurava apenas uma palavra. — Grávida. Grávida. Grávida. Grávida. Grávida. Grávida. Grávida. Grávida. — Ei? — Ully caminha lentamente par
Skyler estava imersa em um turbilhão de emoções, e o pedido de casamento inesperado de Alex a deixou comovida e sem palavras. Ela olhava alternadamente entre Alex e o anel de diamantes, suas mãos trêmulas enquanto lágrimas rolavam por suas bochechas. A surpresa e a alegria a haviam pegado de surpresa, e ela estava tentando processar tudo. Alex, percebendo a reação incomum de Skyler, preocupou-se com sua falta de ar e a acompanhou até a cama, onde ela conseguiu recuperar o fôlego. — O que foi? Você está bem? Ela respirou fundo e tentou acalmar suas emoções. — Estou... eu só... isso foi inesperado. Alex riu nervosamente, sem saber exatamente como reagir à resposta de Skyler. — Essa era a ideia. Quer uma água? Antes que Alex pudesse se levantar, Skyler segurou sua mão e o impediu. — Quando me casei, eu esperava que fosse para sempre. Sempre fui instruída de que o primeiro homem de uma mulher era o que ela deveria permanecer até o fim da vida. Ela sorriu melancolicamente, lembran
No carro, a caminho de Las Vegas, Skyler ainda não conseguia acreditar que estava prestes a se casar. Nem mesmo o fato de dirigir cinco horas na madrugada, tirava a alegria que Alex exalava. A estrada se estendia diante deles, apenas iluminada pelos faróis do carro cortando a escuridão da madrugada. O silêncio entre Alex e Skyler era reconfortante, preenchido apenas pelo suave ronco do motor e pela promessa do que estava por vir. Skyler, com um sorriso brincando nos lábios, olha para Alex ao seu lado. — Estamos mesmo indo para Las Vegas para nos casar? — ela pergunta, como se precisasse confirmar a realidade da situação. — Sim, estamos. — Alex responde com convicção. — A impulsividade é a melhor forma de começarmos essa nossa nova vida. À medida que o carro avança pela estrada deserta, a paisagem noturna de Las Vegas começa a ganhar vida à medida que se aproximam da cidade iluminada. O brilho dos letreiros e a silhueta dos imponentes hotéis e cassinos se revelam contra o céu esc
Quando Alex deixa o banheiro, usando apenas uma toalha branca enrolada em sua cintura e louco pela sua primeira noite de núpcias, ele encontra Skyler arrumando seus pertences na mala recém comprada. — Amor? — ele se aproxima e percebe que ela está com o rosto vermelho. — O que aconteceu? Skyler hesita por um momento, sentindo o peso das palavras que precisa escolher cuidadosamente. A voz fria de Stephen ainda ressoa em sua mente, mas ela não pode compartilhar a verdade com Alex agora. Seus olhos se enchem de lágrimas enquanto ela encontra uma explicação alternativa. — Ah... é a Haley. Ela não teve uma boa reação ao que fizemos... — Oh... me dê o telefone. Tenho certeza de que consigo acalmá-la. — Não! — Skyler exclama, se arrependendo no mesmo segundo. — Não... só vamos para casa? Por favor. E de avião. Não vou aguentar mais uma noite de carro. O pedido dela é marcado por um tom de súplica, e Alex, ainda envolto apenas pela toalha, entende a urgência na voz dela. Ele coloca suas
Horas se passaram desde que Skyler entrou no carro com Stephen e eles ainda não haviam chegado ao destino final. Skyler tentava questioná-lo sobre o lugar que estavam indo, sobre como Irina estava ou até mesmo Ully, mas o homem se manteve em silêncio e com a arma apontada na direção dela. Eles adentraram uma curta estrada de terra, após horas de estrada de concreto. Com a ajuda dos faróis altos do carro, Skyler pode ver uma pequena cabana de madeira. Ela não conseguia enxergar, mas sabia que tinha água por perto pelo cheiro. — Desce. — Stephen ordena. — E sem gracinhas. Skyler, embora atordoada e amedrontada, obedece à ordem de Stephen. Ela sai do carro com cuidado, sentindo o terreno irregular sob seus pés. A cabana à sua frente parece isolada e envolta em uma escuridão densa, apenas os faróis do carro fornecem uma visão limitada. Stephen segura o braço dela com truculência e a empurra para a frente. Empurrando a arma em suas costas, ele faz com que ela ande até a cabana. Os três
Alex mal esperou Ully terminar de contar o que sabia e a enfiou em um táxi, rumo a casa das irmãs Bennett. — Você? — Haley questiona a presença de Ully, assim que a vê entrar atrás de Alex. Não demora para que ela note os hematomas que Ully carregava no rosto. — Alex... — Conseguiu alguma coisa no celular da Skyler? — Não... não chama. E como o rastreador consta como desligado, não tenho acesso a última localização. Aquilo deixa Alex ainda mais desesperado. Ele começa a andar de um lado para o outro, se odiando por ter deixado Skyler sozinha e se sentindo inútil por não saber o que fazer. Haley olha para o amigo e depois para a mulher encolhida no canto de sua sala. Não demora para que ela consiga entender o que provavelmente está acontecendo. Hal pega seu telefone e liga para a única pessoa que poderia ajudá-los a resolver aquilo. — Detetive Vasquez. — Minha irmã foi sequestrada. — ela diz, fazendo com que Alex a olhe. — E foi justamente aquele que vocês deveriam manter longe